Translate

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

ROGÉRIA MATTOS A SAGA DE UMA ARTISTA GUERREIRA

Foto 1 - Rogéria Mattos pintando em seu ateliê em São
Paulo, 2023 .Fotos 2  e 3  em dois momentos quando
tudo parecia uma explosão de cores e criatividade.
Foi através de uma entrevista por telefone e lendo alguns textos que já escrevi sobre ela na coluna que semanalmente publicava no jornal A Tarde, de Salvador, que fui rever a trajetória desta artista que decidiu ficar em São Paulo e enfrentar as dificuldades que se apresentaram e ainda estão presentes no seu dia a dia. Não é fácil viver de arte, especialmente quando você está começando, ainda mais numa megalópole como a capital paulista onde o mercado é amplo, mas disputadíssimo. Foi assim que Rogéria Teixeira Mattos, ou simplesmente Rogéria Mattos natural de Salvador, da Cidade Baixa, teve que seguir o seu caminho com sua  filha fruto do casamento com o artista Leonel Mattos.  É uma artista de talento reconhecido em vários salões onde foi premiada e trabalha tanto com pintura e a escultura. Lembrei de uma frase do saudoso Wilson Rocha que diz: "Rogéria concentra-se na essência da própria escultura - essa dinâmica da matéria e da forma, esse ritmo entre volume e espaço aliados ao caráter intuitivo necessário na obra de arte - onde a artista estabelece o diálogo entre a pedra e a linguagem antiga da escultura." Acrescento que ela tem uma força expressiva muito forte especialmente  na sua pintura onde se revela nos espaços das telas. Tenho uma pintura em tons vermelhos onde a gente sente esta vibração positiva e a presença do seu talento expresso em elementos que compõem esta obra. É como uma música de Beethoven onde os tons e a sonoridade vão se revelando a cada frase musical. É só vibração e harmonia! É a exaltação da pintura pela pintura no mundo das cores.

Desenho integrante do seu trabalho de
graduação pela Faculdade Paulista de Artes.
Influenciada pelo acolhimento que São Paulo se notabilizou por ser uma das
cidades onde residem mais nordestinos fora do Nordeste, Rogéria Mattos escolheu para seu trabalho de conclusão do curso de graduação em Artes Plásticas pela Faculdade Paulista de Artes, realizar uma instalação que denominou de Memória - Chão de São Paulo. Ela apresentou fragmentos urbanos em preto e branco porque “eles expressam a vivência na metrópole. Tem forte influência da fenomenologia de Merleau-Ponty, cuja tarefa é revelar o mistério do mundo e o mistério da razão."  Escreveu o professor Walter Benjamim em uma de suas teses “Sobre o Conceito de História" que " as cidades são protagonistas de histórias, tecem o enredo das recordações, e esta memória topográfica articula aquelas recordações que vêm do coração a espaços vividos, carregando-os de sentido simbólico. Torna os lugares testemunhas da história".
Ela explodiu no mercado de arte sendo premiada e aceita em vários salões e foi festejada com alegria por sua pintura cheia de cores e energia. Mas, dois fatos externos modelaram esta explosão que foi a separação e a necessidade de buscar um caminho para sobreviver . Um fardo muito pesado para uma jovem artista que tinha apenas quatro anos produzindo sua arte em São Paulo. Com isto teve que interromper aquela explosão inicial para enfrentar um problema de saúde decorrente desses fatores. Hoje, totalmente restabelecida acreditamos que está retomando com força a sua caminhada interrompida.

                                                          EVOLUÇÃO

Obras que atestam a qualidade
e a força de sua pintura .
.
Nos anos 70 chegou a tentar ser atriz de teatro, produzia cenários teatrais e iniciou a criação de esculturas de argila. Porém, no início dos anos 80 começou a pintar com acrílica sobre tela e como toda autodidata desenvolvia sua criação intuitivamente e "essencialmente trabalhava cor sobre cor", revela Rogéria Mattos em seu TCC de graduação.  Sua temática estava focada na fauna e flora da floresta amazônica onde surgiram séries de jacarés, tatus, pássaros, a exuberante vitória régia, e as lembranças de sua infância em Salvador. "No começo não pintava sobre a tela branca. A base inicial da obra sempre era o preto. Por falta de habilidade com o desenho, utilizava imagens de revistas, livros e coleções infantis como referência. Trocava o lápis pelos pincéis para desenhar diretamente sobre a tela. A modelagem em barro era a base para os estudos preparatórios para as esculturas", afirma.

"Deleite das Cores".
1988, em acrílica .
Ainda dando seus primeiros passos na pintura seu talento já foi reconhecido com prêmios em salões de arte. Arrebatou o Prêmio Destaque para Aquisição no XVIII Salão Nacional de Belo Horizonte, em 1986; o prêmio Especial Medalha Pietro Maria Bardi no II Salão Pirelli de Pintura Jovem, no Masp, em 1985, sendo posteriormente convidada para participar do VII Salão Paulista de Arte Contemporânea Especial. Ai ganhou alguma visibilidade e foi convidada para fazer sua primeira exposição individual na Galeria Documenta, em 1994, em São Paulo e Curitiba, com a curadoria do crítico Olívio Tavares de Araújo. Depois veio a necessidade de sobrevivência com a separação e abraçou a arte-educação a partir dos anos 90, quando sentiu que deveria cursar uma faculdade de artes. Enquanto isto no seu ateliê continuava com seus desenhos, pinturas, modelando suas esculturas e fotografando. Reconhece que sua obra sofreu uma grande transformação depois que foi aprovada e passou a cursar a Faculdade Paulista de Artes "Minha obra transformou-se durante o tempo que passei na faculdade. Não me contentava mais com o fazer por fazer. Por isso adotei a pesquisa prévia em busca de conceitos, ideias e referências. Esta mudança de comportamento aconteceu com o convívio acadêmico. Durante esses períodos, os professores chamavam minha atenção para a busca desse olhar transformador, que refletia a minha memória".

                                                                         QUEM É 

Rogéria Mattos contente com o
 sucesso do seu trabalho artístico.
A artista Rogéria Teixeira Mattos nasceu em Salvador, no Hospital Português, no bairro da Barra Avenida, em Salvador, em 18 de abril de 1956. Passou sua infância nos bairros do Caminho de Areia e Jardim Cruzeiro, na Cidade Baixa, em Salvador, principalmente na casa de sua avó. As lembranças que ficaram são de suas idas à praia do Cantagalo para ver os barcos saindo e chegando e os banhos de mar. Estudou no Colégio Circulista, que era administrado pelo pessoal das obras da então irmã Dulce, hoje Santa Dulce, e se mostra emocionada quando lembra de seu rápido encontro com a freirinha frágil que se tornou santa. Disse que filava muita aula. Depois estudou no Ginásio Dom Bosco e no Educandário Duarte da Costa onde fez o curso chamado de colegial ou secundário. 

A pintura em toda sua
expressão
.
Casou-se e teve uma filha e foram residir em São Paulo onde sua arte floresceu. Depois veio a separação, que para ela foi traumática, e passou a viver de sua arte produzindo e ministrando cursos de Arte Educação. Dedicou-se a ensinar e assim se passaram 35 anos na ong Instituto Criança Cidadã e em outras instituições até se aposentar.  Entrou para o instituto quando já cursava a Faculdade Paulista de Artes e precisou de um estágio didático e por lá permaneceu esses anos. Disse que fazia muitas palestras, dava oficinas de arte nos Sescs dos bairros de Pompéia, Pinheiros, Belenzinho, dentre outros. Sempre trabalhando com crianças tentando incentivá-las a gostar da arte. Enquanto isto cuidava da filha que hoje é uma pequena empreendedora em São Paulo. Ela afirma que diminuiu sua produção, e que trabalhou muito tempo com exclusividade para a Galeria Documenta, que era uma das mais importantes da capital paulista. "Fiquei muito voltada para ajudar a filha e os netos ". A galeria deixou de funcionar, por algum tempo. Atualmente está funcionando. Nesta época alguns colecionadores continuaram comprando minhas obras e fui trabalhar monitorando exposições, bienais e fazendo alguns trabalhos como capas de livros etc. Tem uma boa quantidade de obras de pinturas. Quanto as esculturas nos anos 80 e 90 fazia as peças em argila e levava para uma pedreira nos arredores de São Paulo e lá eram esculpidas em pedra sob sua orientação obedecendo ao modelo original. Eram formas femininas que mostravam sensualidade.

Rogéria no Instituto da Criança Cidadã 
ensinando a pintar.
Fez vários cursos de especialização procurando aprimorar suas habilidades como artista e educadora de arte-educação entre eles : 1999 - Quarta Ciranda da Recreação, no Sesc Pompéia, em São Paulo; 1998 - Curso de Reciclagem na área das Artes Plásticas, no Sesc Pompeia, São Paulo; 1994 - Curso de Capacitação Básica para Arte Educadores -SCFBES, São Paulo; 1988 - Festival de Artes de Belo Horizonte, Curso de Pintura ; 1987 - Festival de Artes de Belo Horizonte,  curso de Circo e Pintura; 1986 - Festival de Artes de Belo Horizonte,   Oficina de Pintura e Objeto; 1985 - Curso de Especialização em Cerâmica na FAAP, São Paulo; 1985 - I Congresso Nacional de Técnica para a Arte Cerâmica , Embu, São Paulo; 1983 - Oficina de  Arte em Série no Museu de Arte Moderna da Bahia, curso de Cerâmica e Serigrafia; 1980 - Curso de Artes Cênicas, no Teatro Gamboa, Salvador, Bahia. 

                                         EXPOSIÇÕES E PRÊMIOS

Capa do Catálogo da sua primeira
 individual na Galeria Documenta,
em São Paulo e Curitiba , 1985.
Ela recebeu seis  premiações  em 1990, o Prêmio de Aquisição do VI Salão Brasileiro de Arte Fundação Mokiti Okada; 1989 - VII Salão Paulista de Arte Contemporânea - Salão Especial, convidada; 1988 - Prêmio Secretaria de Educação e Cultura - VI Salão Paulista de Arte Contemporânea; 1987 - Prêmio de Aquisição no XIX Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte, Minas Gerais; 1986- Prêmio Menção Honrosa  - I Bienal ArteOeste em Presidente Prudente, em São Paulo; 1985 - Prêmio Especial com  Medalha Pietro Maria Bardi com aquisição e II Prêmio de Pintura Jovem Pirelli - MASP, em São Paulo.

Fez três exposições individuais na Galeria Documenta, em São Paulo, sendo duas na capital paulista e uma em Curitiba, no Paraná todas na Galeria Documenta. Tinha vínculo de exclusividade a primeira mostra aconteceu em 1985 chamada Buscas e Entusiasmos, e em 1990 fez outras duas, com a curadoria do crítico Olívio Tavares de Araújo.  Participou ainda de vários salões e

Ilustração de sua autoria da
capa deste livro de poesias.
coletivas. Vejamos: 1983 - Exposição Coletiva no Museu de Arte Moderna da Bahia; 1984 - Exposição Coletiva no Museu de Arte Moderna da Bahia ; 1984 - Exposição no Foyer do Teatro Castro Alves, em Salvador, Bahia; 1985 - VII Salão de Artes Plásticas de Presidente Prudente , em São Paulo; I Salão de Arte Contemporânea de Americana, São Paulo; 1985 -II Salão Pirelli Pintura Jovem, MASP, São Paulo; 1986 - IX Salão Funarte Sudeste de Belo Horizonte, Minas Gerais; 1986 - XXXIX Salão de Arte de Pernambuco, Recife, Pernambuco; 1986 - XXVII Salão Paranaense , em Curitiba, Paraná; 1986- Exposição coletiva da Galeria Tema Arte Contemporânea quando expôs esculturas, São Paulo; 1987 - III Salão de Arte de Curitiba, Paraná; 1987 -  Salão de Arte Contemporânea Paulista, São Paulo; 1988- VI Salão de Arte Contemporânea Paulista, São Paulo; I Salão Baiano de Arte, em Salvador, Bahia; 1988 - Exposição de Pintura na Chroma Galeria de Arte, em São Paulo; 1988 -Exposição 10 Artistas Funarte, São Paulo; 1989 - VII Salão Paulista de Arte Contemporânea Especial, São Paulo; 1990 - Exposição dos artistas Rogéria Mattos, Sérgio Guerini e Elizabeth Cortella no Museu de Arte do Paraná, em Curitiba;1991 - Exposição Coletiva no Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador; 1991 - Exposição Coletiva do Projeto Galaxy de Cultura, no MASP, São Paulo; 1993 - Exposição Luso Nipo-Brasileira no Museu de Arte Brasileira, em São Paulo, em comemoração dos 450 anos da chegada dos portugueses ao Japão; 1993 - Exposição na Galeria Documenta , Brasil Pequenos Formatos Poucas Palavras, em São Paulo;1993 - XVIII Salão de Arte de Ribeiro Preto, São Paulo; 1993 - Exposição Portugal- Japão - Mares Navegados, São Paulo ;1998 -Artista Convidada para a Exposição Uma Janela Para o Futuro do Bank of Boston, no Masp, São Paulo;1998 - V Salão de Arte Moderna da Bahia, Salvador; 1999 - V Salão UNAMA de Pequenos Formatos, São Paulo.

                                                  REFERÊNCIAS

Obra icônica "O bicho e a Selva", 
em acrílica sobre tela ,de 1985.
Escolhi dois textos emblemáticos na carreira de Rogéria Mattos. O primeiro do curador de Olívio Tavares de Araújo da exposições que fez na Galeria Documenta, de São Paulo e Curitiba, e de Wilson Rocha para a exposição de esculturas na Galeria Crhoma, também em São Paulo. Vejamos. O título do texto de Olívio "A pintura, em lua-de-mel consigo mesma" diz: "Definitivamente, a ideia de artistas brotando e criando espontaneamente como uma força natural não está na moda. Está na moda assegurar que o artista é, antes de tudo, um ser pensante, mentalmente bem articulado, que desenvolve quase a frio seu projeto, às vezes com rigor de um filósofo. Não pretendo negar que há artistas assim, e sobretudo, não negaria que todo artista é , evidentemente, um ser pensante. Mas tampouco se pode radicalizar a questão. Os mecanismos mentais do artista são muito específicos, e - para usar uma dicotomia criada pelo esteta francês Pius Servien - trabalham com o "polo lírico", das linguagens, que se opõe ao "polo científico". No polo lírico, a intuição fala mais alto que a consciência objetiva.

Instalação de pesquisa 
de cores usando piões .
Por isso, há sempre espaço para o surgimento de artistas que, à primeira vista, parece florescerem quase do nada, assim como parece criarem com afluência de um regato. Mas digo parece porque, no fundo, preparam de alguma forma seu caminho por meios essencialmente intuitivos, sincronísticos, até inconscientes para eles mesmos. Acho que é o caso , por exemplo, de Rogéria Mattos, cuja primeira individual aqui se realiza. A trajetória de Rogéria, nos últimos quatro anos, foi meteórica. Ela começou a pintar sem nenhum projeto definido, apenas para botar certas energias para fora... Coincidindo com uma certa crise pessoal, sua pintura foi um processo nitidamente catártico.

Isso se manifestou de várias formas. No descompromisso de Rogéria com tendências, com estar na moda ou fora dela. Na fabulação onírica dos primeiros trabalhos, que tinham até alguma coisa de pintura "naif". No colorido despudoramente esfuziante, que é um traço que se conserva até hoje. E até na incapacidade da própria Rogéria de avaliar o que fazia. Foi o imediato sucesso exterior que lhe forneceu essa medida. Seus primeiros quadros - literalmente - receberam logo o prêmio mais importante da exposição Pirelli de Jovem Pintura, em 1985. Daí em diante, começou a mandar para salões, foi aceita em todos , e premiada em diversos.

Obra onde ressai a explosão de cores 
sugerindo movimento contínuo.
Mas sucesso nada mudou no comportamento de Rogéria. Ela não se achou dona do espaço, nem de uma fórmula fixa a ser indefinidamente explorada. Atravessou esses quatro  anos procurando, oscilando, um pouco, entre as possibilidades que entrevê , sozinha, para o futuro de sua pintura, e as lições da própria história da pintura. Por exemplo : ao frescor dos primeiros quadros, vem-se substituindo hoje, maior consciência artesanal e intelectual, que investiga o ato de pintar. Rogéria se tornou "erudita". 
O assunto de seus quadros ( apesar das alusões figurativas dos títulos) e, obviamente , a própria pintura. Sem este ângulo, a obra de Rogéria está mais contemporânea. Mas nem por isso perdeu o que lhe confere, a meu ver, seu sabor especial: um impulso vulcânico, numa necessidade incoercível de criar, o recurso à arte - recurso imemorial, vinculado ao mais fundo da psiquê - como um apelo ao diálogo.

É cedo, ainda- pois crítica de arte não é futurologia - para saber exatamente o porvir de Rogéria, a dimensão que ela tende a adquirir como artista. Por ora, reportemo-nos a seu presente. Observemos com interesse e prazer esta explosão que vem de dentro, visceralmente energética, e que, mesmo sem estar na moda, encarna , à sua maneira, a lua-de-mel da arte da pintura consigo mesma, tão perceptível de alguns anos para cá".

Catálogo da exposição de suas
esculturas na Galeria,
Chroma, São Paulo  . 
Já Wilson Rocha escreveu sobre as esculturas de pedra. "O universo da escultura é inesgotável,como os novos níveis de criatividade numa situação inédita de vigor e originalidade que aporta com as novas culturas de juventude, de onde surgem artistas de surpreendente maturidade e energia criadora,  como é o caso da jovem escultora baiana Rogéria Mattos, que traz em seu trabalho a marca profunda de uma aguda sensibilidade voltada para a concepção da escultura enquanto linguagem privilegiada de intervenção espacial. Rogéria concentra-se na essência da própria escultura - essa dinâmica da matéria e da forma, esse ritmo entre volume e espaço aliados ao caráter intuitivo necessário na obra de arte - onde a artista estabelece o diálogo entre a pedra e a linguagem antiga da escultura.

Rogéria aborda a escultura como um clássico dos nosso dias, com uma vontade artística determinada e consciente que dá vida e energia à forma e dinamismo ao espaço, inscrevendo-se o seu trabalho entre os mais importantes que têm sido feitos nos últimos anos no Brasil no domínio da escultura em pedra. O comportamento e o tratamento da matéria sem detrimento dos valores expressivos e sígnicos, o envolvimento, o fascínio, a riqueza e penetrabilidade das superfícies volumétricas, dos flancos graciosos de suas pedras , a textura magníficam a suave frescura de pigmentação dos seus granitos e mármores, no caso, encontraram um artista capaz de lhes dar expressão na sensibilidade e integridade desta vigorosa e apaixonante escultora. O respeito pela pureza dos meios utilizados por artistas como ela não é , evidentemente, uma novidade. Esse respeito surgiu em todos os momentos da modernidade. O respeito pela pureza dos meios e, portanto, acompanhado por uma vontade claramente assumida de apresentar a obra de arte como gênese e não como produto acabado - como abertura e não como fechamento. A eficácia de cada obra advém da sua exemplaridade, não de efeitos rebuscados, nem do que possa ilustrar. A obra é ato de expressão, de conhecimento original e de liberdade de espírito na criação. "....




 

30 comentários:

  1. Uma artista fantástica retratada com primor pelo excelente jornalista Reynivaldo Brito. Parabéns pelo trabalho pelo seu trabalho.

    ResponderExcluir
  2. Excelente matéria e revisita ao histórico da Artista. Parabéns sempre, mestre Reynivaldo Brito!

    ResponderExcluir
  3. Marcia Abreu
    Texto maravilhoso, muito bom conhecer mais da trajetória dessa artista tão talentosa. Mais visibilidade às mulheres artistas e suas obras, parabéns!

    ResponderExcluir
  4. Leonel Rocha Mattos
    Compadre esse texto me deixou emocionado! Passou um filme na minha cabeça, lembro-me que não foi fácil, chegamos em São Paulo ganhando premios em Salões importantes e participamos em todo o Brasil. O Prêmio Pirelli que se refere foi disputado por três mil artistas de todo o Brasil e selecionados 100 participantes e vinte premiados ganhamos o premio dentre os vinte e a Rogéria ganhou além do prêmio entre os vinte tinha a medalha Pietro Maria Bardi que foram dados aos três melhores artistas. Os críticos ficaram impressionado com as pinturas da Rogéria. Pena que com a separação ficou mais difícil ela se manter porque só de arte não é fácil. Mas destaco a guerreira que é enfrentou São Paulo e os desafios. A nossa proposta foi ir para São Paulo com seu incentivo e de Sante Scalfaferri na época e depois iriamos morar na Europa , mas com a separação resolvi voltar para Bahia , São Paulo para mim é como se fosse um peixe d'água. Lindo texto linda história amigo 🤗

    ResponderExcluir
  5. Márcia Cristina Silva Barros
    Que belas obras e que linda trajetória, dessa guerreira ariana que venceu as barreiras através da Arte! Parabéns! Adorei conhecer esta artista (Rogéria Mattos) através do seu olhar, Professor Reynivaldo Brito !

    ResponderExcluir
  6. Alice Campos
    Parabéns Sr Reynivaldo, mais uma artista baiana que acabo de conhecer. 😃👏👏👏👏👍🌺🌿🍀

    ResponderExcluir
  7. Edna Silva
    Adorei a força das cores da pintura dela.

    ResponderExcluir
  8. Edicarlos Santana
    Parabéns seu reynivaldo sucesso

    ResponderExcluir
  9. Luiz Claudio Campos
    O trabalho de Rogéria é maravilhoso, parabéns a Reynivaldo Brito Brito por seu trabalho jornalístico de escrever sobre arte dos artistas dessa terra. Um trabalho realizado com grande carinho e dedicação. Já estou com curiosidade de lê o próximo artista. Isso muito bom. Parabéns meu amigo

    ResponderExcluir
  10. Ivo neto artes Bahia
    Belíssimo trabalho amigo Reynivaldo Brito parabéns

    ResponderExcluir
  11. Ana Maria Villar
    Mais uma vez querido jornalista,brilhante,no que escreve e na escolha dos artistas,abrs

    ResponderExcluir
  12. Lurdes Jacobina
    Parabéns Rey,você é um jornalista brilhante!

    ResponderExcluir
  13. Hilda Maria
    Linda trajetória de Rogéria! Linda e expressiva obra👏👏👏👏👏👏👏

    ResponderExcluir
  14. Hilda Maria
    Parabéns Reynivaldo ! 👏👏👏👏

    ResponderExcluir
  15. Heli Santos
    Excelente descrição sobre o olhar do artista, parabéns pela matéria!

    ResponderExcluir
  16. Luiza Fontes
    Parabéns Reynivaldo, belíssimo trabalho.

    ResponderExcluir
  17. Maria Adelaide Dantas Costa Cruz
    Parabéns Reynivaldo!

    ResponderExcluir
  18. Carmen Carvalho
    Excelente currículo ! Parabéns à artista

    ResponderExcluir
  19. Berenice Carvalho
    Parabéns Reynivaldo pelo seu excelente trabalho aos artistas baianos!
    Parabéns e sucesso para Rogéria Mattos!

    ResponderExcluir
  20. Regiane Lucio
    Bela trajetória, belo texto❤️

    ResponderExcluir
  21. Anna Lúcia Marcondes
    Ro que legal, que tudo, essa matéria que conta a sua trajetória tão linda e verdadeira de alma de arte poeta e feminina. Parabéns Reynivaldo Brito que trouxe a publico você novamente, lugar que lhe pertence. Bjos no coração.

    ResponderExcluir
  22. Liane Katsuki
    Parabens uma.vez mais por seus.maravilhosos artigos

    ResponderExcluir