NOVAS PROMESSAS OFICIAIS NA ÁREA DAS
ARTES PLÁSTICAS
ARTES PLÁSTICAS

Lembro
que denunciei a discriminação com relação às artes plásticas em detrimento de
outras manifestações, principalmente a
música, da qual o atual secretário é integrante, quando do lançamento do
Projeto Feira Arte. Agora recebo um release com estas promessas. Mas o protesto
valeu, porque foi um alerta. Quanto ao apoio à produção de arte originária no
interior, infelizmente, tenho quase certeza que serão premiados os
peemedebistas, petistas, e outros em detrimento de outros artistas, que antes
eram governo, e, portanto, beneficiados, e agora serão esquecidos. São lados de
uma mesma moeda e a arte virá política e gangorra nas mãos de pseudos intelectuais.
A
prioridade do Departamento de Artes Plásticas da Fundação Cultural,segundo Zivé
Giudice é para ações mais coletivas.Como afirma ele, poucos eventos significativos
no campo das artes plásticas se realizaram na Bahia depois das bienais, a não ser
alguns salões esporádicos, mas que não tiveram continuidade.
|Assim,
a produção contemporânea, principalmente a partir da década de 70, se ressente
da falta de intercâmbio com os outros centros, a não ser alguns casos
esporádicos de artistas individuais que tentam este diálogo por iniciativa
própria. O que nós precisamos é estabelecer o diálogo com os outros centros e
com a própria comunidade de forma mais incisiva e com certa regularidade para o
próprio desenvolvimento das artes plásticas.
A
realização de exposições coletivas para permitir uma amostragem da nossa
produção, assim como o intercâmbio com outros centros não significa que o
artista, individualmente, não tenha vez no Departamento de Artes Plásticas,
conforme esclarece o diretor: “N[os vamos atender, dentro do possível, as
solicitações individuais.O Departamento inclusive , realizará regularmente
concurso de projetos para exposições individuais”. Independente deste concurso,
todos os artistas podem participar, das sugestões e contribuir com as mações
coletivas do Depap, inclusive participando das exposições coletivas. Para isto
ocorrem reuniões quinzenalmente, às terças-feiras, às 17 horas , no terceiro
andar da Biblioteca Pública, nos Barris, aberta aos artistas plásticos
interessados.
O
MUNDO SOLITÁRIO DE FERNANDO LISBOA
Fernando
Lisboa, 25 anos, estudante de arquitetura, sempre teve a vocação para arte,
particularmente para a pintura. Começou desenhando aos 5 anos e vem se
dedicando insistentemente ao que define como “um exercício interessante”. Seus
trabalhos baseiam-se no realismo fantástico, segundo afirma; “ procuro sempre
através dos meus q2uadros, expressar a solidão e as angústias do homem moderno
na tumultuada sociedade urbana”.
Essa
temática tem muito a ver com o próprio artista, que se diz ser uma pessoa
inquieta na busca incessante de novas descobertas e ao mesmo tempo marcada
pelas dificuldades, pela tristeza e também pela solidão. Ele afirma que sabe
dos problemas que irá enfrentar ingressando definitivamente na vida
artística.Mas entende que com esforço e vontade, os empecilhos poderão ser
superados.
“Na
verdade : não conheço bem o mercado de arte da Bahia> Imagino que terei
dificuldade. Todavia, tenho também pleno desejo de vencer e quando a
persistência é mais forte, acabamos por ultrapassar as barreiras”, lembra. Ele
vai expor dia 22, na Galeria de Arte Viva, do Farol Praia Center.
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