O BROTAR DOS SENTIMENTOS NA OBRA
DE LEONEL MATOS
Ele pinta com a pureza e o impulso de uma criança. Tudo brota espontaneamente como a água que jorra de uma fonte natural. Mas, sua pintura, embora espontânea; não é primitiva, mesmo porque Leonel Matos é um jovem que acompanha o desenrolar dos acontecimentos, mora numa metrópole e não está isolado das atividades culturais que acontecem ao seu redor. No entanto, ele ainda guarda àquela pureza tão presente entre os primitivos e este é apenas um elemento, porque o seu traço, a elaboração das composições já determinam outra maneira de tratar as coisas que integram as suas telas.
O Sonho de Um Nativo, uma das telas expostas por Leonel Matos.
Diria que Leonel Matos tem uma pintura que ainda percorrerá muitos quilômetros em busca de uma lapidação maior. É como um diamante tirado das entranhas da Terra e que já começou a ser lapidado. Já aparece ao longe o seu brilho intenso, que permite dizer que é uma pedra de boa qualidade, mas que deverá continuar sendo lapidada até surgir o seu brilho total.
Diria que Leonel Matos tem uma pintura que ainda percorrerá muitos quilômetros em busca de uma lapidação maior. É como um diamante tirado das entranhas da Terra e que já começou a ser lapidado. Já aparece ao longe o seu brilho intenso, que permite dizer que é uma pedra de boa qualidade, mas que deverá continuar sendo lapidada até surgir o seu brilho total.
Tenho acompanhado as exposições
de Leonel Matos e quando não posso visitá-las por qualquer motivo, sempre arranjo um jeito
de ver um lote dos seus trabalhos. Posso afiançar que ele vem melhorando a cada
mostra, que tem uma força de vontade incrível e principalmente que gosta muito
de pintura, de jogar para fora tudo que sente. Outra coisa que saliento em seu
trabalho é a maneira de ver as coisas, a nossa gente, os sonhos da casa própria
e da terra, a devastação dos campos e as frutas tropicais.
Dirão alguns que “são temas
batidos”, mas não temas acabados. Ao contrário, cada artista pode usá-los desde
que traga a sua visão numa ponta de criatividade, de individualidade. E, Leonel
Matos com a sua pureza plástica, vai elaborando as suas telas mostrando tudo
isto dentro de uma visão que realmente nos agrada.
Os contatos com Leonel Matos
geralmente são feitos no jornal ou na galeria, ele sempre está disposto a
mostrar os seus novos trabalhos e fica curioso para saber o que achamos. Sempre
lhe digo algumas palavras, que também são muito espontâneas e sinceras. Sou um
jornalista que aprendi no lidar com fatos a revelar a verdade, muitas vezes com
a crueza que elas estão revestidas. Não sei construir frases intermináveis, que
muitas vezes as pessoas não entendem. Eu venho dizendo a Leonel e a muitos
outros artistas o que realmente me transmitem as suas obras.
É bom salientar que embora tenha
afirmado que a obra de Leonel é como um diamante que está sendo lapidado, que
ele tem muito talento e merece ser incentivado para que possamos admirar muito
mais ainda as suas futuras criações.
OITO JOVENS ARTISTAS DO PARANÁ
VÃO EXPOR NO MAMB
Oito artistas do Paraná vão
expor, a partir do próximo dia 25 de agosto até o dia 23 de setembro, esculturas
e desenhos da arte produzida naquele estado. A mostra reunirá os escultores Alfi
Vivern, Elvo Damo e Elizabeth Titton e os desenhistas Eduardo Nascimento,
Estela Sandrini, Eliane Prolik, Paulo Assis e Péricles Gomes.
Obra Capoeira: Um Branco e Um Negro, de Péricles Varella.
Devido a presença de uma só vez de oito artistas que residem no Paraná, é muito boa oportunidade para avaliarmos o que realmente vem sendo lá produzido pelos jovens artistas, e uma demonstração de que devemos melhorar nosso intercâmbio cultural com os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e muitos outros, para termos uma idéia da arte produzida nestes estados, e conseqüentemente no país e as variações na abordagem de temáticas e as técnicas utilizadas.
É verdade que contamos com meios modernos de impressão e mesmo de transmissão eletrônica, mas nada melhor do que você examinar de perto e pessoalmente um trabalho de arte, porque a intensidade da emoção é bem diferente.
Devido a presença de uma só vez de oito artistas que residem no Paraná, é muito boa oportunidade para avaliarmos o que realmente vem sendo lá produzido pelos jovens artistas, e uma demonstração de que devemos melhorar nosso intercâmbio cultural com os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e muitos outros, para termos uma idéia da arte produzida nestes estados, e conseqüentemente no país e as variações na abordagem de temáticas e as técnicas utilizadas.
É verdade que contamos com meios modernos de impressão e mesmo de transmissão eletrônica, mas nada melhor do que você examinar de perto e pessoalmente um trabalho de arte, porque a intensidade da emoção é bem diferente.
Informa um dos expositores, o
Péricles Varella Gomes, que também é músico da Orquestra Sinfônica da Bahia,
que o aparecimento em Curitiba, nos últimos anos, de um núcleo artístico
potencialmente rico, formado por jovens componentes – não necessariamente
agrupados – faz com que surja um novo panorama nas artes plásticas do seu
estado. Assim, na oportunidade em que este núcleo aceita o convite do Museu de
Arte da Bahia, ambos propiciam ao público baiano apreciar a atual produção de
alguns desses artistas ao mesmo tempo em que se abre mais uma alternativa
possível de realização de exposições desta natureza.Obra Bode , em mármore de Elvo Benito Damo.
Péricles usa o desenho
semifotográfico e de recortes que deixam à mostra um fundo de cortiça ou de
papel, visíveis através das listras das roupagens de suas personagens que
transmitem qualidade de sentimentos.
Alfi Vivern, argentino de
nascimento, realizou esculturas em fibra de vidro, e tem exposições aqui e fora
do país, hoje reside em
Curitiba. Elizabeth Titton nasceu em São Paulo , mora em
Curitiba.
Agora é só aguardar esta
exposição para uma avaliação maior do que chega do Paraná trazido por estes
oito artistas.
MURAL
SONIA VON BRUSKY – Está expondo
no Museu de Arte da Bahia a artista Sonia Von Brusky que tem em seu catálogo a
apresentação de Theon Spanudis. Ela já realizou várias exposições no sul do
país e segundo Spanudis “em vez de usar o corpo humano como fazem os outros,
ela teve o feliz e inédito achado de um objeto que simboliza toda a nossa
necessidade de afeto, carinho, contato, a nossa fome de comunicação: a carta
postal”.Visitarei a exposição de Sonia, e
em seguida falarei e darei minha opinião sobre os trabalhos que trouxe para nos
mostrar.
ALBERTO DAVID – Expondo na Biblioteca Central, nos Barris, trabalhos em grafite até o dia 26 do corrente. Num estilo expressionista, com traços que lembram a fotografia, diferindo, portanto do que ele vinha fazendo nos últimos anos. David é de Vitória da Conquista, já participou de várias exposições no interior e em Salvador. É um batalhador incansável e tem sensibilidade.Acredito que pelo seu talento e tenacidade vai melhorar ainda mais a técnica.
QUATRO ARTISTAS – Expõem na Galeria
Le Dome até o próximo dia 26.
Amália Maria, Angélica Pimentel,
Marly Helena e Theresinha Soriano, portanto são quatro mulheres que retratam
paisagens, casarios e corpos nus. Uma mostra que reflete a visão de artistas do
sexo feminino.
CLAROESCURO- Com novos objetivos
e a entrada de novos sócios o local onde funcionava o atelier Claroescuro ficou
pequeno e assim Liane Katsuki, Alain Pigot, Manoel Neto e Sérgio Sampaio
resolveram mudar da Euclides da Cunha. Agora estão trabalhando no Jardim
Brasil, exatamente na Rua São Luís, nº5, na Barra. Além de executar jóias,
esculturas, pinturas, desenhos, serigrafias, xilogravuras, objetos, espelhos e vitreaux, os artistas estão dando cursos
dessas técnicas a adultos e crianças. O Claroescuro conta ainda com a participação
da Escola Baiana de Arte e Decoração Ebade, e de uma molduraria.
MARIA DO ROSÁRIO - A artista Maria
do Rosário está expondo na Associação Cultural Brasil Estados Unidos, na Avenida
Sete ,no Corredor do Vitória.
RICHARD WAGNER - Outro que tem
ligações muito fortes com o interior é o Richard Wagner, que ora expõe na Galeria
Studium, em Itabuna.
Escrevi certa vez falando da emoção que domina o momento da
criação deste artista que tem muito impulso criativo. Disse naquela época “A
tela nua é revestida por uma camada branca de látex. É a base, o princípio de
uma metamoforse que ocorre todas as vezes que Richard Wagner está inspirado e
resolve trabalhar. Um trabalho bem diferente, onde a espontaneidade rompe todos
os espaços, cores, formas e razões. Uma espontaneidade semelhante àquela que
reina no trabalho abstrato”. Ele transcreveu estas palavras no catálogo desta
sua mostra em Itabuna.
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