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terça-feira, 14 de agosto de 2012

VISUAIS - FANTASIAS DE ANTONINO - 3 DE DEZEMBRO DE - 2002


JORNAL A TARDE SALVADOR, TERÇA-FEIRA, 3 DE DEZRMBRO DE 2002

                                           FANTASIAS DE ANTONINO

 Abra os olhos e observe os detalhes de cada figura que compõe uma de suas obras, cada uma delas daria uma tela. Figuras bisonhas que nos remetem às histórias em quadrinhos. Antonino (Antonio Luiz da Silva) parece querer contar em cada tela uma história. Esta que reproduzo, intitulada de Artistas de Rua na Calçada da Fama, é um exemplo do que afirmo. Além da demonstração do talento e da criatividade, o artista consegue pintar com boa técnica e temática original. Isto bastaria para ter reconhecimento de público, como já vem ocorrendo e, recentemente, foi um dos premiados na VI Bienal do Recôncavo com o Prêmio aquisição. Seus personagens são seres diferentes, lembram os Ets saídos da imaginação daqueles que acreditam nas visitas de extraterrenos. Um verdadeiro sonho de explosão de fantasias e imagens desconcertantes. Como não defendo rótulos e classificações, sua obra tem vida própria, diferente doutras, e assim caminhará em busca de maior sucesso entre os apreciadores da arte. Ele revela que, inicialmente, surge a idéia, que organiza teoricamente na cabeça, desenha e parte para pintar.
Reprodução da obra Artistas de Rua na Calçada da Fama, acrílico sobre tela  de Antônio Luiz da Silva.

                                                 IV MERCADO CULTURAL

Foi aberta, ontem, a exposição I Mercado Cultural com obras dos artistas, Bete Gouveira (Pernambuco), Márcia Abreu e Toney George, na Aliança Francesa. Bete é natural) de Água Preta, vizinho Estado de Pernambuco, e hoje leciona na UFPE. Atualmente, vem desenvolvendo um trabalho que chama de ninguém, no qual utiliza as cores extraídas das areias monásticas tendo uma base a acrílica. Ela trata na temática, da paisagem sem a presença do elemento humano. Já Márcia Abreu é baiana e formada pela Escola de Belas Artes e apresenta um, trabalho “híbrido, fazendo um passeio entre o bi e o tridimensional, na tentativa de revelar um universo feminino próprio”. Finalmente, Roney George é conhecido cenógrafo, tendo trabalhado na televisão e no teatro. Ele trabalha no limite entre a pintura mais formal acadêmica e a mais despojada.

                                         FERNANDO OBERLAENDER
 

Os livros Histórias: Minhas e Alheiras, de Cid Teixeira; Escritos de Giz, reunindo poemas de Sebastião Marques, e A Música Liberta, com as crônicas de Mirella Márcia, contém ilustrações de Fernando Oberlaender. O artista fez a primeira individual em 1987 e, de lá para cá, tem participado de inúmeras coletivas e individuais. Envolvido com o movimento cultural, ele é o editor do jornal Soteropólis, que vem prestando um inestimável serviço à cultura baiana, registrando momentos importantes da literatura, artes plásticas, teatro e cinema. Editados pelo banco Capital, os livros deverão ser distribuídos no final de ano.O lançamento está marcado para o dia 17 deste mês, às 19 horas, na Academia da Bahia.
Uma das ilustrações feitas pelo artista Fernando Oberlaender.


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