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terça-feira, 14 de agosto de 2012

ARTES VISUAIS - AS MARINHAS DE ALBÉRICO FREITAS - 28 DE AGOSTO DE -1995

JORNAL A TARDE, TERÇA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 1995.

AS MARINHAS DE ALBÉRICO FREITAS

O pintor Albérico Freitas está expondo até o próximo dia 1º, na Galeria Arte Viva, na Rua Humberto de Campos, 49, Graça, suas marinhas que transbordam a paz que reina sobre esta cidade mágica, contornada por um mar azul e manso. (foto) O desenho é simplificado, mostrando uma visão quase que onírica da paisagem, os edifícios ao fundo barrando a brisa que teima em se espraiar por toda a Cidade.Reprodução de uma marinha de Albérico Freitas
Como lembra Isaías Santos, a pintura de Albérico “ é generosa”, ele nos convida a participar como verdadeiros voyers a roubar a cena desta Bahia grandiosa. Usa com liberdade as cores em seus sonhos pictóricos, forçando uma dicotomia entre a fantasia e o real. Portanto, os que curtem marinhas e paisagens urbanas podem visitar esta exposição que é uma boa opção.
                                                    SEDA COMO SUPORTE DE ARTE
Um grupo de dez artistas cariocas que trabalham em seda resolveu transpor as portas de seus ateliers e se organizaram num projeto itinerante de exposição plástica. Recentemente, eles se apresentaram no palácio Rio Branco, e agora estão em Curitiba, no Paraná. Os artistas desenham e abstraem-se com estilos e técnicas variadas, indo da aquarela em seda e painéis, bandeiras ou simplesmente arranjos multicoloridos, sem falar no vestuário ou em peças de decoração. A exposição totaliza 30 obras em grandes dimensões, com o objetivo de divulgar e difundir o uso da seda como suporte para a expressão plástica. Os artistas são Iramaia Vinhas, Lilyan Berlim, Malu Lopes, Márcia Tacsir, Martha Maria, Patrícia Lobo, Rose Blanche, Teresa Cristina Rodrigues e Romilda Mendes (convidada). A mostra tem o patrocínio da Metacril, e, segundo   Eliete Magalhães , a pintura em seda nos remete à dinastia Suna ( 960-1278 d.c.), que indica a existência de bandeiras pintadas”.
                                   PINTURA EM PORCELANA
Pratos, jarras, porta-joias e quadros, entre outras peças ricamente trabalhadas e avaliadas até R$5 mil, foram atrações no Salão Aratu do Hotel Meridien, onde se realizou a 5ª Exposição Nacional de Pintura em Porcelana (foto). Expositores de vários estados brasileiros participaram da promoção, organizada pela União Bahiana de Pintores sobre Porcelana, com mais de 450 peças trabalhadas nas mais variadas técnicas de pintura, a exemplo da Companhia das Índias, Ruhen, Ciberis e Dresden.
Somente da Bahia foram 120 expositores, de um total de 200 cadastrados pela União, cuja presidenta, Rosa Maria Chetto Pessoa, fez questão de destacar a importância do evento para o intercâmbio de técnicas, conhecimentos e materiais entre os pintores de todo o país. Ela ressaltou também a oportunidade que estas exposições oferecem aos aficionados, de tomarem cursos com professores de fama internacional, como os que estiveram este final de semana em Salvador difundindo as suas técnicas.
 De São Paulo participaram da exposição e deram cursos os artistas Mario Watanabe, Carlos Spina e Geraldo Otero, autores de algumas das peças mais valiosas da exposição; do Rio Grande do Sul, veio Rose Borges, enquanto Liana Jung e Dorote Bordignon vieram representando a pintura em porcelana de Blumenau e Curitiba, respectivamente.
A pintura em porcelana existe na Bahia há mais de 30 anos, conforme informou a presidenta da União Bahiana de Pintores sobre Porcelana, mas a entidade só foi criada há dois anos. Atualmente, segundo ela disse, já existe no País material de qualidade semelhante aos importados, tais como tintas, produtos de porcelana, telas e moldes. O outro, largamente empregado e de boa qualidade, é quase sempre o que determina o valor da peça, em razão da sua quantidade e forma de aplicação. Muitos destes produtos foram comercializados em estandes armadas na entrada do salão da exposição. Conforme explicou Rosa Maria, o valor de cada peça para comercialização é muito difícil de ser fixado, porque a comercialização não é um objetivo de quem a produz, geralmente para presentear parentes e amigos e para decoração dos próprios lares. (Valmir Ferreira).


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