ARTISTAS CONTAM AGORA COM OUTRA GALERIA
NO MERCADO
NO MERCADO
O mercado de arte da Bahia conta com nova proposta criada e desenvolvida pela Galeria Prova do Artista – edifício Max Center, 4009, Itaigara- que abre espaço para as artes plásticas trabalhando com obras de arte diretamente com empresas. São gravuras ou brindes como papéis, cartões, camisetas, agendas, ou outras peças assinadas e numeradas por artistas de renome nacional com quantidade pré determinada de reproduções.
Desta forma exclusiva e
original, inicia sua linha de trabalho com a produção de oito litogravuras de Floriano Teixeira.
Ao lado o artista ,sem camisa, trabalhando nas suas litografias.
Ao lado o artista ,sem camisa, trabalhando nas suas litografias.
Floriano Teixeira, nascido
em 1923 no Maranhão, e morando desde 1965 na Bahia, vencedor do Grande Prêmio
da I Bienal Nacional de Artes Plásticas, é um dos bons artistas plásticos
brasileiros, seja como desenhista, pintor, gravador, escultor, ou ilustrador de
livros, tendo neste último criado as capas de 12 volumes das Obras Completas de
Graciliano Ramos e de Dona Flor – A Morte e a Morte de Quincas Berro D”água,
Milagres dos Pássaros, Menino Grapiúna, de Jorge Amado. Com este seu trabalho
para a Galeria Prova do Artista que ele ressaltou ser uma experiência nova.
“Esta Galeria me
proporcionou um trabalho diferente do mercado tradicional, tanto em nível de
produção, como em nível de comercialização e divulgação. Há um caráter
empresarial inovador e vigoroso, com alguns pontos que considero por demais
relevantes. Criei uma obra de arte assinada, oito litos, múltiplos que através
deste trabalho ganham locais antes não tão habituais, acabando com certo
elitismo que ainda perdura na arte.
E isto pude realizar de
maneira direta, ágil e dinâmica, tendo a possibilidade de ter no meu atelier
sem me deslocar , um técnico de São Paulo produzindo-as. Este ganho de tempo e
a quantidade que pude ter é a maior prova de confiança que se pode ter. Sei que
após este meu trabalho, realizarei outros, e que outros artistas terão a mesma
oportunidade, podendo executar o melhor de sua arte e que as empresas terão um
caminho seguro em adquirir obras de arte em série”.
UM MUSEU DEDICADO ÀS ARTES
DA MULHERES
O Museu Nacional da Mulher
nas Artes, o primeiro do gênero no mundo,abriu suas portas na capital norte
americana no mês de abril, ressaltando seu compromisso de servir como elemento
catalisador da arte feminina mundial.
Sua presidenta e
fundadora, Wilhelmina Holladay , declarou, em entrevista concedida à imprensa ,
que havia decidido fundar um museu, porque durante séculos menos de 5% das
obras exibidas nos museus são de autoria de mulheres. Isto não quer dizer que
as mulheres são menos criativas, mas que seus trabalhos são preteridos pelos
dos homens.
“Isto é uma viagem de
descobrimento”, acrescentou Eleanor M. Tufts, figura de projeção mundial no mundo
das artes como conhecedora e conferencista. “Quantas artistas plásticas são
conhecidas do público? Há um número surpreendente delas... mas seus nomes não
vem a mente tão rapidamente”.
Tanto Holladay como Tufts
informaram que os salões do museu estarão abertos as obras artísticas das
mulheres de todo o mundo.
“A arte é internacional e
não limitada a um único país”, disse Holladay.
“As pintoras surrealistas
da América Latina são muito importantes do ponto de vista artístico e tenho
certeza que ainda teremos obras suas em nosso museu.”, acrescentou Tufts , que
reuniu 124 pinturas e esculturas para a primeira mostra da instituição.A
exposição, denominada Mulheres Artistas Norte Americanas 1830-1930, é
constituída de 180 obras selecionadas entre as aproximadamente 500 que formam a
coleção do Museu. A mostra divide-se em 5 categorias, inclui óleos, esboços,
abstracionismo, aquarelas, gravuras e esculturas.
Trabalhos de artistas
renomados como Mary Cassatt e Geórgia Ökeefe divide as honras com obras de
artistas igualmente brilhantes, mas não tão conhecidas como Lilia Cabot Perry,
Constance Colleman Richardson e Lydia Field Emmet.
“Nossa orientação cultural
esteve sempre tão voltada para a Europa, que até bem recentemente não
conseguíamos enxergar o talento de nossas próprias artistas”, declarou Tufts.
Ao reunir as obras para
exposição, Tufts disse que encontrou os trabalhos das artistas “ literalmente
apinhados em porões, ou relegadas a residências particulares”.
“Foi este o caso do
retrato de Olivia , de Lydia Field Emmet, disse Tufts. “Olívia acabara de
morrer em um acidente automobilístico, e seu marido telefonou-me para perguntar
se o Museu estaria interessado num retrato de sua mulher quando criança.
Quando me disse quem era a
autora do retrato, fiquei empolgada.”
No princípio do século
Emmet tornara-se famosa por suas pinturas de criança, e entre elas a mais
impressionante era o retrato de Olívia”,
por sua composição e manejo da luz.
A exposição, que se
estenderá até 14 de junho e partirá em seguida, para uma turnê pelo
País inclui três trabalhos
de Cassat: Waman And Shild Driving – Mulher e Criança Dirigindo, de 1881; Susan
On a Balcomy Holding a Dog – Susa na Varanda Segurando um Cachorro, 1880 e
Little Girl in a Blue Armchair – Garotinha em uma Poltrona Azul ,
1878. Cassat foi a única personalidade norte americana a expor junto com os
Impressionistas, nos Salões de Exposições de Paris.
A exposição inclui
artistas menos conhecidas como Emmet “para promover o objetivo do Museu de
prestar o reconhecimento as artistas de excepcional valor, anteriormente
ignoradas”, disse Holladay.
O Museu ocupa um belo
edifício histórico, há dois blocos de distância da Casa Branca.
O interior e exterior
deste edifício de seis andares em estilo renascentista, construído originalmente
para servir de templo maçon, foram totalmente recuperados para recuperar sua
beleza original, e renovados para “atender ao mais altos requisitos dos museus da atualidade”, informou Hollady.(Norma Romano Benner)
BEL BORBA É O ÚNICO BAIANO PRESENTE NO MURO DE BERLIM
“ Aqui não é aí, mas vai tudo ótimo!” esta frase interessante e que pode parecer solta no ar integra uma carta que Bel Borba me enviou em fins do ano passado, quando esteve na Alemanha. Ele passou mais de um mês visitando museus e fez algumas experiências em pastel e viajou de trem por algumas cidades tentando conhecer o máximo da arte contemporânea que hoje se faz na Alemanha.
Evidente que estou falando
com certo atraso da viagem de estudos do Bel à Alemanha. Acontece que ele
enviou a carta por uma pessoa de sua família que demorou a entregar. E, para
não fugir à regra das confusões que acontecem com as coisas que envolvem o
artista, terminei por esquecê-la entre a infinidade de convites, catálogos e
outros impressos que recebo diariamente. Na semana passada ele me perguntou
pela carta . Insisti que não havia recebido. Procuramos juntos e terminamos por
achá-la. Explicada a demora, vamos falar de sua esticada à Alemanha.
Como todos sabem o muro
que separa as duas Alemanhas é hoje um enorme espaço onde centenas de artistas
protestam contra aquela aberração. E o Bel deixou lá sua marca. Escreveu o Bel
na carta que um artista que já pintou tantos muros em Salvador não poderia
perder esta oportunidade. Afinal, é um dos muros mais famosos do mundo!
Enfrentou dificuldades como estrangeiro, para arranjar uma grande escada,
pintar debaixo de chuva e trabalhar pela primeira vez com Colorjet. Valeu a
pena e lá está gravada a marca do Bel Borba.
Os alemães ocidentais
criaram um Museu que cataloga tudo que existe a respeito do Muro de Berlim. O
Bel Borba já tem lá registrada a sua presença. Agora, Bel está envolvido na
impressão de alguns postais com seus trabalhos pois já acabou também de pintar
o muro do Rio Vermelho, com seus companheiros de ofício.
É bom lembrar que Bel Borba
é, com certeza, o único baiano que tem um trabalho inserido no Museu do Muro de
Berlim. Não tenho conhecimento de outro brasileiro que tenha deixado lá
registrada a sua marca. Porém, acredito que deve existir.
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