JORNAL A TARDE SALVADOR,
TERÇA-FEIRA, 03 DE OUTUBRO DE 2000
LEONEL MATTOS: EM BUSCA DE SUPERAÇÃO
Ele está levando arte à cadeia, um local onde
a gente não imagina que é possível exercitá-la. Talvez esta migalha de
sensibilidade sirva para humanizar mais as pessoas que lá estão. Talvez seja
até um sonho, mas já vale, pela vontade de fazer algo positivo. Uma notícia boa
é que o caso de Leonel entrou em pauta no Tribunal Superior de Justiça e deve
ser julgado em breve.
Estamos aqui torcendo por um final feliz.
Reprodução da obra Lembrando da Primavera, em acrílica sobre placa, que está exposta no Liceu de Artes e Ofícios.
OBRAS DE PITÁGORAS LOPES
O goiano Pitágoras Lopes é o
próximo artista plástico a apresentar o trabalho na Galeria Acbeu – Vitória. De
6 a 18
próximos, os baianos poderão conhecer as pinturas recentes dele, em técnica
mista de forte tendência expressionista, abordando o caos interior do homem
urbano e seu cotidiano. A mostra fica em cartaz de segunda a sexta, das 9 às 21
horas, e aos sábados, das 14 às 21 horas, com entrada franca.
Com desenhos publicados em
jornais e revistas de Goiânia, Pitágoras Lopes tem apresentado as pinturas e os
desenhos em vários estados brasileiros. O currículo dele reúne diversas mostras
coletivas e individuais, destacando-se a exposição Itaú Cultural, apresentada
no Museu de Arte Contemporânea, em Goiânia, em 1996.
MÃOS, DE MÁRIO EDSON
Quem já parou para observar
detalhadamente as mãos da atriz Fernanda Montenegro, do padeiro da esquina, do
navegador Amyr Klink, das integrantes da Irmandade da Boa Morte ou do pintor
Calasans Neto? O fotógrafo Mário Edson vem fazendo isso com a câmera, desde
dezembro de 1999. Com filme preto-e-branco, ele produziu registros em close,
que reúne, no espaço Calasans Neto (Engenho Cultural UEC-Pituba), em exposição,
aberta ontem. A mostra conta com 24 fotografias de anônimos e famosos. “Pessoas
e atividades estão num único conjunto de ações e resultados, evidenciando a
importância e a valorização de cada atividade desenvolvida”, teoriza o autor da
exposição.
Assim, nessa mostra, as mãos de Popó,
Leo Gandelman, Tom Zé, Lobão e Dinha do Acarajé convivem com as mãos de dona
Marilda, seu Cícero, Dione, Carolina e índios kiriris. Para conseguir realizar
o projeto, Mário Edson teve que superar a surpresa das pessoas, intrigadas com
a proposta de fotografar as mãos – apenas as mãos.
Aceitando o convite, Fernanda
Montenegro tirou os anéis, Herbert Viana fez pose de oração, Amyr Klink quis
ocultar os calos. Os registros foram feitos, mas... “preferi fazer outras
fotos, com os personagens em outras situações, em meio as suas atividades ou em
palestras, eventos”, narra o expositor.
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