FERNANDO BOTERO EXPÕE AS DORES DA COLÔMBIA
Texto Reynivaldo Brito

Foto do artista com um dos trabalhos da série Dores da Colômbia
Para nossa alegria esta série será exposta a partir do dia 13 deste mês, portanto quarta-feira, na Caixa Cultural Salvador, na rua Carlos Gomes, até o dia 27. Este olhar de Botero sobre o conflito que acontece em seu país está focado nas décadas de 80 e 90 quando os ataques foram mais frequentes. Porém, mesmo hoje estão acontecendo novos ataques e confrontos entre os guerrilheiros e as forças do estado. Recentemente uma bomba explodiu e atingiu um ministro colombiano, ferindo-o sem gravidade.
Botero considera que esta sua série é " um testemunho da irracional história colombiana".
Infelizmente, alguns episódios são semelhantes aos que acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, onde os conflitos se estabelecem entre traficantes, policiais e milícias. Lá são chamados de paramilitares, os quais muitas vezes exterminam famílias inteiras e arrasam pequenos povoados na zona rural.
Botero assim pode construir uma série de trabalhos mostrando enterros coletivos, corpos mutilados atacados por urubus, homens e mulheres amarrados e crivados de bala, além de prisões clandestinas ou irregulares. Um submundo onde a violência campeia e sensibilizou este artista que reconhece ao denunciar não resolve o grave problema da Colômbia, mas evidentemente, com o prestígio internacional que tem, não poderia ficar calado.
Infelizmente, alguns episódios são semelhantes aos que acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, onde os conflitos se estabelecem entre traficantes, policiais e milícias. Lá são chamados de paramilitares, os quais muitas vezes exterminam famílias inteiras e arrasam pequenos povoados na zona rural.
Botero assim pode construir uma série de trabalhos mostrando enterros coletivos, corpos mutilados atacados por urubus, homens e mulheres amarrados e crivados de bala, além de prisões clandestinas ou irregulares. Um submundo onde a violência campeia e sensibilizou este artista que reconhece ao denunciar não resolve o grave problema da Colômbia, mas evidentemente, com o prestígio internacional que tem, não poderia ficar calado.
Virão para a mostra 67 obras entre óleos, aquarelas, acrílicos e desenhos doados pelo artista para o acervo permanente do Museu Nacional da Colômbia.

Portanto, é hora também de a gente fazer uma reflexão sobre a violência que a cada dia chega mais perto de nós. Em Salvador, só esta semana mais de uma dezena de pessoas foram assassinadas e mortas em confronto com os policiais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário