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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

AS FOTOS DE ARESTIDES SOMAM EMOÇÃO E POESIA - 18 DE JULHO DE 1988


JORNAL A TARDE , SALVADOR, SEGUNDA-FEIRA 18 DE JULHO DE 1988

AS FOTOS DE ARESTIDES SOMAM EMOÇÃO E POESIA

Esta foto é a capa do catálogo, Festa de
Nossa Senhora da Ajuda, em Cachoeira
O fotógrafo Aristides Alves está realizando uma exposição itinerante em várias capitais começando por Salvador, indo depois a São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Belém, Fortaleza, Recife, Maceió e Aracaju. Na realidade é um ensaio de boa qualidade técnica e com um toque especial que beira a emoção e a poesia. Um perfeito enquadramento aliado a um jogo excepcional de cor e luz, onde suas fotos confundem-se com telas hiper realistas. A grande maioria das fotos foi feita na Bahia, destacando-se as que fez no Carnaval, focalizando a gente simples com seu jeito original de brincar e dançar nas festas populares. A religiosidade, o fazer e, principalmente, as brincadeiras são sempre observadas e documentadas por Aristides Alves.
Aristides foi meu aluno na Faculdade de Comunicação da UFBa. E sempre foi um bom fotógrafo, trabalhando na Bahiatursa onde contribuiu de forma decisiva para divulgar nossa Bahia lá fora.
Em 13 anos de atividade profissional, este mineiro, que também é biólogo, já fez teatro amados e hoje vive dedicado á fotografia.

MANASSÉS VAI EXPOR NA GALERIA DA CÂMARA

Retrato de uma região é o nome da mostra do artista Manassés que expõe a partir do próximo dia 21 na Galeria de Arte da Câmara Municipal. Sua obra é calcada no cubismo onde as figuras tanto humanas como os objetos assumem formas geometrizadas envolvidas por um equilibrado jogo de cores que lhe dá dimensão e luz. Mesmo utilizando o cubismo Manassés consegue de certa forma original na medida em que consegue expressões nos olhares e uma deformação equilibrada do conjunto.
É uma pintura agradável, fruto do seu próprio esforço, da sua tenacidade em mostrar toda a sensibilidade que carrega. Manassés tem muitos caminhos a percorrer e tenho certeza que encontrará novas formas de se expressar e sua arte terá uma marca da sua própria individualidade.
O arista Wellington Virgulino, de Pernambuco , escreveu algumas linhas sobre a obra de Manassés quando diz francamente que "apresentar uma artista que tem apenas 7 anos de vida profissional, não é nada fácil, mas reconheço que a tarefa tem seu lado agradável e mesmo construtivo. E a trajetória percorrida pelo pintor Manasses é um ótimo exemplo disso.

ROGÉRIA MATTOS PREMIADA NOS SALÕES PAULISTAS 
E MINEIRO

Mito Amazônico, Prêmio  Aquisição,
 em Minas Gerais 

Os artistas Leonel e Rogéria Mattos continuam participando dos mais importantes eventos que estão correndo nesta País. Recentemente Rogéria foi uma das premiadas no XIX Salão nacional de Arte realizado em belo Horizonte quando foi distinguida com um dos Prêmios de Aquisição com a obra Mito Amazônico feita em acrílico sobre tela., Uma tela onde aparecem as cores fortes da flora e da fauna amazônicas com manchas que se encontram e se entrecruzam mostrando a densidade da floresta que explode em exuberância e mistério.
Agora o casal participa do VI Salão paulista de Arte Contemporânea ,o que demonstra a qualidade de suas obras. Este Salão se realiza desde 1982, organizado pela Secretaria de Estado da Cultura. É um espaço aberto a quantos se interessam , no campo das artes visuais, pela pesquisa da contemporaneidade. Este Salão como os demais existentes no País, favorecem as novas formas do fazer artístico, e neste sentido ocupa lugar de destaque em nosso País.
Muitos questionam a validade dos salões.Eu sou um defensor do salões porque  entendo que na realização desses e de outros eventos estão concentradas as verdadeiras oportunidades para diversos artistas que enfrentam dificuldades para expor nas galerias do circuito comercial e muitas vezes seu talento desenvolve-se incentivado por um prêmio ou mesmo pelo simples fato de expor e participar de um Salão. Além do mais o número de pessoas  que comparecem a um salão é bem maior, bem mais diversificado do que os habituais freqüentadores de galerias.Por outro lado, é um incentivo a mais ao tão problemático mercado de arte.

Mito Brasil, premiado no
Salão paulista
Quem ficou com o Primeiro Prêmio foi o mineiro Gimmy Leroy , com um conjunto de três trabalhos. Coube a Rogéria o Segundo Prêmio, ou seja o Prêmio Secretaria de Estado da Cultura com o conjunto Mito I,II e III. Quanto a Leonel Mattos teve três obras selecionadas, porém não foi premiado desta vez.
Dizem os organizadores do Salão Bernardo Caro, Selma Faria Alvim, Marcelo Nitsche, Olívio Tavares de Araújo e Ubirajara Ribeiro que o Salão Paulista assume a responsabilidade de manter vivo o velho mas insubstituível mecanismo de envio e seleção. E não apenas a quantidade, mas também a qualidade do exposto dão a medida do seu sucesso.Trabalhando sobre as obras enviadas em 1988, o Júri de Seleção e Premiação teve a oportunidade de enfatizar pluralidades e abrangências sem excluir a produção de qualquer natureza.
O Salão acolheu a proposta dos artistas Aprígio e Frederico no sentido de realizarem no Salão uma Sala Especial com o Projeto do Grupo Tupinaodá , que mostrou o trabalho de grafite que vem realizando nos muros de São Paulo e outros suportes. Também foram montadas as salas especiais regulamentares dos artistas premiados no VI Salão Paulista de Arte Contemporânea, Flava Ribeiro e Paulo Pasta e a Sala Filatelia organizada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, a qual criou um carimbo comemorativo do Salão.

GILSON ESTÁ COM SUAS OBRAS NO HOTEL MERIDIEN

Gilson com uma de suas telas enfocando o cacau
Esquinas e Magias é o nome que o artista plástico Gilson Maciel deu a sua exposição, que o Hotel Meridien apresenta até o próximo dia 30. São pinturas e desenhos de um artista engenhoso que sabe manipular criatividade com emoção e muita sensibilidade. A mostra também serve para marcar os 10 anos dedicados as artes plásticas, pois Gilson Maciel, um pintor de tintas fortes, cheia de muita personalidade.
O início de Gilson Maciel como artista plástico foi em 1979, mas,somente no ano seguinte é que ele começou a produzir para a primeira mostra individual, que aconteceu em 1981, na Galeria Eucatexpo. Em 1982 Gilson Maciel participou de várias exposições destacando-se a Coletiva de Julho, na Biblioteca Central ,na Galeria 13, Le Dome, no VI Leilão de Arte de O Cavalete, além da Coletiva de Fim de Ano da Biblioteca Central.
Em 1983 Gilson Maciel mostrou toda a sua criatividade ao lado de 60 artistas na Galeria Le Dôme. As portas começaram a ser abertas e as exposições se tornando cada vez mais cotidianas. Foi assim no Dia do Artista Plástico – Biblioteca dos Barris – no Salão de Arte Genaro de Carvalho. Ai veio o reconhecimento através do Prêmio Pirelli – Pintura Jovem, do qual foi um dos jurados.


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