JORNAL A TARDE, SALVADOR,
TERÇA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2000
O PINTOR DA BAHIA ; ESPERIDIÃO MATTOS

Agora, comemorando o aniversário
de sua Galeria Panorama, que funciona no Rio Vermelho, Ana Georgina promove uma
exposição de Esperidião, com vários óleos sobre tela e temática variada deste
baiano, natural de Jandaíra. Ele consegue, através da pintura, resgatar e
perpetuar imagens de uma Bahia que vai desaparecendo com a sanha da
insensibilidade. Esperidião nos revela a quietude das sacristias, a beleza da azulejaria,
nos transporta ao imaginário religioso, com seu traço firme. As fachadas das
igrejas centenárias e dos casarões mal conservados da velha Bahia povoam suas
telas. Uma pintura feita sem a preocupação documental, mas que, certamente,
servirá, no futuro, como parâmetro. Diria que Esperidião é um pintor da Bahia,
com toda a gama de significação que esta frase pode gerar na imaginação
coletiva.
O pintor Esperidião Mattos diante de uma tela perpetuando uma igreja baiana.
GRAFITE É ARTE
Por meio da promoção de oficinas
artísticas, o grupo P.RêRê quer conquistar o reconhecimento do grafite como arte em Salvador. Criado
há um ano e com atuação no bairro de Itapuã, o P.RêRê criou um projeto intitulado
Grafite é Arte,que propõe a realização de pinturas artísticas em locais
pichados, além de desenvolver oficinas para o aprendizado da técnica de
grafite.
Aerografia é uma técnica de
pintura que utiliza compressores de ar, mas na elaboração do grafite, utiliza-se,
também, tinta em embalagem spray. Glauco Copek, um dos coordenadores do
projeto, explicou que o grafite surgiu com a cultura hip hop, um movimento originado
na África e difundido pelos negros americanos, a partir da década de 70. “A
cultura hip hop tem como suas principais características a música rap e a dança
break”, acrescentou. Uma das metas da organização do projeto é conseguir uma
autorização, junto à Prefeitura, para grafitar locais públicos da cidade que
tenham sido pichados.
AZULEJARIA PORTUGUESA

As peças que estão expostas no
MAB dão uma idéia clara das inúmeras possibilidades de uso do azulejo:
Utilizado como material de revestimento de fachadas; suporte de arte; em
projetos encomendados por arquitetos a artistas plásticos; ocupando grandes espaços
urbanos. O metrô de Lisboa é um bom exemplo. Desde 1959, criações de
importantes artistas portugueses e internacionais, como Zao-Wo-Kin e Sean
Scully, podem ser vistas nas estações.
ainda vive este pintor?
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