TRÊS BAIANOS EM CURITIBA
Algumas obras que integraram a
Coleção Brasil 500 Anos, cujo grandioso trabalho foi feito pelo Instituto Itaú
Cultural, agora estão expostas na cidade de Curitiba na XI Mostra da Gravura. Entre
os artistas homenageados estão os baianos Calasans Neto, Emanoel Araújo e o
saudoso Hansen, que adotou a Bahia como sua terra, inclusive usando o nome
artístico Hansen Bahia. Todas as peças pertencem à Fundação Cultural de
Curitiba, mantenedora do Museu da Gravura, no Solar do Barão do Serro Azul, e
do Museu Metropolitano de Arte - Muma.
A primeira parte da exposição
contempla a coleção Brasil 500 Anos, destinada a testemunhar às futuras
gerações a expressão contemporânea em gravura e escultura. Ou seja, o que é
atual em nosso país e no resto do planeta para os curadores Eliane Prolik e
Bernadette Panek. Evidentemente, que essa visão, mesmo sendo ampla e técnica,
tem uma dose de preferência. Reprodução de detalhe da obra O Ladrão, de Oswaldo Goeldi.
Se fosse organizada por outros
curadores certamente alguns nomes estariam dentro ou fora da mostra. O que
considero perfeitamente natural.
O que nos toca diretamente é a
presença de Calasans Neto, Emanoel Araújo e Hansen Bahia.Considero inclusive
que Hansen Bahia é um dos maiores talentos da gravura neste século que findou.Não
tem merecido, especialmente nos grandes centros, reconhecimento à altura do seu
talento, que já deveria ter uma presença mais firme e mais reconhecida até
mesmo no exterior.
Esse alemão, que terminou seus
dias entre São Félix e Cachoeira, tem um traço inconfundível. A temática
popular – a exemplo dos álbuns Freqüentadores do Mercado de São Miguel,
Pelourinho e sua insuperável Via Crucis – é tema de suas obras, que podem e
devem figurar em qualquer seleção da gravura mundial.
Ao mesmo tempo, temos a
simplicidade de Calasans Neto e Emanoel Araújo, dois grandes talentos que
enriquecem a gravura em nosso estado.
Estão expostas 39 obras de
Calasans e várias peças de Emanoel, que hoje é um nome muito respeitado como
artista e promotor cultural, por ter feito um belo trabalho à frente da
Pinacoteca do Estado de São Paulo.
VIGA GORDILHO
Depois de apresentar-se em São Paulo com a
exposição Cantos, Contos e Contas, a pesquisadora e artista plástica Viga
Gordilho está com o seu trabalho no espaço do Museu de Arqueologia e Etnologia
da Ufba, no Terreiro de Jesus, desde o último dia 12. Ela continua fazendo
doutorado em Artes
Plásticas na Escola de Comunicação e Artes da USP, tendo como
linha de pesquisas Poéticas Visuais, com o projeto Cantos, Contos e Contas. Vem
experimentando ceras, metais, contas, pigmentos, corantes, terra e fibras
naturais brasileiras, criando formas harmoniosas e espaços bi e
tridimensionais.
Reprodução da capa do convite da mostra de Viga Gordilho.
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