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sábado, 8 de dezembro de 2012

GÊNIO VAN GOGH NO MUSEU METROPOLITANO - 05 DE NOVEMBRO DE 1984.


JORNAL A TARDE, SALVADOR , 05 DE NOVEMBRO DE 1984.

          GÊNIO VAN GOGH NO MUSEU METROPOLITANO 

A bela  de Van Gogh  Crepúsculo em Arles que pertence ao 
Museu de Kunst, Winterthur
Nova Iorque (UPI) Amantes da arte nos Estados Unidos compraram ingressos para a primeira grande exposição dedicada aos 15 meses que Vincent Van Gogh passou em Arles, França, inaugurada há alguns dias.
Se a alguém lhe perguntasse que artista pintou 200 telas e 100 desenhos e aquarelas em 63 semanas, provavelmente, responderia Picasso, a resposta certa deve ser: “Van Gogh pintou esse número em Arles”.
Picasso pode possuir a marca da prodigalidade na arte do século XX, mas Van Gogh tem a marca para o século XIX e o período de Arles foi o mais produtivo, e qualitativamente o melhor, de sua breve carreira como pintor, que se estendeu por pouco mais de uma década.
A exposição do Museu Metropolitano de Nova Iorque , que não será vista em nenhuma outra cidade dos Estados Unidos, inclui 75 pinturas de Artes e 68 desenhos, como as obras estão por empréstimos de muitos museus e de uns poucos colecionadores particulares, essa tão grande seleção de telas de Artes provavelmente nunca voltará a ser vista.
Por essa razão, as entradas venderam-se em todo o País através de empresas de computação desde princípios de setembro. A diretoria do museu colocou a venda cerca de 430.000 ingressos para a exibição que se prolongará até 31 de dezembro.
O MET reservou uma grande suíte de galerias para esta exposição única. Cada pintura, aquarelas e desenho recebeu um espaço amplo, sem precedentes, no recinto e está fixada um pouco acima do nível dos olhos para que dessa forma todos possam admirá-la sem que percam a visão obstruída pelos que estão na frente.
A exibição começa com umas poucas pinturas que Van Gogh fez em Paris pouco antes de transferir-se para Artes, na Provença, a somente 40 quilômetros do Mediterrâneo, em 1888, para encontrar a terra de tons azuis e cores vivas” que disse ter estampado em telas.
Vicent Van Gogh -
pós-Impressionista
Edgar Degas e, provavelmente, Henri de Toulouse-Lutrec, haviam contado ao artista holandês sobre o ensolarado e verdejante sul da França, mas quando chegou à Arles havia neve no solo.Van Gogh, entretanto, estava de bom ânimo e começou a pintar, imediatamente.
Paisagens brilhantemente nevadas, seguidas por vistas de frutas que floresciam na Primavera, compõem a primeira seção do período de Artes. Van Gogh havia absorvido o calor e o brilho da região central e, literalmente, os refletiu sobre suas obras.

       A tela Oleanders, de Van Gogh

Depois seguem-se outras seções representando cenas de colheitas com oceanos de trigo dourado, paisagens de pontes, parques públicos e um cemitério romano, paisagens marinhas e barcos de pesca, interiores de cafés, salões de baile, a austera sala de Van Gogh e uma de suas grandes naturezas mortas, Oleanders
Nenhum dos estudos de papoulas de Van Gogh, as mais populares das pinturas de Arles porque são o melhor exemplo de liberdade de suas obras em pincel e brilho de sua cor,incluíram-se pelas restrições de empréstimos e viagem.
Entretanto, a exposição é rica em retratos dos amigos que fez Van Gogh em Arles : o soldado em seu exótico uniforme argelino, o carteiro Joseph Roulin em uniforme azul e com gorro, sua esposa ruiva e seu filho Armand, o Dr. Rey com barbicha, a intelectual madame Ginoux e um jardineiro com calça azul.
Também há alguns maravilhosos auto-retratos, inclusive um mostrando Van Gogh em um chapéu com viseira de pele com uma venda sobre a orelha esquerda, que cortou, parcialmente, na véspera do Natal de 1888.
Seu estado mental se havia exacerbado pelas divergências com seu amigo Paul Gauguin que o visitou por dois meses em Arles.Van Gogh passou três semanas no Hospital de Arles, um prelúdio de seu eventual internamento num asilo que o levou ao suicídio.
A exposição também inclui algumas das pinturas que fez Gauguin em Arles , entre as quais se contam vários temas compartilhados pelos dois artistas. Em comparação com as dinâmicas telas de Van Gogh, que encerram impacto emocional imediato, as pinturas de Gauguin em tons pastel parecem serenas e contemplativas.

APENAS 5 BAIANOS ESTÃO ENTRE  230 SELECIONADOS

O Salão Nacional de Artes Plásticas passa a ser compreendido como um processo e um momento que transcende a simples mostra dos artistas plásticos nele selecionados. O Salão deve se tornar então um processo de discussão de arte brasileira e da produção das regiões com efetivo benefício para os estados de todo o país. Seu conjunto de atividades deve significar uma descentralização e sua presença simultânea em todos os estados.
Para tanto, foram programadas as atividades paralelas que variam de porte. Este ano, foram privilegiadas as questões das regiões Norte e Nordeste. Os eventos podem ser agrupados em seminários e debates, destacando-se: Artes Visuais na Amazônia (Manaus); Cinco conferências sobre a Arte Brasileira no Nordeste (Fortaleza); 400 Anos de Artes Visuais na Paraíba; Encontros com a Arte Brasileira (Salvador); Seminário sobre Crítica de Arte (São Paulo)
Dentro do programa de exposição haverá coletivas como Brasil Desenho (Belo Horizonte); Novos Artistas de Alagoas (Maceió); Premiados do Centro-Oeste no Salão Nacional (Brasília e Goiânia). Para o Piauí o Instituto Nacional de Artes Plásticas enviará exposição com obras de artistas brasileiros que os artistas piauienses mais queriam ver.
Dentre as individuais o Inap/Funarte está propondo levar de volta aos seus estados, artistas que aí nunca expuseram. O paraense Aluísio Carvão está expondo em Belém do Pará, este mês e serão promovidas ainda Antônio Maia, em Sergipe, e Carlos Mascarenhas, no Espírito Santo, todos premiados no Salão Nacional. Em alguns estados como Rondônia, Acre e Maranhão serão oferecidos cursos de acordo com as necessidades locais.
Em Pernambuco será feita a primeira exposição de Lasar Segall (obra gráfica), no Nordeste. De lá, essa mostra que inaugura o programa de circuitos estaduais do Inap, percorrerá cidades do interior do estado, como tentativa de um trabalho permanente da Funarte nas cidades interioranas.
Alguns desses eventos contam com o apoio da Petrobrás (Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Paraná). No Pará, a firma Estacon Engenharia S.A promoveu a ida de Aluísio Carvão. Em todos os estados o Inap/Funarte buscou entidades locais para definição do programa e co-participação nos eventos.

BAIANOS SELECIONADOS

Sante , uma seleção merecida
Para a Subcomissão de Seleção e Premiação do 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, esta foi a pré-seleção mais representativa, contando com artistas de 23 estados do Brasil. E, por outro lado é a primeira vez na história do Salão Nacional que o júri tem maior representatividade de São Paulo do que do Rio.
Os 1.175 artistas inscritos para o 7º Salão Nacional de Artes Plásticas representam quase a média exata de todos os salões, tendo aumentado o número de inscritos nos estados do Sul, Centro-Oeste e da Região Norte. O Rio de Janeiro foi o estado que teve a maior queda de inscrição.
Do total de candidatos para o 7º SNAP foram selecionados 230 e a esses número serão acrescidos trabalhos de vídeo-tapes, e audiovisual. Entre os selecionados, a nova pintura, o papel artesanal, a Região Norte, primitivos e fotografia são algumas das principais tendências ou preocupações representadas neste Salão.
A 2ª etapa de seleção será realizada nos dias 12 e 13 de novembro, enquanto a premiação será no dia 14. A inauguração do 7º, SNAP está marcada para o dia 7 de dezembro, no Rio. A Subcomissão de Seleção e Premiação é formada por Abelardo Zaluar (RJ), Glauco Pinto de Morais (SP) e Antônio Henrique Amaral (SP), eleitos pelos artistas inscritos e Osmar Pinheiro (PA), Aline Figueiredo (MS) e José Alberto Nemer (MG) indicados pela Comissão Nacional de Artes Plásticas. O presidente da comissão é o diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas da Funarte, Paulo Estellita Herkenhoff.
Foram os seguintes os artistas selecionados, nos estados da Bahia e Pernambuco para a 2º etapa do 7º. SNAP  :
BAHIA: César Romero, Sante Scaldaferri, Carlos Fragoso Senra, Márcia Magno e Juraci Dórea.
Pernambuco: Sebastião Lucena- Rejane Zaverucha, Silvio Malinconico, Raul Córdula Filho, Jairo Arcoverde, Paulo Roberto Barbosa Brusk, Maria Luíza M. Lins e Ana Elisabeth Vaz.



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