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domingo, 12 de agosto de 2012

VISUAIS -PIERRE VERGER - AMOR À ÁFRICA - 22 DE JANEIRO DE - 2002


JORNAL A TARDE SALVADOR, TERÇA-FEIRA, 22 DE JANEIRO DE 2002

                                           AMOR À ÁFRICA 


O continente africano e o seu povo vêm sofrendo no decorrer da História a agressão de colonizadores, a ação dos fenômenos naturais- como a seca inclemente, e, recentemente, vulcões em erupção - e brigas intermináveis entre tribos e facções, que lutam pelo poder. Há décadas, um francês fixou seu olhar na cultura daquele povo sofrido e alegre. Registrou em milhares de fotogramas o seu dia-a-dia, estudou cientificamente a religião local, tornou-se um membro importante do candomblé e deixou como legado uma documentação fantástica. Agora, a Fundação Pierre Verger está organizando vários eventos comemorativos do centenário do seu nascimento.
Uma justa homenagem a Pierre Fatumbi Verger, fotógrafo, etnólogo, escritor, viajante, babalaô e ojuobá. E muito mais que isto, porque este francês-baiano era, acima de tudo, um humanista, deixou para trás, em seu país de origem, uma vida tranqüila, com um nível alto, para morar, modestamente, num bairro de classe média baixa e rodeado de pessoas humildes.
Reprodução da foto de Pierre Verger Jovem Africana.

                                          IRMANDADE DA BOA MORTE

A Irmandade da Boa Morte é o tema da exposição que o fotógrafo Hugo Daniel Rodriguez realiza até o dia 27 próximo, no Espaço Calasans Neto, no Uec-Pituba. A mostra reúne fotografias coloridas e em preto-e-branco das mulheres da Irmandade.
Nascido na Argentina, Hugo Daniel atua como repórter fotográfico há mais de 30 anos e já trabalhou em diversos periódicos argentinos e em outras revistas, como a Cláudia. Mesmo trabalhando como repórter, Rodriguez sempre esteve ligado à fotografia de arte, que resultou na realização de diversas exposições coletivas e individuais na Argentina. Residindo atualmente em Salvador, Rodriguez encantou-se com a Irmandade e resolveu registrar cenas e personagens da festa que acontece em Cachoeira, na Bahia.
A exposição poderá ser vista todos os dias, das 8 às 21 horas, até o dia 27.

                                                  ARTISTA LANÇA LIVRO

O artista Nelson Leirner, atualmente residindo no Rio de Janeiro, está lançando um livro que, segundo ele, deu-lhe oportunidade de rever sua vida e perceber que a memória prepara armadilhas aos que pretendem fazer história. Ele sempre foi avesso a grupos e, mesmo residindo no Rio de Janeiro, tem enfrentado dificuldade de mostrar com mais freqüência a sua produção.
Numa entrevista recente ao jornal O Globo, afirmou que” o mercado de arte carioca tem uma mentalidade muito fechada, e as instituições protegem os artistas que são daqui. Existe uma sociedade carioca que é bairrista e preconceituosa, mas os artistas do Rio, que são ótimos, são recebidos de braços abertos em toda à parte, inclusive em São Paulo”. Leiner é paulista e um dos pioneiros no Brasil da ready made - transformação de objetos comuns em arte. O livro, que está lançando através o Instituto Takano, é acompanhado de uma exposição na Galeria Brito Cimino, com obras de vários períodos de sua produção. Finalizando, com ar irreverente, ele diz:“Vivo mergulhado na ironia porque no Rio estou vivendo a fase mais produtiva da minha vida, mas os cariocas não viram nada do que fiz”.                      O artista Nelson Leirner lança livro.

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