JENNER FAZ POEMAS QUANDO PINTA A
PAISAGEM BAIANA
Bahia , uma lição de harmonia nesta paisagem baiana pintada pelo sergipano Jenner Auiusto |
Lavadeiras do Abaeté, elementos poéticos na labuta diária |
É
uma pintura harmoniosa, o que percebemos no gesto de suas figuras, na
disposição de outros elementos, como os barcos, o casario, as igrejas. “Tudo
dança e canta obedecendo a batuta deste artista sessentão que continua jovem e
procurando sempre acompanhar o que está acontecendo a sua volta, sem falar na
sua civilidade, no trato com as pessoas”.
Escrevi
certa vez que Jenner é um homem em paz com a vida. Sua obra rica em sensualidade
é resultado do seu papel de intérprete da paisagem e da gente baiana. “Entendo
que ninguém soube captar tão bem, a alma da gente baiana, como este sergipano”.
Estas palavras integram o catálogo juntamente com apreciações de Wilson Rocha,
Mirabeau Sampaio, Olney Kruse dentre outros.
Não
existem temas desgastados. Existem artistas bons e artistas ruins. Um artista
ruim aniquila qualquer temática e técnica. Um grande artista engrandece
qualquer temática com o uso perfeito da técnica. Ai está a diferença na
abordagem de uma temática como o faz Jenner Augusto com a paisagem baiana, a
qual já foi utilizada como tema por inúmeros artistas bons e ruins. No caso de
Jenner a paisagem é abordada com muita sabedoria e o resultado é esta belíssima
exposição que ele fará na Galeria Época, no Rio Vermelho, de 14 a 24 de maio.
Sinto
também a sua identificação com as coisas simples desta terra cheia de graça e
poesia. Jenner é um poeta da cor. Ele faz poesia quando está pintando a Bahia.
Cada quadro seu tem elementos que são intrinsecamente ternos e líricos, os
quais no passam uma sensação de paz e harmonia.
REFLEXOS DE ANA BARBUDA ESTÁ NA GALERIA DO ALUNO
Ana Barbuda com um dos seus trabalhos da exposição |
Ânimo
não falta a Ana. Ela transborda felicidade por estar fazendo aquilo que gosta.
Esta sua exposição intitulada Reflexos é toda montada em cima de objetos comuns
na maioria vasilhames – garrafas, taças, copos, etc – que são presença diária
na vida profissional de Ana Barbuda. Antes de estudar na Escola de Belas Artes
já trabalhava com decoração, principalmente de aniversários. E a influência
desta atividade está patente na escolha da temática.
Só
que ela sabe utilizar bem simplificando as formas em poucos traços e
conseguindo efeitos realmente de qualidade.
Mas
esta sua nova abordagem foi antecedida por paisagem mais tradicionais .”Houve
um rompimento com tudo aquilo que vinha fazendo. Isto foi possível graças ao
ensinamento de desenho e pintura que tive na Escola”. Esta afirmação de Ana vem
reforçar a necessidade de uma orientação quer seja acadêmica, quer seja
regular, quer seja de um pintor, ou artista mais experiente. Foram observações
de seus professores que conseguiram orientá-la em outra direção. Ela escolheu o
guache para manifestar suas emoções e confesso que fiquei satisfeito com alguns
trabalhos.Inclusive
é possível a gente sentir a sua evolução quando examinamos um trabalho feito a
mais tempo com os mais recentes.
Portanto,
é só uma questão de continuar trabalhando com o entusiasmo que ela deixa
transparecer. Sua mostra tem 18 trabalhos, sendo seis deles de maior tamanho.
Ela usa muita cor em pinceladas soltas , que dão um efeito muito bonito de
volume e reflexos.
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