Uma linda máscara da exposição no Solar do Ferrão, no Pelourinho. |
Estas máscaras têm simbologia e significados sagrados em alguns
povos africanos, principalmente na Nigéria, Benin e Togo. Originalmente Geledés
representa uma forma de sociedade secreta feminina de caráter religioso existente
nas sociedades tradicionais Yorubá. Elas expressam o poder feminino sobre a
fertilidade da terra, a procriação e o bem-estar da comunidade. O patrimônio
oral Geledés foi proclamado em 2001 e inscrito em 2008 na Lista dos Bens
Culturais Imateriais da Humanidade pela UNESCO. A curadora Nívia Luz disse que
a exposição tem uma identidade com a Bahia e que “o reflexo Geledés está no
cotidiano de Salvador. É como olhar no espelho e ver os inúmeros rostos
desconhecidos que transitam pelas ruas e singram pelas águas os contornos mais
bonitos dos ancestrais”.
Esta máscara representa um búfalo e é usada em cerimônias dos mortos. |
Estas máscaras Geledés normalmente descritas que “são
utilizadas por membros de uma instituição tradicional Yorubá para cultuar de
forma coletiva o poder ancestral feminino. Elas são compostas por uma parte em
madeira esculpida na forma de uma cabeça humana ou de animal. A parte de
madeira, que fica na cabeça como um capacete, geralmente fixa-se um
prolongamento de fibras, tecidos ou roupas. As ‘Geledés’ são usadas para
aplacar a ira das Ìyàmì, uma das mais importantes e perigosas divindades do candomblé.
Elas são poderosas e ligadas à fartura nos campos e à fertilidade das mulheres.
É um culto às mães ancestrais. Essas grandes senhoras são consideradas o maior
símbolo do poder feminino da cultura Yorubá.” Não deixe de visitar. A mostra
ficará aberta durante todo o verão em horário comercial.
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