JORNAL A TARDE SALVADOR, 12 DE
SETEMBRO DE 2000
OS 500 ANOS NA VISÃO DE BETH MAIA
A exposição de pinturas da
arquiteta Beth Maia tem uma importância documental extraordinária, porque ela
apresenta as modificações ocorridas nos pontos tradicionais da cidade, fazendo
um contraponto com a obra do mestre Diógenes Rebouças. Este confronto do
passado com o presente serve de parâmetro para alertar as autoridades e a
comunidade de modo geral que é preciso ter cuidado com a paisagem urbana e
arquitetônica de nossa Salvador. O trabalho artístico dela está intimamente
ligado com a formação de arquiteta que se preocupa com a paisagem urbana, com
as transformações que ocorrem mostrando que as intervenções - muitas vezes
benéficas e outras catastróficas -, embora ela não tenha explicitamente a
intenção de denúncia. É um convite que nos faz olhar a nossa Cidade com mais
paciência, ver seus detalhes, ver os novos elementos arquitetônicos que foram
introduzidos e os que, infelizmente, desapareceram com o pretexto de modernizar.
Basta a gente dar uma olhada na Praça Riachuelo e a imponência do prédio da
Associação Comercial que hoje está cercado por edifícios de formato e gosto
arquitetônico duvidosos.
LEILÃO NA NR GALERIA DE ARTE
Este leilão, que é feito
anualmente, é sempre esperado, porque surgem obras de qualidade para serem
disputadas pelos amantes da boa arte.
O CAVALEIRO AZUL
A exposição multimídia sobre os artistas do
Grupo Cavaleiro Azul e da coleção da Galeria Lenbachhaus de Munique,
proporciona uma oportunidade ao visitante de ter um contato direto, através de
touchscreen e cd room, com a obra e o mundo de Franz Marc, Vasssili, Kandinsky
, Paulo Klee, Alexej Javlensky , dentre outros. A exposição não se propõe a
substituir a apresentação dos originais, ela atua como incentivadora para uma
melhor apreciação da arte do expressionismo alemão, que deu um impulso decisivo
ao desenvolvimento do Modernismo. É um projeto do Institute Goethe em
co-produção com a Lenbachhaus , Siemens – Nixdorf e editora Prestel . É bom lembrar , que em
1901, foi fundada em Munique, com a participação de Wassily Kandinsky , a
Phalanx, (Falange), ao mesmo tempo Escola de Arte e Associação de Exposições,que
tinham o objetivo de dar uma visão das tendências vanguardistas mais recentes,
em nível internacional. O programa pedagógico da Escola de Arte Phalanx
diferenciava-se, nitidamente, do programa da Academia. Além de se admitiram
mulheres como alunas, trabalhava-se no campo, nos meses de verão. Kandinsky
pintava, com seus alunos ao pé dos Alpes, na Baviera. No fim do verão de 1908,
Kandinsky e Gabriele Münter tarbalharam
em Murnau, juntamente com Alexej Jawlensky e Marianne Von Werefkin. Surgiu,
então, a idéia de realizarem uma exposição coletiva com as obras ai criadas,
numa intensa interação artística e de formarem um grupo com outros artistas de
Munique e engajados amantes das artes. Assim, foi fundada, em 22 de janeiro de 1999 a New Künstlervereiningung
München.
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