Este belo oratório encanta também pelo seu tamanho. |
exatamente no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, Sob o título de Barroco Ardente e Sincrético - Luso-Afro-Brasileiro, a exposição é uma homenagem ao Jubileu de 300 anos de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil e "traça variadas manifestações do estilo artístico em Portugal e no Brasil, com ênfase em suas expressões em um país miscigenado". A mostra leva o visitante ao espírito do Barroco, tão presente em nosso país, inclusive na Bahia, passando por referências nas culturas erudita e popular dos séculos XVII e XIX.
Nas paredes externas do Pavilhão onde fica o Museu você visualiza várias obras de arte. |
Entre as obras expostas estão algumas de autoria de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho ( 1730?-1814), em Ouro Preto, Minas Gerais, e do Mestre Valentim da Fonseca e Silva ( 1745-1813), no Rio de Janeiro, além do mestre do Aleijadinho, o escultor Francisco Xavier de Brito ( ? - 1751). São obras sacras de Portugal e criações de artistas anônimos .Isto confirma o sincretismo da exposição.Numa publicação da assessoria do Museu Afro Brasil o curador Emanoel Araújo declarou : “Eu chamo de ardente a questão da tropicalidade do Barroco, evocando o trabalho com a madeira e a mecânica dos afrodescendentes. É também sincrético a partir dessa vertente que engloba o lado profano das festas religiosas, como o bumba-meu-boi do Maranhão, que celebra o São João;a cavalhada de Pirenópolis, em Goiás; os reisados de Alagoas e os cortejos dos maracatus de Pernambuco. O Barroco, para mim, é um movimento que não tem fim. É contínuo na cultura brasileira. Vem de Portugal, mas encontra aqui o campo ideal para essa construção de identidade”.
Estão expostas também pinturas de José Joaquim da Rocha (1737-1807), Joaquim José da Natividade (? -1841), Leandro Joaquim (1738-1798), José Patrício da Silva Manso (1753-1801), Frei Jesuíno do Monte Carmelo (1764-1819), José Teófilo de Jesus (1758-1847) e Antônio Joaquim Franco Velasco (1780-1883). Ex-votos e artefatos desse período histórico (oratórios, talhas, esculturas, azulejaria, ourivesaria, prataria, porcelanato) se incorporam à travessia do espírito do barroco, tudo em diálogo com a poesia dos baianos Manuel Botelho de Oliveira (1636-1711), Frei Manuel de Santa Maria (1704-1768) e Gregório de Mattos (1636-1696).
A exposição também conta com a ambientação musical dos principais compositores sacros brasileiros, como José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita (1746-1805), Damião Barbosa de Araújo (1778-1856) e Domingos Caldas Barbosa (1739-1800). Você fica emocionado com o clima dento do museu.
Diz ainda Emanoel Araujo, na publicação que esse Barroco multifacetado expõe a força da contribuição portuguesa, mas evidencia “a atitude tropical miscigenada da África e do Brasil”, do sagrado ao profano. “Os africanos e seus descendentes, com presença maciça no Brasil, se apropriaram do movimento do barroco, sobretudo porque as corporações de ofícios mecânicos absorvem essa mão escrava e contribuem para a ascensão social do negro”.
A azulejaria da igrejinha da Pampulha (em Belo Horizonte), pintada por Portinari, é projetada no ambiente de uma escada desenhada por Oscar Niemeyer, autor do projeto arquitetônico do Pavilhão Manuel da Nóbrega, onde está o Museu Afro Brasil desde 2004. Tetos de igrejas brasileiras são projetados em outro espaço, em uma elegia à influência francesa das igrejas do Carmo, em Salvador (BA), São Bento e São Francisco da Penitência, no Rio de Janeiro. A artista portuguesa Manuela Pimentel foi responsável instalação pela azulejaria lusitana.
Emanoel Araújo afirma na publicação que “Essa exposição se ambientaliza com uma cenografia que envolve diferentes aspectos da arte Barroca. Da azulejaria às paredes internas das igrejas da Bahia fotografadas por Sílvio Robatto na série ‘Barroco Rebolado’, em que ele visualiza a sensualidade das talhas dos anjos e das figuras mefistofélicas”.Para assinalar o contexto histórico, a exposição registra a Revolta dos Alfaiates (1798-1799), na Salvador do século XVIII, e apresenta algumas das festas profanas que surgem do advento do Barroco: as cavalhadas de Goiás, a luta dos mouros e cristãos, o maracatu, o Rei de Congo e o bumba-meu-boi maranhense. A exposição “Barroco Ardente e Sincrético - Luso-Afro-Brasileiro”. Vários artistas baianos estão presentes com suas obras plásticas.
A exposição iniciou em 3 de agosto de 2017 e estará aberta até 3 de março de 2018.Imperdível.
O MUSEU AFRO BRASIL
A exposição sobre o Barroco é itinerante,mas você ficará muito satisfeito ao visitar as obras permanentes que integram o Museu Afro Brasil criado por Emanoel Araújo.
Este museu certamente veio contribuir em muito para a compreensão , preservação e divulgação desta herança cultural e artística do negro que é tão forte em nosso país.
As obras nos permitem entender melhor a História de nosso país, pois vai além dos livros didáticos na medida em que nos apresenta a igualdade do pertencimento e respeito por uma parte importante da população matriz da nossa brasilidade.
Existe um roteiro impresso que pode ser adquirido na lojinha do museu onde você observa a temática central de cada núcleo, onde ao lado das obras existem pequenos textos explicativos que ajudam a entender e sentir a importância de cada obra. Foi pensado até nas cores que aparecem abrindo cada núcleo para melhor orientar o visitante. Uma visita imperdível.
O Museu está localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, no Parque Ibirapuera, em São Paulo , e abre de terça a domingo das 10 horas até às 16 horas. Tel (11)5579-0593.
A exposição também conta com a ambientação musical dos principais compositores sacros brasileiros, como José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita (1746-1805), Damião Barbosa de Araújo (1778-1856) e Domingos Caldas Barbosa (1739-1800). Você fica emocionado com o clima dento do museu.
Diz ainda Emanoel Araujo, na publicação que esse Barroco multifacetado expõe a força da contribuição portuguesa, mas evidencia “a atitude tropical miscigenada da África e do Brasil”, do sagrado ao profano. “Os africanos e seus descendentes, com presença maciça no Brasil, se apropriaram do movimento do barroco, sobretudo porque as corporações de ofícios mecânicos absorvem essa mão escrava e contribuem para a ascensão social do negro”.
A azulejaria da igrejinha da Pampulha (em Belo Horizonte), pintada por Portinari, é projetada no ambiente de uma escada desenhada por Oscar Niemeyer, autor do projeto arquitetônico do Pavilhão Manuel da Nóbrega, onde está o Museu Afro Brasil desde 2004. Tetos de igrejas brasileiras são projetados em outro espaço, em uma elegia à influência francesa das igrejas do Carmo, em Salvador (BA), São Bento e São Francisco da Penitência, no Rio de Janeiro. A artista portuguesa Manuela Pimentel foi responsável instalação pela azulejaria lusitana.
Emanoel Araújo afirma na publicação que “Essa exposição se ambientaliza com uma cenografia que envolve diferentes aspectos da arte Barroca. Da azulejaria às paredes internas das igrejas da Bahia fotografadas por Sílvio Robatto na série ‘Barroco Rebolado’, em que ele visualiza a sensualidade das talhas dos anjos e das figuras mefistofélicas”.Para assinalar o contexto histórico, a exposição registra a Revolta dos Alfaiates (1798-1799), na Salvador do século XVIII, e apresenta algumas das festas profanas que surgem do advento do Barroco: as cavalhadas de Goiás, a luta dos mouros e cristãos, o maracatu, o Rei de Congo e o bumba-meu-boi maranhense. A exposição “Barroco Ardente e Sincrético - Luso-Afro-Brasileiro”. Vários artistas baianos estão presentes com suas obras plásticas.
A exposição iniciou em 3 de agosto de 2017 e estará aberta até 3 de março de 2018.Imperdível.
O MUSEU AFRO BRASIL
As manifestações populares tem presença destacada no Museu Afro Brasil. |
Este museu certamente veio contribuir em muito para a compreensão , preservação e divulgação desta herança cultural e artística do negro que é tão forte em nosso país.
As obras nos permitem entender melhor a História de nosso país, pois vai além dos livros didáticos na medida em que nos apresenta a igualdade do pertencimento e respeito por uma parte importante da população matriz da nossa brasilidade.
Existe um roteiro impresso que pode ser adquirido na lojinha do museu onde você observa a temática central de cada núcleo, onde ao lado das obras existem pequenos textos explicativos que ajudam a entender e sentir a importância de cada obra. Foi pensado até nas cores que aparecem abrindo cada núcleo para melhor orientar o visitante. Uma visita imperdível.
O Museu está localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, no Parque Ibirapuera, em São Paulo , e abre de terça a domingo das 10 horas até às 16 horas. Tel (11)5579-0593.
Nenhum comentário:
Postar um comentário