EXPOSIÇÃO ITINERANTE DE TOMIE
OHTAKE SEXTA-FEIRA
Na
próxima sexta-feira será um dia especial para o movimento de arte baiano, pois
a gravadora Tomie Ohtake vai expor 16 gravuras em metal em edições limitadas no
Escritório de Arte da Bahia. Está exposição está percorrendo nove capitais
brasileiras e reflete o talento desta japonesa de 73 anos, há vários anos,
estabelecida em São Paulo ,
mas que ainda tem muita dificuldade em falar o português. Suas obras têm,
realmente, uma grande influência obras tem, realmente, uma grande influência
oriental e vendo suas gravuras recentes, entre elas algumas das que estão
estampadas no catálogo, traduzem exatamente aqueles gestos; aos ideogramas
chineses, cujos traços representam idéias. Lembro da reação de um colega ao ler
uma gravura de Tomie. “Minha filha, de sete anos, faz muita coisa parecida com
esses riscos”. Evidente, que a reação diante de uma obra de arte corresponde à
capacidade de entendimento de cada um. Vai da informação que dispõe e isto
corresponde ao nível de leitura de uma obra de arte. As pessoas que assim
reagem espontaneamente diante de uma obra de arte não entendem que por trás
daquela aparente simplicidade estão longos anos de muito trabalho.
Muitos artistas levam anos e anos desenhando até que se afastam da figuração e abraçam formas mais simples da figuração e abraçam formas mais simples e contemporâneas. As obras de Tomie Ohtake são muito disputadas no mercado de arte aqui e fora do País e esta sua disposição em fazer gravuras em metal objetiva alcançar o grande público, já que os preços dos múltiplos são mais acessíveis. Mesmo assim giram em torno de 16 mil cruzados cada. É bom lembrar que o mercado de arte de múltiplos tem sofrido nos últimos anos uma descaracterização crescente, porque cópias feitas em off-set, assinadas ou não por seus autores, estão sendo comercializadas como se fossem originais. Isto tumultua o mercado. É o caso de chamar a atenção dos colecionadores ou mesmo pessoas que adquirem de quando em vez uma obra de arte, para que se certifiquem se é cópia autêntica ou reprodução em off-set, pois estas não têm valor comercial.No caso destas que serão expostas a autenticidade é garantida pelos organizadores.
Muitos artistas levam anos e anos desenhando até que se afastam da figuração e abraçam formas mais simples da figuração e abraçam formas mais simples e contemporâneas. As obras de Tomie Ohtake são muito disputadas no mercado de arte aqui e fora do País e esta sua disposição em fazer gravuras em metal objetiva alcançar o grande público, já que os preços dos múltiplos são mais acessíveis. Mesmo assim giram em torno de 16 mil cruzados cada. É bom lembrar que o mercado de arte de múltiplos tem sofrido nos últimos anos uma descaracterização crescente, porque cópias feitas em off-set, assinadas ou não por seus autores, estão sendo comercializadas como se fossem originais. Isto tumultua o mercado. É o caso de chamar a atenção dos colecionadores ou mesmo pessoas que adquirem de quando em vez uma obra de arte, para que se certifiquem se é cópia autêntica ou reprodução em off-set, pois estas não têm valor comercial.No caso destas que serão expostas a autenticidade é garantida pelos organizadores.
QUATRO
ARTISTAS VÃO EXPOR NO MUSEU DE ARTE MODERNA
Uma
exposição itinerante dos artistas Leonel Mattos; Aprígio; Britto Velho; e Dina
Oliveira está montada até o dia 6 no Espaço Cultural Cásper Líbero, em São Paulo , com o
patrocínio do Unibanco. Em seguida as obras virão para o Museu de Arte Moderna
da Bahia, para a Galeria “O Cavalete”, Museu de Arte Contemporânea de
Pernambuco, em Olinda; Gabinete de Arte Brasileira, em Recife; Museu da
Universidade federal do Pará e galeria Arte Liberal, Belém; Galeria Anna Maria
Niemeyer, Rio de Janeiro, Oscar Seraphico Galeria de Arte, Brasília; Museu de
Arte de Belo Horizonte; Manoel Macedo Galeria de Arte, Belo Horizonte; Bolsa de
Arte de Porto Alegre; Museu de Arte Sacra de Santa Catarina; Espaço de Arte,
Florianópolis e Museu de Arte Contemporânea, de Curitiba. Como podemos observar
é um projeto muito interessante porque vai visitar várias cidades brasileiras
até 1989.Ao lado obra de Dina e a influência amazônica.
Vemos também a importância da presença de um estabelecimento bancário dando mo suporte necessário ao empreendimento. São quatro artistas, com trabalhos numa linha de abordagem contemporânea, mas que se diferenciam pela individualidade criativa de cada um.
Vemos também a importância da presença de um estabelecimento bancário dando mo suporte necessário ao empreendimento. São quatro artistas, com trabalhos numa linha de abordagem contemporânea, mas que se diferenciam pela individualidade criativa de cada um.
O
coordenador do Espaço Cultural Cásper Líbero é Ivo Zanini que faz a
apresentação da mostra salientando esta integração de norte a sul do país por
um evento de artes plásticas. Leonel, abaixo, cada vez mais moderno.
Diz
que os artistas nem se conheciam, a não ser pelos próprios nomes através de
exposições que fizeram separadamente em locais diversos.
“De
repente São Paulo os uniu”, isto porque eles foram para a capital paulista em
busca de novas oportunidades para mostrarem a sua obra. BritoVelho é do Rio
Grande do Sul, a Dina Oliveira do Pará, Ricardo Aprígio veio de Pernambuco e o
Leonel Mattos, o único baiano do grupo. Cada um com sua temática, onde as figuras
humanas e animais são tratados com sobriedade em múltiplas facetas. O Britto Velho brinca com a forma.
Nos
informa Zanini que o homem é a meta do gaúcho Britto Velho que pinta com cores
fortes, sempre dando a notar a presença da figura humana em formas
completamente diferenciadas das que estamos acostumados a ver nas ruas ou mesmo
ao nosso lado. Uma mistura de sátira e, como que tivesse fazendo brinquedo de
armar deixando que o espectador crie os contornos. Tudo depende de sua
imaginação e de certa forma estampa a nossa fragilidade através de um jogo de
anatomia.
A
única mulher do grupo é Dina Oliveira.
Ela
sofre uma influência marcante do clima da Amazônia. São construções bem
elaboradas, mas que deixam transparecer algo que tem a ver com a flora e a
fauna. Mesmo com as formas indefinidas, onde não se nota qualquer proximidade
com a figuração. Ela consegue belos feitos visuais que agradam a qualquer
espectador mesmo àqueles que não conseguem fazer uma leitura mais apurada da
sua obra pela combinação de cores e formas.
O
nosso Leonel Mattos explode em simbolismos. Sua arte vem melhorando a cada dia
na medida em que se afasta da figuração e trabalha com formas mais livres. É um
artista de talento, sobre o qual já tenho escrito várias vezes. Porém, a cada
exposição, Leonel surpreende por sua fertilidade, pela sua capacidade de não se
repetir. Sempre há novidade dentro de uma linha de coerência e qualidade. Neste
jogo entre o formal e o informal, ele vai construindo o seu mundo pictórico com
muita habilidade.
Ricardo
Aprígio nos leva sempre a procura de um detalhe, que embora pequeno, consegue
atrair a atenção. São composições que expressam o imaginário, mesmo quando
trabalha com abstrações. Tem especial cuidado pelas texturas que utiliza para
compor suas pinturas.
Enfim,
vamos aguardar a chegada das obras destes quatro talentosos artistas que estão
perfeitamente comungando com a modernidade.
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