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sábado, 20 de agosto de 2016

MAM-BA MOSTRA SEU RICO ACERVO

                                                                         Foto Google
O baiano Rubem Valentim na 16ª Bienal de São Paulo, com
uma das peças do conjunto Templo de Oxalá,que está exposto

na Capela do Solar do Unhão.
Defendo que os dirigentes de instituições culturais da Bahia devem arregaçar as mangas e buscar através de ações junto à comunidade ou aos segmentos  diretamente interessados formas de realizar e melhorar suas gestões. Quero aqui parabenizar o artista plástico Zivé Gíudice  , que voltou a dirigir o Museu de Arte Moderna da Bahia -Mam-Ba , que funciona no belo casarão do Solar do Unhão. Ele vem montando algumas exposições do próprio acervo do museu, e também, chamando os artistas a colaborar com as Oficinas de Múltiplos , que sempre foram um ponto forte do museu.
Os museus e outras instituições culturais baianas estão carentes de recursos porque o Governo do Estado não mostra sensibilidade para com a nossa cultura. Isto vem acontecendo há alguns anos , e agora piorou. A preocupação do momento são as eleições municipais. 
Estive no Museu de Ciência e Tecnologia, e só na entrada, já dá para sentir a situação do museu com o mato tomando da cerca,  um velho outdoor enferrujado na entrada principal, ondulações na pista cheias de  poças d'água, e assim por diante. (Leia reportagem sobre a situação deste museu - Museus Abandonados em nosso país, 17 de maio deste ano ,neste blog).
Recentemente, visitei o Museu Calouste Kulbenkian, em Lisboa, e pude sentir a grandiosidade daquela instituição , que estava com um público grande em seus jardins e nas salas de exposição. Vi muitos turistas, e todos são obrigados a contribuir, como acontece com monumentos e museus que a gente visita fora do país. Aqui é gratuito e mesmo assim muitos baianos não visitam e não conhecem os  museus. 
Obra de Reinaldo Eckenberger

Portanto, você que mora em Salvador precisa visitar nossos museus. Passei uma tarde agradável e  renovadora no Mam-Ba onde pude visitar  exposições, que podem ser levadas para  qualquer museu do mundo, especialmente a chamada "40 Anos de Linguagem Contemporânea no Mam",  que ocupa o belo salão principal do Solar do Unhão, e a da Capela,que abriga o conjunto de obras "Templo de Oxalá", de Rubem Valentim.

Este salão do Solar do Unhão foi redesenhado pela saudosa arquiteta  Lina Bo Bardi, e ganhou  sua portentosa escada. Ali estão expostas obras do acervo do museu de autoria dos artistas : 
Gravura de J. Cunha na mostra PA
Chico Liberato,Juarez Paraíso, Edison da Luz, Juraci Dórea,Reinaldo Eckenberger, Sérgio Rabinovitz,Mário Cravo Neto,Vauluízio Bezerra ,Almandrade,Márcia Magno,Luis Tourinho,César Romero,Ramiro Bernabó, Bel Borba, Guache Marques, Zivé Giudice, Florival Oliveira, Justino Marinho,J.Cunha,Dicinho,Celeste Almeida,Murilo Ribeiro, Leonel Mattos,Caetano Dias, Ayrson Heráclito, Paulo Pereira, Márcio Lima, Pico Garcez, Pedro Arcanjo e Yuri Sarmento. 


A terceira mostra chamada de Prova do Artista - PA apresenta trabalhos que foram produzidos pelos artistas colaboradores e alunos nas Oficinas de Múltiplos. O Mam-Ba organizou uma exposição, utilizando inclusive materiais que estavam disponíveis por lá, e assim, o visitante pode apreciar e comprar a preços convidativos trabalhos em litogravura e xilogravura de autoria de Sérgio Rabinovitz,GuacheMarques,Almandrade,J.Cunha,Ceceu, Eliezer Bezerra,Caetano Dias,Gabriel Arcanjo, Antônio Tarsis, Zivé e Bel Borba .

                                       PALAVRA DO DIRETOR

Veja o que escreveu o diretor do Mam-Ba, Zivé Giudice sobre esta iniciativa :

O diretor do Mam-Ba Zivé Giudice
"Dando continuidade à programação de exposições do acervo, a mostra 40 Anos de Linguagem Contemporânea no MAM celebra quatro décadas de diálogos do museu, com a produção atual das artes visuais.
A ressignificação dos museus de arte iniciada na década de 60 apontava para a compreensão do museu como uma casa de reflexões, onde a arte experimental poderia ser compreendida e não mais o lugar de guarda do objeto consagrado, frequentado pelos especialistas.
Na metade dos anos 70, o Mam organizou um extenso calendário com simpósios, debates e exposições, com a presença de artistas e críticos renomados, com o propósito de repensarem o museu e adequá-lo a esse novo conceito do museu de arte do século XXI.
Exposições como a Cadastro, Agora Mostra Sete, Agora Mostra Quatro, Exposição Proposta e a criação das Oficinas de Múltiplos, objetivamente iniciam o flerte do Mam-BA com as linguagens contemporâneas."




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