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sábado, 15 de abril de 2023

AURELINO O PINTOR QUE GEOMETRIZA SALVADOR

Aurelino andando no Largo Dois de Julho,
na Praça Castro Alves e no Alto de Ondina.

M
uito já se escreveu sobre Aurelino dos Santos atualmente perto de completar  81 anos de idade. Ele nasceu  no dia 16 de junho de 1942, é filho de Antônio Roberto dos Santos e Elisa dos Santos. Mora em Salvador no mesmo local há muitos anos.O conhecia de suas  andanças de galeria em galeria, nas casas comercias e nos bares tentando vender suas obras a preço baixos para sobreviver. É um pintor que faz muitas caminhadas aleatórias e com distâncias consideráveis. Respondeu quando perguntei porque não tomava um ônibus ou táxi é "gosto de ver a Cidade". Daí ele tira suas "ideias" para criar  obras geometrizadas e coloridas. Morador do Alto de Ondina, uma favela incrustada entre o Jardim Zoológico e outras construções de classes alta e média do bairro de Ondina , agora vem sendo requisitado como um artista cujas obras estão se valorizando no mercado nacional. Muitos dizem que Aurelino é um pintor primitivo, mas prefiro dizer que é um pintor que elabora suas obras em formas geométricas e segundo ele é uma representação de situações e locais, ou seja, são figurações simplificadas da Cidade. Esta geometrização, as cores fortes, e a composição é que criam uma atmosfera positiva e dão importância a sua obra. Vivia num barraco sem reboco em companhia de uma sobrinha de nome Sara  viciada em álcool e tabagista  a qual decidiu ir embora. Agora ele está com o seu pequeno imóvel quase totalmente reformado com piso de cerâmica, com nova cobertura do telhado, forrado e as paredes rebocadas e pintadas.  

Aurelino em seu ateliê ao lado  de uma obra
Tem limitações de construir um diálogo, de   verbalizar sua arte e de escrever. Sempre gostou   de caminhar pelas ruas da Cidade e muitas vezes   podemos encontrá-lo conversando sozinho   animadamente, e se achar algum objeto que possa   servir para utilizar em sua arte costuma levar para   sua casa. Lembro que um certo dia estava na Galeria   O Cavalete, da saudosa Jacy Britto, quando o   Aurelino  apareceu com dois quadros nas mãos. As   obras foram examinadas e adquiridas, e ele seguiu   seu caminho. Foi aí que tomei conhecimento deste   artista que evoluiu com o tempo . Me disseram   naquela ocasião que era ajudante de pedreiro e que usava tintas de construção para pintar os seus quadros. 
Atualmente trabalha no seu ateliê, num ambiente simples, com uma pequena mesa e uma prancheta onde coloca a tela em branco e vai desenhando as figuras geométricas, com o auxílio de uma régua com cerca de um metro de comprimento. No ateliê encontrei pequenas peças de plástico e até mesmo pedaços de brinquedos quebrados que ele recolheu nas ruas por onde passou e disse que serão utilizados em colagens que pretende fazer. A propósito comprou uma cola especial para fazer essas obras, quando fomos a uma casa especializada em materiais para arte, que fica no Largo Dois de Julho, onde também Aurelino comprou vários pincéis, a maioria pequenos. Suas obras formadas de triângulos, círculos e retângulos parecem traduzir seu comportamento como que gira dentro destes espaços impedindo de ter uma visão real do mundo que lhes cerca. Uma desorganização de sua mente não lhe permite  este mundo real o que  leva a ter crises que precisam ser controladas . Mas, quase sempre está neste mundo de poucas palavras, de algumas frases desconexas e mostra uma fragilidade física no seu corpo magro e de 1,60 mais ou menos de altura, pesando cerca de 60 quilos. Basta dizer que suas roupas são compradas no tamanho pp.

                                                        O ARTISTA 

Aurelino mostrando como
faz os seus desenhos
geométricos da obra.

 
 Ao olhar uma tela riscada pelo Aurelino dos Santos   você imagina que é uma obra de um arquiteto com   sólidas informações de geometria. Numa tela de   pouco mais de um metro quadrado são dezenas de   triângulos, retângulos, cubos e linhas paralelas que   ele vai juntando até ficar uma construção geométrica   instigante. Depois com os pincéis vai pintando   calmamente cada um desses elementos com tintas   a óleo cruas as quais  dissolve em pequenos   recipientes de alumínio, desses que são utilizados   para fazer bolinhos e empadas. Dissolve as tintas   com gasolina e utiliza de uma régua para traçar seus   elementos geométricos e para pintar e não invadir   outro elemento.

 Disse que já pintou figuras e fez até tapetes, mas que   hoje só pinta em formas geométricas que em sua mente representam a figuração da Cidade. Enxerga  nas imagens de sua  fantasia  pictórica viadutos que se entrecruzam, viadutos ao lado de varandas, são paisagens urbanas que Aurelino dos Santos  traduz com este geometrismo que nos permite visões diferentes ao serem observadas de frente ou mesmo do alto. Umas obras lembram  plantas baixas feitas por um arquiteto, só que possuem muitos mais elementos geométricos e são bem coloridas. É um trabalho de qualidade digno de figurar em qualquer colecionador de arte moderna ou contemporânea. Suas obras já foram expostas em São Paulo, Paris, Madri e Valência. As principais exposições foram em 2011, no Museu Afro do Brasil, em Salvador, intitulada Aurelino - A Transfiguração do Real. Também na exposição Teimosia da Imaginação: 10 artistas Brasileiros, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo; no Museu Janete Costa de Arte Popular e no Young Art de Art Madrid.

.                                                                      TRABALHOU 

Aurelino na Ponta de Humaitá, antes de
conhecer o Ernesto e detalhe de mais uma
obra de elementos geométricos.
Foi cobrador de ônibus na empresa Jordão que fazia a linha Ondina, Rio Vermelho. Quando lhe perguntei se lembrava de alguma confusão nos ônibus onde trabalhou por causa de troco ou outro motivo qualquer pronunciou a expressão que sempre usa para responder quando está concordando. Dá um sonoro Ohhhhhhhh!... Esta sua atividade na juventude viajando para lá e para cá pela orla marítima da Cidade deve ter marcado sua mente e talvez por isto goste de andar e andar. Um impulso interno o estimula, e o Aurelino sai por aí  percorrendo distâncias consideráveis. Por exemplo, ele vai de Ondina  para a Praça da Sé ou para o Pelourinho. A volta geralmente toma um "buzu", como disse na sua restrita linguagem. Diz que iniciou sua carreira artística após contato com o escultor Agnaldo Santos (1926-1962) que trabalhava no ateliê de Mário Cravo Junior. Ali chegou a fazer algumas pequenas esculturas, mas tem poucas lembranças. Na realidade ficou alguns meses e saiu "saí para pintar meus quadros", isto por volta de 1963. A arquiteta paulista Lina Bo Bardi, quando esteve em Salvador elaborando o projeto do Museu de Arte da Bahia, no Solar do Unhão viu a obra de Aurelino e gostou e o incentivou a ir para São Paulo.

Aurelino na favela onde mora,objetos que
recolhe aleatoriamente na ruas e  um
detalhe de uma obra
.
                              VAI RISCANDO
Indagado  como idealiza suas obras responde simplesmente "Vou riscando". As paisagens construídas por ele podem ser apreciadas de frente ou do alto e alguns acham que têm referências barroca, do concretismo e arte do neoconcretismo. Para mim são paisagens geometrizadasn que saem de sua mente e são construídas quase aleatoriamente como ele mesmo diz "eu vou riscando ", e depois saca de suas tintas fortes e as constrói com grande habilidade uma obra colorida que agrada ao mais exigente amante da arte é difícil ser classificada.  Ele desenha utilizando uma régua de cerca de um metro e vai preenchendo os espaços em branco na tela com seus elementos geométricos quase que aleatoriamente. No final fica uma composição forte, harmônica , sem catalogação.

Como não tinha dinheiro para suas tintas disse que Mário Cravo comprou um quadro e o Aguinaldo Silva também e quando precisava de comprar tintas o Mário Cravo sempre arranjava um dinheiro para que ele continuasse pintando. Organizaram uma exposição de suas obras no foyer do Teatro Castro Alves que funcionava como local do Museu de Arte Moderna da Bahia, até ser transferido para o Solar do Unhão, onde permanece até hoje. Para esta exposição contou com a ajuda da grande pintora baiana Yedamaria, já falecida. Também expôs na Galeria Querino, que pertencia ao tapeceiro e marchand Renot. A galeria funcionava no final da Rua Carlos Gomes, num daqueles edifícios que tem a frente para a Avenida Sete de Setembro e os fundos para a Rua Carlos Gomes.

                                                        MUITO MELHOR

Aurelino, Ernesto Bitencourt e Reynivaldo
no restaurante onde almoçamos e tomamos
umas cervejinhas .Gosta de uma boa cerveja
e fuma uma carteira de cigarros por dia.
Com o reconhecimento do valor artístico de suas obras alguns galeristas e marchands passaram a comprar e guardar porque existe uma tendência de alcançar uma valorização cada vez maior no mercado de arte nacional. É uma aposta que pode ou não se concretizar. São as regras deste mercado cheio de subjetividade que regulam os preços, além da lei da oferta e procura. Atualmente ele encontrou um marchand o Ernesto Bitencourt que enxergou o potencial criativo de Aurelino e decidiu investir no artista, e paralelamente lhe deu dignidade. Disse Ernesto que o Aurelino, ou Lelo, como ele o trata, vivia realmente numa situação muito precária. Sua moradia  de apenas um quarto era um barraco fétido. Ele mandou rebocar e pintar a casa, mudou o telhado, forrou e comprou cama, televisão e outros utensílios domésticos, e assim Aurelino passou a ter uma vida simples, mas decente. Também, comprou roupas pessoais e mesmo de cama, tênis, para que ele possa viver a sua vida com dignidade. Contratou um restaurante próximo onde Aurelino mora que lhe fornece as três refeições. Enfim, quando perguntei ao Aurelino se sua vida agora estava melhor ele saiu com um sonoro Ohhhhhhh!.... e em seguida completou "muito melhor. Não me preocupo em sair por aí tentando vender um quadro para comprar comida". O Ernesto Bitencourt passou a pagar o dobro do valor que normalmente ele comercializava seus quadros pelas ruas da Cidade. Enfim, não está faltando nada a Aurelino, em seu mundo de simplicidade. A sua relação com dinheiro é muito limitada, não tem ambições e talvez nem saiba direito valorizar a sua obra e importância. Sabe apenas que as pessoas que chegam perto dele gostam do que  faz. O Aurelino não tem um dente sequer em sua boca. Já houveram tentativas de colocar uma dentadura, mas ele tem resistido. No encontro que tivemos falamos sobre o assunto e notei que já aceita a proposta de ir ao dentista para a realização deste protocolo. Acredito  que melhore sua autoestima e passe a mastigar melhor os alimentos.

                                                         JUVENTUDE DIFÍCIL

Veja o belo colorido desta obra .
 É difícil saber muitos detalhes da vida de Aurelino. Durante o   almoço que tivemos no restaurante popular Líder, no Largo Dois   de  Julho, em Salvador,  ele ficou mais à vontade e entre um gole   de cerveja e outro foi falando de sua vida. Disse que foi internado   na Escola de Menores, em Pitangueiras de Brotas, e que depois foi   transferido para a Escola de Menores, no subúrbio de Paripe, em   Salvador, e revelou que foi de trem. Disse  que permaneceu   cerca  de um ano e meio em cada local. Falou que quando criança   frequentava muito a praia onde jogava bola, nadava e na rua   brincava de bola de gude, empinava arraia nas imediações onde   reside até hoje . Também lembrou que várias vezes furou os pés   com os espinhos das pinaúnas, nas pedras na praia de Ondina..   Não  gostava de pescar. “nunca pesquei, porque não entrou na   ideia". Falou  que gosta de comer buchada e outras comidas   pesadas ,mas que detesta mocotó. Este foi um momento   descontraído onde ele sacou esta conversa que não gosta do tal do   mocotó. Estudou numa escola pública que funcionava perto do   local onde mora. "Foi na mais antiga!" Não lembra o nome.

Aí vão surgindo algumas lembranças esparsas e de repente me pergunta de chofre: "Conheceu Odorico Tavares? "Respondi que pessoalmente não, e retruca "eu vendi quadros a ele". Odorico Tavares era um jornalista, superintendente do grupo Diários Associados, que mantinha os jornais Diário de Notícias, Estado da Bahia, Rádio Sociedade da Bahia e Tv Itapoã pertencente ao icônico Assis Chateubriand. Odorico também era um colecionador e incentivador da arte na Bahia. 

Também lembrou que o tapeceiro “Genaro de Carvalho tinha um Aero Willys, de cor azul, chamado de "Tufão" que era muito bonito.” Nunca esteve com o tapeceiro, mas adiantou que de longe observava e o admirava. Frequentava os bares da época, inclusive lembra ter encontrado com o pintor feirense Raimundo Oliveira, também falecido há muitos anos, num dos botecos do Largo Dois de Julho onde ele frequentava para tomar suas bebidas preferidas.  Ainda falou de seu time. Disse ser “torcedor do Vitória e que em São Paulo torce pela Ponte Preta.”

Aurelino dos Santos concentrado escolhe
 alguns pincéis
.
Em suas caminhadas costuma ir para o Centro da Cidade cortar o cabelo e a barba com um barbeiro que tem sua barbearia defronte do velho prédio onde funcionou o Cine Liceu, na  Rua Saldanha da  Gama. O barbeiro chama-se Luís Santos e que a barbearia Passos Saldanha cobra R$30,00. Dizem que mesmo quando não tinha dinheiro para pagar o Luís nunca deixou de cortar o seu cabelo e fazer a barba quando precisava. Uma gratidão que fez questão de confirmar. Quando indaguei porque se hoje tem dinheiro e pode pegar um ônibus ou até mesmo um táxi para ir para onde desejar ou precisar ele anda a pé enfrentando o sol forte? A resposta foi dada com a mesma simplicidade em que vive: "É porque andando eu faço exercício e vejo a Cidade".

Aurelino e Washington Sales que
 o encontrou andando na Praça 
Castro Alves no dia 10-4-2023
.
Disse que tem um irmão que mora no Nordeste de Amaralina, em Salvador, mas não declinou o seu nome. E em seguida que esteve em São Paulo e a Lina Bo Bardi o instalou no anexo do Masp, onde ficou hospedado por uns dois meses. Lá conheceu talvez o amor da sua vida chamada de América, ninguém sabe se realmente houve ou não este romance. Mas, ele confidenciou que em seguida foi para o Rio de Janeiro de ônibus em companhia da América e lá ficou num hotel chamado de Minas Holtel na Praça Tiradentes perto do Teatro de Bibi Ferreira. Lembrou do Campo de Santana, e que pagou C$16,00 na passagem de ônibus doe São Paulo até o Rio de Janeiro e que pagava C$ 2,50 pela diária do hotel. A América era um tipo meio hyppie e da mesma forma que se aproximou de Aurelino também desapareceu.

Na exposição realizada no Museu Afro Brasil, em São Paulo, o diretor Emanoel Araújo, já falecido, que também foi o curador em março de 2012 editou um catálogo  de 40cm x 28cm com reproduções de várias obras de Aurelino e com alguns textos enfocando a obra, mas dando ênfase a sua loucura. Prefiri aqui enfocar o lado humano, o colorido de sua arte, a genialidade de suas composições, e sua capacidade de resistir durante todas as décadas que permaneceu à margem do mercado de arte, que teve momentos de florescimento na Bahia. Aurelino era um espectador de longe deste movimento, inclusive frequentava as galerias em dias e horários de pouco movimento, e ao pintar algumas telas era obrigado a sair do seu  barraco para procurar possíveis compradores. O seu comportamento fora do normal para muitos é loucura mesmo. Aliás, se formos por este caminho encontraremos muitos aurelinos mais ou menos afetados no ambiente artístico, cada um com suas manias e reações até esquisitas. Vamos celebrar a qualidade de sua obra!

EXPOSIÇÕES

Individuais:
Em 2022: Às Margens Urbanas, Galeria Simões de Assis, São Paulo, SP, Brasil; 2020: Aurelino dos Santos: Construção Obsessiva, Museu Nacional da República, Brasília, Brasil; 2019: A Letra é que faz o mundo, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, BA, Brasil
2013:Pinturas, Galeria Estação, São Paulo, SP, Brasil
2011: Transfiguração do Real, Museu Afro-Brasil, São Paulo, SP, Brasil.
Coletivas: 2024: Entre Linhas, Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, São Paulo, SP, Brasil; 2023: Reversos  & Transversos : artistas fora do eixo (e amigos) nas bienais, Galeria Estação, São Paulo, SP, Brasil; 2021: A Máquina Lírica, Galeria Luísa Strina, São Paulo, SP, Brasil; 2020: Orixás, Museu Nacional da República, Brasília, Brasil
 Luso Afro Brasil – Encontros: Arte, História e Memória, Museu Afro Brasil, SãoPaulo , SP; Brasil ;2019: Southern Geometries, from Mexico to Patagonia, Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, Paris, França; 2016: A mão do povo brasileiro 1969/2016, MASP, São Paulo, Brasil ; 2012: 4 Artistas Espontâneos, Museu Afro-Brasil, São Paulo, SP, Brasil ; 2012 - 2013: Janete Costa “Um Olhar”, Museu Janete Costa de Arte Popular, Niterói, RJ, Brasil; Teimosia da Imaginação: dez artistas brasileiros, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP, Brasil; Teimosia da Imaginação: dez artistas brasileiros, Centro Cultural Paço Imperial, Rio de Janeiro, RJ, Brasil ; Histoires de Voir: Show and Tell, Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, Paris, França; 2011: SP-Arte, Pavilhão da Bienal, São Paulo, SP, Brasil ; 2010: SP-Arte, Pavilhão da Bienal, São Paulo, SP, Brasil
2009: Feira Art Madrid, Pabellón de Cristal, Madrid, Espanha
2007: Encontro entre dois mares: Bienal São Paulo-Valencia, Convento del Carmo, Valencia, Espanha ; 2006: Viva Cultura Viva do Povo Brasileiro, Museu Afro-Brasil, São Paulo, SP, Brasil
2002: Pop Brasil: a arte popular e o popular na arte, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP, Brasil ;  500 Mostra do Redescobrimento, Pavilhão da Bienal, São Paulo, SP, Brasil; 1995: Os   da Noite: fragmentos do imaginário negro, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG, Brasil ; 1994: Arte e Religiosidade Afro-Brasileira, Frankfurter Kunstverein, Frankfurt, Alemanha ; 1994: Os Herdeiros da Noite: fragmentos do imaginário negro, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
 ColeçõesPúblicas:
1. Instituto Inhotim, Brumadinho, MG, Brasil ;2. Museu AfroBrasil, São Paulo, SP, Brasil; 3. MAM Rio de Janeiro, RJ, Brasil
4.Fundação Cartier, Paris, França
Publicações Selecionadas:
1. 2019: Géometries Sud, Fondation Cartier, Paris, França
2. 2018: Arte Popular Brasileira: Olhares Contemporâneos, WMF Martins Fontes, São Paulo, Brasil
3. 2016: A mão do povo brasileiro, MASP, São Paulo, SP, Brasil
4. 2013: Aurelino | Pinturas, Galeria Estação, São Paulo, SP, Brasil
5. 2006: Viva Cultura Viva do Povo Brasileiro, Museu Afro-Brasil, São Paulo, SP, Brasil.



25 comentários:

  1. Severina Ferreira Severina Ferreira
    Parabéns!
    É um trabalho sem fins lucrativos.

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  2. Ygor Coelho
    Brilhante e merecido relato. Dois gênios: Reynivaldo e Aurelino!

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  3. Félix Sampaio
    O GIF pode conter bien
    Responder2 d
    Angela Lisboa Dabush
    O GIF pode conter bien
    Responder2 d
    Edna Silva
    Senti interesse pelo trabalho dele.
    Responder2 d
    Darcy Brito
    A nossa Ministra da Cultura deveria se interessar por artistas plásticos como Aurelino e outros. Mas...
    Responder2 d
    Graça Gama
    Parabéns pela reportagem boa divulgação
    Responder2 d
    Aurora Biao
    Parabéns! Que lição de vida
    Responder2 d
    Edison da Luz
    Aurelino teve muita ajuda de Jacy Brito da galeria Cavalete .Aurelino era tido especial da galeria e muito chato com seu trabalho minucioso. Mais chato do que eu.
    Responder2 d
    Aurora Biao
    Edison da Luz é uma virtude
    Responder2 d
    Antonio Carlos Da Rosa
    Excelente, parabéns Reynivaldo!
    Responder2 d
    Vilma Brito
    Parabéns Rei
    Responder2 d
    Celimar Geambastiani
    Parabéns
    Responder2 d
    Leonel Rocha Mattos
    Reynivaldo , resgatando a história e fazendo história.
    Responder2 d
    Liane Katsuki
    Parabens Reynivaldo por estar sempre resgastando nossa historia
    Responder2 d
    Liane Katsuki
    O GIF pode conter Clapping Hands
    Responder2 d
    Guel Silveira
    O GIF pode conter emoji, eccellente, clapping, applause, proud, excellent, bravo e smile
    Responder2 d
    Liane Katsuki
    Li o seu artigo com muita atención. Sentí muita saudade de nossa querida Salvador. Conheci a Renato Bitencourt, uma pessoa maravilhosa!obrigada por seus maravilhosos artigos.
    Com minha amizade e admiración meus agradecimentos.
    Liane Katsuki
    www.lianekatsuki.com
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    Responder2 d
    Tereza Souza
    Responder2 d
    Edicarlos Santana
    Parabéns seu reinivaldo
    Responder2 d
    Reynivaldo Brito
    Você é meu amigo
    Responder1 d
    Maria Das Graças Santana
    Parabéns pro mas uma revelação da arte e da nossa cultura.
    Responder1 d
    Iara Brito
    Parabens meu irmão!
    Responder1 d
    Adelice Oliveira Dos Santos
    👏👏👏
    Responder20 h
    Marcelo Silva
    Interessante o trabalho dele. O artista encontra suas inspirações no caminhar, na cidade que vive.
    Responder18 h
    Joao Brito
    👏👏👏👏
    Responder7 h


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  4. Edna Silva
    Senti interesse pelo trabalho dele.

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  5. Darcy Brito
    A nossa Ministra da Cultura deveria se interessar por artistas plásticos como Aurelino e outros. Mas...

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  6. Graça Gama
    Parabéns pela reportagem boa divulgação

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  7. Edison da Luz
    Aurelino teve muita ajuda de Jacy Brito da galeria Cavalete .Aurelino era tido especial da galeria e muito chato com seu trabalho minucioso. Mais chato do que eu.

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  8. Antonio Carlos Da Rosa
    Excelente, parabéns Reynivaldo!

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  9. Leonel Rocha Mattos
    Reynivaldo , resgatando a história e fazendo história.

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  10. Liane Katsuki
    Parabens Reynivaldo por estar sempre resgastando nossa historia

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  11. Liane Katsuki
    Li o seu artigo com muita atención. Sentí muita saudade de nossa querida Salvador. Conheci a Renato Bitencourt, uma pessoa maravilhosa!obrigada por seus maravilhosos artigos.
    Com minha amizade e admiración meus agradecimentos.
    Liane Katsuki
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  12. Maria Das Graças Santana
    Parabéns pro mas uma revelação da arte e da nossa cultura.

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  13. Marcelo Silva
    Interessante o trabalho dele. O artista encontra suas inspirações no caminhar, na cidade que vive.

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