É HORA DE SEGUIR ESTE EXEMPLO EM BENEFÍCIO DA ARTE
São Paulo descobriu uma forma de
ajudar, com pizza, o maior museu da América Latina, o MASP, cujo acervo
avaliado em 300 milhões de dólares está ameaçado pela falta de ar-condicionado
no grande prédio da AV. paulista.A pizzaria “Avanti Popoli
Facciamo Pizza”, que é também um espaço cultural na Alameda Franca, dedicou metade
da renda da sua primeira semana de funcionamento em benefício da reconstrução do
equipamento de ar-condicionado do MASP- Museu de Arte de São Paulo. Pietro
Maria Bardi, diretor do museu, ficou entusiasmado com a iniciativa, e acabou
oferecendo à pizzaria réplica de sua primeira escultura “pop”, a que deu nome
de “Pizza” feita com vários rolos de trabalhar massa.
José Ernesto Barvarisi, um dos
sócios da pizzaria, diz que, quando decidiram abrir a casa, acharam que o
importante era também oferecer mais um espaço cultural para São Paulo. Assim,
há áreas no estabelecimento reservadas para exposição de quadros e outras
atividades, com noites de autógrafos, lançamentos de músicas etc. “Por isso
achamos que a primeira semana deveria ser dedicada ao MASP, para que
pudéssemos, com pizza, ajudar um Van Gogh a respirar melhor, já que os grandes mestres
do acervo do museu estão sendo asfixiados pela falta de ar-condcionado”.
A IMPORTÂNCIA DO AR
A ausência de climatização pode,
efetivamente, levar as telas de um museu à deterioração. Isto por causa da
umidade do ar, numa cidade como São Paulo, cuja média gira em torno de 80%.
Essa umidade, penetrando na pinacoteca, pode umedecer as telas e proporcionar o
aparecimento de fungos, que levam a destruição à obra de arte.Segundo os técnicos, um museu
deve ter umidade ambiente entre 50
a 60%, o que é possível obter somente mediante
equipamento de ar-condicionado porque tais equipamentos, além de condicionar
temperatura, reduzem a umidade.
Justamente para evitar um
desastre, a direção do MASP retirou o acervo da pinacoteca e transferiu parte
para o salão do primeiro andar, onde as condições são pouco mais favoráveis. E
parte desse grande acervo (englobando obras de Rafael, Tiziano, Goya, Van Gogh,
Degas, Picasso etc.) foi enviada para uma grande exposição no Japão, onde as
telas estarão protegidas em ambiente devidamente climatizado.
AS MADONAS NO SOLAR DO FERRÃO
Na próxima semana, em data a ser definida , o Museu Abelardo Rodrigues
estará realizando uma exposição de imagens em madeira, barro cozido e marfim,
mostrando a evolução da madona, na arte sacra, do século XVI até o século XX. A
mostra a ser apresentada, na sede do museu, no Solar Ferrão, compreende todas
as madonas, adquiridas pelo colecionador pernambucano Abelardo Rodrigues, em 40
anos de atividades na busca de objetos de arte sacra. Coleção está adquirida
pelo governo do estado, em 1972.
A maioria das peças pertence a
artistas anônimos, em particular as dos séculos XVI XVII, que pela ausência de
assinatura e pelo próprio estilo indefinido, não foram ainda identificadas. Já
as peças do século XX, são trabalhos recentes do artista baiano Manoel Dantas,
que em março último realizou uma exposição de escultura.
ARTISTA BAIANA RESIDE E TRABALHA
EM CARACAS
A artista Margarita Lamego, é
baiana, natural do interior do sudeste.Desce cedo, quando ainda na escolinha
Infantil em Ibicuí, começou a sentir amor às artes. Por orientação dos pais,
ingressou em 1964 na Escola de Belas Artes da Bahia, onde permaneceu por quatro
anos, dali saindo como profissional. Um ano depois realizava seu primeiro
trabalho, recebendo o primeiro prêmio, pela confecção de um cartaz sobre o Dia
de Anchieta.
Em 1968, porém, procurando acabar
sua timidez para “ter mais gente ao meu lado, comecei uma nova atividade: como
professora de Percepção Visual para várias agências publicitárias. Em 1971,
concluiu um curso de xilografia com o Prof. Juarez Paraíso”.
A partir daí, Margarita Lamego
começou a participar de coletivas. EM 1970, a primeira delas, no ICBA, com desenhos e
seguindo-se com uma exposição no Centro de Estudos Sociais da Casa dos Jesuítas
“onde produzi um mural sobre o Nordeste”.
Juntamente com Graça Ramos fundou
um atelier em Salvador com um “cursinho de artesanato em cerâmica e pintura
para crianças, em nosso próprio apartamento”.
Em 1973, recebeu uma bolsa de
estudos da Fundação Alemã Konrad Adenauer, e em 1974, já estava na cidade
germânica de Kassel onde durante quatro semestres, fez especializações no curso
de arte em litografia em pedra e metal e fotografia.
Em 1974, realizou sua primeira
exposição na Alemanha no Castelo Neu Engling, com trabalhos em xilografia com
boa aceitação. “Essa exposição obteve repercussão por serem meus trabalhos
considerados como; agressivos, segundo alguns críticos alemães”.
Em 1974, Margarita Lamego,
“buscando descobri a América” seguiu para Caracas onde pintou um mural em
Puerto de La cruz, sobre os “Bailes de San Juan”, fazendo também, o projeto
para um mural no Salão Michelena. Na capital venezuelana, “pelos encantos que a
terra me trazia”,fixei residência ali morando até hoje, vindo ao Brasil só em
férias ou por rever os pais e familiares em Vitória da Conquista.
Em Caracas, Margarita participou
da exposição à arte e arquitetura no espaço urbano, com gravuras, realizadas no
Centro Cultural do Brasil daquela cidade. Esta mostra durou um ano.
Também participou com outros
gravadores venezuelanos de outras mostras em 1979. Em 1980, mostrou novos
trabalhos no Salão de Artistas Gravadores da Venezuela e no salão de
Fotografias (adora fotografar mem preto e branco).Em Caracas, é professora e
diretora de uma academia de artes para crianças locais.
MURAL
EXPOSIÇÃO NO IPAC - O Instituto do
Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia- IPAC, através da sua galeria de arte,
promove, desde o dia 16, a
exposição dos trabalhos das oficinas de Expressão Plástica no Museu de Arte
Moderna da Bahia- MAMB. A exposição consta de técnicas em gravura (metal,
madeira, lito e serigravura), além de esculturas em madeira e cerâmica.
Os trabalhos expostos fazem parte
do acervo da oficina, assim como os produzidos neste semestre. Participam da
exposição, além de alunos, coordenadores e professores da Oficina de Expressão
Plástica.
A galeria de arte do IPAC
(Galeria Solar Ferrão) localiza-se no térreo do Solar Ferrão, Rua Gregório de
Mattos, 45, Pelourinho, estando aberta à visitação do público em geral.
KRAJCBERG EM ESTOCOLMO -
A nova exposição se realizou
entre 2 a
16 de junho passado com o patrocínio da Embaixada do Brasil.
EDUARDO CRUZ - Até o 2 de julho os
trabalhos do gravador, desenhista e ceramista Eduardo Cruz, natural de Ilhéus,
BA, mas radicado em Porto
Alegre , RS, constituídos de desenhos a lápis e pastel sobre
papel Fabriano estão expostos no Rio de Janeiro na Galeria Banerj.
O próprio artista define as suas
fases basicamente em números de três, as quais estão intimamente ligadas a processos
técnicos- mudanças na maneira de pensar/trabalhar. A 1ª fase, entre 66 e 68,
foi o período em que fez somente xilogravura, no qual travou contrato mais
direto com processos artesanais, e privou do convívio com outros artistas do
Atelier Livre de Porto Alegre.
A 2.ª fase, de 69 a 73, corresponde à técnica
a técnica de produção de gravuras em relevo, uma reinvenção, usando matriz de
Eucatex e marcando as figuras pela simples pressão da prensa. É a fade da
ausência total de cor e predominância absoluta do branco.
A fase atual, que começou em 78,
caracteriza-se pelo uso do pastel e do lápis. Embora se defina, na prática,
como autodidata: -“Não cursei nenhuma escola de arte e também fiquei pouco
tempo no Atelier Livre (2anos). O resto foi convívio com artistas gaúchos, e
vontade de acertar, de se encontrar”, foi premiado inúmeras vezes, em salões
oficiais, aqui e no exterior, dentre os quais ele destaca: Prêmio Aquisição em
cerâmica, patrocinado pela Associação dos Artistas Plásticos Francisco Lisboa,
em 1963, “no início”, Prêmio Aquisição em gravura no MAM- Rio de Janeiro, no
Salão de Bússola, em 1969; Prêmio Bienal Latino-Americano de Gravura, na II
Puerto Rico, em 1972; além de uma série de prêmios em salões nacionais, no
Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio grande do Sul.
Conquanto seus trabalhos não
tenham sofrido quaisquer modificações a partir de cada premiação, Eduardo Cruz
admite que o prêmio gratifica, recompensa e responsabiliza”.
MUSEU E FUNDAÇÃO - Desde o último
dia 1.º de junho que o Museu de ciência e Tecnologia passou a ser administrado
pela Fundação Cultural do Estado da Bahia-Fceba. Mesmo antes de assumir a
administração do museu, Olívia Barradas, diretora executiva da Fceba, promoveu
um seminário interno para os funcionários que contou com a participação de
Délia Valézio Ferreira, integrante do centro Latino-Americano de Física do Rio
de Janeiro, uma das maiores autoridades em política científica do Brasil, além
de professores da Universidade Federal da Bahia.
Na visita que fez ao Museu de
Ciências e Tecnologia, Olívia Barradas procurou saber de Maria Augusta,
diretora do MCT, os principais problemas do museu a fim de resolvê-los
imediatamente.
Além do mais prometeu total apoio
quanto ao aparelhamento e dinamização do Museu de Ciência e Tecnologia. A
partir do documento elaborado pelos participantes do seminário interno,
recentemente realizado, é que a fundação partirá para a elaboração de um
programa mais dinâmico para o MCT, voltado principalmente para a população
escolar localizada entre Amaralina e Itapuã.
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