JORNAL A TARDE, SALVADOR , SÁBADO, 26 DE
OUTUBRO DE 1974

ocupando grande parte do Museu de Arte Moderna do Rio, com grande sucesso da crítica e público.
O livro de Roberto Pontual sobre
Jenner é o segundo volume da coleção que a Editora Civilização Brasileira,
dedica aos grandes artistas brasileiros.
Integrando o livro há um ensaio
crítico de Roberto Pontual sobre o artistas e a arte moderna na Bahia, com mais
de uma centena de reproduções de quadros e desenhos, além de depoimentos de
pessoas de destaque na intelectualidade brasileira.
MESTRE RÉSCALA EXPONDO NA CAÑIZARES
O mestre Réscala está
apresentando alguns trabalhos na Galeria Cañizares, até o próximo dia 31 do
corrente mês. Réscala é um pintor amadurecido, pois seus trabalhos mostram o
domínio da técnica e da cor. Suas telas bem cuidadas apresentam as figuras de tal
forma que confundimos com o real. Tudo é devidamente pensado. Desde o traço à
maneira de distribuir as cores. São pinturas suaves, singelas. Podemos afirmar
que suas telas traduzem também a calmaria que é Réscala. No seu trabalho de
restaurador passa horas e horas em frente a uma velha tela reparando àquelas
partes danificadas por insetos ou pela umidade. É um trabalho de mestre, mas
que acima de tudo exige paciência e abnegação. Sem dúvida todos os trabalhos
elaborados pelo mestre Réscala, por sua técnica, pela distribuição da cor, pela
perfeição do desenho demonstram amor e abnegação de artista.
ÁLVARO APOCALYPSE VAI EXPOR NO RIO

Biografia extraída da enciclopédia Itaú Cultural.
Álvaro Brandão Apocalypse (Ouro Fino MG 1937 - faleceu em Belo Horizonte MG 2003). Pintor, ilustrador, gravador,
cenógrafo. Em 1956, estuda gravura em metal e litografia na Escola Guignard e inicia curso de
direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Realiza desenhos e atua como ilustrador
em várias publicações. Em 1959, leciona na recém-criada Escola de Belas Artes da Faculdade
de Arquitetura da UFMG, da qual se torna professor titular em 1981. A partir da década de 1960,
as festas populares são temas constantes em seus desenhos. Em 1962, torna-se professor da Fundação
Mineira de Arte. Sua obra apresenta caráter surrealista, a partir de 1965. Recebe o prêmio de viagem
ao exterior no 3º Salão da Aliança Francesa em 1969, então viaja para Paris e realiza curso de história
do desenho na Escola do Louvre. Cria o Grupo Giramundo de Teatro de Bonecos, em 1970, e produz cenários,
figurinos e marionetes para várias peças teatrais. Coordena o Ateliê de Tecnologia do Instituto
Internacional de Marionetes, em Charleville-Mèziéres, França, entre 1990 e 1991. Publica o álbum
de gravura Minas de Guimarães Rosa,
em 1977, pela Imprensa da UFMG, entre outros. Em 2001, é lançado o livro Álvaro Apocalypse:
Depoimento, coordenado por Marília Andrés Ribeiro e Fernando Pedro da Silva, pela
editora C/Arte.
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