JORNA A TARDE,SALVADOR, SEGUNDA-FEIRA, 20
DE NOVEMBRO DE 1989
Já estão abertas as inscrições do II Salão Universitário de Artes Visuais (II SUAV), promovido pela Universidade Federal da Bahia através da Pró-Reitoria de Extensão, com o objetivo de apresentar obras que correspondam ás tendências de arte contemporânea, uma visão ampla e representativa da arte universitária na Bahia.
O
salão abrangerá as diversas categorias: cerâmica, desenho, escultura, pintura,
fotografia, gravura, objeto, tapeçaria, instalações arte conceitual, o Muro
como suporte de obras, e poderá aplicar conceitos tais como apropriação e
interferência e outros oriundos da arte atual.
Só
poderão participar do salão aqueles que comprovem no ato da inscrição ser
alunos regulares de instituições de ensino superior instaladas no estado da
Bahia. Os interessados poderão participar nas categorias de cerâmica, desenho,
escultura, pintura, fotografia, gravura, objeto e tapeçaria, com três
trabalhos, executado-se as outras modalidades previstas no Regulamento, somente
com uma única proposta, realizada individualmente ou em equipe, inscrevendo-se,
neste caso, todos os estudantes que a integram. As inscrições poderão ser
entregues até o dia 30 na sede da Pró-Reitoria que fica na Rua Araújo Pinho,
nº 32, no Canela.
JÚRI
E PRÊMIOS
O
júri será presidido pelo coordenador do Salão, professor Ivo Vellame e
integrado por mais quatro membros, dois críticos de Arte e dois artistas
plásticos que selecionará os trabalhos e indicará as premiações. Suas decisões
são soberanas e irrecorríveis.
Os
prêmios serão oferecidos pela Universidade Federal da Bahia, Associação
Cultural Brasil-Estados Unidos, Escola de Belas Arte e os jornais A TARDE,
Tribuna da Bahia e Jornal da Bahia, Associação Brasileira de Críticos de Artes,
todos são superiores a NCz$500,00.
O
transporte dos trabalhos ocorrerá por conta e risco exclusivamente dos
concorrentes e as obras não selecionadas dos artistas residentes em Salvador
deverão ser retiradas pessoalmente na Pró-Reitoria de Extensão, até 15 dias
após o término do julgamento e as selecionadas até 15 dias após o encerramento
da mostra do Salão: findos esses prazos a Pró-Reitoria de Extensão não mais se
responsabilizará pelas obras, nem por sua guarda.
Os trabalhos de artistas residentes fora de Salvador serão devolvidos com frete
a cobrar e é vedada a retirada das obras de antes do encerramento do salão.
MARCOS
BENJAMIN NA BIENAL
Marcos
Coelho Benjamin nasceu em 1952 em Nanuque, no norte de Minas Gerais. Com o pai,
baiano, comerciante e também marceneiro, músico tocador de bandolim e
caricaturista, aprendeu a desenhar e a trabalhar na oficina de molduras;
aprendeu a lidar com a madeira, dar-lhes forma e sentido.
Em
1969 foi para Belo Horizonte. Autodidata, começou como cartunista e artista
gráfico.
Fazia
cartazes para mostras especializadas no Brasil e no exterior, assim como para
jornais e revistas, alguns dos quais ajudou a criar. Colaborou, entre outros,
no Estado de Minas, Pasquim, Suplemento Literário de Minas Gerais, Jornal Ex.
Aos
37 anos, Marcos Coelho Benjamin, tendo participado de diversas exposições e
coletivas, já recebeu 10 prêmios nacionais e internacionais. O mais recente, o
Prêmio Itamaraty (Aquisição da XX Bienal de São Paulo, dividindo-o com dois
outros artistas brasileiros, Flávio Shiró e Flávia Ribeiro.
O
trabalho apresentado nesse importante evento consta de uma coleção de objetos
de tamanhos diferentes, de uma beleza e força comoventes. Destaca-se uma série
de peças de grande proporção, cerca de três metros de altura, onde sua
arquitetura poética ganha uma dimensão desconhecida até agora.
LEMBRANÇA
DO GÊNIO ANDY WARHOL
Um mês antes da surpreendente morte de Andy Warhol em 1987, o galerista Hermann Wünsche recebeu os primeiros exemplares de uma série serigrafada de autoria do artista norte-americano. Era o seu último ciclo gráfico concluído. As 50 variações em cores do retrato de Ludwig van Beethoven encontram-se expostas no foyer do Teatro de Beethoven, em Bonn.
Warhol
escolhera o motivo durante uma viagem á Alemanha que também o levou a Bonn,
cidade natal do genial compositor. Após descartar os modelos da máscara
mortuária e da patética efígie do monumento de Beethoven na Praça Münster de
Bonn, Warhol resolveu usar para o seu trabalho uma fotografia do famoso retrato
de Beethoven, pintado por Josef Stieler, em 1820. Num estilo romântico e
idealizador, o quadro nos mostra o músico trabalhando. Na época, Beethoven
tinha 48 anos.
Para
compor o ciclo serigráfico, Warthol montou por sobre o retrato excerto de
partitura manuscrita de Beethoven, intensificando sua expressão de concentração
criadora.
GILSON
ESCULPIU UMA NAJA
Gilson ao lado de sua naja gigante |
E
prossegue com seu depoimento dizendo que de acordo com o horóscopo chinês este
é o ano da cobra e por isso ele resolveu materializar o seu sonho com uma
escultura, medindo nove metros de comprimento e pesando 180 quilos. Uma cobra
imensa e que lhe consumiu nada menos que sete meses de trabalho duro. Tem gente
que curte uma serpente, Aqui, os adeptos do candomblé a chamam de Oxumaré e
outros chegam a criar cobra como animal doméstico. Tem gosto pra tudo.
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