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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

TREZENTAS PEÇAS REUNIDAS MOSTRAM A HERANÇA VISUAL - 06 DE FEVEREIRO DE 1984.


JORNAL A TARDE, SALVADOR, 06 DE FEVEREIRO DE 1984.

TREZENTAS PEÇAS REUNIDAS MOSTRAM A 
HERANÇA VISUAL


Quem visita os grandes museus do mundo fica impressionado com a pureza de estilo das obras encontradas nas explorações arqueológicas de civilizações antigas. Infelizmente, não encontramos na arqueologia brasileira nada que permita estabelecer um padrão de comparação em termos de riqueza artesanal.

Muito poucas peças da pré-história do Brasil foram encontradas e mesmo essas não tiveram a merecida divulgação. Entretanto, Herança, a expressão visual de brasileiro antes da influência do europeu, lançado pela Dow no Brasil, é justamente uma coletânea da maior parte dos achados da arqueologia brasileira, onde estão reproduzidas, entre outras peças, algumas obras verdadeiramente artísticas.
Uma equipe de profissionais percorreu mais de 20 cidades brasileiras, visitou museus, procurou colecionadores, arqueólogos e professores, que muito interessados pelo trabalho se dispuseram a colaborar com a elaboração do livro. Inúmeras peças foram fotografadas, das quais 300 foram selecionadas para ilustrar as 152 páginas de Herança.
Herança é um trabalho fundamentalmente ilustrativo, apresentado em linguagem não técnica, acessível e leigos e que visa despertar o interesse e a curiosidade de profissionais ligados à área de arqueologia e de estudiosos do assunto.
Esta estatueta de jadeita, encontrada na costa do Rio Peru, no Pará, pertence à cultura Tapajós-Trombetas. Rrpresenta a onça dos indígenas, Yureté, devorando um jaboti, fato que ocorre em setembro , no verão, quando os felinos carnívoros chegam à região para devorar tartarugas e jabotis. A peça encontra-se atualmente no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.

TEMAS ABORDADOS

Para apresentar os vários aspectos da cultura arqueológica do Brasil Herança, a expressão visual do brasileiro antes da influência do europeu, foi dividido em vários capítulos que discorrem, entre outros temas, sobre: As lendas e a Fantasia.
As histórias sobre cidades perdidas têm atraído aventureiros de todas as partes do mundo há séculos.
Neste capítulo, Herança descreve algumas lendas de cidades perdidas relacionadas ao Brasil como Atlântida, Império do Grande Moxo e Sete Cidades; Pioneiros e Amadores:Como e quando começou o interesse pela arqueologia brasileira?

Herança apresenta um pequeno histórico dos primeiros estudiosos e museus; Arte Rupestre. L
Em todo o Brasil foram encontradas inúmeras cavernas e rochas cobertas de inscrições, contando a vida de nossos antepassados, mostrando animais, cultos, cerimoniais, festas, caçadas, enfim, o cotidiano do povo brasileiro pré-histórico.
Localizada a 35 Km de Campina Grande , Paraíba, a Pedra do Ingá é um paredão de 24 metros de largura por 3 metros de altura, totalmente coberta por inscrições até a altura aproximada de 2,5 metros.Apresenta sinas dispostos caprichosamente , com pouca repetição de símbolos. Não se sabe o significado das inscrições, mas alguns desenhos , como os lagartos, são muito nítidos e o todo faz pensar que se refere à seca.
São apresentados inúmeras pinturas e inscrições, encontradas sobretudo no Norte Nordeste, destacando-se a Pedra do Ingá, a 35 km de Campina Grande na Paraíba; Os Artistas da Pedra: são apresentadas peças esculpidas em diversos tipos de pedras e ossos.
Algumas obras são verdadeiramente artesanais e provam o conhecimento de várias técnicas por parte dos habitantes dos Brasil pré-históricos A Argila e a Forma:

A princípio, qualquer peça trabalhada em argila servia como utilitário e a manufatura dessas peças era uma função essencialmente feminina.
A mais antiga cerâmica do Brasil e da América do Sul é a Tradição Mina, encontrada no Pará e Maranhão, onde surgiu há aproximadamente 5 mil anos.
São mostrados exemplos e comentamos sobre estas e outras tradições e técnicas identificadas em várias peças e reproduzidas no livro.

OS CEM ANOS DE MAX   LEMBRADO NA ALEMANHA
Obra do expressionista Max Beckmann

“O que quero mostrar através do meu trabalho é a idéia que se esconde atrás da chamada realidade. Quero encontrar uma ponte entre o visível e o invisível”. Foi assim que Max Beckmann, um dos grandes pintores de expressionismo alemão, definiu a essência da sua obra artística. Beckmann chegara ao expressionismo marcado pelas experiências durante a Primeira Guerra Mundial que lhe dera uma sensação de profundo desespero em relação à civilização européia.
Filho de pais abastados, Beckmann nasceu em 12 de fevereiro de 1884 em Leipzig. Já no início da sua carreira ele se tornou conhecido na Alemanha. Depois de formado em 1903 em Weimar, mudou para Berlim, onde não tardou a participar de exposições.
Aos 26 anos era o membro mais jovem do grupo de artistas “Secessão de Berlim”. Até a eclosão da guerra, Beckmann criou numerosas paisagens e composições tipo retrato. No entanto o quadro “O naufrágio do Titanic” (1912) mostra que nos grandes painéis Becmann já desde cedo não só escolheu temas tradicionais mas dedicou-se também aos atuais.
Durante dezoito anos viveu e trabalhou em Frankfurt, às margens do Reno, uma cidade que reconheceu e promoveu artisticamente o pintor até que, em 1933, os nacional-socialistas o demitiram da Escola Municipal de Artesanato, onde era professor. Tendo-se exilado em Amsterdã a partir de 1937, os anos até o fim da Segunda Guerra Mundial foram um intensíssimo período criativo, apesar do isolamento, dos riscos pessoais e das dificuldades financeiras.
Nesses anos, o mundo de imagens e figuras de Beckmann desvenda progressivamente a tragédia humana da época.  Os quadros mais importantes, criados desde o início dos anos trinta, mostra uma inclinação para o mito, por exemplo as composições de grande formato á maneira dos trípticos medievais. De 1932 a 1935 Beckmann trabalhou no célebre tríptico “Emigração”, realizando mais três obras do gênero até sua morte em 1950. O tema básico comum a todos esses quadros monumentais á a verdade de viver contra contraposta à insânia e a profunda desilusão da época.

   ADÉLIA OLIVEIRA ESTÁ EM VITÓRIA DA CONQUISTA

Adélia Nogueira Oliveira, artista plástica natural de Nazaré, despertou para as Artes Plásticas no Atelier Iniciação Artística, através do curso ministrado por Marisa Fernandes Correia. Fez o curso de Batik em São Paulo; na Escola de Lili Richers, técnica esta que vem desenvolvendo desde 1976, procurando aprimorá-la e desenvolvê-la dentro de uma linguagem cada vez mais própria. Realizou sua primeira exposição individual em 1979 na Galeria Geraldo Rocha em Vitória da Conquista.
Aprendeu a trabalhar com cerâmica em São Paulo, dedicando-se, com freqüência a este trabalho e este ano, ministrará um curso de pintura de cerâmica para a comunidade conquistense.
Participando constantemente de exposições Adélia Nogueira de Oliveira vai mostrar o seu trabalho em outras cidades do interior em Salvador. está sempre ligada a movimentos artísticos locais, lutando pela maior divulgação da arte em Vitória da Conquista.
Em 1974, licenciou-se em Estudos sociais pela Universidade Federal da Bahia. Em 1982, Exposição Cinco Artistas Conquistenses, na Galeria Geraldo Rocha; Artistas Conquistenses, na Biblioteca Municipal de Vitória da Conquista. Mostra Cadastral de Artes Plásticas, na Universidade do Sudoeste, Arte Quatro, na galeria Geraldo Rocha e a Expo-Arte durante a realização da I Jornada de Gastroenterologia na Casa do Médico em Conquista.


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