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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

VISUAIS - TRANSPARÊNCIAS DE LUCIANO FIGUEIREDO - 12 DE JUNHO DE 2001

JORNAL A TARDE SALVADOR, TERÇA-FEIRA, 12/06/2001



                                                     TRANSPARÊNCIAS

Luciano Figueiredo nasceu em 1948 em Fortaleza. Designer, cenógrafo, artista gráfico e plástico, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Foi diretor do Instituto de Artes Plásticas (1986/19870 e do Instituto de Artes Gráficas (1988), ambos da Funarte.
Como um dos amigos mais próximos de Hélio Oiticica e de Lygia Clark, tornou-se coordenador técnico do projeto Ho (1981/1997). Integra o grupo curador da Exposição Retrospectiva Hélio Oiticica (1992 / 1994), que já percorreu os Estados Unidos e diversos países da Europa. Foi também o curador das salas especiais de Hélio Oiticica e Lygia Clark, apresentadas na XX Bienal Internacional de São Paulo (1994), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1995) e no Museu de Arte Moderna da Bahia (1995). Atuou como cenógrafo e designer gráfico, no teatro, no cinema e na música. Assinou a direção de arte de alguns filmes e de shows de música popular brasileira. Representado, no Rio de Janeiro, pela Galeria Anna Maria Niemeyer, onde mostra seus trabalhos desde 1995, quando, naquele ano, Fernando Cochiarale escreveu que Luciano encontrou, na linguagem do cinema e do neoconcretismo, os fundamentos imaginários de sua obra, que, desde o início, há cerca de 25 anos, até hoje, claramente, manifesta um paradoxo: como corporificar o que não tem corpo? Como aprisionar a luz e as sombras? Como tratá-las de modo diverso da pintura, preservando, entretanto, os procedimentos artesanais das artes plásticas, e assimilar, simultaneamente, ao corpo do trabalho, a transparência das imagens de luz características do cinema.
Reprodução de obra de Luciano Figueiredo, em acrílica sobre papel e madeira .Capa do convite.

                                                                E DO BARRO...

O barro moldado com força impulsiona a visão alucinada, a feroz energia e a criatividade de Ramiro Bernabó, escultor baiano nascido em Buenos Aires. Emocional e instintivo, ele revela, nas esculturas, um forte sentido de antropomorfismo com a marca expressionista, provocando perplexidade e revelando uma súbita visão impactante. Com domínio da estrutura e da forma, Bernabó é um artista que comove com sua visão universal do ser e do mundo pela verdade que encerra. A temática trabalhada nesta exposição polariza-se essencialmente nesses dois elementos: na expressão do telúrico como elemento puramente subjetivo e na expressão de uma concentrada unidade.
Serão apresentados bichos fantásticos que habitam um zoológico imaginário. A obra dele nos leva para a consciência de uma realidade cósmica de onde vem o artista, para um mundo atemporal, primitivo e nu.

                                                               VISÃO TROPICAL

Cláudia Suzan, nascida em Hamburgo (Alemanha) e radicada no Brasil há 13 anos, realizou seu sonho tropical em 1980, quando se mudou para a Salvador. A exposição Revisões apresenta um resumo da produção da artista, focando duas fases distintas. A primeira retrata vários cenários de ferros-velhos, exibindo uma faceta urbana quase sempre despercebida pela maioria das pessoas.
Esta fase demonstra intenção da artista em fugir do tema tropical. A segunda é composta por pitorescas figuras de murais de templos hindus, com inspirações no Kama Sutra. As pinturas prendem e fascinam pelos detalhes caprichosos, feitos de acrílico em Eucatex. A artista diz que, “ao longo do tempo, vivendo num lugar de fortes cores e luzes, é impossível não me influenciar, tornando meu jeito de ver as coisas e minha arte cada vez mais colorida”. Ela está expondo na Casa 8, que fica na rua Fonte do Boi, 8, Rio Vermelho. 


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