JOSELY CARVALHO ENRIQUECE PROCESSO DA SERIGRAFIA
Josely Carvalho ao lado de dois de seus últimos trabalhos no MAMB |
Mas,
Josely Carvalho vem demonstrar através de sua vibrante e contemporânea
exposição montada no Museu de Arte Moderna da Bahia que a serigrafia é um
processo que oferece recursos ilimitados. Vibrante e ansiosa por criar e principalmente
por transmitir o que aprendeu nos Estados Unidos onde vive, mais precisamente em Nova York , aqui está ela
reunida todas às tardes com um grupo de alunos, entre as quais Graça Ramos,
professora de Belas Artes, e outros mostrando sua técnica. De temperamento
inquieto, seria impossível imaginar Josely trabalhando em serigrafia com uma
imagem única. Ela não aceitaria a repetição. Com a utilização da fotografia
como base, consegue trabalhar diante de realidades e momentos fixados. Na
mostra que está no MAMB vemos três momentos de sua obra. Uma série de trabalhos
onde prima pelas transparências, outra onde fixou-se na mulher mostrando a
singeleza dos nus, e finalmente, trabalhos com a presença de traços gestuais
onde o desenho aparece como fundo mas fora de uma delimitação de espaços e
vontade.
É
contra aquele artista trancado em seu atelier. É preciso mostrar a arte nas
ruas. É preciso manter contato com os jovens que estão surgindo para nos
situarmos dentro das realidades dos momentos. Estes princípios que defende
sempre são constatados na prática.
Sempre
está preocupada em trabalhar com as comunidades e recentemente esteve em Santo André , em São Paulo , onde reuniu
líderes da comunidade, clube de mães, representantes de associações de bairros,
e daí desenvolveu técnicas de serigrafia. O resultado foi excelente, declarou,
na medida em que durante a sua realização foram discutidos elementos, cores e
realidade da comunidade, até que as chegasse a um resultado final.
A
partir deste contato, os líderes levam suas experiências aos grupos,
associações, criando deste modo um novo potencial de trabalho para as
comunidades com as quais vem trabalhando.
Esta
vinda ao Brasil e este trabalho em
São Paulo , veio atender a vontade que existem em Josely já
algum tempo, de retornar ao Brasil, e desenvolver com o seu povo, a sua terra e
sua realidade, o que vem desenvolvendo em outras terras uma volta ás raízes. O
artista tem uma responsabilidade muito grande, pois capta o futuro e tenta
traduzir através de arte, numa coisa simples que todos entendam.
Josely
iniciou seus estudos de desenho e pintura com Antônio Gomide, Juan Ponce,
Marcelo Grassman e Darel, na Fundação Álvares Penteado. Formou-se em
Arquitetura nos Estados Unidos fez serigrafia fotográfica na Califórnia. Como
professora, iniciou seu trabalho em comunidades no México sendo entretanto nos
Estados Unidos onde estes foram apurados.
A MULHER É TEMA CENTRAL
A MULHER É TEMA CENTRAL
Dona
de um amplo curriculum, com participação em exposições, cursos e todo o seu
trabalho nos Estados Unidos, Josely atualmente artista residente é diretora do
The Silkscreen Project em St
Mark ’s in, the Bowery. Escolheu o local onde se encontra o
maior número de migrações marginalizadas dos Estados Unidos: porto-riquenho,
chineses, poloneses, pretos e judeus. São gente sofrida, pessimista, que perdeu
a fé em qualquer coisa boa.A
exposição consta de 38 trabalhos e a mulher em comunidade é o tema central.
SEU PENSAMENTO
Veja
aqui o pensamento de Josely:Quem
é minha gente? Minha terra com reconhecimento de seu próprio povo.Verde,
amarelo, azul, vermelho, tonalidades futuras, transparências passadas.
Retratos,
linhas, massas, espaços em negro, cor da minha gente. E o que é Nova York? Onde
estão meus olhos?Dormindo
na indiferença de um mundo que não é meu.
Onde estão nossas mãos? Escondidas por detrás de cavaletes
transparentes. Onde está sua razão? Perdida. Onde estão minhas memórias?
Sentindo claustrofobia dentro de minhas próprias gavetas. Onde está o meu ser?
Impresso em papel fundido.
Onde
está o nosso futuro? Quem lhes falou que vocês tem futuro, disse o pássaro.
ESTUDANTES
FAZEM ARTE NO COLÉGIO GÓES CALMON
Colégio Goes Calmon, nos Barris |
Esta
promoção faz parte de uma série de atividades realizadas este ano pelo Núcleo
Educacional Góes Calmon, através de programas integrados com as diversas áreas
do ensino, e tem por finalidade, também encerrar os trabalhos do ano letivo,
tanto nas áreas didática e pedagógica,
como cultural. A exposição apresenta trabalhos de qualidade, segundo
análise feita pelos professores de Educação Artística e revela futuros talentos
em pintura, técnica de montagem, além de esculturas em sabão, giz, mosaico e
outros materiais aproveitados pelo próprio aluno.
DESTAQUE
Além
dessa exposição de encerramento do ano letivo, o Núcleo Educacional Góes Calmon
é um dos colégios estaduais de Salvador que tem se destacado, inclusive, a
nível nacional, com a participação de seus alunos nos mais diversos eventos
culturais que são promovidos por instituições e entidades oficiais. Somente
este ano, de acordo com a professora Regina Maria Almeida de Araújo,
coordenadora da área de Comunicação e
Expressão, os estudantes do estabelecimento participaram de vários eventos e,
em todos eles, com uma atuação vitoriosa, entre os quais, o concurso Plante uma
Árvores e colha seus frutos, promovido em março pelo IBDF; a I Bienal de Arte
Infanto-Juvenil, sob a promoção da Funarte, em julho deste ano, no Rio Janeiro;
Marinha, ontem, hoje e sempre, realizado pelo II Distrito Naval e do concurso
Deficiente, pessoa como a gente, promovido pela
Secretaria de Educação e Cultura do Estado.
Explicou
a professora Regina que os alunos do
Góes Calmon se classificaram em 1.ºe 2.º lugares na maioria destas promoções,
além de terem sido os únicos representantes da Bahia, na II Bienal Brasileira
de Arte Infanto-Juvenil, promovida pela Funart. Ainda este mês, o colégio
estará representando, através de seus alunos, em mais dois acontecimentos
culturais: no concurso de Pintura na Arte Jovem da Bahia, outra promoção do II
Distrito Naval e do concurso para a escolha do Selo de Natal, a ser promovido
pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Antes da exposição de
encerramento do ano letivo, eles realizaram no colégio, uma mostra de
Informação Profissional a qual, segundo a professora Regina Almeida, visou
orientar o próprio aluno da escolha de um curso profissionalizante a nível de
segundo grau. Este trabalho constou da exposição de cartazes relatórios
elaborados pelos alunos da oitava série, a partir de visitas feitas à II Feira
de Orientação Profissional e a instituições que atuam na área de ensino
profissionalizante.
POLUIÇÃO É AMEAÇA À ACRÓPOLE ATENIENSE
A contaminação ameaça a segurança da Acrópole de Atenas. Um novo grito de alarme para a sua salvação foi lançado pelo presidente Teodoro Skoulikidis, docente da Universidade de Atenas e membro da comissão encarregada de conservação de Acrópole, no congresso internacional sobre a contaminação do ambiente que se realizou em Salonica.
São
quatro as causas do desmoronamento e das fendas dos mármores de três dos
principais monumentos: O Erectão, o Partenão e os Propileos.
Estas
causas são: 1) inchação dos reforços metálicos usados no passado para melhorar
a estabilidade dos templos que se achavam em perigo; 2) A chuva ácida que ataca
e dissolve a parte externa dos monumentos; A ação de microorganismos que
devoram a pedra e que transformam o bióxido de enxofre em triôxido de enxofre;
4) As suspensões corpusculares que atacam a superfície dos mármores e causam
buracos microscópios.
Há
muito tempo estudam-se métodos para salvar os monumentos de Atenas. O próprio
professor Skolikidis rejeitou uma proposta americana que previa revestir os
mármores de substâncias plásticas. Outra proposta da mesma procedência propunha
dar bário aos monumentos da Acrópole a
fim de que se tornassem indestrutíveis. Este sistema, que por outro lado daria
aos monumentos uma cor prateada, segundo o próprio técnico grego, apressaria a
destruição dos mármores.
A
verdade é que a primeira medida seria a de procurar reduzir a poluição
atmosférica, da qual Atenas é uma das cidades, da Europa, mais exposta, mudando
o combustível dos meios de transporte e das fábricas que a rodeiam.
DICINHO-
a capa do primeiro LP do grupo baiano Raposa Velha é do artista plástico
Dicinho e na contra-capa as várias fotos são de autoria de Nicolau Reis. Depois
de participar do II Festival de Música Instrumental este é um desafio a mais, a
ser vencido por este grupo baiano, que numa tiragem independente de 1 mil
cópias, aguarda boa reação do mercado.
FALSIFICAÇÃO- duzentas gravuras falsas, atribuídas ao pintor catalão, Salvador Dali foram apreendidas recentemente pela Polícia canadense. A operação policial visa localizar ainda milhares de outras obras falsificadas que estão sendo comercializadas nos Estados Unidos e na Europa. Os agentes estão vasculhando as galerias e residências de colecionadores visando saber a origem das obras que possuem.
ANTÔNIO
CONSELHEIRO- finalmente arranjaram um jeito para recuperar a escultura Antônio
Conselheiro do artista Mário Cravo que estava apodrecendo no Museu de Arte
Moderna da Bahia. Precisou uma carta aberta escrita por Jorge Amado para que os
responsáveis pela guarda da obra fossem sensibilizados. Considero esta
escultura uma das peças mais importantes feitas por Mário Cravo pela sua
autenticidade e força expressiva.
PELOS PÁSSAROS- o baiano Daniel Silva Gomes, natural de São Félix está expondo alguns de seus trabalhos na loja Sandiz, no Iguatemi. É sua primeira exposição individual e denominou de Libertai os Pássaros,numa perfeita alusão à apreensão desenfreada de espécimes em todo o Brasil. Ele defende a liberdade. Sabemos que a pomba é o símbolo da paz, e as asas simbolizam a liberdade contra as opressões. O artista já participou de outras mostras coletivas.
PEQUIM
ABSTRATO?- houve muitas objeções a algumas obras abstratas expostas em Pequim Proveniente
dos Estados Unidos.
A
exposição constou de 70 quadros feito desde o período colonial até trabalhos,
contemporâneos, e foram estes últimos, que geraram alguns comentários e
problemas burocráticos. A abertura chinesa é também relativa... Basta citar os
casos das duas chinesinhas envolvidas com romances com estrangeiros. Lá e cá é
bom ter cuidado... É bom lembrar, que a exposição teve cunho oficial e na apresentação
vinha um trecho assim: A arte que mandamos para esta exposição representa
realmente alguma coisa a mais do que arte. Ela representa uma expressão do
espírito americano de liberdade dentro do qual qualquer pessoa pode pintar,
escrever ou fazer o que quiser, na medida em que não violar a Constituição.
Aqui, nem sempre é assim...
COLETIVA-
Adauto Machado, Aderbal Rodrigues, Aurora, Dílson Midlej, Ernesto Simões, Jane
Lídia, João Augusto Bonfim, Lleana, Maria de Lurdes e Suzane Pinho expõem até 4
de dezembro no hall do Hotel Plaza. São trabalhos com diversas técnicas e
estilos. É mais um espaço aberto ás artes plásticas pelo pessoal do Hotel Plaza
e merece aplausos. A exposição será aberta no próximo dia 4 ficando até 20 de
dezembro.
CONQUISTA
– a Galeria Geraldo Rocha e o Atelier em Vitória da Conquista estão
apresentando uma exposição de Adelson do Prado, Adilson Santos e Marisa F.
Correia. Três baianos conhecidos pelos seus trabalhos e pela qualidade. A
presença da arte e movimentação artística no interior merece o incentivo. Seria
o caso dos órgãos como a Fundação Cultural passassem também a dar apoio a estas
iniciativas, saindo um pouco do âmbito estritamente da capital. No interior
existe muita gente criando e interessada em arte.
Ao lado uma obra do artista Adelson do Prado.
Ao lado uma obra do artista Adelson do Prado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário