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sábado, 15 de março de 2025

RENER RAMA FAZ UMA IMERSÃO NO UNIVERSO DAS CORES

 Rener Rama trabalhando num  ensaio
em busca de novas tonalidades de cores.
Estive observando o atual processo criativo do artista Rener Rama em seu ateliê no bairro dos Barris, em Salvador, na sua busca contínua por uma pintura que se caracteriza pela contemporaneidade .Ele busca a amplitude da cor em todo o espaço da tela ou do papel através das constantes camadas de tintas que vão se sucedendo e se misturando em degradés quase imperceptíveis.  Está fazendo vários ensaios em  pequenos formatos no papel e presenciei o artista pintando um desses cartões. As pinceladas são rápidas e em seguida vai espalhando freneticamente  a tinta guache de várias cores em camadas que se misturam até formar uma cor na tonalidade que lhe agrade. O resultado é sempre surpreendente, imprevisível.  Ele disse que a tinta guache quase não respeita o seu comando e esta dificuldade o estimula a buscar  ainda o que deseja.Tudo é feito rapidamente porque a tinta guache que usa em seu estado pastoso seca rapidamente e Rener precisa encontrar uma tonalidade que seja abrangente em todo o espaço que está usando para pintar. Com a tinta acrílica deve ser quase mesma coisa principalmente porque costuma trabalhar com grandes telas e precisa espalhar a tinta em largos  espaços. A tinta acrílica é melhor para sobrepor camadas de tinta e a  secagem também se dá em pequeno espaço de tempo. Confesso que é preciso olhar e olhar com satisfação esses espaços mágicos  coloridos criados por Rener Rama os 
As obras de Rener Rama merecem uma
observação atenta e  reflexão sobre
o que estamos vendo, 2023.
quais nos transmitem energia e vibração. Ficamos procurando pequenas nuances de cor e vamos sendo tomados de alegria nesta contemplação. É como se a gente estivesse olhando um céu sem estrelas e começássemos a catar alguma estrela, e no final descobrimos que quase não há estrelas, e tampouco nuances de cor nas telas coloridas do artista. Elas têm sim, uma vibração, energia  e um encantamento próprios que nos transportam para o mundo mágico da pintura pela pintura. A pintura de Rener Rama tem o dom da simplicidade, e é muito difícil fazer o simples.

Evidente que estamos diante da produção de um artista  fortemente influenciado pelo
minimalismo, que é um movimento artístico surgido nos Estados Unidos nas décadas de 50/60 caracterizado por esta abordagem que valoriza a simplicidade e o essencial. Temos artistas minimalistas na arquitetura, na literatura, no design, e até na tecnologia.  Nos ensaios que vem fazendo, e já somam perto de quatrocentos, todos estão numerados e alguns trazem ainda quantas camadas de tinta ele usou para chegar naquela tonalidade de cor. Durante nossa conversa disse que adotou quatro princípios orientadores no seu processo criativo : continuidade, maciez gradual, diversidade cromática e intensidade cromática. Chegou a enviar para uma galeria paulista um pequeno texto com estas explicações técnicas sobre como vem trabalhando nestes ensaios. Vejamos:
Antes Rener Rama criava  obras com 
figuras, as quais foram se diluindo até
desaparecerem ao aprimorar a 
sua técnica pictórica.

Continuidade - Chamo de continuidade aquele efeito visual em que cada parte do espaço é interligada a outra sem qualquer tipo de divisão ou interrupção nesse fluxo de espaço, fluxo espacial que é simultaneamente fluxo cromático. A ideia de fluxo me interessa na medida em que nos convida a uma experiência contemplativa extrema, quando a pintura opera como suspensão da experiência do mundo, oferecendo-se em seu lugar como experiência festiva, prazerosa, plenificadora.” Quando ele fala em  plenificadora refere-se a pleno, completo.

Maciez Gradualé um efeito visual em que a passagem de uma cor para outra é  operada com a máxima gradação e suavidade, construindo, assim, uma extensão em que se opera o degradê de cores . Simultaneamente, o gerenciamento do tamanho da extensão que este terá no espaço geral da pintura. Com tal gerenciamento, produzo inúmeros e diferentes tamanhos e intensidades de degradês. Sem sair do mesmo conceito operacional (maciez em gradiente), produzo diferentes combinações de degradês.”

O artista é um pesquisador incansável em
busca de uma pintura contemporânea que
lhe satisfaça em toda a sua plenitude.
 
Diversidade Cromática : “ é a utilização de grande quantidade de cores que, mesmo com sua variedade, convergem para o estabelecimento de um matiz predominante, valorizando a produção de uma sensação de continuidade espacial.”

Intensidade Cromática : “Chamo de intensidade cromática a elevação da cor a sua máxima saturação por meio do uso de cores puras, combinadas com operações de contraste simultâneo, modulação tonal e expansão da cor em grandes áreas no espaço total da pintura.

                                                        SUA TRAJETÓRIA

Disse que trabalha com arte desde a infância e “sempre interessado em aperfeiçoar suas possibilidades expressivas e formais.”  Mas, na  virada da década de 80/90  iniciou profissionalmente após ser impactado por artistas como Anselm Kiefer, Sandro Chia e Daniel Senise  passou a pintar enquanto fazia o curso de Artes Plásticas, além de participar de salões e mostras individuais e coletivas. Fez o Mestrado na EBA em 2001 quando deu início a uma fase conceitual e tecnicamente mais embasada em sua obra. Disse ainda que segue “essencialmente na pintura, sempre curioso e interessado nas possibilidades expressivas dessa linguagem no contexto da subjetividade contemporânea”.

Obras da exposição A Nova Mão Afro-
Brasileira, no Museu Afro-Brasil
em São Paulo, 2018.
 Investiga e desenvolve  especialmente a partir de 2000, uma pintura focada em questões do espaço que submete a processos de minimização da fatura, suavização de polaridades e mistura da cor com o próprio espaço da obra. Trabalha como uma espécie de franco pintor, buscando instaurar pelo próprio fazer da pintura, um campo pictórico com o sentido de totalidade e expansão . Produz na busca de um resultado em que o espaço e a cor possam ser contemplados como uma mesma realidade. As pinturas a partir de 2023  representam uma importante consolidação do que tem investigado nos últimos 24 anos.

Vemos aí a variedade de tonalidades
de cores em degradés com suavidade.
Ensaios feitos em pastel seco sobre papel.
Sendo um  artista, especialmente interessado em pintura, disse que foi influenciado incialmente por sua mãe e avós que foram muito criativos sempre construindo, brinquedos com recicláveis, pedra e outras coisa e às vezes sem nome, mas que lhe impactavam por suas cores. “Depois de uma adolescência introspectiva e mergulhado em muitas leituras, incluindo o cromatismo, para mim, impactante dos quadrinhos da Disney, cheguei às influências mais fundamentais na minha obra, nessa fase, paralelamente ao curso de artes plásticas," lembrou Rener. Em seguida destacou, “as vertentes pictóricas me influenciaram: a primeira influência vem de artistas que me despertaram para o sonho de uma pintura densa, enérgica e com ênfase na exploração da amplidão espacial. Cito então, Sandro Chia, Sante Scaldaferri, Jackson Pollock, Anselm Kiefer, Daniel Senise e Iberê Camargo. A outra vertente de influência me levou primeiro a um mergulho no cromatismo e depois à relativização daquele sonho inicial por uma densidade pictórica. Falo então de Mark Rothko, Yves Klein, Ianelli, Volpi, e os minimalistas Donald Judd e Dan Flavin.”

                                                 QUEM É

O artista Rener Rama mostrando  obra
de sua autoria inserida num livro.
O Rener José Ramos Anselmo nasceu em seis de março de 1968, em Serrinha, interior da Bahia. É filho do ex-funcionário do Banco do Brasil Valmir José Anselmo e de d. Maria Helena Ramos Anselmo, tem mais dois irmãos. Estudou na Escola  Tio Patinhas, Escola Paroquial de Serrinha e na Escola André Negreiros até a quinta série quando seu pai foi transferido para Salvador, e vieram morar na Rua Bernardo Catharino, no bairro da Barra. Aqui foi matriculado na Escola Oswaldo Valente, que funcionava na Rua Presidente Kennedy, na Barra, e que hoje não mais existe. A seguir foi estudar no Colégio Sartre, da Barra, onde concluiu o ginásio e o colegial.

Falando de sua infância lembrou que desenhava muito e que seus pais e tios sempre o presenteavam com cadernos de desenho , lápis de cor e tintas . Enquanto seus amigos iam jogar bola ele preferia ficar em casa desenhando e tocando violão e guitarra. Mas, aos dezoito anos achou que a música ia lhe aprisionar largou os instrumentos musicais e foi fazer o vestibular para engenharia elétrica. Não foi aprovado, e logo depois decidiu fazer vestibular para as Artes Plásticas, sendo aprovado. Posterioemente  fez concurso e foi aprovado para trabalhar no Banco do Brasil, onde ficou quatro anos, teve que trancar a matrícula na EBA em 1993. Quando quatro anos depois o banco lançou o Programa de Demissão Voluntária-PDV ele saiu do banco, e foi se dedicar exclusivamente às artes visuais retornando em 1997 para a Escola de Belas Artes, concluindo o curso no ano 2000. Fez a pós-graduação e logo depois o Mestrado em Artes Visuais, quando apresentou seu trabalho com o título:  Há Pintura: O Espaço Pictórico como Instauração Poética e Advento do Visivo, sendo  aprovado com distinção.

Obra que integrou a Exposição Tropicália-30 Anos
no MAM-BA. 
Hoje vive exclusivamente de sua arte . Lembrou que estava fazendo uma exposição com Zau Pimentel, na Acbeu  em 1991 , e o Sante Scaldaferri foi ver as obras expostas. Ele gostou e o Rener Rama foi surpreendido com  um telefonema de Sante Scaldaferri que lhe declarou ter gostado das suas pinturas e lhe convidou a ir à sua casa em Itapuã. Para Rener Rama foi uma tarde inesquecível e conversaram muito sobre pintura . Recordou  que em certo momento Sante lhe disse: "Pintura não é desenho", quase um princípio, e pensa até hoje o que é pintura, e o que pode ser pintura? É uma reflexão e lhe locomove muito dentro da pintura, e vê como uma linguagem inesgotável. Tem uns quatro anos que vem dando valor a pintura pela pintura e a figuração foi naturalmente desaparecendo de suas obras. Hoje diluiu completamente a figuração pela própria linguagem pictórica e está decidido  a continuar nesta caminhada.

Não é uma pintura monocromátrica, fez questão de ressaltar, embora muitos podem se confudir que ali tem apenas uma cor. São camadas de cores que resultaram naquela tonalidade.  Ele disse que do ponto de vista do mercado a pintura que faz atualmente ainda é uma incógnita

Ilustração  para o livro de poemas de
Alex Rocha, Esperando a Madrugada,
 que fez em 2018.
tem gente que gosta da figuração.Talvez   não entendem e nem conseguem fazer  um comentário , uma leitura desta nova pintura que estou fazendo. À esta altura não consigo voltar à figuração. Disse que o Emanoel Araújo ao conversar com ele disse que “é um milagre você estar fazendo este tipo de pintura neste meio local .”  No entanto Rener Rama acredita que "pode ser difícil, mas deve ter um nicho, deve existir pessoas que compreendem e gostam deste estilo de pintura. Vou aqui fazendo minhas obras e este degradê que venho fazendo quero encontrar um ponto mais sofisticado, e em algum momento desses ensaios onde estou usando o guache sobre papel vou voltar para o acrílica e pintar minhas telas."

Outra boa lembrança foi sua convivência com o artista Joãozito Pereira, (faleceu em 2017),  que foi seu colega na Escola de Belas Artes, e na época trocavam  experiências. Quando foi fazer o Mestrado reencontrou o Joãozito na Eba, e ele disse: " O que está fazendo aqui?", como se eu não tivesse mais nada a aprender ali. Ele era dessas tiradas, e foi um artista  que sempre queria mais, buscar mais, ousar mais. Nunca estava conformado com o que fazia, e isto me incentivou a buscar sempre mais. Chegamos a ter um ateliê no Pelourinho e disse que o Joãozito sempre pensava grande."

                                                              REFERÊNCIAS

Obra Estado de Bem-Estar, de 1998.
SAJA – Veja  parte de um texto escrito pelo professor e filósofo Saja em 1998 falando  de Rener Rama: sobre as obras apresentadas na exposição Fiat Lux: “O trabalho apresentado aqui por Rener Rama é, sem dúvida, uma contribuição ao conhecimento da face deste homem, e isso é muito bom! Essa é a sua contemporaneidade: não apenas uma bolação acrobática de novas formas, novas disposições, novas – já tão velhas – invenções técnicas, mas um compromisso efetivo com o futuro do homem e do mundo. Em Fiat Lux, o que se encontra é mais uma promessa, um tempo para sempre adiado de luz que, paradoxalmente, é toda aqui e para sempre agora. Vejo que ele trabalha com este ser que ainda virá, um homem do amanhã, sem em nada perder da sua mais cotidiana cotidianidade... o homem será amanhã o que conseguir ser hoje – como está dito no provérbio asteca: A terra será o que são os seus homens!"

MATILDE MATOS – escreveu em 1998 na mostra da Galeria Acbeu:“A pintura de Rener Rama é daquelas que a gente não esquece, facilmente reconhecível entre a leva de artistas surgidos nos libertários anos 90, que tendem a trocar Arte por Cultura quando não por decoração. É raro o artista desta geração que busca desenvolver o meio que ele próprio escolheu – a pintura – cujo avanço pode ou não coincidir com o andamento fugaz da cultura popular orientada pela mídia do nosso tempo. Evidentemente a facilidade deste apelo atrai os artistas. Rener também se utiliza da liberdade pós-moderna, mas busca a qualidade artística numa abstração fluida, instável, volátil, onde a referência figurativa é quase completamente apagada. Em alguns quadros desta mostra usa o objeto minimalista como ponto de referência, enquanto amplia o campo abstrato em torno dele. Pode contrastar o mesmo objeto sobre o preto e o branco, trabalhando em ambos a atmosfera de luz ".

RISOLETA CÓRDULA - publicado no catálogo da exposição (coletiva) Bahia à Paris: Arts Plastiques D’aujourd’hui, na Galerie Leonardo, Paris,1998: “O sentido de harmonia, o uso adequado do espaço e o tratamento requintado do suporte são características primordiais do trabalho de Rener Rama. Utilizando a espessura da tela e as cores em todo o seu impacto, o artista cria grandes espaços com impressionante contraste de sombra e luz, cenários para estranhas figuras isoladas símbolos do seu universo onírico."  Risoleta Córdola, 1998(Membro da Associação Internacional de Críticos de Arte - France)

EDUARDO EVANGELISTA- publicado no catálogo da exposição Natureza (duo Rener Rama e Zau Seabra) na galeria ACBEU, Salvador-BA, 1991 : {...} “Rener Rama revela um trabalho singular e bastante amadurecido, embora seja esta uma fase que está trabalhando há apenas um ano. Seu “Leit motiv” é o ser humano na sua consciência plena de SER, mostrando e mostrado na sua essência. Afigura humana é, portanto, uma constante em seu trabalho e o tratamento pictórico alia requinte técnico e liberdade formal. Gestos largos fazendo a sua forma se reportar, mantidas as necessárias distâncias, às de Iberê Camargo e Paulo Sayeg, em que o fundo faz figura, demonstrando, talvez, uma denúncia das contradições e, certamente, um apelo ao pensamento e à ação. Seu tratamento formal mantém o referencial com seus ulteriores trabalhos a nanquim, onde explorava com acerto e muito bem os efeitos do preto-branco, criando zonas de tratamento que faziam surgir os elementos e as figuras do próprio suporte. Nisto, segue Darel e o faz muito bem. Segundo depoimento do próprio artista, não se trata de retratar nem o pranto nem a alegria, mas captar o todo sem outras emoções que não as estéticas.”

Capa do catálogo da exposição Fiat Luz, 1998.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS 

2010 -Exposição retrospectiva – Evento comemorativo dos 14 anos do Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira – Feira de Santana - Ba ; 2008 - Pessoas e Bolas – Galeria do Conselho – Salvador-BA ; 2003 - Há Pintura – Galeria ACBEU Salvador-BA ; 2000 - Fiat Lux – Galeria SESC PAULISTA – São Paulo-SP; deZENhos – Galeria Moacir Moreno, Theatro XVIII – Salvador-BA ; 1998 - Os Universais – Galeria ACBEU Salvador-BA; Fiat Lux– MAM – Salvador-BA ; 1994 -Coração - My Heart - Love - No Chance – Galeria ACBEU – Salvador-BA;  1988 - Arame Farpado – Escola de Belas Artes,da UFBA – Salvador-BA.

EXPOSIÇÕES COLETIVASEm 2013 - A Nova Mão Afro-brasileira - Museu Afro Brasil - São Paulo - Sp ; 50 anos de arte na Bahia - Caixa Cultural - Salvador - Ba; 2010 - Novas aquisições do Museu de Arte Moderna da Bahia - Salvador – Ba ; Circuito das artes - Palacete das Artes -Museu Rodin - Salvador-BA; Panorama ; 2010 – Mostra de Fotografia – Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira – Feira de Santana-Ba ; 2009 - Exposição 2.234 – Casarão,Largo de Santo Antonio a Carmo – Salvador -Ba ; 2008 - 15º Salão da Bahia – MAM – Salvador-BA ; 2007 - XIII Salão Unama de Pequenos Formatos - Galeria Graça Landeira - Belém-PA ; Salões Regionais de Artes Visuais da Bahia – Juazeiro-BA ; Afetos Roubados no Tempo – Caixa Cultural – Salvador-BA ; 2006 VIII Bienal do Recôncavo – São Felix-BA; Guardares - 15º Encontro Nacional da Anpap - arte: Limites e Contaminações – Galeria Cañizares – Salvador-BA; 25 Artistas Baianos - 25 anos Galeria Solar do Ferrão – Solar do Ferrão – Salvador-BA; Afetos Roubados no Tempo - Espaço Eugénie Villien na Faculdade Santa Marcelina – São Paulo-SP; 2005 - Volta a São Paulo em Mais de 80 Malas – Museu de Arte e Cultura de Caraguatatuba – SP; Art For Today – Galeria ACBEU Salvador-BA ; 2004 - Uma Viagem de 450 anos – Sesc Pompéia – São Paulo-SP; Acervo da ACBEU - Museu
Regional de Arte da UEFS – Feira de Santana-BA ; 2002 - VI Bienal do Recôncavo – São Felix-BA; Arte Arte Salvador – Museu da Cidade (inauguração) – Salvador-BA ; 
Art For Sale – Galeria ACBEU Salvador/BA; 2001 - Exposição Comemorativa dos 125 Anos da Escola de Belas Artes – Conjunto Cultural dos Correios – Salvador-BA ; Pintura em Gestos de Paz – Conjunto Cultural da Caixa – Salvador/BA ; 2000 - 8º Salão de Artes Plásticas de Rondônia – Porto Velho-RO ; V Bienal do Recôncavo – São Felix-BA ; 25 Anos da Galeria ACBEU – Salvador-BA ; 1999 - 100 Artistas Plásticos da Bahia – Museu de Arte Sacra – Salvador/BA; Salão Regional de Juazeiro – Juazeiro - BA; Arte Arte Salvador – Memorial de Curitiba – Curitiba-PR ; 1º Exposição Leilão de Arte GACC – MAM – Salvador-BA ; 1998 - Tropicália 30 Anos – MAM – Salvador-BA ; IV Bienal do Recôncavo – São Felix-BA; Projeto Salvador Arte-Arte 450 anos – MAM – Salvador-BA ; Bahia a Paris – Arts Plastiques d’aujourd’hui – Galerie Leonardo – Paris-França;  1997 - Um Brinde ao Café – Cafeliê – Salvador-BA ; 1996 - 150 Anos da Cia. dos Portos da Bahia – Salvador-BA Banco de Talentos –Memorial da América Latina – São Paulo-SP ;1995 - III Bienal do Recôncavo – São Felix-BA ; II Salão da Bahia – MAM – Salvador-BA ; 

Obra em acrílica sobre tela . A vibração
da cor encanta a espectadora, 2023.
1994 - I Salão da Bahia – MAM – Salvador-BA ; Banco de Talentos – Memorial da América Latina – São Paulo-SP ; 1993 - II Bienal do Recôncavo – São Felix-BA ; 3ª Exposição de Arte dos Alunos e Funcionários da ACBEU – Galeria ACBEU – Salvador-Ba; 1992 - Exposição/Workshop com Luís Paulo Baravelli – MAM – Salvador-BA ; Encontro de Artistas Plásticos no Passeio Público do Palácio da Aclamação (Dia Internacional do Teatro) –promovido pelo Teatro Castro Alves – Salvador-Ba; 1991 Natureza – Galeria ACBEU – Salvador-BA ; Salão Treze – Biblioteca Central dos Barris – Salvador-BA ; I Bienal do Recôncavo – São Felix-BA ; 1990 - 27 Anos da Galeria Treze – SESC-SENAC – Salvador-BA ; 1989 - GA8889 – Teatro Castro Alves – Salvador-BA; 2º Salão Baiano de Artes Plásticas – MAM – Salvador-BA ; 1988 - 25 anos da Galeria Treze – Teatro Castro Alves – Salvador-BA ; Salão Universitário de Artes Visuais – Teatro Castro Alves – Salvador-BA ; MAM (Museu de Arte Moderna)

PRÊMIOS : 2008 - 15º Salão da Bahia – MAM – Salvador-BA ; 2007 - Salões Regionais de Artes Visuais da Bahia – Juazeiro-BA ; Prêmio Matilde Matos – Edital de Montagem de Exposição – Salvador-BA ; 2000 - 8º Salão de Artes Plásticas de Rondônia – Porto Velho-RO; Prêmio V Bienal do Recôncavo – São Felix-BA – Menção Honrosa; 1996 - 150 Anos da Cia. dos Portos da Bahia – Salvador-BA – Prêmio (pintura) ; 1995 -  III Bienal do Recôncavo – São Félix-BA – Prêmio ; 1992 -  Concurso de Mural para a Escola de Belas Artes – Salvador-BA – Prêmio ; 1991 -  Salão Treze – Biblioteca Central dos Barris – Salvador-BA – Prêmio; 1990 -  Concurso de Mural para a Escola de Belas Artes – Salvador-BA – Menção Honrosa ; 1988 - 25 Anos da Galeria Treze – Teatro Castro Alves – Salvador-BA – Menção Honrosa.

OBRAS EM ACERVOS : Museu Afro Brasil ; Museu de Arte contemporânea da Bahia ; Museu de Arte Moderna da Bahia ; Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira ; Centro Universitário de Cultura e Arte ; Prefeitura Municipal de Salvador; Galeria Sesc Paulista ; Galeria Sesc Pompéia ; Coleção Antônio Gatto ;Theatro XVIII ; Associação Cultural Brasil-Estados Unidos – ACBEU; Coleção Sante Scaldaferri e  Centro Cultural Danneman.


27 comentários:

  1. Não conheço o artista, mas a investigação cromática tem critérios e acrescenta algo às obras dos formalistas russos e ao cubismo de Braque. É difícil criar abolindo o referente, basta lembrar o Metaesquema de Oiticica. Já passou do ponto de a Bahia voltar a realizar o Salão de Artes Plásticas

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  2. Darcy Brito
    Muito interessante.
    Na minha interpretação a arte atual de Rener Rama cores sobre cores, que nem ele sabe qual será o resultado final, é como olhar para o universo cujas nuances no céu estão sempre mudando, às vezes azul, outras vezes cinza, nublado, alaranjado a depender do clima.

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  3. Maria Maxixe
    A arte de Rener Rama é bem atual e nós dá uma tranquilidade tão necessária ultimamente .

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  4. Maria Das Graças Santana
    Mais um talento bahiano. As cores é uma buscar pessoal que deu luz a pintura do Rener . Parabéns e sucesso sempre!

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  5. Fernando Freitas Pinto
    Parabéns para o Artista Rener Rama pelas pinturas e ao Jornalista, Crítico de Arte Professor Reynivaldo Brito pelo Texto!!! Abraços!🌻🌻

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  6. Joaquim Reis
    Rener Rama é o bicho maluco beleza, pois pinta o imaginário.

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  7. Valmir Anselmo Anselmo
    Parabéns Rener pelo crescente sucesso

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  8. Magalhães Ramiro
    Parabéns Reynivaldo !
    Rener Rama,! Remar o Remo sempre em direção do por do sol.
    Luz

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  9. Rener Rama
    Edisiene Correia certíssimo, Edi. Por enquanto um só rsss há inclusive a foto desse trabalho aqui na entrevista. Abraço

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  10. Maria Vitoria Arruti Teixeira
    Também tenho uma linda tela de Rener em minha sala, que me enche de boas energias

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  11. Zebay Silva
    Mais um belo texto mestre, muito sucesso ao artista Rener. 🙏

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  12. Domingos Dantas Brito
    Cores diversas e muito interessantes, atual.

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  13. Lígia Aguiar
    Emoção. É o que sinto ao contemplar uma obra de Rener Rama. Somos seduzidos pela bela dimensão cromática alcançada pelo artista.
    O que me chama atenção na sua trajetória é a sua busca incessante por acreditar que pode fazer cada vez mais uma arte pura e despojada de vestígios de traços e marcas.
    O conheci produzindo uma arte minimalista e quase abstrata. Eram telas em grandes formatos em que a cor predominava e o objeto desvanecia.
    Hoje, Rener Rama continua a explorar a linguagem da cor, mas com uma abordagem mais sutil e refinada. A utilização de camadas sucessivas de cor permite que ele alcance nuances e profundidades antes inatingíveis. Essa técnica não apenas amplia a paleta de cores, mas também cria uma sensação de movimento e energia nas telas.
    Essa busca é um testemunho da dedicação à sua visão artística e da sua capacidade de inovar e experimentar.

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