AS MARINHAS DE ALBÉRICO FREITAS
Como lembra Isaías Santos, a pintura de Albérico “ é
generosa”, ele nos convida a participar como verdadeiros voyers a roubar a cena
desta Bahia grandiosa. Usa com liberdade as cores em seus sonhos pictóricos,
forçando uma dicotomia entre a fantasia e o real. Portanto, os que curtem
marinhas e paisagens urbanas podem visitar esta exposição que é uma boa opção.
SEDA COMO SUPORTE DE ARTE
Um grupo de dez artistas cariocas que trabalham em seda
resolveu transpor as portas de seus ateliers e se organizaram num projeto
itinerante de exposição plástica. Recentemente, eles se apresentaram no palácio
Rio Branco, e agora estão em Curitiba, no Paraná. Os artistas desenham e
abstraem-se com estilos e técnicas variadas, indo da aquarela em seda e
painéis, bandeiras ou simplesmente arranjos multicoloridos, sem falar no
vestuário ou em peças de decoração. A exposição totaliza 30 obras em grandes
dimensões, com o objetivo de divulgar e difundir o uso da seda como suporte
para a expressão plástica. Os artistas são Iramaia Vinhas, Lilyan Berlim, Malu
Lopes, Márcia Tacsir, Martha Maria, Patrícia Lobo, Rose Blanche, Teresa
Cristina Rodrigues e Romilda Mendes (convidada). A mostra tem o patrocínio da
Metacril, e, segundo Eliete Magalhães , a pintura em seda nos
remete à dinastia Suna ( 960-1278 d.c.), que indica a existência de bandeiras
pintadas”.
PINTURA EM PORCELANA
Pratos, jarras, porta-joias e quadros, entre outras peças
ricamente trabalhadas e avaliadas até R$5 mil, foram atrações no Salão Aratu do
Hotel Meridien, onde se realizou a 5ª Exposição Nacional de Pintura em Porcelana
(foto). Expositores de vários estados brasileiros participaram da promoção, organizada
pela União Bahiana de Pintores sobre Porcelana, com mais de 450 peças
trabalhadas nas mais variadas técnicas de pintura, a exemplo da Companhia das Índias,
Ruhen, Ciberis e Dresden.
Somente da Bahia foram 120 expositores, de um total de 200
cadastrados pela União, cuja presidenta, Rosa Maria Chetto Pessoa, fez questão
de destacar a importância do evento para o intercâmbio de técnicas, conhecimentos
e materiais entre os pintores de todo o país. Ela ressaltou também a
oportunidade que estas exposições oferecem aos aficionados, de tomarem cursos
com professores de fama internacional, como os que estiveram este final de
semana em Salvador difundindo as suas técnicas.
De São Paulo participaram
da exposição e deram cursos os artistas Mario Watanabe, Carlos Spina e Geraldo
Otero, autores de algumas das peças mais valiosas da exposição; do Rio Grande
do Sul, veio Rose Borges, enquanto Liana Jung e Dorote Bordignon vieram
representando a pintura em porcelana de Blumenau e Curitiba, respectivamente.
A pintura em porcelana existe na Bahia há mais de 30 anos,
conforme informou a presidenta da União Bahiana de Pintores sobre Porcelana,
mas a entidade só foi criada há dois anos. Atualmente, segundo ela disse, já
existe no País material de qualidade semelhante aos importados, tais como
tintas, produtos de porcelana, telas e moldes. O outro, largamente empregado e
de boa qualidade, é quase sempre o que determina o valor da peça, em razão da
sua quantidade e forma de aplicação. Muitos destes produtos foram
comercializados em estandes armadas na entrada do salão da exposição. Conforme
explicou Rosa Maria, o valor de cada peça para comercialização é muito difícil
de ser fixado, porque a comercialização não é um objetivo de quem a produz,
geralmente para presentear parentes e amigos e para decoração dos próprios
lares. (Valmir Ferreira).
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