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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CLÁUDIO TOZZI EXPÕE NO DIA 9 SUAS PASSAGENS -31 DE MARÇO DE 1986.

JORNAL A TARDE, SALVADOR, 31 DE MARÇO DE 1986.

CLÁUDIO TOZZI EXPÕE NO DIA 9 SUAS PASSAGENS

O artista Claudio Tozzi instalando uma de suas telas da série Passagens que faz muito sucesso .
O paulista Cláudio Tozzi abre sua exposição no próximo dia 9, no Escritório de Arte da Bahia, permanecendo até o dia 18. A mostra tem a denominação sugestiva de Passagens. Esta fase da trajetória pictórica de Tozzi vem recebendo aplausos unânimes da crítica sulista e gira em torno de escadas. O artista recortou algumas telas, transformando-as em objetos planos diante das paredes. As cores vibrantes vermelho e azul, dão uma dimensão maior aos trabalhos deste artista, que é sucesso com apenas 40 anos de idade. Muitos outros só recebem este reconhecimento com mais de 60 anos ou até após a morte. Mas, a chegada de Cláudio Tozzi a esta posição é mais do que justa porque ele é hoje um dos melhores artistas brasileiros. Já participou das bienais de Veneza, Paris, Medelín (na Colômbia), Havana, México, entre outras. Este construtor de imagens já fez inúmeras individuais nas diversas capitais brasileiras, sem contar a sua participação em coletivas. Tem muito ainda a realizar.
“Seus temas não são idealizações, são fragmentos da realidade cotidiana, num trabalho sensível e inteligente. Sabemos o que vemos. A imagem faz pensar, contrariamente à tarefa de imaginar e exposta de forma concreta e impessoal”. Com esta declaração o crítico Fábio Magalhães traça um perfil da obra de Cláudio Tozzi.
Obra da série Passagens, de Tozzi
Já Olívio Tavares de Araújo, assim se expressa: “Como sempre acontece quando se trata de Cláudio Tozzi, há uma limpeza e acabamento impecável. Sem dúvida, ele domina suas técnicas e sabe muito bem como colocá-las a serviço de uma idéia. O bom gosto domina o conjunto, e as telas mostram um trabalho em que ele coloca mais inteligência que emoção”. Por sua vez, Frederico de Morais afirma: “Não é difícil perceber, hoje, que ao longo de 20 anos, sua obra revela, na diversidade temática, uma notável coerência formal. Creio, aliás, que um dos equívocos da crítica é o de julgar Cláudio Tozzi unicamente por seus temas, quando, a rigor, mesmo em seus momentos considerados mais políticos e participantes, ele é um artista abstrato.
Cláudio Tozzi é paulista, nasceu em 1944, e iniciou sua carreira em 1963, recebendo o Prêmio Cartazes para o Salão Paulista de Arte Moderna. Das suas individuais vale ressaltar os prêmios que obteve por estas mostras, como o de Crítica, da Associação Paulista de críticos de Arte; o de Crítica, de Associação Brasileira de críticos de Arte, com viagem ao exterior, em 1975; O Prêmio de Viagem ao Exterior no Salão Nacional de Arte Moderna (MAM) em 1979. Seus trabalhos estão expostos nos principais museus de Arte do Brasil e em importantes coleções aqui e no exterior, além de ter realizado painéis em espaços públicos como na Praça da República em São Paulo, Centro Recreativo do SESI em Ribeirão Preto; Estação da Sé do Metrô de São Paulo, um conjunto para o Clube A em Nova Iorque e um para a Universidade de Miami em 1985.

ARTISTA DE CACHOEIRA DIA 3, NO SOLAR FERRÃO

Uma bela obra  de Cicinho feita com lápis de cor
Cachoeira e seus Artistas é a exposição que será montada a partir do dia 3 de abril na Galeria do Solar Ferrão, no Pelourinho, reunindo trabalhos de pintura, escultura, cerâmica e fotografia de 10 artistas cachoeiranos.
A exposição será aberta às 17 horas daquele dia com projeção de slides da fotógrafa Cristina, que integra o grupo de expositores. A mostra ficará no Ferrão até 3 de maio e inclui trabalhos de Cincinho, J. Gonçalves , Everton, José Manuel, Assis, Tamba, Flory , Mimo, Gilberto Filho e Cristina.
Cincinho ( Inocêncio Alves dos Santos) é o decano entre os 10 expositores e já mostrou
Seus trabalhos ao público de Salvador na própria Galeria do Solar do Ferrão, em 1981,e na Galeria do Acbeu, 1983. O artista, já está setuagenário, muito lúcido e saudável, pinta cenas rurais do Recôncavo, utilizando como instrumentos apenas d lápis cera.
Cincinho possui trabalhos em museus da França e Estados Unidos e vende  com freqüência  seus trabalhos para as galerias do Sul do país. No ano passado, a convite da Secretaria da Cultura do MEC, expôs na Galeria da Funarte , no Rio de Janeiro.

            GABRIELA DANTÉS EXPÕE EM GRAMADO

Tenho admiração e simpatia por Gabriela Dantes, que há mais de uma década pinta retratos e paisagens no Mercado Modelo. Às vezes incompreendida, chega a ser ingênua insistindo em realizar coisas, e até mesmo, em se fazer ouvir. Este comportamento é fruto da pureza e da sensibilidade desta senhora que deixou para trás o seu país, e sua família, e adotou esta terra. Batalhadora incansável, Gabriela escreve-me de Gramado, no Rio Grande do Sul, onde realiza uma exposição de seus trabalhos no Kur Hotel Gramado.
Esta uruguaia, que ainda conserva um forte sotaque, já realizou mais de 30 individuais e há 15 anos festeja o Dia do Pintor, que ocorre a 18 de outubro, com exposições coletivas em diversos estados brasileiros, reunindo artistas de várias correntes. Tem obras em muitos países fruto de sua permanência no Mercado Modelo, por onde desfilam turistas de todo o mundo. Seu nome consta nos dicionários brasileiros de Arte de Roberto Pontual e de Carlos Cavalcanti.


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