JORNAL A TARDE,SALVADOR, SÁBADO, 25 DE OUTUBRO DE 1975
INGLATERRA NA XIII BIENAL DE SÃO PAULO
Vinte e dois artistas foram selecionados para
compor a mostra Intitulada Desenhos Britânicos Contemporâneos, que está sendo
apresentada pela Inglaterra na XIII Bienal de São Paulo. A Grã-Bretanha
planejou sua presença em de São Paulo. Este país sempre esteve presente oficialmente em quase todas as bienais paulistas desde o início em 1951, com exceção da décima
segunda, de 1973, quando foi representada apenas como patrocinadora de alguns
artistas. Para este ano, o Conselho Britânico planejou uma exposição de
desenhos para percorrer a América do Sul. Assim, a representação britânica
depois do encerramento da XII Bienal a 5 de dezembro próximo irá para Brasília
e depois Rio de Janeiro, antes de ser enviada para a Argentina.
A exposição está composta de 90
desenhos de 22 artistas, todos conceituados no circuito mundial de arte. Desta
forma o visitante da Bienal fica sabendo
que está acontecendo na cena artística britânica. A exposição inclui
desenhos que abrangem um período de mais de 15 anos, da peça Bertram Mills
Circus de Peter Blake, feita em 1971,
a Fortress 7, de Martin Naylor, de 1975, e revela uma
espantosa variedade de estilos e
intenções, variando dos retratos acabados de David Hockney às investigações
exploratórias de Michal Sandie sobre os problemas de criação de monumentos que
nunca serão construídos, e aos cartões de esboços de Bridget Riley, que seus
ajudantes depois a ajudam a transformar em pinturas acabadas. São os seguintes
os artistas participantes: Clive Barker, Peter Blake, Bernard Cochen, Michael
Craig-Martin, Rita Donagh, Barry Flanagan, David Hoskney, John Hoyland, Paul
Huxley, Bill Jacklin, Peter Joseph, Jeremy Moon, Martin Naylor, Tom Phyllips,
Cahl Plackman, Bridget Rley, Michael Sandle, Colin Self, Richard Smith, Lan
Stephenson, William Tucker e Jonh Wlaker.
TRINTA VÃO PINTAR BELAS SEREIAS
No próximo dia 6 de novembro a
Galeria Sereia estará reunindo sob a direção do marroquino Dimitri Ganzalevitch
trinta artistas que mostrarão aos baianos belas sereias. O tema da exposição
será Sereias, com quadros também com dimensão estipulada: 25 de comprimento por
30 de largura.
Esta exposição será uma das mais
movimentadas tendo em vista que Dimitri, além de ser um grande marchand está
tomando muitas providências que já asseguram de início o êxito da mostra. Basta
dizer que os artistas convidados aceitaram a ponderação para limitação da
temática e dimensão dos trabalhos que expostos.
Dimitri justifica a solicitação,
quanto ao tamanho das telas porque "a nossa galeria tem pouco espaço e não
comportaria um grande número de trabalhos grande". Assim Mirabeau Sampaio,
Carybé, Sante Scaldaferri, Floriano Teixeira, Carlos Bastos, Juarez Paraíso, e outros
de renome, como a paulista Yuriko, participarão da exposição.
MARCHAND
O marchand Dimitri nasceu em
Marrocos em 1936, e lida com arte desde os 16 anos de idade. Estudou arte em
Madri, Lisboa, Londres e Paris, e até pouco tempo estava radicado em Portugal. Está em
Salvador desde 2 de julho último para onde veio trazendo sua experiência com
vistas a fortalecer o mercado de arte baiano que infelizmente funciona de
dentro para fora, isto é produzimos aqui para vendermos a visitantes.
JOSÉ BANDEIRA E SUA PINTURA
PRIMITIVA
Está expondo no foyer do Praiamar
Hotel, na Barra, o artista Jorge Bandeira.Um primitivo autêntico onde os
traços simples e o colorido enchem a vista do espectador. As igrejinhas e o casario colonial em toda sua existência vão surgindo espontaneamente nos
quadros de Jorge Bandeira. Ao fundo o colorido da vegetação tropical e bem a
frente as figuras humanas a desfilar, com seus trajes sacros.
Quando visitei a exposição de
Jorge Bandeira pude sentir as cores do tropicalismo brasileiro e sua
preocupação em não particularizar os detalhes das figuras, dos coroinhas e das
imagens.
Jorge é baiano do Salvador.
Nasceu em 1952 e já realizou quatro viagens ao exterior, e é o Presidente do
Centro do Nordeste de Artes Plásticas, desde 1969. Conhecedor e admirador do
homem nordestino, de onde capta inspiração para seu trabalho de artista. Em
determinados momentos por uma existência vivencial chega perto da
documentação através de seus trabalhos, da vida e da alma nordestina.
SÉRGIO VELLOSO INAUGURA GALERIA PORTAS DO CARMO
Sérgio Velloso na Galeria Portas do Carmo |
TRABALHO EM PASTEL E BICO DE PENA DE CARLOS
COSTA
Trabalho em pastel e bico de pena de Carlos Costa |
A PINTURA SURREAL DE JORGE
VIDGILI
Com vinte trabalhos a óleo, o
artista carioca Jorge Vidgili inaugurou, dia 23 no Centro de Pesquisa de Arte que funciona na Rua Paul Redfern, 48, no bairro de Ipanema uma mostra individual de temática surrealista.
Autodidata, Jorge Vidgili começou
artísticamente pelo retrato, tendo participado das exposições coletivas no Rio
de janeiro nas Galerias Nono Andar e Soarte. Em 1973, transferiu-se para São
Paulo, onde atualmente reside, dedicando-se não somente à retratística como também à pintura, tendo
realizado na Capital paulista sua primeira mostra individual na Tocha Galeria
de Arte.
Nesta volta ao Rio diz a
apresentação - Jorge Vidgili é um pintor embrenhado numa linha surrealista, sem
pretensões a inovar, mas sabendo acrescentar alguma coisa de sua personalidade
nessas cenas onde iniciam-se e integram-se num misto de sonho e irrealidade. A
exposição de Jorge Vidgili fica aberta no CPA até o dia 15 de novembro Horário:
das 14 às 23 horas aos sábados das 14 às 19 horas.
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