JORNAL A TARDE, SALVADOR, TERÇA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2001.
CONFIGURAÇÕES DE FERNANDO FREITAS PINTO
No próximo dia 12, às 20 horas, o
pintor Fernando Freitas Pinto estará abrindo exposição, com cerca de 40 obras,
no Conjunto Cultural da CEF, que funciona na rua Carlos Gomes. Intitulada
Configurações - Forma e Conteúdo, a mostra reúne obras de algumas fases do
pintor, ou seja, um apanhado do que ele produziu na última década, explorando
quatro temáticas recorrentes ao longo deste período: potes, ressaltando a forma
e a cor; potes em transparência com geometrismo; telas da série Berimbau Sim,
Berimbau Não, e as telas recentes retratando tramas que também nos remetem à
cultura popular da Bahia. Lembra o pintor e professor da Escola de Belas Artes
Fernando Pinto que “o trançado está presente na cultura dos mais diferentes
povos, inclusive no Brasil, onde podemos encontrar nas feiras livres de todo o
país. É um dos símbolos dacapacidade manual do homem e tem
na sua forma de construção um desenvolvimento rítmico, harmonioso e de
estrutura equilibrada”. Fernando é conhecido da crítica e do público baiano,
pois já fez 114 exposições individuais e coletivas, além de participações em
salões e bienais aqui e fora do País.
Reprodução da foto do pintor Fernando Freitas Pinto com uma de suas obras.
JORGE AMARO NO PELOURINHO

Basta ter talento, sensibilidade
e voltar o olhar. Jorge Amaro, como um artista solitário, vai captando com o
seu pincel cenas do cotidiano. Os homens revirando latões de lixo, o bêbado
deitado nas escadarias de um prédio e portal imponentes. Este olhar crítico e
profundo sobre o cotidiano é retratado em ambientes com cores escuras, enquanto
os personagens têm cores mais vibrantes. Para os que não sabem Jorge Amaro, é
uma espécie de promotor cultural.Juntamente com Edson Calmon e Jonar Brasileiro
ele toca a Escola Caminho das Artes e outros projetos inseridos na área
editorial.
Reprodução da obra de Jorge Amaro onde retrata uma cena comum das cidades brasileiras.
GRAVURA BRASILEIRA
Quero aqui registrar o
profissionalismo das pessoas encarregadas do projeto desenvolvido sob o
patrocínio o Instituto Itaú Cultural,
que fez um inventário de um dos gêneros da arte brasileira:
Gravura - Arte Brasileira do
Século XX. Neste belo trabalho foi feito um levantamento dos maiores gravadores
nacionais, começando pelos pioneiros Goeldi, Lasar Segall e Lívio Abramo e
enfocando ainda as obras de Hansen Bahia e Emanoel Araújo. Eles utilizaram
algumas citações de um texto que escrevi sobre Hansen e, para isso, me pediram
autorização. No final, tiveram a delicadeza de enviar, pelo correio, um
exemplar do livro. É assim que se dede proceder. Fica aí a lição.
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