A VOLTA DO MARINHEIRO PANCETTI
Muitos baianos ainda guardam a
lembrança do velho Pancetti, com seu cavalete, pintando no Porto da Barra, na
Gamboa e em outros locais, antes bucólicos. Ele soube captar a cor azul-intenso
ou esverdeado do Atlântico que banha mansamente a nossa costa, especialmente a
Baía de Todos os Santos.
O mar parece imóvel nas
pinceladas dele, que perpetuaram as marinhas e criaram um vínculo muito forte
com a sua produção. Mas o mestre Pancetti também pintou paisagens em Minas Gerais e Rio de
Janeiro, porém as marinhas são as obras mais conhecidas e apreciadas pelos
colecionadores e críticos. Uma exposição que reúne cerca de 100 óleos,
desenhos, cartas, fotos e manuscritos de Pancetti, será mostrada em Salvador,
no próximo dia 27, no Museu de Arte Moderna da Bahia, organizada por Denise
Mattar. Esta exposição estará, ainda, no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de
Janeiro, e no Museu de Arte Brasileira da FAAP.
Reprodução de uma foto da obra Itapoan, do mestre Pancetti.
Reprodução de uma foto da obra Itapoan, do mestre Pancetti.
Com todo marinheiro, o artista
era solitário, ficava horas e horas defronte do mar pintando. Além das
marinhas, foi retratista e pintor de paisagens. As obras serão apresentadas
cronologicamente, mostrando o início do trabalho do artista, a sua paixão pela
vida de marinheiro e o resultado de suas viagens pelo Brasil: Campos do Jordão,
São João de Rey, Itanhaém, Mangaratiba, Cabo Frio, dentre outros locais por
onde passou e pintou.
OBRAS DE RESCALA NA GALERIA MCR
Rescala - Uma Homenagem é o nome
da exposição que a Galeria MCR estará realizando, a partir do dia 26 deste mês,
do mestre Rescala. Conheci ele e posso ressaltar o desprendimento, a humildade
e, principalmente, o talento inconfundível dele. Membro do grupo Bernadelli,
este carioca, que viveu a maior parte do tempo em Salvador, foi aluno de
Chambelland, Bracet e Marques Junior,
quando estudou no Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Nacional de Belas Artes,
expondo pela primeira vez em 1931. Conviveu com Pancetti, Sigaud, Bustamant Sá,
Milton da Costa, Djanira e outros, sendo vencedor dos principais prêmios da
pintura nacional, ganhando bolsas para os Estados Unidos e México.
Reprodução da obra Lagoa do Abaeté, do mestre Rescala.
Em 1956, assumiu a cadeira de Teoria, Conservação e Restauração da Escola de Belas Artes da Bahia, consolidando a fama de restaurador. Mas o vejo grandioso, quando pinta as lavandeiras do Abaeté estendendo as roupas coloridas na areia branca que a rodeia. Quando ele pinta os velhos casarões que engrandecem a nossa Bahia colonial e, principalmente, quando ressalta as nossas cores fortes. Rescala, com seu jeito manso de ver a nossa Bahia, é sempre auspicioso, quando temos oportunidade de ver um conjunto de obras de sua autoria.
Reprodução da obra Lagoa do Abaeté, do mestre Rescala.
Em 1956, assumiu a cadeira de Teoria, Conservação e Restauração da Escola de Belas Artes da Bahia, consolidando a fama de restaurador. Mas o vejo grandioso, quando pinta as lavandeiras do Abaeté estendendo as roupas coloridas na areia branca que a rodeia. Quando ele pinta os velhos casarões que engrandecem a nossa Bahia colonial e, principalmente, quando ressalta as nossas cores fortes. Rescala, com seu jeito manso de ver a nossa Bahia, é sempre auspicioso, quando temos oportunidade de ver um conjunto de obras de sua autoria.
CERÂMICA BRITÂNICA DO PÓS-GUERRA
O Centro de Memória e Cultura dos
Correios, que fica na Praça Anchieta, 20, no Pelourinho, está expondo a
cerâmica britânica, do pós-guerra à atualidade. Esta mostra oferece um panorama
geral da cerâmica britânica nesta virada do milênio. Lembram os organizadores
que, embora não pretenda ser abrangente, a mostra aproveita os aspectos demonstrativos
e as histórias específicas que caracterizam as peças produzidas deste último
século - o movimento da cerâmica de ateliê, tão intimamente identificado com as
figuras de Bernard Leach e Michael Cardew, e subseqüentemente incorporado no
trabalho de seus seguidores.
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