JORNAL A TARDE SALVADOR, 28
AGOSTO DE 2001
CARLOS BASTOS E SEUS DESENHOS
Será amanhã o lançamento do livro
de desenhos de Carlos Bastos, que integrará a Série Desenhos e contém
reproduções de trabalhos do artista, criados especialmente para a obra de Jorge
Amado. O livro traz, ainda, um histórico da carreira profissional do artista,
que teve início no final dos anos 40, quando realizou a primeira exposição
individual, na Biblioteca Pública de Salvador. O lançamento acontecerá das 18
às 21 horas, na Fundação Casa de Jorge Amado, no Pelourinho. Com tiragem de 2
mil exemplares, o livro tem o mesmo padrão de qualidade dos anteriores da Série
Desenhos, que registraram a trajetória dos artistas Floriano Teixeira, Mário
Cravo Jr e Calasans Neto. Vale destacar que o patrocínio da Copene está sendo
viabilizado através do Fazcultura. Responsável pela edição, o escritor Claudius
Portugal explica que a coleção tem caráter didático, por retratar o processo evolutivo
do artista, do anonimato à maturidade. O livro traz, ainda, vários, textos de
escritores e críticos de arte sobre a obra de Carlos Bastos, inclusive um de
autoria deste colunista.
RETRATO DE CIPRIANO BARATA
O artista Henrique Passos
ilustrou a capa do livro Cipriano Barata na sentinela da Liberdade, de Marco
Morel, que será lançado na Academia de Letras da Bahia (Avenida Joana Angélica,
198) nesta quinta-feira, a partir das 17 horas. O livro é o sexto que a
Academia de Letras e a Assembléia Legislativa do Estado da Bahia publicam
juntas. Há cerca de um mês, as duas instituições renovaram o convênio por mais
dois anos. A capa de duas das obras anteriores- A Bala de Ouro, de Pedro
Calmon, e Ao Tempo do Governo Conceição, de Ruy Santos - foram ilustradas,
respectivamente, por Gentil, ilustrador de A Tarde, e Lygia Sampaio, um dos nomes
do modernismo na Bahia.
Henrique Passos pintou para a
capa do livro de Morel, após pesquisa da iconografia existente, um novo retrato
de Cipriano Barata. O pintor está voltado há tempo para o passado da Bahia, ora
retratando personalidades, ora trechos da velha cidade do Salvador.
Sua última individual, dedicada
aos 450 anos de Salvador, foi no Museu da Cidade. Que incorporou ao acervo as
quatro telas que reproduzem velhas plantas da capital. Passos possui telas também
no Memorial da Câmara dos Vereadores, Museu de Arte Moderna, na Biblioteca
Central da Ufba e em coleções particulares.
Reprodução de foto onde o artista Henrique Passos aparece ao lado da tela que pintou para ilustrar o livro Cipriano Barata.
ANA VIRGÍNIA
Existem variadas razões que levam
as pessoas a agirem desta forma e também a abraçarem determinadas causas.
Muitos têm os caminhos interrompidos e nunca mais retomam. Outros voltam com
mais garra. É o caso da artista Ana Virgínia, que, após um problema de saúde
familiar, volta a pintar. Ela mesma revela que as últimas criações nasceram de
um apelo à emoção. Foi assim que
partindo de formas e figuras tradicionais, homenageou, retratando, na
figura de um São Jorge, o médico Mário Ancilon, neurologista e cirurgião, que
tratou a irmã dela.
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