ARTISTAS - PROFESSORES LEMBRAM O
14 DE JULHO
Vários
artistas professores estão homenageando o bicentenário da Revolução Francesa
com uma exposição na Galeria Cañizares, da Escola de Belas Artes da Universidade
Federal da Bahia, que fica aberta até o próximo dia 30.A
mostra foi aberta no último dia 14 data que marca a Queda da Bastilha, símbolo
da opressão, em presença de autoridade francesas sediadas em Salvador.
A
exposição d Galeria Cañizares apresenta trabalhos de artes plásticas dos
professores Maria Virgínia Gordilho Martins, Maria Bernadeth Campelo Bina,
Mercedes Kuark Kruschewsky, José Milton Menezes, Sônia Lúcia Rangel, Ana Maria
Vilar Leite Augusto da Silva, Yedamaria C. de Oliveira, Iza A. Guimarães, Graça
Ramos, Aílton Lima, Marlene Alves Cardoso, Norma de Athayde Couto, Terezinha S.
Dumet Viana, Edson de Oliveira Barbosa, Herbert Viana de Magalhães, Adele Góes
Balazs, Denise Pitágoras, Juarez Paraíso, Márcia Magno, Gisélia Figueiredo Passos,
Humberto Rocha, Odete Sampaio Magalhães, Onias Vieira Camardelli, Roberval José
Marinho, Maria Adair Brocchinni, Carmem Carvalho, Ana Lúcia Uchoa Peixoto,
Zélia Maria P. de Oliveira, Manoelito Damasceno e Robério Marcelo Ribeiro.
A Galeria também reservou uma sala para a produção científica dos professores da Escola de Belas Artes, onde constam as teses, artigos e pesquisas de Maria Vidal de Negreiros Camargo, Maria Helena Matue Ochi Flexor, Sofia Olszewski Filha, Célia Martins de Azevedo, Selma Costa Ludwig, Ivo José S. Vellame e de Vânia Bezerra de Carvalho.
CONCURSO DE ESCULTURAS:MONUMENTO À LIBERDADE
O Banco Francês e Brasileiro S/A está lançando concurso artístico para a
criação de um projeto de escultura, com a finalidade de construir na cidade de
São Paulo o Monumento À Liberdade. O projeto visa homenagear o sentimento de
liberdade consagrado por ocasião de dois grandes eventos históricos que estão
sendo comemorados este ano: os 200 anos da Revolução Francesa e o Centenário da
Proclamação no Brasil.
De
âmbito nacional e dirigido a escultores, artistas plásticos e arquitetos, o
concurso conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo,
Museu de Arte de São Paulo (MASP); Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e
embaixada da França, A avaliação e a premiação dos projetos serão de
responsabilidade da comissão julgadora, presidida pelo diretor do MASP,
professor Pietro Maria Bardi. A comissão de jurados será composta por
representantes das seguintes entidades: Associação Brasileira dos Críticos de
Arte, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, IAB, Associação Paulista
dos Críticos de Arte e um membro da comunidade francesa no Brasil.
O
Projeto Monumento À Liberdade está sendo desenvolvido de acordo com as normas
que permitem o seu enquadramento pela Lei Sarney.
O
monumento será construído na Praça Pan-americana, no Alto de Pinheiros, região
oeste da cidade de São Paulo. Segundo o assessor especial da diretoria do MASP,
Fábio Magalhães, responsável pela coordenação do concurso, o monumento á
Liberdade tem todas as condições de se tornar um marco histórico de São Paulo.
Apesar de salientar que não é possível determinar a forma da obra, já que a
escolha do projeto vencedor será da comissão julgadora.
Fábio
Magalhães observa que ela deverá se transformar, no futuro, em um símbolo do
mesmo porte do Monumento às Bandeiras , do famoso artista plástico Brecheret,
instalado no Parque Ibirapuera.
Serão
premiados os três melhores projetos. O primeiro colocado, além de ter o direito
de acompanhar os trabalhos de execução da obra, receberá NCz$50 mil, o segundo
NCz$30 mil e o terceiro NCz10 mil. Os valores serão corrigidos de acordo com a
variação mensal do Bônus do Tesouro Nacional (BTN).
O
lançamento oficial do concurso está previsto para a última semana de julho e as
fichas de inscrição, bem como o regulamento, poderão ser retirados nos
seguintes locais: nas 63 agências do Banco Francês e Brasileiro; Secretaria
Estadual da Cultura; secretarias municipais de Cultura das principais capitais
brasileiras. Na sede do IAB ou em suas seções regionais; e na secretaria do
MASP.
O
prazo limite para a entrega dos trabalhos será 2 de outubro de 1989 e os
projetos deverão ser endereçados á secretaria do IAB/SP, na Rua Bento de
Freitas, n306, sobreloja, São Paulo-Capital.
O
júri deverá apreciar e definir a classificação dos concorrentes até 24 de
outubro e a divulgação pública dos vencedores está prevista para 25 de outubro.
A cerimônia de entrega dos prêmios será realizada no dia 8 de novembro, na sede
do MASP, ocasião em que será inaugurada uma exposição de trabalhos considerados
finalistas do concurso Monumento á Liberdade. A construção do monumento ficará
a cargo da Construtora Dumez.
JORGE
GUINLE NOS 10 ANOS DA ANNA MARIA NIEMEYER
Jorge Guinle Filho,morte prematura de um talento |
Jorge
Guinle, como se sabe, faleceu em
Nova Iorque prematuramente aos 40 anos, há dois anos, já
então reconhecido como um dos mais importantes artistas brasileiros, tendo
participado diversas vezes do Salão Nacional de Artes Plásticas, e da 17ª
Bienal Internacional de São Paulo. Escreveu vários textos e artigos sobre arte
publicados em catálogos e revistas especializadas.
É
assim que Jorge Guinle falou do ato de pintar... A emoção que sinto quando a
tela está pronta é muito forte.É
uma emoção incrível e que nunca confessei. Uma emoção total, de harmonia com o
mundo, de felicidade. Uma emoção fortíssima de volta ao passado e a todas as
memórias passadas. Uma sensação de comicidade das coisas da vida como num
momento Zen, aonde você vê todo o absurdo mais o acha engraçado. Uma segurança
total perante o mundo, uma felicidade, uma calma, uma sensação de paz.
Quando
Levo uma tela de um lugar para o outro, seguro-a com especial carinho, sentindo
sua rugosidade, seu chassi. Em vez de fazer uma meditação eu pinto. E assim que
encontro o meu sartori: a total paz com relação ao mundo aonde os contrários se
unem...
Esta
exposição , com a curadoria do crítico de Arte Reynaldo Roels Jr.., tem
caráter essencialmente cultural e mostra nove dos últimos trabalhos do artista
sobre os quais escreveu Ronaldo Brito:
A
primeira evidência acerca das últimas telas de Jorge Guinle é a de que não
eram, não deveriam ser as últimas.O
mesmo pode-se dizer sobre o trabalho de todos os bons artistas precocemente
desaparecidos, é claro. Mas as exuberantes telas finas de Jorge Guinle formam o
turismo de fato real e pungente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário