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terça-feira, 30 de abril de 2019

CHICO VIEIRA E SEU ABSTRACIONISMO TROPICAL

Chico Vieira trabalhando  em seu atelier
O artista Chico Veira é uma dessas figuras integradas  à paisagem do Centro Histórico de nossa Salvador. Ele mais do que ninguém, porque nasceu  na Rua 28 de setembro, e atualmente mora e mantém o seu atelier na Rua do Açouguinho, número 4. Vive  produzindo sua arte, pintando ou fotografando tudo que acha interessante. Como bom baiano adora conversar, e ao encontrar um amigo de longas datas, especialmente se havia muito tempo que não se encontravam , ai o papo se estica e a alegria contagia.
Por várias vezes, fui procurado pelo artista no início de sua caminhada pelos corredores da arte. Estava iniciando , e me impressionou sua capacidade de sintetizar os volumes , sem detalhar as fachadas dos casarios , utilizando um colorido especial.
Diz o artista que suas obras apresentam uma mistura do barroco trazido da Europa , que pode ser notado nas espirais que as compõem, e "harmoniza a fé e a razão". Com suas linhas e cores  procura esta miscigenação de culturas tanto a europeia, indígena, e predominante a africana. Lembra que
Obra mostra oabstracionismo
 e no centro uma imagem
do Pelourinho.
"são fragmentos do barroco, trazido pelos portugueses, do geometrismo dos índios e africanos ", que segundo ele lhe permite esta linguagem visual e pictórica do que denomina de Abstracionismo Tropical.
Seu nome é Francisco Carlos Vieira Borges, nascido em 1948, assina Chico Vieira. Estudou nas escolas públicas do Centro Histórico,foi recruta da Marinha do Brasil, e também frequentou a Escola de Belas Artes , quando funcionava na 28 de Setembro.
O saudoso professor  Vivaldo Costa Lima, que foi chamado pelo então prefeito e depois governador Antônio Carlos Magalhães para comandar a restauração do Centro Histórico que estava totalmente em ruínas lhe abriu as portas e mostrou a importância da cultura africana.
Trabalhei algum tempo no início da restauração com o professor Vivaldo Costa Lima, que tinha um temperamento intenso, e vibrava com aquele trabalho.
 Lembro do seu embate com o empresário e saudoso Deraldo Motta que queria instalar o Sesc no casarão onde o mestre Pastinha ensinava sua capoeira de Angola. Terminou o Pastinha sendo desalojado, e foi viver o resto de seus dias num dos casarões da rua que dá acesso ao centro do Pelourinho, se não me engano o de número 14.

Neste belo casarão funciona
o ateliê do artista
Chico trabalhou nos serviços de restauração do  Museu  do Carmo, participou das feiras de artes da Praça da República, em São Paulo, e da Praça General Osório, no Rio de Janeiro.
Em 1971 ganha bolsa para a Escola de Belas Artes de Berlim, e em 1975 consegue  bolsa ,
da Fundação Gulbenkian para estudar gravura em metal em Portugal.Chico Vieira diz que na Alemanha  "descobri novos horizontes". Depois foi morar em Barra Grande, no município de Vera Cruz, e no início dos anos 90 retornou ao seu berço natal, o Pelourinho.
Já fez inúmeras exposições aqui e fora do país. Portanto, tem uma bagagem suficiente para se apresentar aos que gostam das artes visuais.
O Chico Vieira batizado como Francisco Carlos Vieira Borges era um desses personagens baianos que você encontra no Centro Histórico de Salvador com os cabelos desgrenhados, a barba crescida e camiseta colorida, de bermudas e empunhando uma sandália japonesa. Nasceu e se criou naquele ambiente do Pelourinho portanto era uma pessoa completamente integrada aquele espaço e um dos autênticos representantes da fauna local. Gostava de batucar e tomar umas cervejinhas para alegrar. Mas, por trás desta figura singular tinha um artista vigoroso e experiente que já tinha vivido alguns anos na Europa e lá estudou em importantes instituições. Em 1971 ganhou uma bolsa de estudos e foi para a Alemanha frequentar a Escola de Belas Artes de Berlim onde ficou até 1974, e em 1975 ganhou outra bolsa de estudos para cursar Gravura em Metal concedida pelo Governo Português na Fundação Gulbenkian, em Lisboa. Lá conheceu sua esposa Ana Ortigão com quem tem três filhos, todos morando em Portugal. O Chico Vieira sempre gostava de identificar suas obras dentro de uma visão antropológica, talvez numa clara influência dos ensinamentos do mestre Vivaldo Costa Lima. Quando pintava pessoas sempre dizia que a obra é da série Antropologia Visual, principalmente se tinha alguma participação dessas pessoas que residem ou trabalham na área do Centro Histórico. Até os vídeos que fazia quando ocorria um evento o Chico Vieira me enviava e lá estava escrito Antropologia Visual. Enquanto a sua obra propriamente a dita cacicava de um abstracionismo tropical porque ali estão inseridos elementos que marcam muito nossa situação cultural e geográfica.
Obra da atual produção do
artista

Era o último dos filhos do casal Carlito Vieira Borges e Clarissa Azevedo Reis, porque seus pais tiveram cinco filhos e todos os quatro irmãos já haviam falecido. Nasceu em 4 de outubro de 1948 na Ladeira de São Francisco, número 3, em Salvador, quando a área ainda estava completamente degradada e ali funcionava o que chamamos de baixo meretrício. Durante a entrevista rindo Chico Vieira disse que sua mãe era uma espécie de agiota e emprestava dinheiro a juros para as prostitutas e outras pessoas que viviam ali. Estudou o primário e o ginásio em escolas da área na Escola Urânia da Bahia e na Escola São Lourenço. Quando sua mãe faleceu tinha apenas 14 anos de idade. Na juventude participou do movimento estudantil contra a ditadura militar, e também do tropicalismo que dominou a Bahia, dos carnavais na Praça Castro Alves e frequentou nas tardes de domingo as sessões dos cinemas Jandaia, Pax e Tupi na Baixa dos Sapateiros. Em 1966 seus parentes resolveram colocá-lo na Escola de Aprendizes Marinheiros, que funciona na Cidade Baixa, em Salvador. Foi muito importante para sua formação porque tinha excelentes professores além de disciplina e formação do cidadão. Ficou na Marinha por três anos e concluiu o segundo grau.

                          OPTOU PELA ARTE

Chico Vieira em seu ateliê do Pelourinho.
Naquela época a Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia funcionava num prédio em estilo colonial na Rua 28 de Setembro, portanto no Centro Histórico, e foi quando em 1968 ele fez o vestibular sendo aprovado. Também estudava no curso livre de alemão no Instituto Cultural Brasil-Alemanha, que até hoje funciona no Corredor da Vitória, atualmente com o nome de Instituto Goethe. Enquanto estudava trabalhou na restauração do Museu do Carmo e participava das feiras de arte do Terreiro de Jesus, em Salvador. Também chegou a expor suas obras nas feiras de artes das praças da República, em São Paulo, e da General Osório, no Rio de Janeiro.

Toda esta sua trajetória contou com o apoio irrestrito do professor Vivaldo Costa Lima, já falecido, que foi o homem que liderou a restauração da área nos governos de Antônio Carlos Magalhães e nos subsequentes. Eles iniciaram e concluíram grande parte da reforma do Centro Histórico de Salvador. Com muita competência e determinação Vivaldo Costa Lima defendia que os moradores locais deveriam permanecer e para isto criou uma política de qualificação profissional. Para as crianças tinham vários programas com vistas a criar condições de uma sobrevivência digna. Trabalhei no início da recuperação do Centro Histórico juntamente com o meu amigo o saudoso Gey Espinheira que era o responsável pelos programas sociais. Nos formamos em Ciências Sociais na mesma turma da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, da UFBA, que funcionava na Av. Joana Angélica onde hoje está o Ministério Público Estadual. Como eu tinha também a formação em Comunicação trabalhava na Assessoria de Imprensa. Vivaldo era etnógrafo, um homem culto e muito temperamental. Presenciei alguns embates dele por discordar de orientações vindas dos governos federal e estadual porque tudo era feito de comum acordo entre o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia -IPAC e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

O professor Vivaldo Costa Lima procurava de todas as formas proteger os locais e quem cuidava desta parte, deste contato direto era o Gey Espinheira por ser uma pessoa calma e que compreendia inclusive a resistência de alguns moradores que eram contra a reforma. A situação local era tão caótica que lembro que o fotógrafo Magno Cardoso, ia fazer a documentação dos imóveis em ruínas e tinha que ser acompanhado de algum segurança porque senão a máquina era roubada. Poucos tinham a coragem de andar pelo Maciel de Cima e Maciel de Baixo e outras ruas do Centro Histórico. Em outra ocasião eu estava fazendo uma reportagem com um fotógrafo da revista Manchete, do Rio de Janeiro, quando apareceu um ladrão e tentou arrebatar a sua máquina fotográfica Rolleyflex. Não conseguiu e entrou num daqueles casarões em ruínas. Até hoje o Centro Histórico ainda oferece perigo para os locais e visitantes.

Chico falando do chamamento que
acreditava  ter recebido.

                                        CHAMAMENTO

Voltando ao Chico Vieira depois desta permanência na Europa ele contou que
seus parentes daqui da Bahia ficaram preocupados porque não dava notícias. Na época sua família morava no bairro de Castro Neves, em Salvador. Foi então que um irmão seu conseguiu uma fotografia 3 x 4 dele que estava num álbum de quando servia na Marinha do Brasil e levou até o seu tio Antônio Vieira, que chamava de tio Tonho que era pai de santo em Maragogipe, no interior da Bahia. O tio amarrou a foto no pé de um pombo e fez um “trabalho” pedindo para que ele voltasse. Revelou ainda o Chico Vieira “que no ano de 1976 um dia estava numa praia em Portugal com a família quando recebi inexplicavelmente uma espécie de chamamento e decidi voltar para Salvador.” Falou ainda que seu tio Tonho todos os anos no dia do aniversário em 11 de agosto, ele fazia um ritual com matança de animais e isto ficou marcado em sua infância.

 Chico Vieira trouxe a mulher e os filhos, um menino e duas meninas.” Foram morar em Itaparica e lá construíram uma casa em Barra Grande onde moraram de 1983 a 1986. Nesta época pinta obras contando a História do Brasil de 1500 a 1900, concluindo em 1987 utilizando a técnica mista e de colagens e inicia o Projeto Pró-Índio. Vivia da pintura e da ajuda da família da esposa. Um dia o sogro já idoso veio a Salvador com a intenção de leva-los para Portugal porque ele precisava dividir os bens que tinha. Foi aí que Chico Vieira concordou que ele levasse o menino para lhe fazer companhia. O Chico Vieira botou o pé firme e não aceitou voltar. Tempos depois a esposa teve que retornar a Portugal com as duas filhas e estão por lá até hoje. Nesta obra ao lado vemos sua habilidade no desenho e no uso das cores. Obra feita en nanquim e aquarela sobre papel fabriano que ele denominou de Cabeça Ecológica.

                                                                                                                                                                                                         LEMBRANÇAS

De sua permanência em Portugal lembrou que Lisboa estava numa efervescência social, política e cultural muito grande. Foi a época da chamada Revolução dos Cravos e da independência de várias colônias portuguesas na África.  Tinha a Casa de Angola, em Lisboa e lá conheceu vários líderes revolucionários africanos entre eles Samora Moisés Machel. Foi um líder moçambicano socialista que liderou a Guerra da Independência de Moçambique e seu primeiro presidente após a independência em 1975 e morreu em 1986. Disse o Chico Vieira que vivenciou muito do movimento na Revolução dos Cravos.  Atestam os livros de História que “Foi um levante militar e popular que ocorreu em Portugal, no dia 25 de abril de 1974, e encerrou a longa ditadura liderada por Antônio Salazar. Nos anos 1970, os portugueses enfrentavam uma grave crise econômica, o que gerou insatisfação com o governo português. Além disso, as lutas pela independência das colônias portuguesas na África fizeram com que essa insatisfação se intensificasse.”

EXPOSIÇÕES

Sua primeira exposição individual foi realizada em 1973 em Berlim, entre os anos de 1977, e em 80 participa da Bienal de São Paulo e fez uma exposição individual no ICBA, em Salvador; em 1981 retorna à Europa e faz exposições em Berlim e Lisboa. Em 1986 expõe no Museu da Cidade do Salvador, que funcionava no casarão no Largo do Pelourinho, ao lado da Casa de Jorge Amado. Em 1993 saiu da ilha de Itaparica e decidiu retornar ao Pelourinho e instala o seu ateliê, e aí volta a se entrosar com o movimento artístico local; em 1997 participa da exposição coletiva Pinte o Pelô e também em 1999 de outra coletiva na cidade de Mineapolis, nos Estados Unidos chamada de Expo 500 anos; em 2000 de uma mostra na Galeria do IPAC; 2000 de uma coletiva de artistas brasileiros chamada de Encontros do Fim do Mundo, em Algarve, Portugal; de 2001 a 2003 participa de várias exposições coletivas e individual no Algarve, Portugal; 2003 fez uma individual na Casa 8, em Salvador, Arte Espontânea Brasileira; em 2007 lança o álbum de gravura em metal Abstracionismo Tropical, em Genebra, na Suíça; participa da instalação Pintou Natal no Pelô e em 2012 fez uma exposição de pinturas na Casa da Nigéria da Bahia comemorativa do quarto aniversário de inauguração .

O economista Dilton Machado escreveu um texto sobre a trajetória de Chico Vieira que aqui reproduzo em parte: “Todo este mosaico vivencial se traduziu naquilo que Chico Vieira denominou como abstracionismo tropical, expressão manifestada através de pinturas que saltam das telas em cores e formas que refletem predominantemente a brasilidade decorrente de nossas origens africanas e indígenas.” E continua: É gratificante sentar na Rua do Açouguinho, em frente ao seu ateliê, e observar o impacto que sua obra causa nos passantes, sejam eles baianos, turistas estrangeiros, emergentes das classes C e D, privilegiados com maior poder aquisitivo, intelectuais letrados, estudantes em formação, idosos, adultos, jovens, crianças e até os muito doidos que circulam perdidos pela área parecendo não conseguir desgrudar da sensação hipnótica e convidativa que seu trabalho produz”.






quinta-feira, 25 de abril de 2019

MUSEU AFRO REÚNE OITO ARTISTAS EM EXPOSIÇÃO

O mestre Juarez ao lado de Márcia Magno sua
esposa e escultora de renome tendo ao
fundo o ônibus que pintou do Projeto Axé.
Nas minhas idas ao Centro Histórico tive a felicidade de encontrar o artista Chico Vieira, que reside no Pelourinho , e estava fazendo sua caminhada. Havia uns 30 anos que não o encontrava pessoalmente, e juntos resolvemos ir ao Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira , que fica  na Rua do Tesouro. 
Lá visitamos a exposição Muncab em Movimento  que reúne os artistas Juarez Paraíso, Juraci Dórea, César Romero, J. Cunha, Guache Marques ,  Yedamaria e Babalu. 
Esta exposição valoriza os "aspectos da cultura matriz africana, destacando a sua influência sobre a cultura brasileira", explica no texto de apresentação o atual diretor da instituição o poeta e compositor José Carlos Capinan.
As faixas emblemáticas de Cesar Romero
Observando as obras vemos que estes artistas, com suas visões e técnicas diferenciadas, tem um laço forte de união nesta mostra, onde a influência afro é uma forte presença . Todos são oriundos da
Geração 70, com exceção de Juarez Paraíso que tem uma década de antecedência. 
Tive ainda o prazer de encontrar José Carlos Capinan, o autor de Ponteio, que ganhou juntamente com Edu Lobo o III Festival de MPB da TV Record, em 1967. Hoje ele dirige o Museu Afro ,  e é um entusiasta desta mostra que precisa ser mais divulgada para receber um número de visitantes à altura de sua importância.
Obra de Gauche com símbolos afros
Capinan nos convida a visitar o MUNCAB e ressalta que logo na chegada o visitante se surpreende com um belo gradil construído em chapas de ferro e com esculturas narrando as "contribuições dos afros descendentes à nossa cultura criando assim a diversidade cultural mais bem sucedida do Planeta. O gradil  intitulado de "As Histórias de Ogum" é de autoria do artista J. Cunha , tem além de sua importância artística a função pedagógica, diz o poeta, "além de oferecer aos visitantes  um belo momento de fruição estética..."

                                                        A 

EXPOSIÇÃO

Os oráculos de J. Cunha com motivos afros.



Obra de Juraci Dórea homenageia
grandes nomes da arte mundial.
O mestre Juarez Paraíso dispensa apresentação por sua grande bagagem e pelo domínio de várias técnicas de artes plásticas e gráficas. Já realizou esculturas , murais em edifícios públicos e privados. Grande fotógrafo , além de autor de figurinos, cenários. É difícil encontrar uma atividade artística onde o Juarez não tenha dado a sua contribuição, até mesmo nas festas populares como no Carnaval da Bahia. Ele apresenta um trabalho que fez em colaboração ao Projeto Axé. Trata-se de um ônibus que foi pintado com motivos afros. Este ônibus é utilizado pelo projeto para exposições móveis e em outras ações culturais. Juarez levou três meses para execução do trabalho. 

Juraci Dórea
traz uma homenagem à História da Arte e referências a  Mondrian e  Duchamps .Homenageando Mondrian  ele apresenta três objetos minimalistas, silenciosos, que lembram estilingues ou cabides. Juraci está  sempre ligado à cultura nordestina, a sua literatura de cordel ,  onde sua arte está centrada.
César Romero mostra três obras com suas faixas emblemáticas,  que lhes permite infinitos movimentos com belas variações de cores.
J.Cunha apresenta 15 oráculos em madeira  com elementos afros . Sua produção artística é identificada pelas referências de matrizes africanas  que utiliza há muitos anos. 
Guache Marques mostra pinturas muito bem elaboradas tecnicamente . Também, as obras tem uma influência afro ,e se destacam entre várias outras  integrantes desta mostra. Tem se ocupado em fazer obras com raízes africanas . Atualmente ,está aos  poucos dissolvendo as imagens de símbolos e quase partindo para uma abstração, como uma evolução natural . Tem trabalhado em pintura acrílica e gravuras digitais , onde imprime , e depois atua com tintas. Quase são monotipias, guardando uma identidade, porque houve um retrabalho. Desde os anos 90 que ele vem se inspirando nas raízes das matrizes africanas. 
Obra da saudosa Yedamaria que deixou
um legado de sua arte de qualidade.
Finalmente, dois artistas já falecidos. A professora e grande artista Yedamaria, que morreu em 2016, tem duas belas pinturas expostas ,onde ressalto suas cores vivas lembrando o nosso sol tropical.
Seu nome era Yeda Maria Correia de Oliveira. Morreu aos  84 anos, sendo encontrada morta no apartamento onde morava, no bairro da Pituba, em Salvador. De acordo com pessoas próximas à artista, ela foi encontrada no apartamento, por uma vizinha, . Yeda morava sozinha e sofria de diabetes e hipertensão.E Babalu que nos deixou um legado com seu universo pictórico calcado nos movimentos populares , também tem três obras participando desta importante mostra. Ele faleceu em 2008 era irmão de J. Cunha. Era uma referência na arte primitiva , conjugando o barroco com o popular , e tinha um humor poético apurado. Não deixe de visitar.