JORNAL A TARDE SALVADOR,
TERÇA-FEIRA, 28 DE MAIO DE 2002.
OBRAS DE NAMI e HIKARI


Uma sensação de bom gosto estilo
apurado reluzindo nas obras de prata, ouro e pedras preciosas que Nami
Wakabayhi utiliza para criar suas jóias sofisticadas. Desde a antiguidade que o
homem trabalha com maestria na ourivesaria, criando peças que encontramos em
museus, as quais eram usadas pelos senhores que mandavam, cada um em sua época.
Tanto no Oriente como no Ocidente, artistas de alta qualificação, utilizando
instrumentos rudimentares, conseguiam criar peças que ainda hoje nos deixam
extasiados. “Pontos e mais pontos, milhares deles se transformam na grande
sombra e em formas que são remanescentes de vidrilhos brilhantes e compactos”,
assim Aldemir Martins refere-se às tapeçarias de Hikari Wakabayashi, que expõe,
juntamente com Nami, na A Galeria, que fica
em São Paulo, a Rua Bela
Cintra, e está comemorando 35 anos de existência.A mostra fica até o dia 6 de
junho.
Foto à direita, colar de prata e labradorita criação de Nami. Ao lado esquerdo, tapeçaria de Hikari Wakabayashi.
MUSEU RODIN NA BAHIA
Devemos saudar a iniciativa do
Governo do Estado em instalar o Museu Rodin em Salvador, que será o primeiro
fora de Paris, cujas obras são cedidas em comodato pelo museu francês. As obras
de Rodin vieram ao Brasil pela primeira vez em 1995, para duas exposições, em São Paulo e Rio de
Janeiro, atraindo milhares de pessoas. Ano passado, houve uma mostra pequena no
MAM baiano, que também despertou a atenção de muita gente. Em Salvador, o museu
será gerido pela Ong Sociedade Cultural Auguste Rodin- Rodin Bahia, responsável
pela execução de programas e projetos de estímulo ao desenvolvimento das artes
plásticas, no segmento da escultura, em particular, através de atividades de
cunho educativo, artístico e sócio cultural. A diretora executiva será a
jornalista Eulâmpia Reiber. O acervo reunirá 62 peças, em gesso, de Auguste
Rodin, que ficarão expostas durante três anos. Após esse período, um novo
contrato será assinado, havendo a renovação do acervo. Entre as peças,
destacam-se O Beijo, O Pensador, O Escultor
e Sua Musa, Eva, A Lorena, O Desesperado, A Mulher, Torso Masculino, Parte Esquerda
do Frontão da Porta do Inferno, Glaucus, O Sono, A Meditação da Porta e O Filho
Pródigo.
A EMOÇÃO DE FERNANDO CARVALHO
As obras de Fernando Carvalho vão
surgindo espontaneamente sob o impacto de sua emoção.São trabalhos abstratos
que surgerem uma construção de imagens sonhadas ou imaginadas, na medida em que
olha, seguindo as formas e as curvas que eles apresentam. Ele utiliza um
material derrapante misturado com a cola, e depois passa a colorir. “É a parte
mais cansativa, que exige mais de mim. Mas tudo é feito com uma imensa satisfação”, diz
Fernando carvalho, que revela, com palavras simples e sinceras, a emoção que sente
quando pinta. O suporte é quase sempre o Eucatex ou um papelão grosso.
Suas obras têm um bom efeito
decorativo devido à profusão de cores e formas, além da composição não obedecer
a um desenho preestabelecido. Tudo é fruto de uma emoção incontida que se
traduz em arte.
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