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sábado, 1 de abril de 2023

EDISON DA LUZ MANTÉM VIVA SUA CRIATIVIDADE

Edison da Luz com cabeças de dois espantalhos que está
trabalhando para expor ainda este ano em Salvador
.
O artista Edison da Luz nasceu em Salvador em 4 de abril de 1940 de uma família de oito irmãos, mas sua mãe teve outros filhos que não sobreviveram . A d. Maria Brígida da Luz, conhecida por d. Doninha era do lar e seu pai Felício Benicio da Luz, tinha uma pequena olaria no Salgado, e um barco na Passagem dos Teixeiras, no município de Candeias, na área próxima ao que é hoje porto de Aratu. Tem este nome porque ali existia o Engenho Passagem, dos irmãos portugueses João e Manuel Teixeira Barbosa  que fugiram do Brasil em 1822 e depois seu proprietário foi 
Xilo de  30 anos
atrás e sempre atual.
Oscar Tarquínio Pontes. Voltando ao  Felício da Luz  também comercializava algumas coisas inclusive carvão, "porque no local onde morávamos era um vale e tinha boa área e até um campinho de futebol. Ainda tomava conta de casas, o que chamam hoje de administrador. Procurava sempre estar ocupado para criar os filhos e com isto formou dois em Medicina e um advogado,lembra Edison da Luz. Sua infância foi de um garoto que não gostava muito de estudar. Estudou em casa com a mãe e os irmãos mais velhos até os dez anos, quando foi para o Ginásio Baiano de Ensino, ali no Campo da Pólvora, do professor Hugo Baltazar da Silveira. Por  um breve período estudou na Escola Amélia Rodrigues, no fim de linha do bairro do Tororó, quando houve uma dificuldade de seu pai pagar as mensalidades, e aí os três que estudavam no Baiano de Ensino, tiveram que ir para uma escola pública. Porém, quando os tempos melhoraram voltaram para o Ginásio Baiano de Ensino.

Edison da Luz era crescido, e seus colegas de classe no primário bem menores e mais novos. Ficou pouco tempo no primário porque já sabia ler e escrever com desenvoltura. Não teve condições de ir para o Colégio da Bahia de mais prestígio onde o ensino era melhor, como pretendiam seus pais, e também porque não gostava de estudar. O último ano do segundo grau foi cursar no Colégio Ipiranga, que era da família Isaias Alves, cujo educador deu nome ao famoso Instituto Isaias Alves, no Barbalho, que formava a grande maioria das professoras primárias da época. Disse Edison da Luz que "sempre procurava o colégio mais fácil e lembro que nunca gostei de estudar principalmente Física, Química e Biologia. Me lembro que quando estudava no Ipiranga a aula de Biologia era às 13 horas, logo após o almoço, e eu cochilava tanto que a carteira ficava toda babada. No Baiano de Ensino meu irmão Durval, que depois se formou em Medicina e foi ser cirurgião geral, era muito inteligente. e  me ajudava a fazer as provas,"conta dando uma daquelas rizadas que todos que o conhecem estão acostumados a ver.

                                               PAI BATALHADOR

Cinco gravuras de autoria de Edison .
"Meu pai foi um herói e sempre dizia assim: "Filho meu não vai lavar banheiro de branco,"
acontece que ele sofreu e teve que trabalhar muito porque ficávamos eu e meus irmãos dentro de casa só estudando. Nunca trabalhei e nem sou aposentado nesta idade com 83 anos. Paguei INSS uma vez e depois deixei de contribuir. Agora que quiseram fazer minha aposentadoria, e não conseguiram me inserir como um pequeno empresário por causa deste terreno que tenho aqui em Patamares. Lembro que cheguei a fazer um curso para Técnico de Máquinas Perfuratrizes, na Escola de Engenharia que funcionava ali no Relógio de São Pedro. Meu pai queria que todos os filhos tivessem uma profissão. Através de meu irmão Altamirando que era advogado e amigo do pessoal da Petrobras arranjou para fazer um teste e fui aprovado para ir para o campo de Buracica, município de Teodoro Sampaio. Porém, o Yvan Barreto de Carvalho, que era o Superintendente da Petrobras, e amigo de meu irmão desaconselhou porque sabia de minha vocação para as artes plásticas. "E disse mais ou menos assim, Edinho vai ficar embrutecido trabalhando com estas máquinas pesadas. Foi aí que desisti. Meu pai não gostou muito. Aí eles se reuniram, inclusive os meus irmãos Hamilton, que já era fotógrafo, Altamirando e Durval e se comprometeram a me ajudar." E continuou: Meu pai queria que fosse doutor. Cheguei também a fazer um curso para  o vestibular de Medicina, mas também não fui adiante. Ainda estudei Serviço Social, na Escola de Sociologia e Política, do Yves de Oliveira, que funcionava na Ladeira da Barra. Esta escola não era reconhecida e terminou fechada", relata Edison da Luz.

                                            QUERIA SER ARTISTA 

São Francisco com a técnica do pontilhismo.
Sua tendência era ser artista. Foi então que procurou a Escola de Belas Artes e fez um teste e lembra ter feito um busto de Moliere. Foi aí que abraçou de vez a arte. Ficou um bom tempo estudando pintura com Rescala, gravura com Henrique Oswald, Juarez Paraiso, Mendonça Filho, Adolfo Buck, Geometria com Nilza Aguiar, Composição com Jacira Oswald, Evandro Schneider, História da Ate com Ivo Vellame, Expedito Bastos, Riolan Coutinho e Carlos Eduardo da Rocha, que o achava chato e um dia ele disse: "Vá embora, não quero você mais em minha aula. " 

Afirma que não é apenas um gravador, aí dá uma risada. "Acho que o artista não pode ficar só numa técnica. Tem que saber desenhar, pintar, esculpir, gravar, cerâmica etc. E trabalhar com todas essas técnicas e saber criticar sua própria arte. Ou seja, não tem que ser eclético, mas tem obrigação de ter conhecimento de todas as técnicas que estão em sua volta. Por exemplo, acho um absurdo que um artista popular não goste de música clássica. Venho pregando isto. Talvez eu fosse mais um escultor porque meus ascendentes tios Manoel e Elias eram grandes marceneiros, faziam barcos e muita coisa em madeira, usando na época instrumentos rudimentares como enxó, facão, machado, formões e alguns improvisados."

Xilo de Edison  mostra dramaticidade.
Quanto à Escola de Belas Artes lembra que na 28 de setembro era melhor para ele porque ia a pé do Tororó para estudar, bastando descer e subir a Ladeira da Independência e passar pela Praça dos Veteranos, onde fica o Corpo de Bombeiros, que chegava ao seu destino. "O espaço era maior eu acho que a escola poderia ficar ali próxima do Centro Histórico. Depois mudou para o Museu de Arte Sacra, cujo diretor era Dom Clemente Nigra, e foi uma luta para ocupar o atual prédio que era da Faculdade de Geologia que fez um prédio novo no campus do Canela, e foi aí que a Belas Artes se mudou para o atual imóvel, no bairro do Canela."  Não gostava muito de frequentar as aulas de pintura e receber nota. "Me revoltava com nota, com avaliação. A arte se impõe por ela mesma. Esta coisa de avaliação não gosto, não tem nada a ver", portanto a rebeldia de Edson da Luz vem de longe. Todos que o conhecem sabem do seu temperamento de verbalizar tudo que sente, às vezes deixando seu interloctor embaraçado. Agora  lembrei de uma de suas tiradas. Estava na vernissage de uma exposição na Galeria Eucatex, que funcionava ali no Campo Grande quase defronte ao Hotel da Bahia quando chega Edison da Luz e tendo ao lado a jovem artista que estava expondo . Foi logo expressando sua opinião de que não gostou das obras e prosseguiu mais ou menos assim "Diga aí Reynivaldo estas obras não são fracas?". A pergunta foi mais forte e depreciativa. Eu tomei choque e depois de refeito conversei com a artista, e o Edson da Luz deu sua rizada e já não estava mais presente.

                                  DIVERSIFICAR SUA PRODUÇÃO

"Você chega à conclusão que é gravador e só faz aquilo. A arte é tudo! Continuo sendo gravador. Não podemos ficar só com uma técnica. Isto é coisa de europeu. A Academia hoje mostra que existem várias opções. Vi em Munich, na Alemanha, que se você quiser conhecer e frequentar aulas de joalheria, cerâmica, pintura, gravura em metal, pintura contemporânea, e as mais várias técnicas, é bem recebido. Talvez eu seja mais escultor que gravador", disse Edison da Luz.

Ao lado do artista no atelier, bairro de Patamares.
Diz Edison da Luz que os professores da EBA naquela época nunca viram a Gravura como uma arte nobre. Consideravam apenas uma cadeira, uma disciplina a mais. Até mesmo o ensino da Gravura era mais de gravura em metal, o próprio Henrique Oswald era um exímio gravador em metal. "Eu nunca gostei de trabalhar com gravura em metal por causa dos produtos que temos que usar , e sou inquieto quero ver logo o resultado. Na xilo vemos logo o resultado ao cavar com as ferramentas as figuras e linhas que estamos fazendo. Enveredei por outro processo a trabalhar com plástico e linóleo. A de madeira era mais barato e mais fácil de vender. Tem muita gente que gosta de gravura em papel, daí passei a desenvolver a gravura com seriedade. Improvisei minhas ferramentas porque não tinha dinheiro fácil para comprar por serem caras. Até mesmo em casa tinha um quarto onde trabalhava e passei a me interessar em conhecer os clássicos da gravura como o Edvard Munch e famoso artista norueguês, introdutor do Expressionismo na Alemanha, e autor da famosa obra "O Grito".

Na EBA assinando xilo.
Participou de Bienais, ganhou alguns prêmios, inclusive na Bienal de São Paulo, "que me despertou e mostrei também objetos." Participou de  várias exposições coletivas e individuais , de salões de arte e agora está desenvolvendo um projeto do Cidadãos Espantalhos onde utiliza cocos secos com a casca e faz as caras dos seus personagens. Com palitos de churrasquinho faz os dentes, os olhos com bolas de gude, e com tiras de panos os cabelos. Os corpos são cobertos com vestes coloridas e tem como sustentação grossos cipós. Disse que já tem vários prontos. Pretende expô-los ainda este ano num museu ou num espaço grande. Serão mais de cem personagens. "Estou lutando com o coco porque ele envelhece, e é sempre trágico. É sofrimento," confessa.

Disse que gosta de fazer gravuras e pinturas com São Francisco de Assis, da Virgem Maria, e outros santos e de interpretar com sua arte a Bíblia, mas como vive numa sociedade religiosa rígida sofre algumas restrições. Também está fazendo umas telas em pontilhismo, onde diz que viaja quando está fazendo. "Nada de terapia!  ressalta. Em três horas apronto uma tela, quando as pessoas levam alguns dias ou muito mais horas." Perguntei qual o segredo, e apresentou-me um pequeno tubo vazio de cola. Ali coloca a tinta na cor que deseja e passa a fazer os pontinhos com rapidez e com a destreza que tem como artista que é.

O pontilhismo surgiu na França em 1880 (pointillisme)  que consiste em pinceladas pequenas onde o artista vai conseguindo fazer a decomposição tonal. Com pequenos pontos e manchas o artista  forma suas imagens.  Este movimento teve sua fase áurea no final do século XIX durante o  Impressionismo, e foi desenvolvida pelos pintores franceses Georges Seurat (1859-1891) e Paulo Signac (1863-1935), seus maiores expoentes nesta técnica.

Edison preocupado com o paradeiro da arte na Bahia.
Edison da Luz falou sobre a situação da arte na Bahia e vê que está num estágio de verdadeiro retrocesso em relação aos anos 70. "Tínhamos muitos artistas surgindo, muitas galerias e muitas exposições. Atualmente está tudo devagar não só aqui como em todo Nordeste. São Paulo hoje é o refugo da arte feita na Europa. Acabou por aqui o interesse em promover salões e bienais que mobilizavam e incentivam os artistas.  Tínhamos administradores qualificados nos museus e centros de cultura. Hoje nomeiam por interesses políticos, sem se preocupar se são qualificados. O brasileiro se esquece que a arte dá lucro. Os museus daqui estão quase parados. Tratam a cultura como brincadeira, recreação. Como a gente pode sobreviver? Estou aqui esquecido! "

E continuou "na Europa também está assim. Eles preferem que mande as fotos porque gastam muito para montar uma exposição porque  lá o IR é muito caro, e por isto evitam fazer exposição individual. Atualmente tiram as fotos das obras , mandam fazer várias cópias e vendem. Até os quadros pintados a óleo ou acrílica funcionam como matrizes, e se aparecer alguém  interessado compra a matriz, ou seja, a tela num preço bem mais alto. Utilizam muito a internet para este comércio de arte, inclusive aqui na Bahia já tem galeria trabalhando desta maneira. Agora as fotos têm que ser muito bem-feitas, profissionais, para captar todos os detalhes dos quadros".

                                                            ETSEDRON NA BIENAL

Etsedron na Bienal Paulista.Foto Reprodução
O grupo Etsedron que foi criado em 1973 encontra-se paralisado. Edson da Luz afirma que o grupo não acabou, o que está havendo é  falta de apoio para continuar com novos projetos. O objetivo era desenvolver um trabalho artístico calcado na cultura rural do Nordeste. Foi premiado na XIV Bienal Internacional de São Paulo, em 1973 com o Grande Prêmio Brasil, e no ano seguinte com o Prêmio de Participação na Bienal.  Na conversa que tive com o Edson da Luz, líder do grupo, ele me disse que estava em Arembepe numa casa que tinha construído numa comunidade coletiva criada pelo dono da Galeria Bazarte, o seo Castro em companhia de Matilde Mattos, já falecida, com quem conviveu durante 15 anos, e observou um jenipapeiro que estava cheio de cipós. Chamou Matilde e disse que os cipós pareciam feitos de ferro. Como Matilde era uma estudiosa e crítica de arte o assunto foi lhes envolvendo até que surgiu a ideia de fazer um trabalho utilizando aqueles cipós, resultando numa obra  fruto de um coletivo. Foi um sucesso na bienal paulista. Mas, tiveram uns poréns. Conta Edson da Luz que até o grande artista baiano Rubem Valentin ficou incomodado porque na instalação do Etsedron eles além de fazer uma casa de taipa, colocaram algumas caçambas de barro para dar um clima de Nordeste e quando o pessoal saia depois de visitar a instalação sujava o piso do pavilhão de terra. 

A situação  em que se encontram os elementos da instalação
Etsedron que foi premiada na Bienal paulista em 1973.
Em 31 de maio de 1975 escrevi nesta coluna sobre o Grupo Etsedron - Nordeste ao contrário. "O Grupo Etsedron já está trabalhando para sua participação na Bienal de São Paulo, que será realizada em outubro próximo. A Fundação Cultural do Estado está interessada em patrocinar o trabalho do grupo, o que certamente irá facilitar a concretização do 
Projeto de Etsedron que integra um grande número de pessoas. O Etsedron já está com a mão da massa  e cada um coordena sua parte. Na dança, Terezinha Argolo e Lúcia Maltez; o coral será regido por Carlos Lacerda com músicas de Elomar; a parte etnográfica está a cargo de Angelita Trigueiro; artista plástica, Lígia Milton e o escultor Chico Diabo; no sincronismo da arte com outras ciências funcionarão o Professor Valentim Calderon, Carvalho, Luiz Humberto Machado e Geraldo Milton da Silveira; a ginástica rítmica ficará a cargo de Antônio Andrade e Lúcia Maltez.

Como podemos observar, foi um trabalho de um grupo integrado porque os membros de Etsedron deixam de lado sua individualidade para trabalhar em comum. A propósito, o gravador Edison da Luz afirma que "não posso trabalhar sozinho porque se a arte é voltada para o coletivo ela deve ser feita por várias pessoas. Além disto, procuramos valorizar o nosso material, porque não tem sentido um artista baiano trabalhar só com materiais sofisticados, só encontrados em países superdesenvolvidos." Exemplifica afirmando que " na Bienal passada levamos um trabalho feito de cipós. Este ano também mostraremos um trabalho feito com cordéis e couros."

Como sugestão chamo a atenção dos diretores de museus, especialmente os ligados à arte moderna e contemporânea a importância de resgastar os elementos que ainda restam do Projeto Etsedron e dar um destino digno que merecem. Foi uma instalação que recebeu o Grande Prêmio Brasil e merece ser preservado. É também um ícone da chamada Arte Ambiental, que teve com expressão máxima no Brasil o polonês Franz Krajberg cujas obras foram levadas para Sâo Paulo, Antes ficavam em Nova Viçosa. Este movimento surgiu na Europa e nos Estados Unidos na década de 60. A Land Art (em inglês “Earth Art” ou “Earthwork”) foi um movimento artístico baseado na fusão na natureza com a arte. 

24 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Maria Das Graças Santana
    Parabéns , sempre relatando a artes da Bahia.

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  3. Eduardo Frederico
    Interessante como um artista com tanto tempo de trabalho ainda é desconhecido do baiano comum.
    É necessário um trabalho sério de resgate.

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  4. Liane Katsuki
    Um grande artista. Com muita creatividade. Bom representante da Arte na Bahía!!!

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  5. Domingos Dantas Brito
    Que pena primo, um grande artista quase que desconhecido, valeu promover esse cara.

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  6. Teresinha Nogueira
    Que grande artista,vc é muito bom em fazer esse trabalho ,parabéns

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  7. Manuel Augusto Bonfim
    PARABÉNS EXTENSIVOS !!!

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  8. Silvério Guedes
    Muito boa sua matéria Reynivaldo Brito. Eu sempre ouço falar de Edson da Luz mas conheço quase nada da obra desse artista. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

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  9. Jorge Carvalho
    Gostei muito das artes dele e da história escrita por vc ;Parabéns !

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  10. Edna Silva
    O colorido que ele usa em sua arte é espetacular.

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  11. Carmen Carvalho
    Muito Boa sua matéria , Renivaldo !! Agravura de Edson da luz tem muita qualidade

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  12. Oberdan Caldas de Oliveira
    Excelente artigo.

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  13. Graça Barreto
    Amo as suas reportagens sempre lembrando de muitas pessoas mais humildes e desconhecidas. Obrigada pela força e lembrança desses artistas.

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  14. Asfixiaram aqui na Bahia, um Brilhante Artista e profundo Criador de Arte. O sistemão da Escola de Belas Artes o tinham como um "excremento " mesmo após ter sido um Marco na Bienal de São Paulo. Vi uma homenagem retrospectiva do ETSEDRON na Bienal de 1980/81?...Honraria para nossa excursão que organizei para esta Bienal. É assim: o Mundo reconhece o Artista que a Bahia asfixia!!!

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