JORNAL A TARDE ,TERÇA-FEIRA,23 DE ABRIL DE 2002
ARTE MEDIEVAL DE CARLOS LEONOR RIBEIRO DE BRITO
“Para o homem moderno e contemporâneo, habituado a viver e
a ver as coisas informaticamente e, sobretudo, desfigurado por uma visão
parcial da História, a Idade Média e a Heráldica são termos anacrônicos”,
reconhece Carlos Leonor Ribeiro de Brito, que trabalha com a arte medieval. Ele
diz que as pessoas esquecem que existem maravilhas na arquitetura daquela época
e na sabedoria cristã. O artista está expondo no Marazul Hotel, na Barra,
várias obras ligadas a esta corrente da arte. Ele revela que “ há produção
literária incessante, na Europa, sobre a Idade Média”. Nesse sentido, uma
comissão de 30 peritos, publicou, após seis anos de trabalho, um Dicionário
Enciclopédico Sobre a Idade Média, sob a direção de André Vauchez. Ao mesmo
tempo, no Brasil, os pesquisadores Carlos Eduardo Barata e Cunha Bueno lançaram
o Dicionário das Famílias Brasileiras, a mais completa obra sobre o tema já
publicado no País, com 17.200 verbetes e cerca de 50 mil famílias.
Reprodução de uma das obras de autoria do arquiteto Carlos Leonor Ribeiro de Brito.
UMA PALAVRA
Uma instalação abordando o valor do texto e da imagem
acontecerá, na próxima sexta-feira, na Galeria Acbeu – uma das obras dos
artistas Dani Antoniazzi e Ricardo Guimarães. Dani Antoniazzi, formada em
programação visual pela Ufba, já atuou na área da restauração, além de
trabalhar com fotografia e design. Ricardo Guimarães atua, também, como arte
educador e músico. Com a instalação Uma Palavra, os artistas propõem através
apenas do uso de palavras, emocionar, estimular e a curiosidade e provocar
sensações no público. “Utilizaremos todo o espaço da galeria. Paredes, chão,
teto, vidros serão utilizados com diversos tipos de materiais, onde, com a
nossa interferência, estaremos buscando a maior expressividade possível para o
que desejamos: tinta, madeira, lona, papel, isopor, acrílico, concreto, pedra, vidro,
etc”. A intenção é discutir sobre o valor do texto, sobre o valor da imagem,
sobre o valor do texto-imagem.
MCR REALIZA LEILÃO
Ao completar 13 anos no mercado de Salvador, a Mcr Galeria
vai realizar o primeiro leilão de arte, com obras selecionadas pelo marchand Marcos Couri, para atender os
colecionadores e admiradores das artes plásticas. Uma tela de Di Cavalcanti, da
década de 50, com temática marinha, é um do destaque. Trata-se de uma peça de importante
período do artista, similar às que se encontram no acervo
particular do empresário Roberto Marinho, que possui uma das mais completas
pinacotecas do Brasil. Iberê Camargo, também artista dos mais valorizados no
mercado brasileiro, estará representado no leilão com duas telas, das décadas
de 80 e 90, respectivamente. Um dos artistas baianos que tiveram as obras
valorizadas nos últimos seis anos (200%) Floriano Teixeira, também irá a
pregão, com telas das décadas de 60 e 70, uma das suas fases mais importantes.
ENERGIA DA NATUREZA
Esse é o nome da recente exposição de quadros, acrílico
sobre tela, da baiana Selma Machado, que aconteceu no Espaço Cultural Ana Lúcia
Rocha (Colégio Integral), na Pituba. Selma Machado é autodidata e, desde a
adolescência, interessa-se pela pintura. Já realizou diversas exposições
individuais, em galerias do Shopping Iguatemi, Tribunal Regional do Trabalho, Coelba
e Chesf. Participou também de coletivas no Pelourinho e no Centro de Convenções
da Bahia. Como parte da formação, a artista ressalta a oportunidade de visitas
às mais importantes coleções de quadros do mundo, como a do Museu do Louvre, em
Paris, a do Museu do Vaticano e Capela Sistina, em Roma, dentre outros museus
da Espanha e de Nova Iorque. Nessa última exposição, a artista plástica expôs
11 telas, abordando três diferentes temáticas: flores, imagens abstratas e
figuras.
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