JORNAL A TARDE , SALVADOR, SEGUNDA-FEIRA 18 DE JULHO DE 1988
AS FOTOS DE ARESTIDES SOMAM EMOÇÃO E POESIA
Esta foto é a capa do catálogo, Festa de Nossa Senhora da Ajuda, em Cachoeira |
Aristides
foi meu aluno na Faculdade de Comunicação da UFBa. E sempre foi um bom
fotógrafo, trabalhando na Bahiatursa onde contribuiu de forma decisiva para
divulgar nossa Bahia lá fora.
Em
13 anos de atividade profissional, este mineiro, que também é biólogo, já fez
teatro amados e hoje vive dedicado á fotografia.
MANASSÉS
VAI EXPOR NA GALERIA DA CÂMARA
Retrato
de uma região é o nome da mostra do artista Manassés que expõe a partir do
próximo dia 21 na Galeria de Arte da Câmara Municipal. Sua obra é calcada no
cubismo onde as figuras tanto humanas como os objetos assumem formas
geometrizadas envolvidas por um equilibrado jogo de cores que lhe dá dimensão
e luz. Mesmo utilizando o cubismo Manassés consegue de certa forma original na
medida em que consegue expressões nos olhares e uma deformação equilibrada do
conjunto.
É
uma pintura agradável, fruto do seu próprio esforço, da sua tenacidade em
mostrar toda a sensibilidade que carrega. Manassés tem muitos caminhos a
percorrer e tenho certeza que encontrará novas formas de se expressar e sua
arte terá uma marca da sua própria individualidade.
O
arista Wellington Virgulino, de Pernambuco , escreveu algumas linhas sobre a
obra de Manassés quando diz francamente que "apresentar uma artista que tem
apenas 7 anos de vida profissional, não é nada fácil, mas reconheço que a
tarefa tem seu lado agradável e mesmo construtivo. E a trajetória percorrida
pelo pintor Manasses é um ótimo exemplo disso.
ROGÉRIA MATTOS PREMIADA NOS SALÕES PAULISTAS
E MINEIRO
Mito Amazônico, Prêmio Aquisição, em Minas Gerais |
Os artistas Leonel e Rogéria Mattos continuam participando dos mais importantes eventos que estão correndo nesta País. Recentemente Rogéria foi uma das premiadas no XIX Salão nacional de Arte realizado
Agora
o casal participa do VI Salão paulista de Arte Contemporânea ,o que demonstra a
qualidade de suas obras. Este Salão se realiza desde 1982, organizado pela
Secretaria de Estado da Cultura. É um espaço aberto a quantos se interessam ,
no campo das artes visuais, pela pesquisa da contemporaneidade. Este Salão como
os demais existentes no País, favorecem as novas formas do fazer artístico, e
neste sentido ocupa lugar de destaque em nosso País.
Muitos
questionam a validade dos salões.Eu sou um defensor do salões porque entendo que na realização desses e de outros
eventos estão concentradas as verdadeiras oportunidades para diversos artistas
que enfrentam dificuldades para expor nas galerias do circuito comercial e
muitas vezes seu talento desenvolve-se incentivado por um prêmio ou mesmo pelo
simples fato de expor e participar de um Salão. Além do mais o número de
pessoas que comparecem a um salão é bem
maior, bem mais diversificado do que os habituais freqüentadores de
galerias.Por outro lado, é um incentivo a mais ao tão problemático mercado de
arte.
Mito Brasil, premiado no Salão paulista |
Dizem
os organizadores do Salão Bernardo Caro, Selma Faria Alvim, Marcelo Nitsche,
Olívio Tavares de Araújo e Ubirajara Ribeiro que o Salão Paulista assume a
responsabilidade de manter vivo o velho mas insubstituível mecanismo de envio e
seleção. E não apenas a quantidade, mas também a qualidade do exposto dão a
medida do seu sucesso.Trabalhando sobre as obras enviadas em 1988, o Júri de
Seleção e Premiação teve a oportunidade de enfatizar pluralidades e
abrangências sem excluir a produção de qualquer natureza.
O
Salão acolheu a proposta dos artistas Aprígio e Frederico no sentido de realizarem
no Salão uma Sala Especial com o Projeto do Grupo Tupinaodá , que mostrou o
trabalho de grafite que vem realizando nos muros de São Paulo e outros
suportes. Também foram montadas as salas especiais regulamentares dos artistas
premiados no VI Salão Paulista de Arte Contemporânea, Flava Ribeiro e Paulo
Pasta e a Sala Filatelia organizada pela Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, a qual criou um carimbo comemorativo do Salão.
GILSON
ESTÁ COM SUAS OBRAS NO HOTEL MERIDIEN
Gilson com uma de suas telas enfocando o cacau |
O
início de Gilson Maciel como artista plástico foi em 1979, mas,somente no ano
seguinte é que ele começou a produzir para a primeira mostra individual, que
aconteceu em 1981, na Galeria Eucatexpo. Em 1982 Gilson Maciel participou de
várias exposições destacando-se a Coletiva de Julho, na Biblioteca Central ,na
Galeria 13, Le Dome, no VI Leilão de Arte de O Cavalete, além da Coletiva de
Fim de Ano da Biblioteca Central.
Em
1983 Gilson Maciel mostrou toda a sua criatividade ao lado de 60 artistas na
Galeria Le Dôme. As portas começaram a ser abertas e as exposições se tornando
cada vez mais cotidianas. Foi assim no Dia do Artista Plástico – Biblioteca dos
Barris – no Salão de Arte Genaro de Carvalho. Ai veio o reconhecimento através
do Prêmio Pirelli – Pintura Jovem, do qual foi um dos jurados.
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