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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

VISUAIS - OBRAS DE ARQUITETO NA CINELLI - 10 DE SETEMBRO DE - 2002 - FEITA

JORNAL A TARDE SALVADOR, TERÇA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO DE 2002

                       OBRAS DE ARQUITETO NA CINELLI

Fernando Vieira vai expor, de quinta-feira à sábado, uma série de telas que enfocam as raízes de nossas árvores.Com o título Raízes - do moderno ao contemporâneo, a exposição será realizada na Cinelli Galeria de Arte, localizada na Rua Odilon Santos,155, no Rio Vermelho. Com o olhar de arquiteto, Fernando utiliza as raízes naturais dando-lhes uma visão abstrata, que têm uma simbologia muito particular.
As raízes são responsáveis pela sustentação das árvores, o que nos remete aos nossos ancestrais. São telas de cores que se misturam e formam composições com fortes conotações naturais.
Na reprodução as raízes-sustentação obra de Fernando Vieira

                        EXPO COM MULTIMEIOS

Exposição Multimeios de Sandro Abade Pimentel sobre memória, cultura e urbanismo da rua mais famosa da Bahia. Quatro instalações e um vídeo remontam à Baixa dos Sapateiros, retratando seus aspectos, desde a geografia original da rua, o Rio das Tripas ( fundamental para a edificação de todo o Centro Histórico, pois forneceu água ); as etapas de urbanização, a partir da Rua da Vala até a J.J Seabra (nome oficial atual da Baixa dos Sapateiros ). Dinâmicas culturais, com a proliferação de cinemas e casas de espetáculos, e a posterior decadência desses estabelecimentos, levando-os ao encerramento de suas atividades, e os circuitos comerciais, com seus variados produtos industriais voltado para as camadas mais populares e outras mercadorias que não cabem nesta distinção. Do ponto de vista das artes contemporâneas, propõe uma reflexão sobre os substratos conceituais da arte, abrindo caminho para que ela se veja com função social abrangente pensando a Cidade que habita; sobre sua perda de aura para o design serial; sobre a fragmentação e massificação do dito pós-modernismo, optando por uma visão que entenda os efeitos da realidade industrial e sua estética pop, buscando sua fase posterior. Propõe, por último, a abertura de um diálogo com a Cidade e suas políticas de revitalização dos espaços públicos.

                  ÂNGELA CUNHA 2002-NANKIN SOBRE TELA

Com abertura prevista para a próxima sexta-feira, a exposição terá lugar na Bahia Design Center, que funciona no Trapiche Adelaide, na Avenida Contorno. Com 20 telas em grande formato, em nanquim sobre tela, da artista Ângela Cunha, a mostra vai durar um mês. Natural de Londrina, ela reside em Salvador desde 1974, onde se formou em Belas Artes, pela Ufba, em 1980. Conheço o trabalho de Ângela Cunha desde os primeiros anos de sua chegada em Salvador, quando produzia gravuras de bom nível. Ela tinha uma presença constante nos movimentos renovadores da nossa arte naquela época.
Depois, passou um período meio sumida e agora retorna com esta mostra que traz, inclusive, um texto de seu sogro Mário Cravo Junior falando da imponderabilidade. Diz ele que “as pinturas de Ângela Cunha nos arrastam à presença do misterioso incubo, acumulador de energia contida, uma angustiosa tensão escapa dos banhos de nanquim. Difusa claridade, ainda tímida, insinua-se como antecipação de alvorada, um mergulho na sombra, no escuro, no preto negro da Bahia”. 
Reprodução da foto que ilustra o convite da mostra.

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