EXPOSIÇÃO DO MODERNISMO ESTÁ NO
SOLAR DO UNHÃO
O
Projeto Arte Brasileira que já contou com uma exposição sobre o Academismo, no
Museu de Arte Moderna da Bahia, prossegue agora com o módulo Modernismo,
movimento marcante nas décadas de 20
a 30. O projeto abrange do Academismo aos dias de hoje,
e vem sendo apresentado em várias capitais do Brasil através de painéis
ilustrativos com textos críticos e conceituais a cada obra oferecendo ao
espectador os exemplos mais significativos da arte brasileira. Porém, não
podemos deixar de registrar alguns nomes da arte baiana que foram, também
precursores do Modernismo em nosso Estado, como Mário Cravo Júnior, Rubem
Valentim, José Tertuliano Guimarães, Antônio Rebuças, Carybé, Carlos Bastos,
Lygia Sampaio, Genaro de Carvalho e Jenner Augusto. São nomes muito conhecidos,
por todos nós que gostamos das artes plásticas, e que acompanhamos o movimento
artístico baiano. A eles um prêmio de gratidão por tudo que fizeram e continuam
fazendo em prol do desenvolvimento da arte brasileira. A Genaro de Carvalho e
José Tertuliano Guimarães, que já se foram, fica aqui um sentimento de saudade,
mas, de presença constante pela qualidade de sua arte que sempre será motivo de
orgulho para nós baianos.
A
Arte Moderna, no Brasil, surge em
São Paulo , devido a seu rápido desenvolvimento urbano na
virada do século e também a um ambiente cultural menos estratificado do que o
do Rio de Janeiro.
É
a exposição de Anita Malfatti, em 1917, com suas telas expressionistas, o
principal detonador de nosso movimento modernista. Provocando aqui o choque da
modernidade, esta exposição faria eclodir um processo de ruptura com os
preceitos acadêmicos, movendo grande impulso para a conquista de um novo espaço
plástico.
A
Semana de Arte Moderna de 22 avança, então, deste sentido de renovação, expondo
obras de Malfatti, Brecheret, Di Cavalcanti e Rego Monteiro, artistas que já
demonstram alguma compreensão da linguagem moderna. A questão do nacionalismo é
consolidada e busca-se uma identidade cultural brasileira. Tarsíla do Amaral
distinguiria essa singularidade nacional e popular em suas telas de vertente
pós-cubista integrada aos movimentos Pau-Brasil e Antropofágico. Mas, um primeiro
momento moderno vai querer exprimir o imaginário brasileiro e introduzir novas
questões plásticas, a partir da experiência cubista trazida da Europa por esses
artistas, um segundo momento irá deter-se mais agudamente nos problemas sociais
do País, dando á arte uma função de militância política. As ligações do
Pós-Cubismo com o Expressionismo aceleram-se e Portinari surge como artista
exemplar da segunda fase moderna, fase de realismo social.
Locus Ritual, obra de Leonardo Celuque Fim Da Festa , da artista Anita Alebic.
ARTISTAS REALIZAM INSTALAÇÃO COM LIXO DO
TEATRO CASTRO ALVES
ARTISTAS REALIZAM INSTALAÇÃO COM LIXO DO
TEATRO CASTRO ALVES
Uma
instalação foi realizada por alguns artistas baianos utilizando o lixo do
Teatro Castro Alves. Todos sabem que o TCA, Concha Acústica e outras casas de
espetáculos baianos, inclusive o Teatro do Instituto Isaias Alves, foram
abandonadas durante várias administrações, causando grandes prejuízos ao
movimento cultural baiano. Shows de grupos de rock e outros, que deveriam ter
sido realizados na Concha Acústica, foram deslocados para o TCA provocando
danos materiais de grande monta ao auditório do teatro. Agora, os artistas
Murilo, Leonardo Celuque, Otaviano Moniz Barreto e Anita Alebic mostraram uma
instalação plástica com os restos de alguns materiais e equipamentos
imprestáveis. Realizaram uma verdadeira reciclagem utilizando aquela
tradicional afirmação de que tudo pode ser transformado.
Na
medida em que os artistas vão remexer o lixão de um teatro, para valorizar
através da intervenção de cada um nos objetos quebrados e tidos como
imprestáveis está embutida uma ação criativa relevante. O simples fato de se
apropriar de um objeto jogado num canto qualquer não quer dizer que pressupõe
uma atitude artística. O importante é a intervenção, é o renascer do lixo, que
se transforma em arte, mesmo sendo perecível, como aconteceu com esta
instalação que durou pouco tempo.
Otaviano diz inspirar-se na Boneca de Ferro que foi um instrumento de tortura usado na Idade Média. Explica ainda Otaviano:
Otaviano diz inspirar-se na Boneca de Ferro que foi um instrumento de tortura usado na Idade Média. Explica ainda Otaviano:
A
Boneca de Ferro foi um instrumento de tortura usado na Idade Média. Na
instalação, um armário serve como suporte não-expressionista do estabelecido,
do castrador. O interior reflete o estado atual do homem contemporâneo, aonde
as mãos invisíveis do sistema teclam na máquina com fita de frontal
(tranqüilizante poderoso) os programas para os cérebros humanos. Esses programas
visam á alienação, o conformismo, a aceitação sem questionamento. Acima Boneca de Ferro, do artista Otaviano Moniz.
Já
o Celuque fala em metabolismo e catabolismo, funções vitais, onde pelos quais
os serem se organizam e destroem elementos, substâncias e no caso dos homens
ideais e objetos cotidianos.
“As
sociedades e culturais também nascem, e se transformam, como os indivíduos. Os
dejetos urbanos são os restos que, como os restos orgânicos, deverão ser
reintegrados e reabsorvidos pela sociedade e a cultura e pó Gaia, nossa mãe
terra.
NAS
PAISAGENS GERUSA MOSTRA SENSIBILIDADE
A
artista Gerusa Rodrigues, ou simplesmente Gerusa, pinta desde 80 e já fez
várias exposições. Vive e trabalha exclusivamente com arte.
“Minha
solidão está aí estampada. Pinto inspirada nela”. Com estas duas frases simples e
ditas com espontaneidade Gerusa mostra exatamente o seu lado sensível de uma
mulher que gosta das paisagens bucólicas, que admira os casarões coloniais, e
principalmente, se preocupa com o homem diante da sociedade.Ela
pinta sem pressa.É
uma pintura que nos deixa sensibilizados procurando examinar cada detalhe
devagar.
Ao lado a obra de Gerusa, onde podemos apreciar o casario que no pincel de Gerusa assume imponência.
Recentemente fez uma exposição no IRDEB onde mostrou 18 telas, a maioria paisagens onde sobressaem a sutileza da combinação das cores, tendo ao fundo um desenho cuidadoso.
Ao lado a obra de Gerusa, onde podemos apreciar o casario que no pincel de Gerusa assume imponência.
Recentemente fez uma exposição no IRDEB onde mostrou 18 telas, a maioria paisagens onde sobressaem a sutileza da combinação das cores, tendo ao fundo um desenho cuidadoso.
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