REPRODUÇÕES DE OBRAS DE REALISTAS
ALEMÃES
NO ICBA
Uma das obras expostas no Icba |
As
reproduções são de trabalhos realistas executados principalmente entre as
décadas de 60 e 70, onde os motivos tradicionais da história da arte como os
objetos, as paisagens e os retratos reassumem seus espaços com nova roupagem.
Diz
D. M. Noack: “Em 1950 teve lugar em Darmstadt, na República Federal da
Alemanha, uma disputa pública. O tema era a controvérsia, então atual entre
arte figurativa e abstrata. A participação do pintor Willi Baumeister nesta
discussão culminou na seguinte tese: ‘O abstrato é, em princípio, mais
espiritual do que o concreto.
Christine, obra de Erik Hoffmann |
Esta não era apenas a opinião subjetiva de um representante competente da pintura abstrata, mas a manifestação da reação do período alemão de após-guerra a 12 anos de ditadura, também na arte. O que se queria, era aderir ao movimento artístico internacional, e este era, com poucas exceções, abstrato.
Somente
nos anos 60 as idéias dos atuantes se modificaram; e pela primeira vez, em
1972, por ocasião da 5º Documenta, em Kassel, um público mais amplo foi
confrontado com os novos conceitos de arte. A invasão dos novos realistas
da América e da Europa entre os quais os
espanhóis da escola de Madri, com seus desenhos minuciosos indicava que uma
geração jovem estava se preparando para redescobrir a figura. Isto, porém, não
deve ser tomado apenas como reação à arte dos estabelecidos, mas é mais uma
vez, uma indicação do genuíno movimento cíclico, que tem determinado a
alteração entre um modo de pintar mais abstrato ou mais figurativo no decurso
cronológico da história da arte.
A
dialética em torno deste assunto já se inicia na antiguidade clássica. Platão
desconfia tanto de tudo que é visível, que apenas aceita o concebível isto é,
que independe da percepção sensorial. Os artistas de sua época discordavam
dele. Para eles, o que importava era a reprodução mais fiel possível. Como
prova, temos a famosa disputa entre os pintores gregos Parrásio e Zêuxis pela
autoria da reprodução mais natural. Este último dá-se por vencido, quando a
cortina pintada diante do retrato do rival produz um efeito tão autêntico, que
ele só percebe o engano ao querer corrê-la.
MACABÔ EXPORÁ 45 PEQUENAS TELAS EM
FEIRA DE SANTANA
O artista Macabô e algumas de suas micro telas |
Hoje,
Macabo está inteiramente dedicado à sua arte, depois de trabalhar por muitos
anos em empresas. Sua
vida particular, às vezes atribulada, não conseguiu abafar a sua arte. Ela é
limpa, geométrica e muito pensada. As cores são fortes como as que encontramos
nas frutas, nos animais ou seja na exuberância da nossa flora e fauna
tropicais.
Acredito
que a arte é o caminho de Macabô. E, revendo alguns trabalhos antigos a gente
nota a sua evolução, embora ache que tem muita estrada pela frente a ser
vencida, especialmente, alguns aspectos técnicos e a necessidade de deixar
também que o desenho flua com mais espontaneidade. Quanto à abordagem temática
Macabô mostra certa sensibilidade, estilizando suas figuras através do
geometrismo. Retângulos e triângulos que se cortam e se completam constituem os
caminhos deste artista inquieto que busca expressar os seus sentimentos.
EDNA
DE ARARAQUARA EXEMPLO DE UMA BOA PINTORA NAIF
A artista plástica Edna de Araraquara fez recentemente uma exposição na Casa de Arte Brasileira na cidade de Campinas, interior de São Paulo. Este local é mantido graças à abnegação de algumas pessoas, principalmente de Zé Cordeiro que sempre está empenhado em promover novas exposições.
Edna
é natural de Araraquara-SP, pintora autodidata, a “naif” brasileira. Iniciou a
expor seus quadros em 1976 na mostra Lendas e Mitos do Brasil, no Palco
Municipal de São Bernardo do Campo. Depois, entre muitos salões participou
também do III Salão de Artes Plásticas de Itu, 1977; Salão de Arte de Leme,
1978; recebeu Menção Honrosa no Salão de Taboão da Serra, exposições em
1982/83/84 na Bima Galeria de Arte de São Paulo, na Galeria Maison dês Arts em São Paulo 1982/83/84.
participou, da grande exposição Mito e Magia Del Colore no Castel dell’ovo, em
Napoli, Itália e também, na L’ Aríete Galeria d’ Arte de Bologna, Itália.
Sua
temática são as paisagens bucólicas das zonas rurais do interior paulista, são
plantações de laranjas, cafezais e colheitas de algodão, paisagens de paz e
amor, cenas e sonhos, brancas casas, velhas casas de fazendas, desbotadas pelo
tempo cheias de flores, velhas casa de nossa infância perdida, no tempo. Verde
muito verde, flores de todas as cores, umas verdadeiras outras inventadas,
invadem as telas, geralmente de pequeno formato pintadas numa técnica apurada e
sensível com pinceladas minúsculas, pontilhismo, microscópicas intervenções
construindo uma pintura quase que miniaturizada.
GIL
MÁRIO MOSTRARÁ 20 TELAS EM SETEMBRO
O
artista feirense Gil Mário, que também é professor na Universidade Estadual de
Feira de Santana está produzindo uma série de trabalhos que apresentará no
próximo dia 18 de setembro na Galeria Nogueirol, que fica numa das galerias do
Salvador Praia Hotel, em
Ondina. Ao todo serão mostrados 20 quadros a óleo sobre tela
enfocando principalmente a fauna.
Gil
Mário conseguiu combinar a leveza das graças com formas geométricas sem perda
do equilíbrio plástico. Suas garças estão quase sempre envolvidas em espaços
superpostos, mostram o nível técnico deste artista que trabalha sem pressa. Ele
vai calmamente construindo o seu mundo pictórico e batalhando para mostrar a um
número cada vez maior de pessoas o seu trabalho.
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