NOVAS DESCOBERTAS DE CIVILIZAÇÕES
EXTINTAS
Arqueóloga olha uma imensa parede com inscrições Maia encontrada por Stuart |
“É
muito raro e fiquei tão excitado quando desci e vi isso que comecei a chorar”,
disse George Stuart, arqueólogo da Sociedade Geográfica Nacional. “É importante
não só pelo que é,mas pela informação que proporcionará sobre o período em que
a civilização Maia se estava cristalizando”, explicou.
A
tumba, situada perto do Rio Azul nas matas da região Nordeste da Guatemala, é a
primeira descoberta arqueológica intacta e escavada adequadamente na área da
América Central em 20 anos, afirmou a sociedade. Todas as outras foram alvo da
ação de saqueadores.
Na
tumba, foi encontrado um esqueleto, possivelmente de um membro de uma família
dirigente, 15 vasos de cerâmica e colares de jade, objetos que valeriam dezenas
de milhares se vendidos no mercado aberto.
O
local da escravidão fica numa cidade Maia onde há moradores reais, prédios de
administração, pirâmides-templo, outras tumbas e casas, campos e uma zona
industrial extrema para a fabricação de implementos de pedra.
O
anúncio da descoberta foi feito dois dias depois que a Guatemala e os Estados
Unidos assinaram um acordo para impedir que artefatos guatemaltecos sejam
importados pelos mercados norte-americanos, onde são vendidos a colecionadores
privados, e para a recuperação de objetos roubados.
Numa
entrevista coletiva em Washington, o ministro do Exterior guatemalteco Fernando
Androte classificou o achado da tumba de “uma dramática descoberta de tremenda
importância para a arqueologia Maia”.
O
local foi descoberto acidentalmente por um geólogo da Sun Oil Co, em 1962. Os
saqueadores depenaram as pirâmides e templos principais abrindo 125 covas,
roubando os objetos de maior vendagem e jogando outros artefatos numa vasilha
de lixo, tornando-os sem valor para a pesquisa.
A
tumba, escavada numa profundidade de três metros numa ala de um
templo-pirâmide, permaneceu intocada, fechada debaixo de pedra, e gesso
calcinado.Os
arqueólogos começaram a cavar na área no ano passado.
Stuart disse que a descoberta não se classifica entre as principais da Guatemala, ele a colocou em sétimo numa escala de 1 a10, mas contou ter sido uma experiência emocionante sua abertura.
Stuart disse que a descoberta não se classifica entre as principais da Guatemala, ele a colocou em sétimo numa escala de 1 a10, mas contou ter sido uma experiência emocionante sua abertura.
Guatemaltecas nas ruas com traços da cultura Maia |
A
tumba data de 420 a
470 depois de Cristo, período sobre o qual pouco se sabe. A civilização Maia
atingiu seu ponto culminante de 300
a 900 d.c., quando grandes cidades e centros cerimoniais
foram construídos, e depois desapareceu no século 10 por razões desconhecidas.
AS
MOEDAS MACHADO PERUANAS
As
culturas indígenas Pré-colombianas que floresceram entre os anos 800 e1.100 da
era cristã no litoral norte do Peru fabricavam moedas em forma de machado que
talvez utilizassem em suas transações comerciais, disse a imprensa o chefe de
uma equipe de arqueólogos peruanos, Carlos Elera Arévalo.
De
tamanhos diversos e fabricados com cobre, as moedas foram descobertas pelos
arqueólogos que faziam escavações em templos indígenas construídos de adobe que
eram ao mesmo tempo locais de adoração e de sepultamento.
Os
templos fazem parte de Batan Grande, importante centro arqueológico situado no
Departamento de Lambayeque, 500 quilômetros ao norte de Lima. Dali já foram
extraídos no passado valiosas peças de ouro como máscaras e Tumis, facas
cerimoniais dos antigos índios peruanos.
Segundo
Elera Arévalo, a descoberta confirma a
teoria de que as sociedades pré-colombianas utilizavam moedas em suas
transações. Já o arqueólogo Federico Kauffmann Doig, autor de numerosas obras
sobre a História Antiga do Peru, comentou que o achado é “muito interessante”,
assinalando: Já tínhamos na região do Equador as primeiras referências sobre as
chamadas moedas-machado. A descoberta é importante porque se acreditava que
havia apenas operados de troca no antigo Peru”.
Falando
aos jornalistas, Kauf Mann Doig declarou:, “hoje podemos afirmar que também os
antigos peruanos utilizavam um tipo de moeda para suas transações comerciais”.
Na
região da descoberta floresceram, entre outras a cultura Chimu, considerada
pelos estudiosos uma das que atingiram elevado nível tecnológico, especialmente
em metalúrgica.
CASA
DE JUSCELINO VAI SER RESTAURADA
A
casa onde viveu Juscelino Kubitscheck em Diamantina, uma típica construção da
segunda metade do século XIX, modesta, de tijolo e pau-a-pique com um pavimento
e porão, será inteiramente restaurada, e constituirão o principal item do
acervo da Sociedade Civil Casa de Juscelino, entidade criada com o objetivo de
preservar e divulgar a memória do ex-presidente.
Convênio
nesse sentido foi firmado entre a Flat Automóveis e a Casa do Juscelino pelo
qual a empresa mineira proporcionará suporte financeiro ao trabalho de
restauração, cujos levantamentos preliminares já estão concluídos. Além disso,
segundo anunciou o presidente da Fiat Automóveis, Amaro Lanari Júnior, a
empresa contribuirá também para a manutanção do memorial JK, em Brasília.
O
convênio foi assinado, por seu presidente e pelo diretor-superintendente,
Silvano Valentino. Pela Casa de Juscelino, assinaram o presidente, Serafim Melo
jardim durante a solenidade, a visita que o ex-presidente fez as obras de
construção da Fábrica, em Betim.
Naquela
ocasião, Juscelino se referiu ao fato de a empresa significar, para o estado,
um marco decisivo em seu processo de industrialização, objetivo que o
ex-presidente sempre perseguira.
Segundo
os diretores da Casa de Juscelino, a restauração do prédio onde o ex-presidente
viveu boa parte de sua vida, é etapa essencial a realização dos propósitos da
entidade, que consistem na preservação de objetos e escritos que lembrem sua
vida, sua obra e seu ideais. Além disso, a “casa de Juscelino” deverá
realizar, periodicamente, certames que estimulem estudos sobre Juscelino.
O
projeto de restauração da casa a descreve como “construção modesta, típica da
arquitetura residencial mineira do final do século XIX feita de pau-a-pique e
tijolo. Aproveitando a inclinação da ladeira, conta com porão, sob o piso de
tábua corrida”.
O
trabalho a ser realizado para a recuperação do prédio é bastante extenso: parte
do piso original foi substituído por ladrilhos; o forre está em más condições,
há diversas infiltrações pelas paredes e pelo telhado, e o madeirame está mau
conservado, atacado por água e insetos. O prazo estimado para a restauração da
casa, entre projeto e execução, é de quatro meses.
PAINÉIS
SOBRE OS DIREITOS HUMANOS
Desde
quinta-feira que o Museu de Arte da Bahia e o Centro de informações das Nações
Unidas estão apresentando a exposição Direitos humanos, do artista plástico
Otávio Roth. São 30 painéis, nos quais os artigos da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, que este ano completa 36 anos, estão transformados em
“imagens gráficas”, conforme explica o artista em sua apresentação dos
trabalhos.
O
objetivo é levar a um número cada vez maior de pessoas o conhecimento da
declaração, de uma “forma agradável e atraente”, disse Manoel de Almeida,
assessor do centro de informações. “A idéia de ilustrar cada artigo da
declaração evidencia a habilidade imaginativa aliada á beleza das próprias
pinturas”, escreveu o secretário geral da ONU, Javier de Cuellar. Os trabalhos
ficam expostos até o próximo dia 26 e o horário para visitação no MAB é das 14
às 18 horas.
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