JORNAL A TARDE,SALVADOR, SÁBADO, 11 DE
NOVEMBRO DE 1978
Muito visitado o I Salão do Humor. A qualidade dos trabalhos apresentados demonstra o amadurecimento dos cartunistas baianos, que tratam com segurança temas da atualidade brasileira. |
Além de estarem expostos à venda,
até o dia 24 deste mês, os cartuns concorrerão a uma série de prêmios. Um júri
composto por João Ubaldo Ribeiro contista e editor-chefe da Tribuna da Bahia; Rui Espinheira Filho, colunista; Oto Miranda de Freitas, Jornalista ; Armando
Oliveira, colunista; Artur Denegre .DM-9 Propaganda e Gutemberg Cruz Andrade crítico
e cartunista escolheram três trabalhos que dividirão o prêmio oferecido pela
DM-9 no valor de CR$30 mil.
Um outro trabalho será escolhido
pelo voto popular pelos visitantes do Salão recebendo o prêmio de CR$ 10 mil, oferecido pelo jornal A Tarde.
Ainda serão dados os seguintes prêmios: vários livros de artes gráficas,
oferecidos pelo Instituto Cultural Brasil Alemanha; CR$3 mil oferecidos pelo
jornal Tribuna da Bahia e livros de artes gráficas, no valor de CR$1 mil, doados pelo Centro de Pesquisa
em Comunicação de Massa.
NOVOS ARTISTAS
O ponto alto, do Salão, para a
Comissão Organizadora composta pelos cartunistas Nildão, Lage, Setúbal e
Gutemberg foi a presença de muitos artistas novos, alguns completamente
desconhecidos. A alta qualidade dos trabalhos expostos neste salão liquida de
vez com aquela ideia de que o nosso cartum era inferior ao produzido no eixo
Rio-São Paulo.
Motivados pelo interesse
despertado entre a classe, em função do prêmio ganho por Nildão no I Salão de
Humor de Piracicaba, os artistas que compõem a Comissão Organizadora
resolveram, a princípio de cartuns, onde o objetivo seria apenas vender os
trabalhos expostos e reagrupar os cartunistas baianos, muito dispersos depois
do fechamento do jornal Coisa Nossa.
Como disse Nildão, o interesse
foi tão grande que se pensou em ampliar a ideia oferecendo prêmios aos melhores
trabalhos. O que serviu para dar uma motivação ainda maior ao Salão. A nossa
proposta, agora, é fazer com que esta iniciativa não se extinga com o Salão de
Humor.Estamos pensando na melhor
maneira de dar continuidade, talvez com a produção de um álbum, um almanaque,
ou coisa do gênero.
Além disso, de acordo com a
receptividade que o Salão tenha entre o público baiano, os cartunistas levarão
os trabalhos restantes para uma exposição em Fortaleza e outros estados
nordestinos. O objetivo é fazer mais conhecido o cartum baiano, ao mesmo tempo em que procura
fortalecer o mercado do Norte-Nordeste, atualmente bastante limitado pela invasão
de trabalhos oriundos do sul do país. Paixão Barbosa)
TAPEÇARIA BRASILEIRA REUNE OBRAS DE 14 ARTISTAS
No próximo dia 13 de novembro às
18 h na Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade será inaugurada uma exposição
de tapeçaria que reunirá alguns dos mais destacados artistas nessa arte. A
mostra, intitulada Caminhos da Tapeçaria Brasileira, ficará aberta até o dia 29
das 9:30 ás 18h em promoção da Funarte, através do Instituto nacional de Artes
Plásticas.
Participam da mostra 14 artistas:
Jacques Douchez- nascido na França em 1921, emigrou para o Brasil em 47. realizou experiências com tapeçaria tridimensional em 67, obteve o 1º Prêmio na Trienal de Tapeçaria de São Paulo (76);
Jacques Douchez- nascido na França em 1921, emigrou para o Brasil em 47. realizou experiências com tapeçaria tridimensional em 67, obteve o 1º Prêmio na Trienal de Tapeçaria de São Paulo (76);
Ignez Turazza- vive e trabalha em São Paulo , conquistou o
1º Prêmio do IV Salão Paulista de Arte Contemporânea;
Bia Vasconcelos- vive e trabalha no Rio de Janeiro. Estudou na Bolívia e em Londres, expõe em vários países da Europa;
Gilda Azeredo de Azevedo- nasceu no Rio de Janeiro onde cursou o MAM. Recebeu em 67 o Prêmio Especial Aldeia Arcozêlo, em 74 o Prêmio Moinho Santista;
Jorge Cravo- natural de Salvador, Bahia. Participou da 1ª. Trienal de Tapeçaria de S. Paulo;
Maria Helena Andrés -nasceuem Belo Horizonte , MG,
criou três grandes tapeçarias murais para a igreja de Nossa Senhora de Copacabana
no Rio;
Maria Kikoler- nasceu em Berlim, estudou na Escola de Belas Artes da Bélgica. Radicou-se no Brasil em 1940 passando a dedicar-se à tapeçaria;
Marieta Ramos- cearense de Camocim, integrou a mostra A mão do Povo Brasileiro no MASP;
Marília Gianneti Torres- nasceuem Belo Horizonte ,
figurou várias vezes no Salão Nacional de Arte Moderna.Expôs em Roma, Filadélfia,
Washington, Córdoba e Paris;
Mary Ann Pedrosa- natural de Belo Horizonte, estudou no Museu de Arte Moderna do Rio, participou de vários Salões Nacionais de Arte Moderna;
Pierfulgi Parodi- nasceu em Gênova, Itália, chegou ao Brasil em 36 e iniciou seus estudos da pintura em 43. Expôs em diversas galerias, e em 74 completou 10 anos de atividade initerruptos em tapeçaria;
Rubem Dario Horta Bitencourt - nasceu no Rio em 41. Estudou pintura com Frank Schaeffer e trabalha em tapeçaria desde 64;
Thor Torquato Bertão- nasceu em Recife de onde transferiu-se para o Rio de Janeiro. Concentrou o seu interesse no tapete-objeto;
Zoravia Bettiol- nasceuem Porto Alegre.
Obteve diversos prêmios em Salões de Porto Alegre, Rio, São
Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. A Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
fica na Rua Araújo Porto Alegre, 80, Rio de Janeiro.
Bia Vasconcelos- vive e trabalha no Rio de Janeiro. Estudou na Bolívia e em Londres, expõe em vários países da Europa;
Gilda Azeredo de Azevedo- nasceu no Rio de Janeiro onde cursou o MAM. Recebeu em 67 o Prêmio Especial Aldeia Arcozêlo, em 74 o Prêmio Moinho Santista;
Jorge Cravo- natural de Salvador, Bahia. Participou da 1ª. Trienal de Tapeçaria de S. Paulo;
Maria Helena Andrés -nasceu
Maria Kikoler- nasceu em Berlim, estudou na Escola de Belas Artes da Bélgica. Radicou-se no Brasil em 1940 passando a dedicar-se à tapeçaria;
Marieta Ramos- cearense de Camocim, integrou a mostra A mão do Povo Brasileiro no MASP;
Marília Gianneti Torres- nasceu
Mary Ann Pedrosa- natural de Belo Horizonte, estudou no Museu de Arte Moderna do Rio, participou de vários Salões Nacionais de Arte Moderna;
Pierfulgi Parodi- nasceu em Gênova, Itália, chegou ao Brasil em 36 e iniciou seus estudos da pintura em 43. Expôs em diversas galerias, e em 74 completou 10 anos de atividade initerruptos em tapeçaria;
Rubem Dario Horta Bitencourt - nasceu no Rio em 41. Estudou pintura com Frank Schaeffer e trabalha em tapeçaria desde 64;
Thor Torquato Bertão- nasceu em Recife de onde transferiu-se para o Rio de Janeiro. Concentrou o seu interesse no tapete-objeto;
Zoravia Bettiol- nasceu
FUNARTE INFORMA SOBRE CONCURSOS
NO EXTERIOR
O Instituto Nacional de Artes
Plásticas da Funarte está divulgando informações sobre a realização de dois
concursos no exterior, abertos a artistas plásticos brasileiros.
O primeiro é o Concurso
Internacional Infantil de Pintura ou Desenho e Redação em Inglês, patrocinado
pela Organização Shankar de Nova Delhi, Índia, aberto acrianças e jovens de até
16 anos de idade. O prazo de entrega se estende até o dia 31 de dezembro em Nova Delhi ,mas o INAP
se oferece para remeter um trabalho de cada concorrente, desde que a obra
chegue à sede do Instituto (Rua Araújo Porto Alegre, 80-Rio, Até o dia 14 de
novembro próximo, impreterivelmente.
Também estão abertas inscrições
para a 5ª.Exposição Internacional de
Desenho Humorístico Desportivo, que será realizada entre os dias 21 de abril e
5 de maio de 1979, sob o patrocínio do Centro Desportivo Desportivo Riviera Del Conero de Ancona,
Itália. O prazo de inscrição é até o dia 31 de dezembro de 78, mediante o
pagamento de uma taxa de 5.000 liras. Os trabalhos deverão ser enviados a
Ancona antes de 31 de março de 79. O endereço para inscrições e para o envio
das obras é: Centro Sportivo Riviera Del Conero, Via Panoramican
n.40.60.100-Ancona-Itália.
Os regulamentos e maiores
informações sobre os dois concursos poderão ser conseguidos no Instituto
Nacional de Artes Plásticas da Funarte.
ÍNDIOS- o príncipe Charles ouve
atentamente as explicações de Sandra Wellington sobre os objetos de cerâmica de
índios brasileiros durante sua recente visita a exposição de arte dos índios do
Brasil realizada no Museu do Homem, em Londres. Com eles está o conhecido apresentador
de programas de televisão sobre a vida selvagem David Attenborrough. Talvez por
sempre estar diante das câmaras é que ele fixou o fotógrafo. Foto I.
TERSI- a Aliança Francesa, na Rua
Recife, 222, Barra, está convidando para a mostra de estatuetas de cerâmica de
Tersi (Maria Teresa Luciani Schwrz, argentina de nascimento e atualmente
residindo em
Salvador. Iniciada em desenho e pintura ela optou pela
escultura em argila. Sob
orientação do professor Davi Ruigt familiarizou-se com a técnica do trabalho
deste material. Usando o barro ela concede figuras humanas líricas.
RAINER- outro estrangeiro que
expõe entre nós è Rainer, alemão, estudou na escola de Belas Artes de Berlim
(artes gráficas), dois anos de pintura na Academia de Belas Artes de Munique e
viagens de estudos na Itália e França. Já fez algumas individuais e agora expõe
no Museu da Cidade, no Largo do Pelourinho. Foto II.
ANA MARIA- professora de desenho em alguns estabelecimentos da cidade Ana Maria Villar Leite Augusto da Silva ou simplesmente Ana Maria expõe na Galeria Cañizares até o próximo dia 23. Foto III.
RAYMUNDO AGUIAR- volta o mestre com novos trabalhos. Agora participa da comemoração do 13º aniversário de fundação da Le Dome Galeria de Arte. A mostra está no salão do Gabinete Português de Leitura. São lindos interiores que o mestre Raymundo fez recentemente. Foto IV.
JÚLIO ANGELERI VALENTE- Cor luz e
sombra. São belas fotografias de Júlio que já ganhou prêmios em concursos. A máquina
vibra em suas mãos com ajuda de uma aguçada sensibilidade. Aliás fotografia tem hoje nas artes visuais
importante papel, especialmente quando ela não fica apenas presa a documentação
pura e simples. Ele expõe na Galeria Teresa, no Rio Vermelho.
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