MÊS NA VITÓRIA
No próximo mês o Museu de Arte da Bahia mais conhecido como Museu do Estado estará em suas novas instalações, no solar onde funcionou a Secretária de Saúde, uma construção do século XIX, no Corredor da Vitória. O presidente da Fundação Cultural, Geraldo Machado, assegura que o solar é o local ideal para o acervo do museu, constituído de pinturas, pratarias, porcelanas, mobiliários, objetos de adornos, “uma parcela importante da história da Bahia dos séculos XVII, XVIII e XIX, que estava sendo muito mal-exposta no prédio de Nazaré por falta de espaço”.
Foto do imponente solar onde funciona o Museu de Arte da Bahia, no Corredor da Vitória.
Ele ressaltou a nova localização
do Museu do Estado e elogiou a escolha do local, porque “a Vitória está se
transformando em eixo cultural importante na cidade”. Na Vitória e imediações
está o Teatro Castro Alves, o Instituto Cultural Brasil-Alemanha, o Museu
Carlos Costa Pinto. Lá serão instalados o teatro da Acbeu e o Museu de
Geologia.“Esta concentração de equipamentos culturais proporcionará uma
racionalização do fluxo de visitantes ao Museu do Estado”, garante.
O projeto do Novo Museu de Arte
da Bahia prevê a implantação de oficinas destinadas a preservar o artesanato de
prata e cristal, entre outros, cujos mestres estão desempregados. Nas oficinas,
eles terão oportunidades de transmitir sua habilidade a alunos que preservarão
a arte.
“Um espaço anexo ao museu
explicou Geraldo Machado está sendo preparado para abrigar um mercado informal
de objetos antigos”.
O ALEMÃO FRANZ MOSTRA TRABALHOS
EM MADEIRA
“Baiana com fundos de casas”, “Pescador”,
“Sermão aos Pássaros”, “Cristo Carregando a Cruz”, são algumas das
serra-gravuras de Franz Erwin Schitker, cujos preços variam de 5 a 68 mil e tem atraído um
enorme público ao instituto.
Dentre os 20 quadros expostos, 5
possuem motivos sacros e embaixo de cada um está presente uma frase referente
ao motivo pintado. Como é o caso da “Baiana”, um quadro em homenagem a mulher
que nasceu nessa terra maravilhosa, disse Franz e abaixo do quadro pode-se ler
o seguinte: A Baiana conquistou a simpatia do homem muito além das fronteiras
da Bahia. Ela é quase um símbolo brasileiro. Vários quadros já foram vendidos. Ele
comentou que aceitação dessa nova técnica está surpreendendo até ele próprio,
apesar dessa ser a segunda exposição em que participa. A primeira foi em 1980,
durante a VI Feira de Artesanato do Teatro Castro Alves, promovida pela
Setrabes, onde houve a participação de muitos artesãos.
Morando ha 21 anos no Brasil e há
15 em Salvador, o alemão Franz disse que desde pequeno já fazia trabalhos com
madeira, que era um de seus passatempos preferidos, principalmente durante o
inverno, pois sua cidade natal, Benteler, na Alemanha Ocidental, era muito
fria. E quando chegou ao Brasil começou a desenvolver com mais afinco essa
técnica.
Dentre os quadros expostos, o
mais caros 68 mil e o mais trabalhoso é o de São Francisco de Assis, todo feito
em pedaços de madeira, tipo mosaico. Ressaltou Franz, que nesse quadro ele usou
as mais diversas tonalidades de madeira para conseguir o efeito desejado, pois
as madeiras usadas, como jacarandá, violeta, mogmo e pinho alemão são difíceis
de se conseguir, daí a razão dele não jogar fora nenhum pedaço de madeira por
menor que seja.
Todos esses trabalhos de Franz
poderão ser vistos e o público que deseja encontrar o próprio Franz, deverá
fazê-lo na parte da tarde.
Gravurista de renome
internacional, Otávio iniciou suas pesquisas sobre as possibilidades do papel
enquanto linguagem artística há cerca de oito anos, na Europa. Sua intenção era
estabelecer uma relação indissolúvel entre o papel até então usado como suporte
e a imagem, misturando formas, linhas e cores. Segundo o crítico Márcio
Doctors, esse tipo de trabalho resultou numa trama, ao mesmo tempo aparente
presente. “E é esta trama que nos encanta, que nos remete a uma certa
transparência, que mistura os limites que tentamos impor às coisas”, diz ele. A
arte de fazer papel à mão, revivida por Otávio, foi inventada pelos chineses no
início da era Cristã, sendo introduzida na Europa no Século XII. Hoje, o papel
fabricado manualmente é utilizado somente para fins artísticos, face sua
qualidade e seu elevado custo.
Otávio Roth, que acaba de
retornar de Nova York onde é professor do Center for the Books Arts, afirma que
seu compromisso é com o passado e com o futuro. “Sou e quero continuar sendo um
criador de papéis, contribuindo com alguns de meus anos à longa história do
papel”, esclarece
Para tanto, ministrará um curso sobre
a fabricação artesanal do papel o primeiro a ocorrer no Brasil durante a
exposição no MASP.
Através de farta documentação e
de amostras de papéis artesanais de diversas partes do mundo, a história
universal do papel inclusive a do nosso país também se fará presente na mostra
“Criando Papéis”.
Um enorme quadro, a óleo pintado
por Samuel F. B. Morse em 1832, pouco tempo antes de inventar o telégrafo e o
Código Morse, foi vendido pela quantia de 3,25 milhões de dólares, o preço mais
alto jamais pago por uma pintura norte-americana.
O comprador foi Daniel J. Terra,
de 71 anos, um executivo aposentado de uma firma de produtos químicos de
Chicago e que exerce a função de embaixador de boa vontade para assuntos culturais
do presidente Ronald Reagan
A pintura, é intitulada “Galeria
do Louvre” e mostra várias personalidades norte-americanas da época no famoso
museu parisiense contemplado o quadro “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci. Durante
a vida de Morse, o quadro, que nunca conheceu a celebridade, permanecerá num
dos salões da Universidade de Siracusa, no Estado de Nova York. Terra planeja
expô-lo no museu que fundou em Evanston, lllinois.
O quadro, uma paisagem da Nova
Zelândia pintada há anos, foi recolhido pelo leiloeiro na brigada de
ambulâncias Saint John, porque os lances não alcançaram o preço mínimo de 10
mil libras (3,1 milhões de cruzeiros). O lance maior não chegou a 5 mil libras.
Segundo o palácio de Bukingham, o príncipe Philip, que pinta, regularmente em
suas horas de folga, deu várias de suas telas ao marquês de Abergavenny, que
pediu permissão para doar uma delas para o leilão de caridade.
Um tema rico, principalmente na
Bahia, foi escolhido pela direção da Genaro Galeria de Arte dando continuidade
a seqüência de exposições temáticas iniciadas com a realizada a 13 de maio
intitulada “Mês de Maio, Mês de Maria”.
A Petroquímica do Nordeste S.A.
(Copene) está promovendo, com o apoio da Funarte e da Fundação Cultural do
Estado da Bahia o Concurso Copene de Fotografia, com o objetivo de selecionar
12 fotos para ilustração do calendário da empresa para i próximo ano.
Fotografe o Nordeste é o tema do concurso que permite escolha livre
de assuntos, dentro da paisagem geográfica e cultural dos estados, da Bahia ao
Maranhão.
O Museu de Arte Moderna da Bahia
inaugura nesta terça-feira dia 10, às 21 horas, no Solar do Unhão, uma
exposição coletiva de trabalhos de três artistas radicados no Rio de Janeiro,
conhecidos pelas suas criações expressivas: Anderson Medeiros, que trabalha com
ex-votos, e Vivian Silva e François Gallé, tapeçarias.
A mostra fica em cartaz até o dia
28, com visitas de terça a sexta das 10 às 12 e das 14 às 18 horas e sábados,
domingos e feriados das 14h30min às 18h30min.
Reprodução de Objeto de Aderson Medeiros
Reprodução de Objeto de Aderson Medeiros
Presentes na exposição, além das
suas tapeçarias de fibras diversas, quatro quadros da artista francesa
residente no Rio Françoise Gallé. Ela já fez várias exposições na Europa e
Brasil e seu currículo revela uma intensa atividade e a participação em
momentos importantes das propostas têxteis. Apresenta trabalhos que refletem a
nova tendência da tapecaria artística, com base nos estudos de pintura,
escultura e desenho que teve na Academia de Belas-Artes de Paris.
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