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Foto 1 - Ângela Cunha em foto atual tirada por mim em seu ateliê. Foto 2- Em 1976 recortando gravura para expor no MAM-Ba. |
Conheci a Ângela Cunha na década de 70 recém-chegada dos
Estados Unidos quando veio morar em Salvador atraída pela efervescência
cultural que vivia a Bahia na década de 70, e que teve repercussões em todo o país e até no
exterior. Ela é natural de Londrina, no Paraná, e quando tinha por volta
de dezessete anos resolveu estudar nos Estados Unidos, mas seus
pais não tinham condições financeiras de bancar seus estudos fora do país. Foi
ai que seu pai soube que a Associação Cultural Brasil-Estados Unidos -
ACBEU iria realizar uma seleção para levar alguns estudantes brasileiros
para a América através do American Field Service, uma instituição de
intercâmbio cultural. Participou da seleção e ficou em segundo lugar, mas como
a vencedora tinha idade superior à permitida na seleção ela foi chamada, e
assim pode estudar e se aperfeiçoar na Tenafly High School quando foi estudar
inglês, espanhol e artes, dentre outras disciplinas. Esta escola fica
localizada no condado de Bergen, no estado de Nova Jersey, perto de New York. "Aí me
apaixonei pela arte, e tive a felicidade de fazer amizade com minha colega Sherryl
Belinsky que era uma artista que fazia belos desenhos em bico de pena.
Conservamos esta amizade até hoje, e tem uns anos que ela passou quinze dias
aqui comigo. Foi uma maravilha", relembra com alegria
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Gravura em três tonalidades , de 1977. |
Ângela Cunha. Sua
amiga casou chegaram filhos e netos e não prosseguiu com a carreira artística. Concluiu o intercâmbio e
ao chegar dos Estados Unidos passou seis meses em Londrina ensinando
inglês num colégio. Em seguida resolveu vir morar na Bahia e seu pai preocupado lhe
perguntou como iria sobreviver ao que respondeu "ensinando inglês".
Veio para a Bahia e seu objetivo era continuar desenhando e fazendo joias
porque foi o ramo da arte que mais a entusiasmou enquanto esteve nos Estados
Unidos. Mas, aqui chegando o professor de origem alemã August Adolf Buck, que
ensinava joalheria na Escola de Belas Artes, da Universidade Federal da Bahia,
onde ela veio a ingressar em 1974 já estava em processo de aposentadoria, e
assim não encontrou um ambiente propício para continuar criando joias. Diante
da dificuldade de fazer joias resolveu abraçar a arte da gravura. Naquela época
tinha um forte movimento de gravura na Bahia especialmente na Escola de Belas
Artes, da UFBA, onde ela estudou de 1974 a 1980. Fez algumas exposições
individuais e participou de várias coletivas, sendo premiada em 1994 com o
Prêmio Aquisição no I Salão do Museu de Arte Moderna da Bahia.
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Ângela Cunha com os filhos na Galeria Atrium - 1994. |
Para
sobreviver foi ensinar inglês que aprendera fluentemente durante sua permanência
nos Estados Unidos. Foi então que procurou a jornalista Regina Coeli, de
saudosa lembrança, que dirigia a escola de inglês Yes, que funcionava na
Ladeira da Barra. Dedicou-se também neste período à pintura, mais
especificamente a técnica de nanquim sobre papel em grande formato. Atualmente
continua pintando em nanquim. Ela tem uma necessidade intrínseca de se
expressar em grandes formatos, o que contrasta com seu jeito aparentemente
calmo de ser. Seu relacionamento foi se expandindo conhecendo outras pessoas em
Salvador e terminou sendo convidada para ensinar inglês na Associação Cultural Brasil-Estados
Unidos, ACBEU, por James Mc Gillivery, que era o secretário executivo da
instituição. Passou a ganhar mais e assim a vida foi melhorando e pode fazer
seu curso de graduação sem maiores dificuldades. Ela vinha de outra região do
país, com cultura e modos diferentes, embora já estivesse com a cabeça mais
aberta devido ao período que passou nos Estados Unidos. Mas, mesmo assim
estranhou um pouco aquele ambiente da EBA que na época enfrentava muitas greves,
tinha uma grande militância política e também o modo descontraído de viver dos colegas.
QUEM É
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Ângela lembrando que o pai quase tem um enfarte quando foram ao cartório e ela disse que viria para a Bahia. |
A artista
Ângela Cunha é natural de Londrina, no Paraná, onde nasceu em vinte e seis de
agosto de 1954 filha de Maria José Assis Fonseca Cunha e Mário Cunha, que era
correspondente do jornal a Folha de São Paulo para o norte do Paraná e sua
atividade principal era a Filatelia, que é o estudo e pesquisa dos selos
empregados nas postagens dos mais diversos países. Ela lembra que na época ele
mantinha correspondência por cartas com colecionadores de muitos países,
inclusive da China, de onde recebia os novos selos que iam circular em todo o mundo.
É bom ressaltar que não havia internet e nem celular. Tudo era feito através de
cartas, que demoravam muito a chegar de um destino tão longínquo como a China.
Ele criou o Clube de Filatelista de Londrina e escrevia semanalmente um artigo
no jornal a Folha de Londrina contando as últimas novidades da filatelia.
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Obra em nanquim sobre papel Canson de 1,5m por 1m. |
Era uma
família de classe média e Ângela Cunha tem um casal de irmãos. Estudou o
primário na Escola Maria Aparecida, que era de freiras, e fez o ginásio num
estabelecimento público chamado Ginásio Pio XII, e não esqueceu que o
uniforme tinha as cores verde e marrom. Quanto ao colegial foi também num colégio
público o Colégio Professor Vicente Rijo. Disse que "naquela época as
escolas e colégios públicos de Londrina eram muito bons". Quando terminou
o colegial que encasquetou de estudar fora seu pai sempre preocupado com a
harmonia e segurança da família reagiu com muita cautela e até espanto. Conta
que ele disse que não tinha condições de mandar estudar fora. “Até descobrir a
seleção que estava sendo feita pela American Field Service - AFS, na
Associação Cultural Brasil-Estados Unidos, em Londrina, no Paraná.”
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Obra em nanquim sobre papel .Hoje ela está pintando em cores mais escuras. |
Outra boa
lembrança é que seu pai gostava de ler e sempre lhe apresentava novos livros
para que lesse e isto contribuiu para que ela tivesse uma boa colocação na
seleção do intercâmbio cultural, e durante toda sua vida. Falava com grande
prazer e alegria desta oportunidade impar de estudar nos Estados Unidos. Já
tinha concluído o curso colegial aqui e foi novamente fazer na High School
Thenafly onde passou a ter contatos com novas disciplinas inclusive com as
artes. Recordou que ao retornar estava com a cabeça mudada com as informações
que recebera e o modo de vida do povo americano. Nos seis meses que ficou em Londrina ao retornar ensinando inglês foi preparando silenciosamente seu novo salto que seria sua
vinda para a Bahia. Depois que estava tudo pronto revelou a seu pai. "Ele
quase tem um enfarte e me perguntou como você vai sobreviver na Bahia minha
filha? Eu não tenho condições de lhe manter lá." Respondeu que ia ser
professora de inglês já que fala fluentemente a língua inglesa. Seu pai teve
que acompanhá-la ao cartório e na entrada parou e colocou a mão na testa, disse
Ângela Cunha. "Uma cena que não esqueço, ele estava muito preocupado."
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Obra de 2000 já na cor escura. |
Veio para a
Bahia onde está até hoje ao lado de seus dois filhos que teve com grande fotógrafo Mário Cravo Neto, o Mariozinho. São eles o Akira Cravo, que segue a
profissão do pai, e o Lukas Cravo também fotografo
e impressor de FineArt, que é o único Canson Certified Printer na Bahia.
Segundo a Wikipédia “a fotografia fine art é a fotografia
criada de acordo com a visão do artista fotógrafo, que utiliza o meio para
expressar algo que apenas vive em sua mente." Portanto, Lukas Cravo faz a
impressão das fotografias e também de pinturas e gravuras de clientes com alta
resolução e tem valor de mercado por ser exclusiva.
Confessa que o casamento e a convivência com Mariozinho foi um aprendizado muito
importante porque "ele era muito competente e profissional. Quase todo o
ano viajava para o exterior onde ele fazia suas exposições em Nova
Iorque, Berlim, Amsterdã, Paris, Copenhague e outras cidades europeias. Quando nos separamos foi um choque
para mim, porque a separação é traumática, é como uma morte.” E confessa rindo:
"foi ele que separou de mim. Viver artista com artista não é fácil. Mas,
continuamos grandes amigos e na época ele vinha ver os filhos com certa
frequência. Confesso que quando ele morreu eu senti muito, mas quando da
separação senti muito mais".
FORMAÇÃO
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Ângela falando do Prêmio Aquisição que ganhou em 1994 com esta obra no I Salão MAM-BA de Artes Plásticas. |
A artista Ângela Cunha quando chegou decidiu fazer vestibular para a
Escola de Belas Artes, da Universidade Federal da Bahia. Disse que ficou muito
ansiosa e preocupada com o vestibular e em , especial com a prova de Desenho que
tinha como examinador Juarez Paraíso. Não era boa em desenhar figura
humana e treinei muito e na hora da prova fiz bem meu desenho e passei. As
outras provas foram tranquilas. Depois de alguns meses na escola como não
conseguiu fazer joalheria pensou em desistir e voltar para casa. Durante as
férias foi para Londrina e falou com seu pai que não ia continuar o curso na EBA e ele não gostou. "O quê? Você é macaco
para pular de galho em galho”? "Ai ele comprou uma passagem de volta para
Salvador e me despachou”, conta rindo.
Voltei e fui estudar até concluir o curso de Belas Artes. Durante o
curso tive uma professora Zélia Maria e um dia ela escolheu uma gravura grande de 1,5 metro por 1 metro e exibiu na sala de aula para os meus colegas e
disse e segurando a gravura : "Nasce uma gravadora!" "Fiquei
muito feliz e passei a fazer muitas gravuras. O professor Juarez Paraíso me
emprestava uma prensa que ele tinha em seu ateliê no bairro de Itapuã. Eu ia
aos domingos e ficava lá sozinha com o vigia e fazia muitas impressões. Vendi
muita gravura e isto ajudava a minha sobrevivência que já estava bem mais
tranquila porque recebia um bom salário pelas aulas de inglês na ACBEU. Na
época a EBA não deixava os alunos usarem a prensa fora da hora da aula. Foi
quando participei de muitos salões e exposições. Até 1980 quando parei de fazer
gravura e passei a pintar em 1984", conta Ângela Cunha.
EXPOSIÇÕES
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Capa do livro-catálogo da exposição no Museu Afro Brasil, em São Paulo, e as quatro mil bolinhas de argila que compõem a sua obra Quando o Último Rio Secar, de 2009. |
Ela disse que sua primeira exposição individual foi na Galeria da ACBEU,
que promovia muitas exposições de qualidade. A segunda foi no Museu de Arte de Londrina.
Quando morava com Mário Cravo Neto, o Mariozinho, um dia ele foi ler o currículo
dela e notou que tinha umas vinte exposições coletivas e participação em salões.
Foi quando resolveu eliminar e assim só ficaram registradas estas aqui relacionadas.
Exposições Individuais: 2009- Exposição Os Mágicos Olhos da América,
no Museu Afro Brasil, em São Paulo, quando ela apresentou o trabalho Quando
último Rio Secar. Foram quatro mil bolinhas argila numa caixa de madeira,
denunciando o que estão fazendo com nossos rios. Lembra que telefonou para
Emanoel Araújo que era diretor do Museu e ele disse: "Você tem uma semana
para enviar a sua obra." Imagine que tive que embalar quatro mil bolinhas
de argila, um pouco maiores que uma bola de golfe, conseguir a grana e enviar.
Foi um trabalhão, mas consegui e exibe o livro onde aparece sua obra com um
texto que Mariozinho tinha feito pouco antes de falecer. 2002 - Exposição
na Bahia Design Center, Salvador, Bahia; 2000- Museu de Arte Moderna da Bahia,
Salvador; 1994 - Exposição na Galeria Atrium, Salvador; 1990 - Galeria Artenata,
Salvador; 1987 - Galeria Arte Viva, Salvador; 1978 - Museu de Arte de Londrina;
1978 - Exposição de gravuras na Galeria ACBEU, em Salvador. Exposições
Coletivas: 1998 - Exposição Tropicália 30 Anos, no Museu de Arte
Moderna da Bahia; 1998 -
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Obra inspirada em máscara africana feita em nanquim. |
Exposição Coleção de Arte Contemporânea, no Museu de
Arte Moderna da Bahia; 1998 - Exposição no Museu de Arte Moderna, do Rio de Janeiro;
1997 - Workshop, Artistas Brasileiros e Alemães, Museu de Arte Moderna da
Bahia, Salvador; 1996 - III Salão MAM-Bahia, no Museu de Arte Moderna da Bahia;
1994 - I Salão MAM -Bahia, no Museu de Arte Moderna da Bahia; 1988 - Exposição
Artistas Baianos, no Museu de Arte Moderna da Bahia; 1987 - Exposição
Escotilhas para o Aberto, no Museu de Arte Moderna da Bahia; 1980- Exposição
Jovens Artistas, no Museu de Arte Moderna da Bahia; 1979 - Exposição 13
Artistas, na Galeria Baguettes, em Salvador; 1978 - I Salão Universitário de
Artes Plásticas, no foyer do Teatro Castro Alves, em Salvador.
REFERÊNCIAS
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Mariozinho examinando negativos de fotos suas. Foto do Google. |
Vou relembrar aqui o texto de Mário Cravo Neto fez pouco tempo antes de sua morte falando da obra de Ângela Cunha "Quando o Último Rio Secar", que tem uma história. Com a vinda de sua amiga Sherryl Belinsky a Ângela Cunha foi andar por várias vezes num pedacinho de Mata Atlântica que existe em Patamares e que está ameaçado de destruição. As pessoas que andam por lá o chamam de Vale Encantado, e sempre iam em comapnhia do arista Ramiro Bernabó, que é filho de Carybé e mora nas redondezas, e outras pessoas. Eles lutaram para a preservação deste local e ai veio a preocupação com a Ecologia e a ideia de fazer a obra. Veja o que escreveu o Mariozinho: "As esferas moldadas de barro simbolizam as mãos que se elevam,que cobrem o rosto, são o pranto de lágrimas do leito seco do rio. O barro amassado e cozido é a síntese de um momento poético - e o rio seca, o corpo oferece a água - com o passar do tempo tudo volta à sua normalidade. Enquanto passamos por esta terra nos confrontamos com pequenas ilhas de emoção, não necessitamos de ir muito longe à procura da verdade. Sempre nos esquecemos de que há muitos lugares dentro de nós mesmos e que pouca importância damos a eles, na sua maioria até os desconhecemos. No universo das possibilidades não convém ao artista limitações de uma geografia descritiva, ele deve descobrir a sua própria através da ação, do movimento que é vida, que está contida na auto suficiência do seu ato e do seu ser.
Regamos a terra com as lágrimas do sofrimento, ao mesmo tempo sentimos o prazer de vivenciar o que por nós foi construído, posteriormente devemos deixá-los de lado e dar mais um passo. Assim sempre foi, assim sempre será, assim como os dedos que amassam a terra e moldam a natureza à sua imagem, assim também tateamos no escuro em busca de um caminho desconhecido. Os ninhos de barro de Ângela, também são construídos por certos pássaros e outras espécies - todos eles servem para abrigar , para dar proteção a si mesmo ou aos outros". Mário Cravo Neto.
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Ângela Cunha com o crítico Wilson Rocha.
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Já Wilson Rocha no seu livro Artes Plásticas em Questão escreveu:"A magnitude de desejo inconsciente é que, a nosso entender, mobiliza a ação do artista. Quando isso ocorre, a arte cobra vigor e energia e capta os vestígios do mundo e os fragmentos de vida. Assim são os profundos enígmas das vigorosas reflexões estéticas de Ângela Cunha. A visibilidade de seu universo plástico exige este modo de conceber o processo criativo nessas dimensões fantásticas. A visão e as metas de sua realização artística são suplamente proveitosas. de um lado, a figuração voltada para a evolução e decomposição da forma, de outro, há algo mais profundo através da dimensão oculta e original do ser, que produz atuações distintas, de inconsciente a inconsciente, para significar o fenômeno da essência e da aparência, a gêneses do signo com sua assemântica não-convencional,como verdadeira emergência estética". ......
Noutro trecho ele escreveu: Ângela Cunha é uma artista lúcida e profundamente informada, certamente a personalidade de artista mais monoestilística de nosso ambiente, a artista que encontrou mais cedo a sua fonte e o seu caminho criativo. Com uma obra reveladora e estimulante, ela é ainda impressionante pela sua admirável relação técnica com o espaço".
NANQUIM
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Obra em nanquim preto e sépia. |
A artista Ângela Cunha atendendo uma recomendação de Mário Cravo Neto com quem conviveu por dezessete anos passou a usar a tinta nanquim para pintar em grandes formatos e expressar suas emoções. Antes o nanquim só tinha na cor preta, mas atualmente existe em várias cores. Mesmo assim ela prefere o preto e a sépia para a sua criação artística e pintar sobre o papel Canson de 1,5m por 1 m.
Segundo a Wikipédia "o nanquim é originário da China e é também chamado de tinta da China preparado com negro de fumo coloidal , também conhecido por pó de sapato e empregado em desenhos aquarelas e na escrita. Foi desenvolvida pelos chineses há mais de dois mil anos, a tinta é constituída por nanopartículas de carvão suspensas em uma solução aquosa. Como nanopartículas dissolvidas em líquido se agreguem e formam micro e macropartículas que sedimentam no fundo do recipiente, os chineses antigos descobriram como estabilizar a solução ao acrescentar goma arábica (uma espécie de cola). A tinta nanquim é muito parecida com a tinta sumi, de origem japonesa para a arte sumi e que tem, como composição, fuligem, goma arábica, água e especiarias."
É sempre bom lê sobre is artista da nossa terra. Parabéns Reynivaldo por trazer mais uma bela história da arte baiana
ResponderExcluirIvo Neto
ResponderExcluirBelíssimo trabalho amigo Reynivaldo Brito e grandes publicações das artes visuais na Bahia
Liane Katsuki
ResponderExcluirEstou de acordo com Ivo Neto
Licio Ferreira
ResponderExcluirBrito. Suas crônicas são documentos que precisam ser aproveitados para pesquisas por estudantes de todas as áreas especialmente os que estudam belas artes. Parabéns mestre @
Carolina Pitanga
ResponderExcluirExcelente entrevista com essa grande artista!
Luiz Claudio Campos
ResponderExcluirAchei fantástico. Muito interessante adorei
Edicarlos Santana
ResponderExcluirBelo trabalho sucesso seu Reynivaldo
Leonel R. Mattos
ResponderExcluirGraças a Reynivaldo a nossa história com certeza não vai ficar desdentada. Lembrando que não é de agora e sim quando tinha sua coluna de arte no Jornal A TARDE , quando todos ficávamos ansiosos esperando chegar terça feira para saber dos destaques da semana. Parabéns amigo/compadre!
Iza Guimarães
ResponderExcluirA Bahia precisava disso! Fazemos parte de uma terra sem memória. Nada que faz parte da cultura é devidamente preservado. Escreva tb, lindamente como você faz a sua auto biografia! Use como introdução e lance um livro com as “reminiscências da arte na Bahia!”. Tem muito artista que já se foi e ninguém fala mais nele. Complete a obra com esses últimos. Difícil vai ser conseguir um patrocínio. Mas, como o impossível de vez em quando acontece!
Parabéns pela iniciativa!
Edison da Luz
ResponderExcluirGente cuidado com palavra, existe o cronista o escritor e o critico de arte. R. Brito é um critico de arte. Pra o artista a critica é mais importante, não só pra sua caminhada na arte como pra sua propria historia. Realmente falta um livro catalogo.
Edison da Luz
ResponderExcluirA secretaria de cultura recebeu um verba do ministério da cultura e o secretario deveria tomar a iniciativa de convida R. Brito Pra fazer livro sobre a arte baiana urgente. Se o Gaucho não comer .junto Acarajé OU ABARA. ELE CONSEGUE NUMA BOA. AINDA NEM FEZ UM SIMPÓSIO, UM Encontro UM FÓRUM UM SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS. SANTO DEUS, NÃO FEZ NADA E DIZEM QUE É BOM ADMINISTRADOR CULTURAL. SERA? IU ESTOU SENDO ENGANADO.?
Lucy Lima
ResponderExcluirRéy suas reportagens são maravilhosas
washingtonarleo
ResponderExcluir·
Reynivaldo Brito tem uma história brilhante como Jornalista e Cronista de Arte! Seus registros é como uma missão de que nada pode passar em branco sem seu crivo. A Bahia e nós Artistas, precisamos da sua vitalidade e entusiasmo sempre juvenil, para talvez numa linguagem de maior alcance, fazer com o apoio da TVE, um Documentário (alcança mais midias) sobre essa gente da Arte da Bahia e como a 4° Maior Capital do Brasil tenha apenas 3 ou 4 Galerias de Arte trabalhando em conluio com Decoradoras que enquanto são excelentes profissionais nesta modalidade, simultâneamente assassinam a Arte Baiana.
Parabéns Reynivaldo Brito!!!
Ana Santos
ResponderExcluirParabéns Reynivaldo pela sensibilidade e por dedicar tempo para divulgar trabalhos belíssimos.
Leonardo Celuque
ResponderExcluirMuito bom, Renyvaldo!
Deraldo Jacobina
ResponderExcluirParabéns primo, mantendo viva a arte na história !!!!
Hilda Maria
ResponderExcluirEsse resgate que Reynivaldo tem feito emociona a todos. História da arte na Bahia contada com competência e sensibilidade.
Parabéns a esse brilhante jornalista que sempre colocou a arte e os artistas em destaque na cultura baiana.
Marcos Ribeiro
ResponderExcluirParabéns Reynivaldo, ótimo trabalho de resgate da vida dos artistas plásticos baianos 👏👍
atelier.maria.adair
ResponderExcluir·
Reynivaldo Brito escreve muito bem ... tem conhecimento de causa ... pesquisa ...apresenta .
PARABÉNS
Graça Gama
ResponderExcluirParabéns Reynivaldo por nos apresentar grandes publicações. Parabéns Angela Cunha muito sucesso você merece!!
Manuel Augusto Bonfim
ResponderExcluirCAROS. É E HÁ TANTA REFLEXÃO ARMAZENADA NA MEMÓRIA, ISSO EM SER DE PSIQUÊ SENSÍVEL E QUÊ DE INTELIGÊNCIA EXTRA QUE FEZ E FAZ RESOLUÇÕES IMBANAIS, PRÓ POSSIBILIDADES VISTAS AO EXTERIOR, DADO QUE O MECÂNICO (HARDWARE HUMANO) EXPRESSA E QUE TANTOS OUTROS INTELECTOS SOBERBOS (SOFTWARE) PERCEBEM, DECODIFICAM E PROPALAM A MAGNITUDE DOS COMPONENTES MÁGICOS DA ALMA DE QUEM INCOMUM É ARTISTA QUE PROPORCIONA O FAZER E O REFAZER DA CONTINUIDADE DA VIDA, VIDA QUE TEM EM SI MOLA MESTRA NA PRODUÇÃO E EXPOSIÇÃO DA ARTE QUE QUE É BEM TRANSCENDENTAL PARA O SENSÍVEL, INTANGÍVEL E MATERIAL. PARABÉNS !!!
José Henrique Silva Barreto
ResponderExcluirReynivaldo Brito você tem trazido a tona dados e história das artes visuais e seus artistas. São verdadeiros documentos. Parabéns 👏👏👏👏
Rogeriateixeiramattos Mattos
ResponderExcluirRenyvaldo Brito: um olhar generoso. Todos os sábados com um Belo texto agradável, e um passeio visual onde ele mapeia uma reflexão e trajetória dos pensamentos e do fazer artístico de um artista de Salvador
Rogeriateixeiramattos Mattos
ResponderExcluirÂngela cunha: de uma trajetória e técnicas aprimorada parabéns!
Marcia Magno
ResponderExcluirParabens Reinivaldo Brito!
Iara Brito
ResponderExcluirSucesso meu irmão querido
Aurora Biao
ResponderExcluirParabéns
Berenice Carvalho
ResponderExcluirParabéns Reynivaldo pelo seu apoio aos artistas!
Parabéns e sucesso para Angela Cunha!
Núbia Espinheira Avena
ResponderExcluirParabéns Renivaldo, os artistas agradecem o seu empenho.
Graça Barreto
ResponderExcluirComo sempre Reynivaldo trazendo várias lembranças de pessoas tão maravilhosas no que se propõe a fazer.
Carmen Carvalho
ResponderExcluirBela história de vida e de arte! Parabéns Ângela Cunha . Parabéns pra você também Reynivaldo meu amigo e que venha logo o LIVRO , porque a Bahia agradece .