JORNAL A TARDE, SALVADOR, 17 DE NOVEMBRO DE 1979
CARL BRUSELL EXPÕE 35 ANOS DE PINTURA
A Galeria O Cavalete e a Empreendimentos Odebrecht promovem a exposição 35
anos de pintura de Carl Brussell cujo vernissage será á 21 horas do dia 22 de
novembro de 1979. Esta exposição proporcionará aos conhecedores da obra de
Brusell uma avaliação global de sua trajetória artística nestes 35 anos.
Trabalhos de influência marcadamente acadêmica, ao lado de obras recentes,
oferecem contrastes para a avaliação da evolução que Brusell deu a sua obra.
GRUPO MOBIL NA BELAS ARTES
Trata-se
de um grupo formado por jovens professores de dança da UFBª- Vera Cerqueira
Juçara Pinheiro, Lívia Serafim, Luíza Borja, Nelma Seixas e Sílvia Gama Lobo
sob a coordenação das professoras Simone Gusmão e Maria Sofia Villas Boas. O
referido grupo apresentou-se com extraordinário êxito na Escola de Belas Artes,
sendo calorosamente aplaudido.
O
convênio firmado entre EMAC/MEC/Funarte, proporcionou este espetáculo.
FUNARTE
E CRÍTICOS DE ARTE DARÃO PRÊMIO GONZAGA DUQUE
Até
hoje estão abertas as inscrições para o Prêmio Gonzaga Duque-1979, concedido
pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e promovido pela Funarte.
Ele visa distinguir o trabalho, a divulgação ou a ação de um
profissional-crítico, ensaísta ou historiador de arte realizados este ano.
Os
candidatos ao Gonzaga Duque (no valor de CR$60 mil) serão indicados pela ABCA
ou inscritos por iniciativa própria, devendo enviar seu trabalho, publicado ou
inédito, em cinco vias, à Secretaria da Associação, no Museu de Arte Moderna-
Caixa Postal 44, Rio de Janeiro, CEP 20021.
Uma
comissão julgadora composta de 5 críticos de arte (3 indicados pela ABCA e 2
pela Funarte) fará o trabalho de seleção e premiação, e a sua decisão será
irrecorrível. A diretoria da Associação não concorre a prêmio, que não poderá
ser dividido. O vencedor receberá o Gonzaga Duque e o diploma correspondente,
um mês após o resultado.
Esta
será a segunda vez que se entrega o prêmio estimulado pela Association
Internationale des Critiques D’art ( a ABCA é sua seção brasileira). No ano
passado o seu valor era CR$50 mil e foi ganho pelo crítico Clarival do Prado
Valladares, pelos seus trabalhos de coordenação e análise crítica.
ASSOCIAÇÃO
PREMIA ARTISTA PLÁSTICO
Também
como o patrocínio da Funarte, a Associação iniciou o processo de escolha para o Prêmio ABCA deste ano, destinado a um artista plástico, consagrado ou
iniciante, desde que significativo para o processo cultural do país. As
indicações dos associados, no máximo 3 artistas, terão que ser remetidas por
carta à ABCA, até 30 de novembro.
O Prêmio ABCA, uma escultura criada especialmente para o evento por um artista
brasileiro, também acompanhada de diploma, igualmente será entregue um mês após
o resultado. Na escolha, a cargo da diretoria da ABCA, será levada em conta a
significação e a contribuição da obra do artista ao calendário cultural do
país. Em caso de empate o voto de minerva caberá ao presidente da Associação,
Carlos Flexa Ribeiro. Acangelo Ianelli foi o vencedor no ano passado, em função
da sua exposição retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo,
considerada a mais importante do ano e, seu prêmio, uma escultura de Maurício
Salgueiro.
LEILÃO
DAS OBRAS DE PAULETTE GODDARD
Retrato de Paulette Goddard 1940-41,
pintado por Diego Rivera
|
A
estrela de 67 anos, residente na Suíça, assistiu a venda na Sotheby Parke
Bernet Galleries, sentada modestamente no balcão da principal sala de vendas. O
resultado final surpreendeu a Sotheby, que havia avaliado a coleção em 2,9
milhões de dólares (90 milhões, 335 mil cruzeiros).
Paulette
declarou-se encantada e excitada com o leilão, e explicou: Possuir todas estas
obras-primas tornou-se uma tremenda responsabilidade, porque eu viajo demais.
Prosseguiu: Penso que o público deve ter acesso a pintura de tamanha
importância e também me cansei de precisar acondicioná-las em engradados. Já faz
algum tempo que eu estava planejando vendê-las.
O
certo é que a simpática ex-atriz escolheu também o melhor momento para se
desfazer de sua preciosa carga, quando o mercado de quadros impressionistas
mantém cotações elevadas e constantes.
Uma
paisagem de Cézanne, retratando casas de tetos vermelhos na província
mediterrânea de Provence, pintada em 1882, foi arrematada por um colecionador
anônimo de Paris por 560 mil dólares (17 milhões, 444 mil cruzeiros). O mesmo
colecionador comprou uma vista de Veneza, de Monet, por 250 mil dólares (7
milhões, 787 mil, e 500 cruzeiros) e um retrato de Renoir por 180 mil dólares
(5 milhões, 607 mil cruzeiros)
AVANT-PREMIÉRE
DE PINTORES DE DOMINGO
Está confirmada a participação da primeira dama do país, dona Dulce Figueiredo, como patronesse de honra de Campanha Pintores de Domingo, que terá sua avant-premiére em Brasília, no próximo dia 22, em coquetel a ser oferecido pela Editora Abril.
O
presidente João Figueiredo também deverá estar presente, não só como convidado
especial, mas como um dos pintores expositores, juntamente com alguns ministros
de Estado e demais personalidades do mundo social, político e empresarial.
A
Campanha Pintores de Domingo reunirá quadros de 250 pessoas de renome, que
serão leiloados em benefício de cinco entidades que se dedicam á assistência
social de 1.500 crianças.
A
mostra dos Pintores de Domingo, permanecerá em Brasília até o dia 25, quando
seguirá para São Paulo, onde será aberta oficialmente pelo governador Paulo
Salim Maluf, também um dos pintores, no dia 9 de dezembro, ás 11 horas, na A
Galeria, á Rua Haddock Lobo. 1.111.A
partir das 16 horas, a exposição será aberta para a visitação pública, devendo
se estender até o dia 23 de dezembro.
A
venda dos quadros será feita em
São Paulo , através do sistema de leilão de mesa, com lances
anotados.
Segundo
as representantes das entidades beneficentes, promotoras do evento, juntamente com
a Editora Abril, as obras terão um preço mínimo a ser determinado.
O
TRABALHO DAS VILLAS BOAS VISTO POR UMA OBJETIVA
Uma
exposição de repórter fotográfico Luigi Mamprin, sobre o trabalho dos irmãos
Villas Boas cuja luta pelo índio brasileiro é por todos conhecida, está sendo
promovida pela Du Pont do Brasil com o objetivo de despertar um maior interesse
pela cultura e arte nacional.
A
arte da fotografia jornalística de Mamprin, que acompanhou os Villas Boas pelo
interior do Brasil, durante muitos anos, revela todo o esforço pela preservação
do elemento humano natural da nossa terra e retrata de forma dignificante a
beleza, a vida e a cultura de tribos como a dos Kren-a-Korore, Kamaiurá,
Kalapalos, Jurunas e dos Cajabis.
Veterano
profissional da imprensa, tendo trabalhado em diversos jornais e revistas do
país, Luigi Mamprin conseguiu imprimir uma nova dimensão á reportagem
fotográfica, aproximando-a de uma manifestação artística e cultural, exatamente
dentro do espírito do programa traçado pela Du Pont de incentivar o amor por
valores e tradições brasileiras.
O
trabalho de Mamprin ficou exposto no hall de entrada do edifício-sede da
empresa em São Paulo ,
á Rua da Consolação, 57, e agora está sendo levado para as suas fábricas de
Paulínia, Cumbica, Diadema, Freguesia do Ó (São Paulo) e em Barra Mansa , no Rio de
Janeiro, proporcionando aos seus funcionários e ao público em geral uma mostra
de arte de grande significado cultural.
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