ARTES PLÁSTICAS UNEM BRASIL E
PORTUGAL
O Museu de Arte Moderna da Bahia
apresenta ao público baiano duas mostras de sotaque lusitano, as fotos do
carioca José de Paula Machado, que, a convite da Fundação Portuguesa Ricardo do
Espírito Santo, embrenhou-se pelo Brasil e Portugal, à cata das imagens que
agora exibe em Salvador, na mostra intitulada 500 Anos Depois.. Já o trabalho
do português Augusto Canedo, jovem talento da Cidade do Porto, promete instigar
os olhares. Pintor e professor na Faculdade de Belas Artes de sua cidade, ele
vem subvertendo o procedimento tradicional da pintura, com telas que surgem de
uma técnica no mínimo curiosa: fotografia impressa em resina. As mostras
permanecerão abertas à visitação pública até o dia 17 de setembro próximo,
acompanhadas de duas reuniões de peças do acervo do MAM: Arte Contemporânea Brasileira
(na Capela) e gravuras de Rubem Valentim (Galeria I). No dia 1º de setembro, Carlos Bastos vai inaugurar exposição no
2º piso do casarão.
YEDAMARIA FAZ RETROSPECTIVA

É Alencar quem fala da
importância daquelas aulas: “Aquela sala de gravura regida por Henrique Oswald
foi e ainda é muito poderosa na formação plástica cultural da Bahia e Yedamaria
era uma das integrantes desta “távola redonda”, na qual entrávamos frágeis e
saíamos poderosos, psicológico e culturalmente”. A trajetória artística de
Yedamaria começou em 1956, com a primeira exposição coletiva, no Salão Baiano,
reconhecido nacionalmente, e do qual saiu com uma Menção Honrosa.
CRISTAIS FRATELLI VITA EM SÃO PAULO
A Pinacoteca do Estado de São Paulo, em parceria com a Mnemos Consultoria, realiza a exposição sobre os cristais Fratelli Vita. Esses cristais são incluídos entre os melhores do mundo, recebendo premiação por sua qualidade e excepcional sonoridade. Poderão ser apreciados pela primeira vez fora da Bahia, contando esta mostra com cerca de 500 peças. O acervo pertence à decoradora baiana Fizú Vita, bisneta do fundador da fábrica. Muitos estrangeiros ao longo dos 500 anos de nossa história vieram para o Brasil e por aqui permaneceram trabalhando, estudando, pesquisando e formando suas famílias.Assim, insere-se a história da Fábrica de Cristais Fratelli na Bahia. No final do século XIX, o imigrante italiano Giuseppe Vita veio para o Brasil. De espírito inventivo e empreendedor, atuou em várias áreas e fundou uma fábrica de refrigerantes. Com as dificuldades de importação de garrafas impostas pela Primeira Guerra, iniciou a fabricação de vidro. Este foi o início de um novo empreendimento que levou ao nascimento, em Salvador-Bahia, dos famosos cristais Fratelli Vita, sinônimo de qualidade, classificados pelo toque, admiráveis pela extraordinária pureza e sonoridade. Seus padrões decorativos foram criação de Miguel Vita filho de Giuseppe Vita. Entretanto, com o fechamento da manufatura em 1962, essa história foi esquecida. As novas gerações desconhecem esse marco, importante empreendimento baiano, brasileiro, cujos exemplares estão dispersos em antiquários e coleções particulares.

Nenhum comentário:
Postar um comentário