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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A DURA REALIDADE NA OBRA DA ALEMÃ KATHE KOLLWITZ - 4 DE JULHO DE 1988


JORNAL A TARDE, SALVADOR,  SEGUNDA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 1988

A DURA REALIDADE NA OBRA DA ALEMÃ KATHE KOLLWITZ

A artista Kathe Kollwitz 
As imagens são fortes, fora dos padrões de beleza, daqueles que embelezam as salas ou combinam com sofás. Figuras esquálidas que vagueiam entre a vida e a morte, mineiros que saem sujos do seu trabalho diário debaixo do solo onde passam horas entre as trevas ou locais mal-iluminados.
São as greves e os tumultos, a morte rondando adultos e crianças. São enfim, os prisioneiros agrupados como sardinhas em lata. Toda esta dramaticidade e muito mais você pode ver a partir de amanhã no Núcleo de Artes do Desenbanco, através dos trabalhos em gravura e escultura criados pela artista Kathe Kollwitz. É uma artista engajada em favor dos oprimidos, que nasceu em 1867 na cidade de Konigsberg, na Alemanha, e que desde cedo demonstrou o seu excepcional talento artístico. Estudou em Berlim graças a uma bolsa para jovens pintores e o auxílio dos pais, vencendo grandes dificuldades, pois o estudo das artes, naqueles tempos era quase vedado às mulheres. Aos 24 anos casou-se com o médico Karl Kollwitz, que foi seu grande incentivador, ao contrário de maridos e esposas que se tornam muitas vezes empecilhos a artistas d
A dramaticidade é uma marca em suas obras
e talento. Foi pela convivência constante com os clientes do marido, médico, que trabalhava no coração do bairro operário de Berlim, que ela pode direcionar o seu trabalho em auxílio aos operários. Ela deixou registrada em suas obras o sofrimento, os maus-tratos e as péssimas condições que o trabalhador era obrigado a viver em seu tempo.
A exposição está sendo montada no Núcleo de Artes do Desenbanco com horários para visitação de 2º a 6º feira: das 8h30min às 18 horas e aos sábados e domingos das 14 ás 18h30min. A exposição será aberta amanhã, dia 5, às 18h30min. A revista Veja, edição de 11 de maio, trouxe uma ampla reportagem sobre o trabalho de Kathe que é tida como um símbolo da República de Weimar. Ela morreu em 1945 depois de deixar para a posterioridade a dura realidade.
Esta figura externa sofrimento
A exposição está sendo montada no Núcleo de Artes do Desenbamco com horários para visitação de 2ª a 6ºªfeira: das 8h30min às 18 horas e aos sábados e domingos das 14 ás 18h30min. A exposição será aberta amanhã, dia 5, às 18h30min. A revista Veja, edição de 11 de maio, trouxe uma ampla reportagem sobre o trabalho de Kathe que é tida como um símbolo da República de Weimar. Ela morreu em 1945 depois de deixar para a posterioridade a dura realidade que vivia o povo simples que lhe cercava. “Certamente meu trabalho se orientava pelo socialismo. A razão verdadeira que escolhi motivos do trabalho para apresentar, porém, foi que eles me davam aquilo que eu sentia como belo, disse ela certa vez. Portanto, nós que estamos assistindo ainda neste país do Terceiro mundo a grande discrepâncias entre classes sociais, e mesmo entre os assalariados, onde existem níveis muitos desiguais, é hora de ver esta mostra e começar a pensar um pouco sobre o que pode ser feito para melhorar ou mudar, quem sabe, num futuro não tão longínquo, esta desigualdade.


                 TETRAGRAMA REÚNE QUATRO TENDÊNCIAS

Tetraramma é nome da exposição de pinturas com um show musical pela voz de Clara e piano de Fernando Marinho que vai acontecer a partir do dia 6 até o dia 24 no Bar San Francisco, junto ao Cine Rio Vermelho. Quem expõe é Vera Regina, Crispim, Andréa May, e Roberto Magno. Vera define o Tetragramma como a união de energias semelhantes que giram em torno de nós, nesta exposição de desenhos e pinturas estão presentes mensagens esotéricas.
Exatamente neste movimento gerado pela energia é o centro de seu trabalho de pintura e desenho,o instante simples de um mover de corpo. Um braço que se abraça ao espaço, as pernas que pendem ou se abrem, enfim esta movimentação gestual.
A Andréa May parte da cruz como arquétipo “numa tentativa de choque das reações de crença, descrença, terror, repulsa ao que possa representar o fim. Formada pela interseção de dois segmentos retos, um vertical e outro horizontal, a crua representa o quaternário espiritual e neutro. Diz ela que a Teosofia explica o sentido da cruz como sendo originário do dualismo andrógino presente em todas as manifestações da natureza. Crispim nos fala que tenta representar suas cores o mistério da alma, e, finalmente, Roberto revela estar vivendo um momento místico sofrendo influências esotéricas que vão desde as figuras do zodíaco, passando pelo tarot, até a busca da harmonia. Vamos, portanto, ajudar esta mostra para que possamos constatar a expansão mística que as envolve.

   ARTE EM PARIS

Na contracapa do convite para a exposição de Nina, Prêmio Internacional de Arte Contemporânea de Monte Carlo, o critico de arte Michel Desforges dedicou-lhe versos. Um deles: “Nina, bela independente, deixa a Noruega, deixa a escola de negócios, descobre o desenho, a cor, a vida."
Nina expôs em Mônaco de 1 a 23 de junho, sob o patrimônio de Sua Alteza, o príncipe  Rainier.





Capa do convite da primeira exposição parisiense
 de Edik Schteinhere. A mostra, na 
Galeria Claude Bernard, revelou uma 
pintura geométrica de forte colorido.









No Espace Pierre Cardin “o universo fascinante” de Harriet Clark
foi mostrado em noite tocada a coquetel. O tema escolhido por ela
 foi uma Ode Para Uma Pega, esse pássaro conhecido dos brasileiros 
em duas raças diversas. A capa do convite resulta de uma colagem
feita pela artista.





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