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sábado, 11 de novembro de 2023

O ESCULTOR E MURALISTA CELSO CUNHA

Celso desenhando  nova obra.
O meu entrevistado de hoje é o artista , escultor e muralista Celso da Cunha Silva Neto ou Celso Cunha que tem mais de quarenta anos de experiência. Neste período criou importantes esculturas, murais e painéis para empresas, entidades públicas e particulares daqui e de outros estados. Fui encontrá-lo em sua casa no bairro de Stella Maris, em Salvador, onde tem um ateliê e ali realiza seus trabalhos que não exigem grandes espaços. Quando isto acontece a necessidade de mais espaço vai trabalhar no ateliê localizado no litoral Norte apropriado para esculturas e murais de grandes dimensões. Seu temperamento é aparentemente calmo e tem uma relação profissional permanente com o computador para  fazer os projetos e desenhar suas obras com a racionalidade daquelas pessoas que gostam do Desenho e da Matemática. Seu primeiro e grande destaque nas artes plásticas baianas foi quando em 1978 com apenas vinte e cinco anos de idade foi o vencedor do concurso público para criação de um mural de 15m x 3m que foi instalado no foyer do Teatro Iemanjá no então moderno prédio do Centro de Convenções da Bahia, o qual infelizmente nos últimos três governos vinha se deteriorando e recentemente desabou uma de suas áreas, e hoje está abandonado.  Soube que o mural foi retirado e que teria sido embalado, e guardado na Secretaria de Turismo do Estado da Bahia.

O belo painel ficava no foyer do Teatro Yemanjá, no Centro de Convenções,que hoje estaria embalado.  Soube que foi retirado das ruínas do Centro de Convenções, mas não sabemos onde se encontra atualmente.

Aliás a Bahia é pródiga na destruição de obras de arte. O artista Carlos Bastos que pintou muitos murais em Salvador, já teve vários deles destruídos e outros sofreram intervenções.Conta Celso Cunha que recebeu um telefonema de um homem, que não lembra o nome, dizendo que tinha arrematado um mural de sua autoria numa demolição, e queria lhe vender. Essa pessoa afirmou que era o painel da Petrobrás Distribuidora localizada na Av. Tancredo Neves. Na hora do telefonema foi pego de surpresa e não perguntou o nome do vendedor  e qual era o mural. Também um arquiteto amigo lhe informou que foi a um antiquário daqui e que lhe ofereceram uma escultura por um preço exorbitante. Inclusive o antiquário disse ao arquiteto que o artista já tinha falecido, e por isto valia mais.

Bailarina, feita em mármore reconstituído pintada  
com tinta automotiva. Tem 2,0 m,datada de 1995.
Celso Cunha É formado em Licenciatura em Desenho e Plástica pela Universidade Federal da Bahia e em  Arquitetura/urbanismo pela Unifacs. Foi durante dois anos professor concursado, ministrou  aulas de Xilogravura, Gravura em Metal, Técnicas de Processos Artísticos, Desenho II e Técnica de Utilização de Materiais Especiais e Técnicas de Escultura Contemporânea. Através a Fapex  realizou vários cursos
e oficinas na EBA/UFBA. Mas, sua atividade de professor conflitava com os trabalhos que tinha que fazer. Lembra que certa vez recebeu uma encomenda para criar uma gruta na cidade de Curaçá, no interior da Bahia, e tinha que viajar nos finais de semana. Era complicado.   Atualmente está voltado para sua arte sempre estudando e realizando seus projetos para apresentar a possíveis interessados. Perguntei como acontece as encomendas de suas esculturas e murais, ele disse que na maioria das vezes é procurado por arquitetos, construtores e mesmo por colecionadores. Também quando ele observa a possibilidade de ver instalada uma obra num novo empreendimento entra em contato para saber se há interesse. Assim o diálogo é estabelecido e que pode prosperar ou não a depender das conversas e circunstâncias. Como muito de suas obras estão em locais públicos e já tem uma longa estrada percorrida sempre surgem as encomendas.

                                                   CRIATIVIDADE

Várias esculturas de animais  criadas por Celso
 no projeto de humanização do centro pediátrico
.
Na conversa que tivemos Celso Cunha lembrou que nasceu no Hospital Manoel Vitorino, no Largo de Nazaré, em Salvador, e logo depois foram morar na cidade de Itambé porque seu pai havia sido transferido pelo Banco do Brasil do qual era funcionário. Posteriormente moraram na cidade de Três Lagoas-Mato Grosso do Sul, retornando definitivamente a Salvador quando ele já estava com cinco anos de idade. Ao chegarem foram morar, no Largo de Roma, próximo a empresa de prestação de serviço em eletrotécnica de propriedade do seu pai. Cursou o antigo primário no Convento da Soledade. Sua casa ficava defronte    do complexo de hospital e outras entidades criadas por Irmã Dulce. Isto nos anos 1950 e tudo ainda estava começando, e quando a irmã Dulce não dava conta da demanda apelava geralmente para pessoas ligadas a ela e que sabia serem católicas e caridosas.  Foi assim que certo dia uma família inteira bateu na porta da casa e sua mãe a recebeu, mandou entrar, tomaram banho, ganharam novas roupas e foram embora. “Hoje, isto seria impossível”, diz o Celso Cunha e dá uma risada.  Ele foi criado neste ambiente de escola e teve uma sólida formação católica chegando quando jovem a ser da Congregação Mariana.  Depois foram morar na Lapinha, cursou o antigo primário no Convento da Soledade onde a maioria de seus familiares morava e lá lembra da animação dos Ternos de Reis todo 1o. de janeiro e da saída dos carros do Caboclo e da Cabocla no 2 de julho.
.

Escultura do orixá Iyami Oxorangá,
mistura de mulher e pássaro.  
Mas, o que mais lhe marcou foi a presença na igreja de sua avó que tinha uma relação muito forte e sempre lhe levava. Estava com cerca de 14 para 15 anos de idade. Estudou na Escola Técnica Federal, no bairro do Barbalho, e foi muito importante para ele porque a cada 15 dias o aluno era obrigado a frequentar por rodízio aulas de marcenaria, mecânica, serralharia, desenho, mecânico, artístico e técnico, tornearia de madeira e metal, alfaiataria dentre outras especialidades, até no segundo ano de ginásio descobrir qual seria a sua preferência e tendências. Lá teve contato com vários tipos de ferramentas e materiais o que foi muito importante para o seu trabalho escultórico e artístico de maneira geral. Porém, quando foram morar em Roma e teve que deixar a Escola Técnica no terceiro ano, e concluiu o ginásio no Colégio Luiz Tarquinio. Sua fase de estudos no ginásio e colegial foi muito recortada por causa das mudanças que seu pai era obrigado a fazer devido as transferências que ocorriam no Banco do Brasil onde trabalhava.

Escultura em fibra de vidro na
Rodoviária de Salvador, com 6 m .
Aí começa a busca por uma profissão definitiva e foi prestar vestibular para Análise de Sistemas, chegou a fazer um pequeno estágio na IBM, na Escola Superior para o Trabalho - ESUTRA, mas terminou deixando com receio da escola não ser reconhecida e perder seu tempo. Trabalhou alguns anos como desenhista em alguns escritórios de Arquitetura em Salvador, isto nos anos 1970. Foi quando conheceu o saudoso Ivo Vellame que era da Escola de Belas Artes. Tinha feito alguns cursos livres por lá e recebi o seu incentivo para estudar na EBA. “Por insistência dele fiz o vestibular e passei. Já no terceiro ano estudando fui aprovado no vestibular para Arquitetura e e resolvi cursar em 1983. Fiz uns trabalhos ou sejam murais e o painel dos 150 anos do Banco Econômico e tive que viajar para São Paulo. O arquiteto era Durval Lelis, hoje um famoso cantor, que é meu amigo. Fui assim fazer dois painéis em épocas diferentes. Também criei e executei outros painéis e murais no interior do Estado. Foi aí que tive dificuldade em continuar o curso de Arquitetura. Depois vi que precisava ter uma profissão que me desse alguma segurança e então decidi fazer Licenciatura em Desenho, o que me permitiu ensinar na Eba”, diz Celso Cunha. Até que um dia resolveu que deveria concluir o curso de Arquitetura e assim se matriculou na UNIFACS e se formou. Chegou a começar o Mestrado, mas largou e passou a trabalhar com mais intensidade.

                                                   QUEM É

Projeto de sinagoga em Toronto, no Canadá.
O artista Celso Cunha nasceu em Salvador em 7 de junho de 1953 e foi batizado com o nome de Celso da Cunha Silva Neto, seus pais Celso da Cunha Silva Filho e sua mãe Amélia Cabral Cunha. “Cresci numa família de artistas. O meu avô escrevia e quando não estava trabalhando, naquela época era no Tesouro, ele desenhava e quando chegava a época de Natal gostava de armar um grande presépio e desenhava paisagens e as cidades por onde Jesus passou. Umas tias estudaram pintura na Panorama Galeria de Arte, e até minha avó gostava de pintar.  Na realidade eu adoro a Matemática, a marcenaria e passa a me mostrar vários móveis de sua casa feitos em grossas tábuas de pinho. Os móveis além da praticidade se mostram bem-acabados e robustos. “Quase não chamo ninguém para fazer serviços de marcenaria, eletricidade, mecânica etc. Eu mesmo dou meu jeito", diz orgulhoso o artista Celso Cunha acostumado que está a mexer com vários tipos de ferramentas para criar seus murais, painéis e esculturas.

“Adoro trabalhar com as mãos hoje praticamente não tenho mais ajudantes porque a dificuldade de encontrar uma pessoa interessada a se dedicar é muito difícil. Então faço minhas esculturas geométricas e meus murais e painéis trabalhando a madeira, os metais e outros materiais que integram as obras. Tudo começa com o desenho que faço geralmente no computador por ser mais prático e você pode rotacionar para ter uma ideia de como será vista por vários ângulos. Passei uma boa temporada, quase dez anos no Hospital Aliança fazendo a humanização do ambiente. Então eu fiz várias esculturas de animais entre os quais camaleão, ema, e mesmo um mural c0m elementos infantis.", adiantada o Celso Cunha.

Celso com sua escultura de Antônio do
Garanguejo, Itinga, Lauro de Freitas.
“Basicamente sou desenhista, faço as esculturas em escala, e apresento ao cliente. Quando é feito o contrato parto para a execução e sempre procuro cumprir os prazos”, disse Celso Cunha.” Faz poucas esculturas figurativas, geralmente são geométricas com forte influência dos triângulos e retângulos. Algumas delas são inspiradas no guardanapo que ele dobra e dão várias formas de movimento apontado para o céu.

Noto que sua produção escultórica é sintonizada e integrada à arquitetura, inclusive trabalhando em parceria com os arquitetos Fernando Peixoto, Ivan Smarcewski, Neilton Dórea, Luiz Humberto Carvalho, André Sá, Francisco Motta, Ricardo D’Albuquerque, Sérgio Doria, Alberto Fiuza e no início com Durval Lelis, além de vários construtores. De 1996 a 2010 projetou e executou as esculturais de vários animais que povoam os jardins do Centro Pediatria do Hospital Aliança, assim como a gruta de meditação em seu interior, trabalhos que fazem parte do projeto de humanização do hospital.

Painel dos 150 Anos do Banco
Econômico com 3m x 3m, Salvador.
Projetou e executou em 2009 a reprodução da gruta religiosa de Patamuté, na cidade de Curaçá, interior da Bahia, patrocinado pelo Ministério do Turismo. Uma obra de arte urbana que provavelmente é uma das maiores em estrutura em fibra de vibro do Brasil, com uma cúpula de 15m x6m de altura. Também é autor da bela escultura geométrica de cor vermelha feita em fibra de vidro na entrada do Terminal Rodoviário de Salvador, e do monumento em homenagem a Antônio Caranguejo, na Praça do Caranguejo, em Itinga, no município de Lauro de Freitas, em 2011. O Celso Cunha também já executou esculturas para outros artistas.

Tem murais em agência do Bradesco, no Rio de Janeiro; Centro Empresarial Itaigara, Salvador; Edifício Oscar Pontes, Salvador; Hotel Arcobaleno, em Porto Seguro, Bahia; Hotel Monte Pascoal, Porto Seguro, Bahia; Grande hotel de Caldas de Cipó, Bahia, e Bradesco, em Itabuna, Bahia. Esculturas: no edifício Mansão Wildberger, Salvador; residência de Paulo Sérgio Tourinho, Salvador; busto de Maria Felipa; e busto de Paulo Sérgio Tourinho, no Hospital Aliança; de Smith Kline, na Irlanda; Hotel Fiesta, Salvador, edifício Palácio Itaigara, Salvador, no Centro Empresarial Caminho da Redenção, Salvador, esculturas no Condomínio Le Parc, Salvador.

Fez sua primeira exposição individual na Galeria Cañizares, em 1979 e participou da exposição coletiva em 2023 sobre a Independência da Bahia, também na Cañizares; Exposição Proposta e Cadastro e do Salão Universitário, em 1980, no foyer do Teatro Castro Alves; exposições no Hotel Meridien, no Hotel Sofitel Quatro Rodas, na Loja Alufil, Hotel Quatro Rodas novamente, Galeria Prova do Artista e no Restaurante Porcão, exposição no SINAPEV-Ba.todas em Salvador. Fez intervenções artísticas na Feira de São Joaquim , em 2010 e no Centro de Abastecimento de Feira de Santana, também em 2010. Preside atualmente a Associação Baiana de Artistas Visuais - ABARVI.

 

 

 

 

 

 

 


54 comentários:

  1. Excelente matéria do artista Top e amigo Celso Cunha

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  2. José Dirson Argolo
    Parabéns, Celso! Sucessos em suas empreitadas e muitas conquistas!

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  3. Washington Arléo
    Um Operário da Arte, como bem disse Mário Cravo!!! Parabéns Celso Cun

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  4. Fernando Freitas Pinto
    Celso Cunha é um velho amigo e um importante Escultor!! Forte Abraço!

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  5. Selma Costa
    Me admiro sempre com a facilidade que obras de arte são destruídas ou desaparecem em Salvador .

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  6. Darcy Brito
    Um currículo artístico riquíssimo. Parabéns ao artista Celso Cunha e ao jornalista entrevistador apreciador das artes.

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  7. Silvério Guedes
    Parabéns Reynivaldo Brito por esta entrevista com Celso Cunha, esse brilhante artista. 👏🏻👏🏻👏🏻

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  8. Lígia Aguiar
    Parabens, Reynivaldo, excelente entrevista, com esse artista de grande valor que é Celso Cunha. Fomos contemporâneos na Escola de Belas Artes e agora o reencontrei quando da Exposição em homenagem ao 2 de Julho, na Galeria Cañizares. Após ler a sua biografia só posso dizer que o grande artista é movido pela Criatividade, Trabalho, Fôlego e muito, muito Suor. VIVAS!!

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  9. Ligia Aguiar obrigado amiga e colega Lígia, beijão.

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  10. Juan Carlos Barr
    que se pode esperar de patrimônios baixo o poder e Control do governo bahiano e uma vergonha não cuida sua própria história o único que se preocupa e o que daí voto em época de elecoes o cor da gente.o resto no tem valor Bahia de são salvador uma piada mesmo .

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  11. Julio Cesar
    Muito bom!
    RENIVALLDO !
    PATRONO DOS ARTISTAS!

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  12. Antonio Caramelo
    Grande Profissional e excelente artista! 👏👏👏

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  13. Graça Ramos
    💯👏👏👏parabéns Celso!

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  14. Salomão Zalcbergas
    Competência e discrição!

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  15. Maazo Heck
    Muito bom Reynivaldo, o Celso é um artista talentoso e bem versátil !

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  16. Maria Das Graças Santana
    Parabéns! Mais um artistas bahiano com suas obras artista em todo Estado da Bahia. Orgulho para todos nós baiano.

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  17. Albha Sampaio
    Maravilha!
    Excelente !
    Grande Celso

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  18. Celso Cunha
    Acabei de ler o artigo, obrigado pela qualidade amigo Reynivaldo, grato a todos os amigos e colegas pelas palavras elogiosas e incentivados, bom fim de semana e abraços e beijos a todos.

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  19. Leonardo Celuque
    Grande Celso ---Bravo!!! Abraço forte, caríssimo!

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  20. Domingos Dantas Brito
    Muito criativo , um grande artista

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  21. Rogeriateixeiramattos Mattos
    Reynivaldo Brito parabéns, pelo excelente texto .Celso admiro o seu processo criativo e minucioso realizado em material pesado, onde você transforma numa leveza estética contemplativa com um olhar contemporâneo. Grande abraço!

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  22. Mônica Cunha
    Parabéns e cada vez mais sucesso!!!👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

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  23. Jorge Nascimento Silva Nascimento
    Nossa!!! Mais uma excelente reportagem sobre Artistas dessa Bahia inovadora e de vanguarda. Detalhe, conheço obras do Celso Cunha expostas ali no Hospital Aliança, hoje Rede Dor, e TB, ali na Itinga, admirando a Obra do Antônio Caranguejo, um Mito, que o conheci, quando rapaz, vendendo Caranguejos, no Alto da Santa Cruz, aqui em Salvador e aquela época, já me inculcava o fato de um Comerciante bem sucedido, sentar e expor na porta do seu Mercado, um armazém sortido , conhecido, a vender Caranguejos!! Não é incrível Reynivaldo Brito ? Será possível, até mesmo uma pesquisa. E observem, ali no Largo do Caranguejo, em Itinga, Lauro de Freitas, conheço pois tenho uma propriedade nas imediações, ele TB, vendia Caranguejos, em um Largo, ainda sem asfalto. Ficando daí, o nome de Largo do Caranguejo, quando o nosso homenageado por Celso Cunha, foi um dos fundadores do Bairro. Que incrível!!! Parabéns Reynivaldo!!! Cultura!!!!

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