CULTURA BAIANA SERÁ ALVO DE UM
ENCONTRO NO DIA 13
A cultura baiana é impregnada de religiosidade e da sincretização entre várias religiões.
Foto Google.
De13 a 15
de agosto, Salvador sediará o Encontro de Cultura do Estado da Bahia. Trata-se
de um evento que terá a participação de toda a Comunidade Cultural do Estado
com os objetivos de identificar e avaliar o quadro cultural, além de explicar
interesses e reivindicações de comunidades e artístico-cultural, e possibilitar
o intercâmbio entre os diversos grupos e segmentos.
Foto Google.
De
A
idéia deste encontro nasceu em 1985 com a reunião do Plano de Desenvolvimento
do Nordeste, quando a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste-Sudene
criou o Grupo de Política Cultural para incentivar toda a área do Nordeste. A
partir daí vários encontros estaduais foram realizados e agora chega o momento
de discutir o assunto ligado com a Bahia.
IMPORTÂNCIA
E PRESENÇAS
O
encontro, a ser realizado no Pavilhão de Aulas da Universidade Federal da
Bahia, na Federação, contará com a participação de figuras importantes da área
cultural.
Este
encontro está buscando uma maior presença possível das realidades culturais
existentes na Bahia, respeitando e preservando, sobretudo, as particularidades
de cada contexto. A sistematização de uma política cultural regional obrigará
que os diversos contextos sócio-econômicos também sistematizem uma linha de
ação voltada para as realidades, o que facilitará o relacionamento entre grupos
e instituições.
Com
a finalidade de obter uma maior participação possível de entidades culturais,
já foram cadastradas em todo o Estado em torno de 800 entidades culturais, além
da convocação de artistas das diversas áreas para uma programação paralela ao
evento. Conforme explica Sueli Ribeiro, representante da Fundação Cultural, na
comissão executiva:
-Toda
a comunidade cultural pode e deve participar do encontro. As inscrições são
gratuitas e estão abertas a todos. Em paralelo ao encontro vamos realizar
apresentações teatrais, musicais, de dança, além de exposições de artes
plásticas, fotográficas e de livros, e até mesmo recitais de poesias. Como
pode-se observar é uma coisa bem ampla, onde todos podem apresentar suas
manifestações culturais.
PROGRAMAÇÃO
O
Encontro de Cultura do Estado da Bahia será aberto no dia 13 no Pavilhão de
Aulas da Federação pelo Governador Waldir Pires, seguido de uma programação
artística. No dia 14, após as inscrições e recepção, acontece ás 9 horas o
primeiro painel sobre o tema “O Estado e a Intervenção Cultural”, coordenado
por José Carlos Capinan, Secretário de Cultura do Estado. Esta primeira etapa
tem como apresentadores Nailton de Almeida Santos, diretor de Planejamento
Global da Sudene; Carlos Alves Moura, coordenador do Ministério da Cultura e
Ordep Serra, diretor do IPAC. Os debatedores serão Florisvaldo Mattos, presidente
da Fundação Cultural; Wally Salomão, diretor da Fundação Gregório de Mattos e
Hildegardes Vianna, da Universidade Federal da Bahia
Ainda
no dia 14, a
programação prosseguirá com sessões coordenadas: “A Questão Cultural do Estado
da Bahia”, avaliação de experiências em manifestações comunitárias, mecanismo
de produção e consumo, grupos culturais emergentes, experiências classistas,
balanço da organização do setor e medidas para estímulo e preservação do
patrimônio artístico-cultural e natural do estado. Esta primeira fase será
encerrada ás 19h30 min com uma programação artística.
No
dia 15 a
partir das nove horas acontecerá à exposição dos relatores de cada grupo,
sessão plenária para a aprovação de proposição para o documento de Política
Cultural do Estado da Bahia, seguido de atividades paralelas. O documento final
servirá de base para traçar a política cultural do estado quando da realização
do encontro regional que acontecerá de 17 a 19 de outubro no Recife, com a
participação de todos os estados que abrange a área da Sudene.
INFORMAÇÕES
E INSCRIÇÕES
Os
interessados em participar do encontro de cultura devem entrar em contato com
estas pessoas nos seguintes endereços: Joana América de Oliveira, na
Universidade Católica de Salvador, Praça Dois de Julho, 7, Campo Grande,
telefone 3245-5422. Ericivaldo Veiga, Luiz Roberto, Rosa Ribeiro e Lola
Medeiros no IPAC, Rua Gregório de Mattos, 45, Pelourinho, telefone 3242-0177,
Sueli Ribeiro, Fundação Cultural do Estado da Bahia, Rua General Labatut, 27,
barris, telefone 3243-4555.
A
promoção do evento é da Sudene, Universidade Federal da Bahia, Universidade
Católica do Salvador, Fundação Cultural do Estado da Bahia, Instituto do
Patrimônio Artístico e Cultural e Projeto Cultural Cantina da Lua.
Vamos
aguardar. Esperamos que não fique no blablablá...
A
INQUIETUDE ACOMPANHA TRAJETÓRIA DE CEZARIO
Nascido
em Salvador em 1954 e de família humilde, Edson Cezario desperta a sua vocação
aos sete anos de idade, a arte de desenhar e de escrever.
No
Centro Educacional Góes Calmon, nos Barris, cursou o primário. Seus desenhos
feitos em cartolina chamavam a atenção dos colegas e professores. No Colégio
Edgard Santos, juntamente com a professora Lícia Passos, que incentivou e
ministrou um curso livre de desenho sugerindo ao diretor da escola que
concordou, dando tintas, telas e pincéis.
As feiras livres sempre foram inspiração para o artista Edson Cezario.
A partir daí Cezario inicia a pintar em tela, fazendo a primeira exposição de artes plásticas juntamente com os colegas, naquele estabelecimento em 1969. Concluído o ginásio, ele se vê sozinho pintando casarios e paisagens, em casa sobre pedaços de madeira, porque não tinha dinheiro para comprar material de pintura. Então começa a mostrar os seus trabalhos, procura as galerias naquela data: a Renoir na Ladeira da Barra, a Cañizares, procurando conhecer os ambientes propícios a arte, porém, recusado. Após buscar esperançosamente, pois a arte lhe despertara uma felicidade e expectativa incomum, conhece a Galeria Le Dome, situada no Bairro da Liberdade. Através do Sr. Eckener Cardoso, teve oportunidade de expor pela primeira vez com artistas conhecidos no meio artístico. Cezario sente que a arte mora dentro dele e começa a colaborar com os jornais locais, sendo publicados seus poemas pelo Jornal da Bahia e ilustrações nos contos de Guido Guerra na A Tarde teve seus poemas publicados várias vezes, “Crepúsculo Secular”, “A Natureza-Morta”, “Crer”, “Homens”, “A Mocidade”, “Saudades” e “No Silêncio do Pintor”.
As feiras livres sempre foram inspiração para o artista Edson Cezario.
A partir daí Cezario inicia a pintar em tela, fazendo a primeira exposição de artes plásticas juntamente com os colegas, naquele estabelecimento em 1969. Concluído o ginásio, ele se vê sozinho pintando casarios e paisagens, em casa sobre pedaços de madeira, porque não tinha dinheiro para comprar material de pintura. Então começa a mostrar os seus trabalhos, procura as galerias naquela data: a Renoir na Ladeira da Barra, a Cañizares, procurando conhecer os ambientes propícios a arte, porém, recusado. Após buscar esperançosamente, pois a arte lhe despertara uma felicidade e expectativa incomum, conhece a Galeria Le Dome, situada no Bairro da Liberdade. Através do Sr. Eckener Cardoso, teve oportunidade de expor pela primeira vez com artistas conhecidos no meio artístico. Cezario sente que a arte mora dentro dele e começa a colaborar com os jornais locais, sendo publicados seus poemas pelo Jornal da Bahia e ilustrações nos contos de Guido Guerra na A Tarde teve seus poemas publicados várias vezes, “Crepúsculo Secular”, “A Natureza-Morta”, “Crer”, “Homens”, “A Mocidade”, “Saudades” e “No Silêncio do Pintor”.
Cesário
teve sempre o espírito inquieto na sua trajetória artística de realizar o ideal
e lutar pela sobrevivência. Trabalhou no ano de 1973 no Paes Mendonça, durante
dois anos, nas funções de faturista e de estoquista. Inconformado com a
exploração que o empregado se submete e às condições desfavoráveis por causa das
necessidades, sem tempo para pintar resolve sair, pois a aspiração interior era
mais forte. Pinta e expõe, sente-se renovado, mas como sobreviver da arte, se
os que vendiam, tirava 33%, ainda dividido em prestações?... As dificuldades
aumentam e o período maravilhoso dura pouco, ingressando na Petrobrás, como
operador de radiofonia, trabalha de turno e pinta noturnos, se irrita com a
função, resolve sair antes que fique surdo, pois vivia constantemente com o
ouvido esquerdo inflamado. Pinta e expõe durante seis meses sem obter resultado
satisfatório financeiramente. Volta a trabalhar, desta vez como auxiliar de
escritório no Comind, durante mais dois anos; pinta à noite já cansado de um
dia desgastante. Saturado, escreve um poema Seguro Bancário e resolve fazer
vestibular para Licenciatura em Desenho e Plástica. É aprovado, tenta conciliar
mesmo assim o estudo com o banco, porém é chamado para optar. Prefere seguir a
universidade, deixa o banco. Nesse período trabalha de free-lancer, criando
outdoor, fazendo arte-final. Em 1981, quando entrou para a Escola de Belas
Artes, o estudo absorve boa parte do tempo, mesmo assim pinta, expõe, lança o
seu primeiro livro de poesia ilustrada, O Destino. Com as continuas greves na
universidade não perde tempo, vai trabalhar numa agência de propaganda, a
Publivendas, como desenhista arte-finalista durante um ano. Abandona a
universidade. Crescendo com a sua arte de pintar, retrata a figura humana em
cenas de feiras livres dos interiores baianos, viajando para sentir de perto o
movimento e resolve definitivamente viver da sua arte.Realiza
duas exposições em 1985 e 1986 com o nome de “Retalhos de Luz”.
Dando prosseguimento à sua trajetória vocacional, completando no mês de agosto seus 26 anos de dedicação, realiza uma exposição comemorativa de seus trabalhos, juntamente com a sua irmã Elizabete, de 17 anos de idade, rostos, flores, crayon sobre o papel, e seu pai Eduardo, com suas esculturas em formas geométrica, feitas de azulejos, consolidando uma família de artistas.
Dando prosseguimento à sua trajetória vocacional, completando no mês de agosto seus 26 anos de dedicação, realiza uma exposição comemorativa de seus trabalhos, juntamente com a sua irmã Elizabete, de 17 anos de idade, rostos, flores, crayon sobre o papel, e seu pai Eduardo, com suas esculturas em formas geométrica, feitas de azulejos, consolidando uma família de artistas.
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