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Foto 1. O artista Paulo Rufino terminando obra em bico de pena . Foto 2. O artista jovem quando começou sua trajetória na arte. Foto 3. Ano 2000 quando da exposição no Centro Cultural da CEF. |
O artista
Paulo Rufino de Mattos é um criador multifacetado foi professor de litografia
nas Oficinas de Expressão Plástica do Museu de Arte Moderna da Bahia,
participou de diversas exposições coletivas e individuais aqui e no exterior. É
cenógrafo de cinema, televisão e teatro, ilustrador de livros, trabalha em
restauração de obras de arte públicas e privadas, pinta retratos, exímio na
técnica de bico de pena e é um estudioso da cultura afro-brasileira que está
presente em sua produção artística. Também fez esculturas e outros adereços decorativos
para o Carnaval, shows de artistas famosos e eventos, colaborou com o artista
Carlos Bastos, pintando personagens no painel da Assembleia Legislativa da
Bahia, e em vários trabalhos artísticos de Juarez Paraíso. Embora não tenha a
cabeça feita, ou seja, não é filho de santo, me recebeu todo de branco,
numa quarta-feira, em sua casa na Rua Chile, no município de Lauro de Freitas,
com seu alto astral, apesar das dificuldades que enfrentou e enfrenta. Não se
coloca com vitimismo ao contrário, ri com muita facilidade e mostra disposição
de enfrentar as adversidades da vida. Paulo tem um desenho refinado e uma
mão firme ao criar as figuras que compõem a sua produção artística, e se diz
inspirado no pintor barroco holandês Johan Vermeer van Delft, mais conhecido
por Vermeer, nascido em 31-10-1632 e faleceu em 15-12-1675. Foi um dos
expoentes do período de ouro da pintura nos Países Baixos.
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Foto 1.Mãe Sttela lápis de cor sobre papel. Foto 2. Ogum em lápis de cor sobre papel. Foto 3. Tabuleiro do Velho Omolú, também em lápis de cor sobre papel. |
Costuma
frequentar várias casas de santo e em especial a Casa de Mãe Branca que ficava no bairro da Federação, em Salvador. Atualmente o terreiro Ilê Asé Taoyá Lonin
dedicado a Omolu que já tem cinquenta anos de funcionamento está localizado em
Vila de Abrantes, no município de Camaçari, na Bahia. É um candomblezeiro nato
como disse seu colega Renato da Silveira no seu livro O Candomblé da
Barroquinha. Nos desenhos em bico de pena que tive o prazer de ver em sua
casa tem vários deles dedicados a Exu numa diversificação de representações que
nos deixam curiosos em observar e descobrir cada detalhe. É ainda um retratista
de mão cheia, e ele me disse que consegue terminar uma obra em dois dias e até em menos tempo. São
feitos em papel Canson A2 branco, de duzentas gramas e medem 42 cm por 59,4 cm o
que possibilita a feitura de um desenho mais detalhado com uma visibilidade
melhor do claro e escuro, do volume e da qualidade do desenho. Suas pinturas
também mostram a qualidade do desenho ao pintar pessoas e Orixás onde vemos a
proporcionalidade das formas e sua capacidade em transitar de um tom para outro
com uma suavidade impressionante. É perspicaz e atento ao conversar e sempre
procura expor suas ideias e pensamentos com fluidez e é uma pessoa que
demonstra generosidade.
QUEM
É
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Fotos 1 e 3. Oxalufã visitando a Basílica do Bonfim em lápis de cor e nanquim. Foto 2. Ogum em bico de pena.
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O
artista Paulo Rufino Cardoso de Mattos, ou simplesmente Paulo Rufino, nasceu na
ilha de Itaparica, na Bahia, em 17 de dezembro de 1949, filho de Josefina
Cardoso de Mattos e Hermínio Mattos e desde criança que desenhava com uma
caneta esferográfica em seus cadernos de escola tudo que lhe chamasse a
atenção. Sua infância foi na ilha de Itaparica, onde seus pais se casaram,
e tiveram os seis filhos. Lembra que naquela época todos se conheciam na ilha e
que ele ao passar pelas pessoas mais velhas costumava tomar a benção e entre
elas estava o avô materno do escritor João Ubaldo Ribeiro, que era Ubaldo Osório Pimentel autor
do livro A Ilha de Itaparica - História e Tradição, o qual tenho um exemplar.
Não quis falar mais detalhado sobre sua infância em Itaparica. Já adulto sempre retornava
à Itaparica onde passava suas férias, e só a partir dos anos 1970 que foi diminuindo
suas idas para a ilha.
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O artista Paulo Rufino em seu ateliê em Lauro de Freitas . |
Depois seus pais mudaram para
Salvador e foram morar no bairro do Barbalho. Matricularam seus filhos na
Escola Getúlio Vargas, que pertencia ao complexo educacional Instituto Isaias
Alves, o ICEIA. Nesta escola fez o primário que concluiu em 1962, e estudou até
o segundo ano Pedagógico, quando abandonou o curso por questões de adaptação.
Mas, decidiu fazer o Artigo 99 para ter o diploma secundário e assim poder
continuar seus estudos. Em 1969 fez vestibular para a Escola de Belas Artes, da
Universidade Federal da Bahia. Diz que as bibliotecas eram seu refúgio
preferido onde leu muitos dos clássicos e principalmente muita coisa da cultura
africana e afro-brasileira. Hoje é um dos estudiosos reconhecidos e consultados na Bahia sobre cultura afro-brasileira e em especial o candomblé.
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Fotos 1 e 2- Ilustrações do livro Tia Ciata. Fotos 3 e 4 - Ilustrações do livro Estelinha. |
Quando
se submetia ao vestibular e fazia a prova de Modelagem, no Museu de Arte Sacra
da Bahia, onde a Escola de Belas Artes estava funcionando provisoriamente em
1969 ele foi entrevistado por uma repórter do jornal Diário de Notícias que ficou
impressionada com a sua desenvoltura. Eram cinquenta e um candidatos e cerca de
70% deles foram aprovados, número considerado alto, porque a maioria não tinha
feito curso de pré-vestibular que era muito comum naquela época. Esta prova
consistiu em modelar uma Flor de Lis, foi quando a jornalista entrevistou Paulo
Rufino que lhe informou ter feito as três opções que era obrigado a fazer ao se
inscrever no vestibular da UFBA. Então ele optou por Direito, Jornalismo e
Artes Plásticas. Começou a modelar a Flor de Lis pela base e disse ainda que
sua preferência seria fazer o vestibular para Arquitetura, mas "que farei
no próximo ano". Não fez, e cursou a Escola de Belas Artes até 1974 quando
foi jubilado, ou seja, impedido de continuar porque não gostava das aulas da
disciplina Descritiva e passou a não frequentar. Porém, continuou indo para a
Escola de Belas Artes e participando de algumas atividades.
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Cinco representações de Exu em nanquim e lápis de cor que mostram sua criatividade . |
Sua
rebeldia também foi percebida pelo professor Juarez Paraiso que questionou por que não fazia os deveres da disciplina que ministrava que era Modelo Vivo, e
Paulo Rufino respondeu porque não gostava daquilo. "Gosto de fazer os meus
desenhos”. Foi aí que o professor Juarez respondeu "então faça dez deles e
traga para eu ver." Ele fez o dobro, uns vinte ou mais desenhos e trouxe.
Foi quando o professor Juarez Paraiso passou a lhe orientar nos seus desenhos.
Hoje são grandes amigos e Juarez sempre procurou chamar todas as vezes que
necessitava de mão de obra de assistentes para realizar suas obras. Ele tem uma
gratidão imensa também porque o professor sempre foi atento e sensível nos
momentos de dificuldades que enfrentou. Lembrou que em 2007 caiu e
quebrou o punho de sua mão esquerda, exatamente com a que desenha e ficou
alguns meses impossibilitado de trabalhar. Neste período muitos amigos o
ajudaram e entre eles estava o professor Juarez Paraiso. "Fiquei oito
meses sem poder trabalhar e tive que viver na caridade alheia. Foi aí que
fiquei sabendo o número de amigos fiéis que tenho. O médico queria operar
o meu punho, mas não deixei porque iria ficar mais tempo parado e sofrendo.
Felizmente fiquei bom e acho até que meu desenho melhorou depois deste
acidente," disse rindo Paulo Rufino. Ao falar da queda lembrou que quando
criança sua mãe insistia para que usasse a mão direita ao invés da esquerda
para fazer suas tarefas. Mas, não conseguia, e assim continuou canhoto até que
sua mãe contou a um médico amigo em Itaparica a sua dificuldade em usar a mão
direita e o médico aconselhou que deixasse ele ser canhoto porque poderia
ocasionar outros problemas na criança. |
Bela representação do Caboclo, obra que concluiu em apenas dez horas de trabalho. |
Não tem aposentadoria ou outra fonte de renda a não ser o dinheiro que consegue ganhar fruto da comercialização de suas obras. Ensinou na Oficina de Expressão Artística do MAM-Ba e quando assumiu como Secretário da Cultura o compositor Carlos Capinam houve uma mudança na coordenação das oficinas que eram dirigidas por Juarez Paraíso exatamente quando o museu ficou um tempo fechado para as filmagens de Orquídea Negra . Quando acabaram as filmagens Paulo Rufino foi dispensado sob a alegação de abandono de serviço. Não é verdade que abandonara o serviço. Todos foram dispensados para que o espaço fosse ocupado pelo set de filmagens. Assim seus quase dez anos de dedicação ao ensino da litografia se perderam. Ai quando pergunto como anda sua vida responde rindo: "Aqui aos trancos e barrancos".
EXPOSIÇÕES
Fez
sua primeira exposição em 1973 na casa onde morou e tinha seu ateliê o grande
tapeceiro baiano Genaro de Carvalho, defronte ao então Hotel da Bahia, nas
imediações do Campo Grande, em Salvador, Bahia. A casa foi transformada na
Galeria Berlinda dirigida por Tânia Simões e Elizabeth Coutinho, esposa do
artista Riolan Coutinho. Nesta ocasião foi realizada uma grande mostra com a
participação de outros artistas, inclusive de Hansen Bahia que apresentou
várias gravuras retratando celebridades e mulheres da sociedade baiana, entre
elas a artista Nair de Carvalho, viúva de Genaro. Logo depois o professor
Juarez Paraiso organizou uma mostra de seus desenhos a bico de pena na Galeria
Cañizares. Daí em diante vieram uma série de outras exposições coletivas e
individuais e participação como cenógrafo em filmes e peças de teatro e
dança. |
Capa do catálogo da exposição no Rio de Janeiro no circuito dos hóteis Sofitel organizada pela Galeria Prova do Artista. |
Participa de várias mostras coletivas , não só na Bahia como em diversos
estados do Brasil, a exemplo da Feira da Bahia organizada pela Bahiatursa, em
São Paulo; 1975- Feira da Previdência, no Rio de Janeiro; 1972 - jogos
Olímpicos , em Belém do Pará; 1975 - Congresso Internacional da Asta, no Rio de
Janeiro; 1975 - Exposição de Artes Negras da Bahia, no ICBA, Salvador; 1976 -
Artistas Contemporâneos, na Galeria Cañizares, Salvador; 1977 - Coletiva
Inaugural da Galeria Geraldo Rocha , em Vitória da Conquista ; 1976 - Coletiva
Clube Cajueiro, em Feira de Santana; 1977 - Expo-poemas, Poemas Cartazes na
Galeria do SENAC, Salvador ; 1979 - Realiza a Segunda Mostra Individual na
Galeria Cañizares; 1980/1989 - Ensina Litografia nas Oficinas de Expressão
Plástica do Museu de Arte Moderna da Bahia ; 1981 - Exposição Bahia de Todos os
Santos , Quatro Artistas no MAM-BA; 1982 - Três Artistas, Galeria
Grafitti, Maceió , Alagoas ; 1982 - Executa o cenário "Pra Não Ser Trapo
Nem Lixo", Grupo de Dança Contemporânea da UFBA; 1983 - Exposição Circuito
de Artes Plásticas do Nordeste - MAM-BA; 1984 - Painel Coletivo na Biblioteca
Central da UFBA; 1984/85 - Trabalha como cenógrafo do filme Jubiabá, do
cineasta Nelson Pereira dos Santos; 1988 - Realiza o cenário da Ópera Negra,
comemorativa do Centenário da Abolição da Escravatura; 1992 - Exposição A
Religiosidade na Arte Baiana Contemporânea, na Galeria ACBEU, Salvador; 1994/95
- Trabalha com o artista plástico Carlos Bastos no novo mural da Assembleia
Legislativa da Bahia; Restaura e Executa murais para diversos artistas , a
exemplo do mural em vidrotil no Memorial de Irmã Dulce, de autoria do artista
Juarez Paraíso; 1996 - Exposição Expo-Bananas, no ICBA e na Galeria Cañizares,
ambas em Salvador; 1997 - Exposição Individual na Galeria Cañizares; 1997 - Executa
um dos painéis e participa da montagem do Museu de História Natural da CETREL,
em Camaçari, Bahia; 1998 - Monta a Exposição sobre o Ano de 1968, no ICBA,
Salvador; 1998 - Monta a Exposição da XXV Jornada Internacional de Cinema,
Salvador; 1999 - Monta e participa da Exposição Retrospectiva dos Anos 70, no
ICBA, Salvador; 1999 - Faz o cenário do show De Caixote e Lampião, do
compositor Sérgio Ricardo, no ICBA, em Salvador; 2000 - Exposição coletiva na
Galeria de Arte Mokiti Okada, em São Paulo. |
Um belo Xangô em óleo sobre tela que o artista expôs no Centro Cultural da CEF no ano 2000. |
Na
mostra que fez no ano 2000 juntamente com sua amiga Edsoleda Santos intitulada Bahia: Mito, Magia e Rendas... no Conjunto Cultural da Caixa Econômica ele
escreveu este texto: "Salvador é uma Cidade sábia. Velha e sábia. De um
saber antigo e sobrenatural. Um ponto de convergência de culturas e
civilizações. Vindo de Itaparica, aos sete anos de idade, entrei nesta Cidade
pelo mar e pelas mãos de meu pai. Aos meus olhos, de criança, a Cidade vista do
mar parecia derramar-se sobre a Baía de Todos os Santos, envolta numa atmosfera
fantástica de formas, cores, sons, cheiros e sabores próprios. Uma Cidade
impossível de ser e, no entanto, sendo. Descobri, com o tempo, que também era
uma Cidade rica. Não apenas de uma riqueza palpável, dourada, mas de uma
riqueza maior, ancestral, visceral, que borbulha no ar que se respira,
embriagando e transformando as pessoas. Que se renova a cada beco, a cada
esquina, a cada criatura. Uma Cidade infinita, que caminha impecável rumo ao
infinito, grávida de si mesma, senhora de si e de seu poder. Hoje, diante dela,
sou criança ainda, temeroso do seu poder, fascinado pelo seu esplendor,
consciente da minha ignorância diante de seu saber. Entrei na Cidade do
"Salvador da Bahia" pelo mar e pelas mãos do meu pai, que me levou a
conhecer suas ruas, seu povo e seus mistérios". A sua produção diminuiu porque deixou de trabalhar para cuidar de seu pai e da mãe. Sendo que seu pai morreu em 1996 e a mãe em 2005. Em seguida foi retomando paulatinamente sua produção e até agora está em plena atividade, cada vez mais maduro e criativo.
REFERÊNCIAS
O
depoimento de Carlos Bastos em dezembro de 1999 ilustra bem a obra e o jeito de
ser de Paulo Rufino. Vejam: "Como todo pintor de talento, é modesto e
tímido na vida. É ousado na pintura. Precisando de um ajudante para pintar o
imenso painel da Assembleia Legislativa da Bahia, ninguém poderia fazê-lo
melhor do que ele. Me foi recomendado por Juarez Paraíso. Pensando e pintando
do mesmo jeito, sem bom desenho e habilidade aceitavam tudo o que eu pedia com
a maior humildade. Sem sua ajuda não completaria o painel. Tão agradecido,
coloquei sua figura entre os maiores baianos. Ele está ao meu lado, no topo do
painel, imortalizado como fez o grande muralista do século XVIII Tiepolo, que
sobreviveu através dos tempos, graças aos seus ajudantes modestamente
escondidos entre os grandes. Obrigado Paulo Rufino".
Ao lado um detalhe do maravilhoso painel de autoria de Carlos Bastos na Assembleia Legislativa da Bahia onde Paulo Rufino aparece no alto levando uma pernada de um anjo.
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Juarez Paraíso em nanquim feito na técnica bico de pena . |
Já
o artista plástico e professor Emérito da UFBA Juarez Paraíso escreveu em
1978 sobre Paulo Rufino: "Nos seus trabalhos, explora e domina sutis
evocações tonais, emanando de suas figuras uma luminosidade irradiante,
efusiva, graças a concentração periférica de negros e grises transparentes.
Suas figuras são entidades sobrenaturais corporificadas e dimensionadas nos
mistérios da vida e da morte, nas virtudes e nos predicados do próprio homem,
no seu caráter universal. O movimento em potência substitui o movimento real e
o ritmo assume a devida importância na gratificante leitura das formas. A
probidade com que interpreta os Orixás é consequência do seu amadurecimento
individual e de sua incomum propriedade mediúnica. À sua sensibilidade
criativa, à sua percepção de artista plástico, acrescente-se uma personalidade
voltada para a vida espiritual e para a reflexão. Paulo Rufino de Mattos, na
sua simplicidade, possui um cristalino e extraordinário caráter e os seus
trabalhos refletem a sua força e a sua dignidade".
EXPOSIÇÕES
O artista Paulo
Rufino Mattos, natural de Itaparica, ingressa na Escola de Belas Artes da UFBA
em 1970.Em 1973, realiza sua primeira exposição individual na Galeria Berlinda.
Participa de diversas mostras coletivas, não só na Bahia como em diversos
estados do Brasil, a exemplo de:1973 - Feira da Bahia organizada pela Bahiatursa
em São Paulo ; 1975 - Feira da Providência no Rio de Janeiro.
1972 - Jogos Olímpicos em Belém do Pará ; 1975 - Congresso Internacional da
Asta no Rio de Janeiro ; Exposição de Artes Negras da Bahia no ICBA ;1976 -
Artistas Contemporâneos na Galeria Cañizares ; Coletiva inaugural da Galeria
Geraldo Rocha, em Vitória da Conquista-BA ; Coletiva Clube Cajueiro em Feira de Santana-BA
; 1977 - Expo-Poemas, Poemas-Cartazes na Galeria do SENAC; 1979 - Realiza a
segunda mostra individual na Galeria Cañizares ;1980/1989 - Ensina Litografia
nas Oficinas de Expressão Plástica do Museu de Arte Moderna da Bahia ; 1981 -
Baía de Todos os Santos, Quatro Artistas no MAM ; 1982 -Três Artistas na
Galeria Grafitti, Maceió – Alagoas; 1982 - Executa o cenário Pra não ser trapo
nem lixo, Grupo de Dança Contemporânea da UFBA ; 1983 - Circuito de Artes
Plásticas do Nordeste, MAM ;1984 - Painel Coletivo na Biblioteca Central da
UFBA ; 1984/85 - Trabalha como cenógrafo do filme Jubiabá de Nelson Pereira dos
Santos ;1988 - Realiza o cenário da Opera Negra- comemorativa do centenário da
abolição ;1992 - 'A Religiosidade na Arte Baiana Contemporânea, Galeria ACBEU ;
1994/95 - Trabalha com o artista plástico Carlos Bastos no novo mural da
Assembleia Legislativa da Bahia. Restaura e executa murais para diversos
artistas, a exemplo do mural em vidrotil no Memorial de Irma Dulce, de autoria
do artista Juarez Paraiso ;1996 - Expo-bananas, ICBA e Cañizares; 1997 -
Individual na Galeria ACBEU; Executou um dos painéis e participou da montagem
do Museu de História Natural da Cetrel ;1998 - Monta a exposição sobre o ano
'1968' no ICBA; 1998 - Monta a exposição da XXV Jornada Internacional de Cinema;1999
- Monta e participa da retrospectiva dos *Anos 70* no ICBA ; Cenário do show
"De Caixote e Lampião" do compositor Sérgio Ricardo no ICBA ;2000 -
Exposição coletiva de Desenhos na Galeria de arte Mokiti Okada ; 2000 – Bahia, Mito,
Magia e Rendas no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal da Bahia; 2005 –
Arte , Galeria do Hotel Sofitel, no Rio de Janeiro; 2005 – Exosição no Hotel
Sofitel de Salvador-Ba; 2006 – Exposição no Hotel Vela Branca, Porto Seguro-Ba.
Ilustrou vários livros.